01 dezembro, 2005

Paulo, não nos esquecemos

Há já mais de uma semana, que a tua tia chamava a atenção que farias anos no dia 30, e que não poderíamos deixar de te felicitar, pois sabíamos que és sensível a estas coisas, mas que queres... a vida enrodilha-nos as ideias de tal maneira, que o dia 30 chegou e partiu sem te termos dado um telefonema sequer.

Mea culpa, mea maxima culpa, peccavi!

Não, não te esquecemos, pois como o havíamos de fazer, se sempre estás connosco desde menino, e sempre foste o sobrinho primeiro, o sobrinho que eu sempre desejei, e que a tua tia adora.

O Paulo, o Paulinho ou Paulecas, como sempre te tratamos, o meu companheiro de quina de mesa, em casa da Avó das Patas, em monossílabos e olhares cúmplices, e maroteiras e constantes.

O Paulo, que nos deu de prenda um afilhado-sobrinho-neto mais lindo que as flores primaveris, de olhos brilhantes e sorriso matreiro, com voz fininha que enche de ternura os velhotes, e faz com que lhe perdoem as traquinices.

Hoje, falamos-te, e tu deste aquela tua gargalhada grave e compassada, como que a dizer - está tudo bem, não há cuidado, o perdão aí vai.

Obrigado Paulo, pela compreensão.

Um abraço, sentido, do teu tio, muito amigo!

P.S.: Claro que o resto da casa está solidário nestes afectos...


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