25 novembro, 2011

Lá vamos cantando e rindo...

... levados levados sim!
Hoje, 25 de Novembro, há ainda quem se lembre da movimentação militar levada a efeito contra o totalitarismo que ameaçava esta pátria que é minha.
Afinal serviu para quê?
Hoje em dia, tendo mais bugigangas para nos entreter (telemóveis, computadores, ipad's, ipod's, gps's, tv's coloridas planas e a 3D, férias com tudo incluído em ilhas sub-desenvolvidas, carripanas que gastam pouco mas que custam muito, casas próprias que nos levam couro e cabelo, micro-ondas, máquinas de lavar, secar, humidificar, ralar, fazer pão, sopas, batidos  e muitas mais inutilidades) somos contudo mais pobres.
O desemprego anda por aí sorrateiro apanhando até os mais prevenidos, a fome espreita à espera de caçar mais um, o desespero vai-se instalando em lares que até há bem pouco tempo julgavam que a austeridade tinha desaparecido dos seus hábitos.
Entretanto, estranhamente, vemos algumas (pouycas) classes a debitar afanosamente discursos sobre a austeridade que teremos de suportar (nós, não eles!) com o ar mais natural e simplório, como se o povo fosse qualquer coisa que se pode calcar, emporcalhar, desprezar como se de um tapete se tratasse.
Os mentirosos de hoje, são precisamente os mesmos que se proclamaram detentores das soluções e verdades que os mentirosos de ontem fabularam!
Os que nos pedem sacrifícios hoje, são exatamente os mesmos que clamavam pelo fim dos mesmos aos que os antecederam!!!
No meio de tudo isto, lá vamos em manada, de cabeça baixa, esperançados num deseja insano de que alguém irá fazer algo por nós.
Este povo crédulo que assim alimenta os seus líderes com a sua esperança e sacrifícios tem de merecer o que sofre.
Não tenho dúvidas.
Espero que os olhos se lhes abram e vejam o precipício em que estão a cair. Que os abram a tempo de ainde se poderem agarrar a alguns providenciais ramos que vão aparecendo, pois daqui a uns tempos até essa ramagem desaparecerá e teremos de esgravatar com as mãos em sangue o pão que os diabos amassaram.
Os líderes de agora, acolhidos em fortalezas atempadamente bem guarnecidas, rirão e brincarão, aliás como o têm vindo a fazer desde que o bicho homem existe.

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