04 outubro, 2011

Juro que tentei, mas faltou-me a paciência

Ontem à noite, ainda tentei emborcar um pouco do triste concurso o elo mais fraco, agora orientado por um miúdo que tenta fazer o seu melhor sem conseguir infelizmente atingir o medíocre, com a parceria de ignorantes diplomados que dizem que têm muitas brancas, mesmo que sejam carecas ou que o cabelo seja preto, castanho, louro ou ruivo sem se vislumbrar uma única.
Tudo isto com a expectativa de assistir ao ministro Relvas falar sobre a reforma do poder local no programa Prós e Contras em que de um lado estava Miguel Relvas do PSD e ministro e do outro Fernando Ruas, também do PSD, presidente da ANMP.
Logo ao princípio se via que alguma coisa estaria errada, pois confrontar um membro do PSD com outro da mesma agremiação sobre a extinção de freguesias era coisa que não lembraria a ninguém a não ser que fosse mais um frete que o orgão não manipulável que é a RTP1 estivesse a fazer a quem sempre que chega ao poder tenta manipular a informação acusando os osutros de o fazerem.
Comecei por ouvir o sr. Relvas afirmar que a reforma se fazia não por motivos economicistas mas por razões de equilíbrio territorial!
A partir daí e no meio de cretinices tão óbvias como concluir que a eficiência e razão de ser das juntas de freguesia se mede por número de cabeças que servem e não em razão do afastamento dessas cabeças dos centros de poder político, económico e social; citar a par e passo a fusão de freguesias em Lisboa como exemplo para a fusão de freguesias noutros locais do País, como se as realidades fossem parecidas; concluir que não é por fundir as freguesias que se irá poupar mais dinheiro, antes pelo contrário, pois o que se poupará num lado irá gastar-se noutro com resultados muito inferiores; esquecer que a população mais envelhecida e com mais problemas de mobilidade ficará com ela agravada devido às maiores distâncias a percorrer para obter benefícios idênticos, levaram a que o próprio presidente da ANMP se visse em palpos de aranha para arranjar maneiras de não criticar ferozmente a visão deste ministro que pelos vistos mede o País como se este fosse uma Lisboa em ponto grande.
A grande preocupação do senhor era que não se falasse em fusão de freguesias mas em agregação de freguesias o que, no seu entender, deve significar algo diferente, o que ele não explica é o quê?
Por mais que os autarcas dissessem que era errada a sua maneira de aplicar a sua versão de reforma, este não desistia, aliás na teimosia e casmurrice que lhe é muito própria roçando por vezes a sobranceria.
Por falta de paciência em ver o senhor arrepiar caminho e mudar de agulkha, mudei eu e antes de se iniciar a 2ª parte já eu estava noutra muito mais interessante e profícua atividade.

Sem comentários: