24 julho, 2011

Estou seguro

... da inevitabilidade da morte e dos impostos, que os extremos se tocam quando lhes falta a retilinearidade, que quem confunde democracia com liberdade não sabe do que fala, que o padre Américo se equivocava quando afirmava que não há rapazes maus, que a política é a arte suprema de iludir a maioria com o ar mais sério do mundo, que a solidariedade só é praticada por dois tipos de pessoas - os que na verdade amam o próximo e os que a praticam para obter benefícios fiscais.
Também estou seguro de que o Seguro não me dá segurança alguma, do mesmo modo que acredito que a travessia do deserto do PS vai prolongar a vida do atual governo.
Para já, parece que todos estão felizes!
O governo, porque não governando, vê baixarem os juros e aumentar o tempo para o pagamento das dívidas; o país, porque está de férias e assim pode esquecer momentâneamente que poderá estar falido quando regressar das ditas; a maioria dos governados, porque julga que os sacrifícios acabaram e ainda não descobriu o total da fatura; a oposição, porque pensa ter chegado a sua hora quando o relógio apenas avariou.
Estou seguro disto tudo. Se me enganar, aqui estarei a pedir desculpa.

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