20 junho, 2011

Os movimentos espontâneos

Por essa Europa fora vai-se movimentando uma mole imensa de gente que ninguém sabe ao certo o que quer, fazendo - para já - mais ou menos pacíficas demontrações de rua, ou ocupações, mais ou menos selvagens, de espaços públicos gritando palavtas de ordem diversas que vão desde o conhecido é proibido proibir, até aos mais recente queremos emprego (não confundir com queremos trabalho)!
Os políticos, fazem vista grossa, e deixam que estes milhares de jovens e menos jovens, atropelem as leis, incomodem quem trabalha, conspurquem o que é de todos, não se percebendo muito bem o que é que afinal pretendem. 
Serão empregos, trabalho, subsídios governamentais, mais liberdade para fazer o que lhes apetece, pais mais permissivos, estudos mais simplificados, direito ao amor livre, direito à irresponsabilidade, proibição da imigração, despenalização das drogas (sejam elas leves ou pesadas) ou apenas uma maneira alegre de passar o tempo.
Nós, a maioria, a tudo isto assistimos incrédulos, divididos nos sentimentos mas sem compreender que esta é uma boa maneira de a democracia se auto destruir irresponsavelmente.
A continuar a festa, rapidamente haverá apelos securitários, retaliações violentas e o caos virá aninhar-se junto a uma das maiores crises do século que afinal ninguém também estará a levar muito a sério.
A contagem regressiva já começou, para o quê, ainda não sei ao certo, mas tenho a convicção de que não será nada de bom.

2 comentários:

Antero disse...

Se o caos sobrevier, não será, como diz, por culpa dos contestatários, mas sim por culpa dos político-banqueiros que, esses sim, esticaram a corda há muito tempo.
Se você fosse neto, em vez de avô, de que lado estaria? Ou melhor, quando era jovem teve esse tipo de condescendência para com o ditador Salazar? Não me responda que agora estamos em democracia, porque esta democracia, não passa de um tratar da vidinha dos políticos associados aos banqueiros e, se houver muitos com sua opinião, nem liberdade de manifestação teremos no futuro. Fique bem.

Teófilo M. disse...

Caro Antero,
a culpa é um sentimento que geralmente nunca nos cabe.
Pelos vistos, para si, a culpa +e apenas dos políticos-banqueiros, que eu não sei ao certo o que são, pois nunca vi banqueiros a desempenhar cargos políticos, nem políticos donos de bancos.
Infeliz,emte, nunca fui neto, por isso não lhe posso responder o que teria feito como tal, no entanto sei que estive sempre do outro lado de Salazar e a ele me opus como pude, não tendo condescendência pra com ele, antes pelo contrário.
A democracia é uma coisa que só é, geralmente, bem apreciada por aqueles que já passaram por longos tempos sem ela, manifestem-se como quiserem, mas peçam trabalho, não peçam prebendas.