24 janeiro, 2012

Bancários são os que menos sofrem com a crise!

Vejo um pouco por todo o lado jornais com este título e curioso interrogo-me porque estarão os bancários na ordem do dia, pois não vejo como sofrerão menos a não ser que ganhem mais do que muitos dos restantes na sua área de trabalho ou então o mundo passou a ser quadrado.
Por mais que procure, apenas parece que há uma razão para tratar os bancários como priveligiados, é que vão continuar a poder usufruir de 25 dias de férias porque já muito antes do chamado código Bagão Félix ter entrado em vigor e dado essa oportunidade aos restantes, já há muito que os bancários tinham esse direito através do seu ACTV.
Ora, parece que a montanha acaba de parir um rato, pois não se compreende que estes sejam apontados a dedo como beneficiados, quando toda a gente sabe, e se não o sabe é porque não quer saber, que esta classe tem sido uma das mais esmagadas após o 25 de Abril de 74 em que foram apelidados de "vanguarda motorizada dos trabalhadores".
Quando os bancários passaram a ter um horário de encerramento às 16:30, raros eram os que saíam àquela hora prolongando o seu trabalho até cerca das 18:00 sem mais um tostão de pagamento e transformando o seu horário de 35 horas/semanais em 42,5! Hoje estão muito pior.
E estava-se ainda longe dos governos de Guterres ou Barroso.
Lembro-me da corridas às Isenções de Horário, por parte da Banca, em relação a porteiros, motoristas, telefonistas, funcionários indiferenciados vários, não porque os quisessem premiar, mas porque lhes saía mais barato pagar as isenções do que pagar-lhes o trabalho suplementar.
Talvez se esqueçam que um bancário, hoje em dia, para ser admitido tem de ter um curso superior e ganha de entrada a enorme quantia de 736,78€ ilíquidos a que soma um sub. de alimentação de 9,03€.
Dir-me-ão que já anda longe do salário minímo, mas quem o ganha, geralmente não é obrigado a andar de indumentária idêntica paga do seu bolso e a ter uma mobilidade que poucos contratos abrigam hoje em dia.
Primeiro foram os ataques aos funcionários públicos e pensionistas, a seguir mandaram emigrara os professores, depois atiraram-se aos maquinistas, agora estão os bancários na berlinda...
Quem serão os próximos?

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