27 julho, 2006

De facto, a educação vai mal...

Mão amiga fez-me chegar este delicioso texto que pretenderia ser a resposta à questão àcerca da utilidade dos fungos!!!

Os fungos são realmente bastante nocivos aos interesses humanos.

Fungando, uma pessoa pode estar inalando milhões e milhões de vírus e bactérias do ambiente que se respira. Mas há também a utilidade. Uma boa fungada pode efectivamente retirar aquele catarro preso na garganta, sendo que quanto maior o som emitido pela fungada maior é a sua Eficiência e precisão na retirada daquela substância indesejada.

Há quem diga que fungar é porcaria mas pesquisas científicas revelam que, além de serem métodos eficientes, as fungadas fazem parte do dia-a-dia de pessoas em todo o mundo.

E como diz a famosa frase: aquele que nunca deu uma fungada que atire a primeira pedra.

23 julho, 2006

Apontadores

Nestes oportunos apontadores do TAF n'A Baixa do Porto, chamo a atenção para os comentários sobre a composição do júri para apreciação das propostas para o mercado do Bolhão.

Dr. José Pedro Aguiar Branco - Presidente da Assembleia Municipal e distinto advogado;
Engº Rui Quelhas - Administrador da SRU e ex-Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara em exercício;
D. Laura Rodrigues - Presidente da Associação de Comerciantes do Porto e que em todo este processo nunca apareceu a defender os seus associados, optando por uma posição de convite ao diálogo, mas nunca revelando a sua posição;
Dr. Lino Ferreira - Actual resposável pelo pelouro do Urbanismo e Mobilidade, técnico superior do ministério da educação e licenciado em Filosofia;
Prof. Dr. Helder Pacheco - Conhecido cronista e historiador da cidade, dá a impressão que apenas empresta o seu nome para dar prestígio ao júri.

Como se pode ver, o processo começa bem!

Voltam ao palco

Israel, desta vez a propósito de uns militares raptados por uma organização terrorista (se conseguir levar a sua água ao moínho, passará a chamar-se guerrilha de libertação), invade outro país.

Há logo quem condene de imediato, e, simultâneamente, quem aplauda
!

Normal, normalíssimo, uma vez que as opiniões são como as cerejas..., mas o que mais estranho, é que se relegue para segundo plano que nem uns nem outros se coibem de bombardear populações civis inocentes, alegando ambos que actuam em defesa dos sacrossantos princípios da liberdade e da paz!!!!

Vamos lá a ser mais democráticos e a afirmar, claramente, que nem um lado nem outro têm direito de se portar da ignóbil maneira com que habitualmente se comportam.

18 julho, 2006

Sobre os cegos

Via e-mail, recebi hoje mais uma daquelas listas parecidas com petições, desta vez a favor dos cegos.

Lá reencaminhei a lista, muito embora saiba que aquilo não vai dar em nada para além de sensibilizar alguns dos que a recebam para o problema dos invisuais e dos demais portadores de deficiências.

Estranho, que num País conhecido pela sua delicadeza para com os estrangeiros, tanto se esqueçam os naturais, particularmente os portadores de deficiências, nomeadamente as visuais, auditivas e motoras.

Não será já tempo de nos questionarmos sobre esta estranha apatia, nomeadamente a dos poderes públicos, sobre a razão de serem esquecidos esses cidadãos, uma vez que, como a maioria dos restantes, também faz parte da nação e pagam os seus impostos.

Vamos lá a colocar etiquetas "braille" nos impressos oficiais, abrir janelas para a linguagem gestual nos programas televisivos, proibir definitivamente com obstáculos que se projectam para fora dos edifícios a meia-altura bem como o estacionamento sobre os passeios e rampas de acesso, dotar as bibliotecas e museus de equipamento específico para colmatar a impossibilidade de utilização, e por aí fora.

Todos nós agradecíamos.


13 julho, 2006

Sobre os desmandos na Avenida dos Aliados

Mais uma opinião, agora de Levi Guerra, n' O Primeiro de Janeiro do pretérito dia 9 do corrente, e tirada dos Aliados.

Lá vão acordando, um após outro, mas chegam tarde... muito tarde...

Como está calor...

fui à Praia e, a propósito de cultura, dei com este link para o Gato Fedorento.

Por coisas idênticas, já deixei muitos livros traduzidos para a nossa língua nas primeiras páginas e busquei os originais (quando o conhecimento mo permite) para não ser enganado.

Mas ninguém consegue pôr termo a este tipo de vandalismo?!

12 julho, 2006

Acabou

Para meu bem e para desconsolo de muitos, finalmente acabou a grande ilusão daquilo que se intitulou Campeonato do Mundo de Futebol.

Durante cerca de um mês, muitos dos que não tem acesso às condições mínimas de vida, viveram na ilusão de serem importantes, apenas por estarem representados num evento onde os ricos têm assento. Vibraram com as alegrias que as respectivas selecções lhes proporcionaram e aguentaram com os subsequentes desgostos. Nós, portugueses, como muitos outros, embalados num doce torpor, também lá estivemos levados pelo encanto de podermos ombrear com os grandes, sentindo que assim vencíamos os muitos anos de desprezo e falta de respeito com que habitualmente somos brindados nos países em que aparecemos como emigrantes de baixa qualidade, e até alguns dos nossos intelectuais se deixaram enlear no canto da sereia.

Um treinador que apresentava como meta os oitavos de final, fez esquecer o País de que, mais uma vez, preferia esperar para ver do que apresentar-se como um lutador pelo título. As exibições exaltadas por jornalistas e repórteres imbuídos de um nacionalismo entusiasmado, nunca passaram da mediania, do mesmo modo que os outros concorrentes faziam o mesmo, num ambiente onde o futebol espectáculo esteve arredado a maior parte do tempo.

De repente, e graças sabe-se lá porquê, vemo-nos chegados às meias-finais, e o País embandeirava em arco, como se o facto não fosse proporcionado por uma confrangedora falta de qualidade no futebol praticado, mas fruto de uma valorosa e competente actuação em campo.

Infelizmente ninguém ganhou!

Nem Portugal, que com um belíssimo quarto lugar deveria ter festejado a sorte que teve, nem sequer a Itália, que viu a decisão do campeonato ser decidida através de grandes penalidades face à falta de brilhantismo na execução, pode clamar bem alto a qualidade do seu futebol, pois nada disso se viu.

A FIFA, por seu lado, mostrou o seu pior lado ao ensarilhar-se em decisões cujas justificações estarão bem longe do que na realidade se passou nos diferentes relvados.

A arbitragem, essa, se fosse feita por árbitros nacionais, faria história duma incompetência confrangedora e ainda hoje estaria a ser discutida nos habituais jornais de referência.

Daqui a uns anos há mais. Só espero que, para bem do futebol, se analise com a inteligência necessária, porque é que não ganhamos a equipas que nada fizeram para isso, e aí talvez, sem sargentões, nossas senhoras de Caravaggio, Madaís ineficazes e com uma nova fornada de jogadores jovens possamos deliciar-nos com um bom espectáculo.

Eu sei que é pedir muito, mas já é tempo de o fazer.