29 julho, 2011

Os cortes do governo

O governo que anunciava aos quatro ventos o corte nas despesas aí está com o brilho do seu anúncio.
Corta nas despesas dos cidadãos abifando-se a metade do 13º mês daqueles que ganham/auferem mais do que o SMN.
Corta nas despesas dos patrões passando as indemnizações por despedimento a serem - para já - pagas por valores mais baixos em função da relação dias de compensação/anos de trabalho e criando um teto indemnizatório igual apenas a 12 anos de trabalho.
Corta nas despesas da Carris, CP, STCP e Metros de Lisboa e Porto aumentando o preço dos bilhetes, penalizando novamente os que já penalizou antes.
Corta nos organismos públicos, fundindo-os, trazendo assim mais ineficiência uma vez que não despede ninguém.
Corta nos institutos, fundações, empresas municipais e quejandos mandando para a rua trabalhadores que rapidamente ficarão a engrossar o batalhão de desempregados.
Oferece gratuitamente as 'golden share's' a quem já muito tem evitando que estes contribuam para a diminuição da divída soberana, pois coitados mesmo com a crise sabe-se que os mais ricos continuam a engordar.
Irá cortar nos gastos com a saúde obrigando os doentes a pagar mais, quer pelos medicamentos, quer pelos atos médicos, quer pelas taxas moderadoras esmagando mais uma vez quem ainda tinha alguma capacidade para flutuar.
Garantem que, para o ano, vão começar a cortar a sério, pois para já, pelos vistos, isto tem sido apenas uma agradável brincadeira.

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