07 abril, 2011

Finalmente

Hoje, o país deveria estar engalanado e o povo deveria andar na rua festejando alegremente porque, finalmente, José Sócrates decidiu ajoelhar e pedir ajuda externa.
Graças ao PR, ao actual líder do PSD, ao decadente PCP, ao presumido BE, a algumas corporações (justiça, educação, saúde, banca, função pública), a uma dose razoável de bem pagos comentadores, a outra ainda maior de economistas defensores da ditadura das finanças, a muitos ex-governantes que se querem de novo governar, a muita gente que anda na vida política porque não sabe fazer mais nada, a muitos socialistas de cartão que apenas querem um tachinho à sombra dos poderes instituídos, e a muito povo anónimo que em vez de votar prefere ir à praia ou ficar em casa a ver telenovelas ou outro tipo de programas culturais, vamos de chapéu na mão a Bruxelas pedir clemência e algum pastel para gastos urgentes.
A europa com que contávamos, virou (mais uma vez) as costas a um dos seus membros - já vai em três - e diz que vai ajudar como puder, ou seja, vai dar-nos mais corda para que o enforcamento seja longo.
Eu, estou um pouco triste mas não surpreendido, pois a minha tristeza advém do comportamento de um punhado de gente que faz com que o Miguel de Vasconcelos seja um menino de coro, e a minha falta de surpresa é motivada pelo pedido anunciado pelos ratings dados à banca privada há dias.
Esperemos para ver. Pena que sejam os mesmos a pagar a factura e nenhum dos atrás citados venha a ser punido por tanto mal ter causado.

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