19 janeiro, 2009

Relação custo/benefício

Este chavão, pois apenas se trata de mais um chavão para utilizar quando interessa, faz-me lembrar um outro que ainda há pouco era moda e que era o do utilizador/pagador...

Qual será a relação custo/benefício da construção de uma auto-estrada entre Vila Real e Bragança para um residente da Covilhã? E de uma escola a construir em Belmonte para a evolução científica das gentes da Minho?

Será que o reequipamento das Forças Armadas têm um custo/benefício suficientemente baixo para ser levado a sério?

Se quanto aos custos eles são fáceis de calcular, já os benefícios tornam-se muito difíceis de elencar, pois não há fórmula estudada que se lhes aplique.

Quando muito, poderemos tentar chegar a conclusões que possibilitem criar uma ordenação dos investimentos a fazer, mas nenhuma dessas conclusões será um dogma nem sequer poderemos garantir que é a opção certa para os próximos anos, pois à velocidade com que a ciência evolui e que as políticas se modificam, o que é verdade hoje, será falso amanhã de manhã.

E a solução?... Será parar?!

Neste momento parece-me fácil indicar quais são as prioridades a ter em conta:

  • suster a evolução do desemprego;
  • apostar na evolução da aprendizagem:
  • evitar o recurso às importações, recorrendo ao produto nacional;
  • expandir as exportações pela via da qualidade;
  • energia mais barata;
  • proteger o ambiente;
  • dinamizar as áreas tecnico-científicas onde já levamos alguma vantagem;
  • utilizar a via férrea e a marítima em detrimento da automóvel;
  • descentralizar.
creio que não será difícil verificar que estes serão actualmente os caminhos a seguir, hoje, claro que terão custos e parece-me que trarão benefícios, agora se a relação entre os custos e benefícios será a óptima não sei, pois apenas sei que o óptimo é inimigo do bom.

Falar em futuro é apenas tentar tapar o Sol com uma peneira.

Qual será o preço do petróleo no fim do ano? Estaremos ao abrigo de uma qualquer catástrofe que se abata sobre nós? Será que a India e o Paquistão não se vão envolver em zaragata? Será que não poderá ocorrer uma pandemia que altere o equilíbrio geo-estratégico?

Não se deverão recordar os políticos e opinadores que o primeiro automóvel a combustão apenas apareceu em 1886, há apenas 122 anos e que o primeiro avião segundo alguns voou em 1903 há pouco mais de um século, que a penicilina tem apenas 80 anos, que os primeiros computadores pessoais apareceram na década de 70, que os primeiros temóveis têm cerca de vinte e cinco anos, e que os automoveis eléctricos têm apenas 10 anos?

Que nos reservará o amanhã para termos tantas certezas ao falar em custos/benefícios para as próximas gerações!!!

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