26 agosto, 2005

Sobre entrevistas e outras aventuras

Começa a tornar-se um mau hábito, que a propósito de qualquer afastamento, não-nomeação para lugar apetecível, ou apenas por chicana político-social, se publiquem entrevistas que nada dizem, mas que mancham indelevelmente, uma maioria de pessoas que dão o melhor, contribuindo honesta e sábiamente com o seu trabalho para um Portugal mais sadio.

Claro, que o jornalismo oportunista lá está à espreita, na mira de melhores tiragens, maximizando assim o ganho, sem cuidar dos prejuízos e do opróbrio que lança sobre muitos dos que jurou defender, ao enveredar pela carreira da qual tem carteira profissional.

Investigar, solicitar aos entrevistados os nomes e provas do que afirmam, preferir não publicar sem ter a oportunidade de confirmar as suas fontes, ou, a maior parte das vezes, apenas utilizar o bom-senso, são predicados que não se aplicam à generalidade de uma classe que, na pressa de trucidar os políticos, acaba por se auto-destruir, pois as pessoas, à medida que adquirem mais e melhor educação, tendem a julgá-los mais severamente, punindo-os com a ausência de compra dos jornais e revistas em que escrevem, matando assim a fonte de alimentação que muitos julgam inesgotável!

Começa a verificar-se na sociedade portuguesa, que a generalidade dos media ou são maioritáriamente do governo, ou pertencem a grupos de interesses que cada vez mais se utilizam dos jornalistas a seu bel-prazer, quer através dos vencimentos, realmente sumptuosos à escala nacional, quer através da eterna ameaça do seu despedimento, via encerramento das publicações.

Os políticos, por seu lado, pactuam com este estado de coisas, pois sabem que tendo os jornais do seu lado, a caminhada será sempre mais fácil, e a sua estúpida mania de açambarcar todos os lugares, tem impedido o rejuvenescimento dos seus quadros, levando a que os mesmos nomes se sucedam nas notícias, ora com o posto X, ora com a categoria Y, mas sempre com as cansativas e mesmíssimas caras que connosco envelhecem desde a Abrilada.

Sob pena de nos estarmos a afastar, cada vez mais, da democracia participariva, é tempo de os que estão nos cadeirões do poder, pensem seriamente no rejuvenescimento das suas hostes, quer criando carreiras na função pública que irão substituir os chamados lugares de confiança política, quer chamando para a política, pessoas que amam o seu País procurando servi-lo, e não apenas servindo-se dele.

A revolução tem de ser grande! Parece que há, quer no governo actual, quer fora dele, pessoas que defendem os círculos uninominais como solução a seguir. Eu, por mim, olho para esse tipo de solução com uma certa simpatia, pois será mais fácil dirigir-me a um dos deputados do meu círculo, questionando-o sobre o que me interessa saber no que respeita às suas opções sobre as leis a votar, do que não ter a quem me dirigir de todo.

Claro, que isso irá ameaçar o já tão criticado centralismo partidário, e levará a que o deputado tome posições junto das cúpulas que reflictam os desejos dos eleitores que o apoiam, em vez de servir apenas de correia de transmissão àquelas.

Por outro lado, terá de justificar junto dos seus concidadãos a razão das medidas propostas pelo partido em que se insere, facilitando assim um maior esclarecimento que a todos aproveita.

O tempo é de agora e a hora está a passar, é a altura de avançar em direcção ao futuro, com cuidado mas sem temor.

E nós, os que por aqui debatemos estas coisas? Cá continuaremos, sem esmorecer na defesa de um País que não se arraste na cauda da Europa a que pertence, mas que julga que ela é a sua mãe, de peitos fartos, sempre disposta a dar-lhe mama.

Água mole em pedra dura...

1 comentário:

Anónimo disse...

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