18 abril, 2007

Francamente!

Mais 33 entregaram a alma ao Criador - 32 certamente sem ter direito a opinar - numa manifestação de irracionalidade facultada pela legislação apoiada pela maioria dos estado-unidenses.

Neste cantinho europeu, há logo os que aparecem a defender o american way of life e os que, de imediato, o criticam apenas por ser americano, esquecendo que há outros americanos na América do Norte, que detendo armas de caça e defesa em número considerável, estão longe de apresentarem situações como a desta semana.

Claro que me estou a referir ao Canadá.

Com mais de 7 milhões de armas (dados de 2004 - 6.984.485) para cerca de 32,6 milhões de indivíduos, está a grande distância do seu vizinho, que para menos do dobro da população terá 28,5 vezes mais armas, ou seja mais de 200 milhões, segundo esta notícia.

Será que estes americanos, nem pela proximidade se contagiam?

Também oportunamente logo soaram manifestações de pesar, quer da parte dos atingidos que se salvaram, quer de outros que se solidarizaram com as vitímas e suas famílias, logo apoiadas por um presidente que gosta de recorrer a elas sempre que lhe dá jeito.

Estranho, mas mesmo muito estranho, é a NRA ainda estar a aguardar para se pronunciar sobre o assunto! Não saberá que se não existisse a facilidade de comprar armas que defende este estudante ora morto poderia apenas ter andado à pancada com alguém?

E que dizer da segurança de uma Faculdade, que depois de tantos sinais de aviso lançados pelo jovem assassino, continuou a olhar para o lado mais preocupada com o budget anual do que com a segurança dos seus alunos e professores?!

Ter armas de defesa ou caça é uma coisa, poder adquirir armas de guerra apresentando apenas uma identificação e por vezes nem isso é no mínimo escandaloso para não lhe chamar outra coisa ainda pior.

Mas há quem defenda este tipo de hábitos! Alguns porque não fazem intenção de pôr os pés no Estados Unidos, outros porque não se importam de quem morre inocentemente, outros ainda - os piores - que o fazem apenas como defesa de um ponto de vista meramente casual e/ou para alinharem com um grupo de opinião.

Posto isto, só me resta repetir o título desta opinião - FRANCAMENTE!

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