28 outubro, 2011

Fontes anónimas?

Através de uma chamada de atenção n'O Jumento e porque acho que estas são atitudes criminosas praticadas por um agente de autoridade e instigadas por um juiz aí vai.

É bandido? Atropela-se


«Os nomes são gentis, mas Pidá, Palavrinhas, Chibanga, Tiné e mais dois estão a ser julgados pelo assassínio de um rei da noite do Porto, em Agosto de 2007. Naquela madrugada houve tiroteio com pistolas de 9 mm e caçadeiras shotguns. Já tinha havido mortes a montante e iria haver a jusante, mas aqueles seis do gang do Pidá respondem agora, no Palácio da Justiça, no Porto, pela morte daquela madrugada. A juíza pediu ao inspector-chefe da PJ pormenores sobre o relatório da acusação. O polícia disse ter fontes anónimas. Quem? O polícia preveniu: identificando-a, não "podia prever consequências". A juíza insistiu. E o polícia atirou com um nome, Fernando "Beckham", condenado por outro assassínio cometido com Pidá - estando ambos presos na cadeia de Paços de Ferreira. Segundo o inspector, "Beckham" é uma pessoa "desesperada", que "teve necessidade de desabafar com alguém". Calculem como estará ele, agora, quando sabe que Pidá sabe que o delatou - espero que não partilhem uma cela. Aqui chegado, peço aos leitores para não desprezarem o episódio só porque os bandidos são de outro mundo. Este episódio é do nosso mundo, aconteceu num nosso tribunal. Uma fonte anónima foi identificada sem se "prever consequências" do que lhe acontecerá. Em linguagem de bandidos diz-se "foi dada à morte". É a linguagem de bandidos que deve ser usada porque naquele nosso tribunal, naquele dia, as palavras oficiais foram disparadas por shotguns.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.

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