25 abril, 2013

Terá sido para isto?!

Afinal o que é que se comemora?

O 25 de Abril de 1974 não será certamente, pois nunca este país esteva tão longe de concretizar os sonhos desse Abril como o está neste ano da desgraça de 2013.

Ouvir aquele que se pretende intitular presidente de todos os portugueses assumir-se como líder partidário e apoiante de um projeto que destrói o País, para além de confrangedor é revoltante.

Olhar para o representante do PSD, um antigo apoiante de Manuel Monteiro e da Nova Democracia, e vê-lo colocar-se à esquerda do discurso do senhor presidente é patético.

Ver gente, cuja prática diária é a oposição aos ideais representados pela flor de Abril com cravos na lapela, é um insulto grotesco.

Ver a ministra que mais tenta cercear a justiça para todos, a fazer de conta que o poema de Alegre é parte intrínseca do seu pensamento  é a náusea quase absoluta.

Ver que o 25 de Abril se transformou numa espécie de circo onde se vai mostrar a farpela, ouvir o hino tocado pela guarda, ouvir os velhotes a entoar a Grândola, e fazer de conta que são todos uns democratas dos quatro costados, é francamente triste... muito triste!

Trinta e nove anos depois, a esperança de Abril agonia. E agonia à mão de portugueses que, na sua grande maioria se encontravam do outro lado da barricada naquela saudosa madrugada.

Daí a minha interrogação inicial.

Terá sido para isto que se fez Abril?

08 abril, 2013

Fim de dia

Dar uma volta pelos 'blogs' é tarefa interessante, pois estes últimos dias foram férteis em acontecimentos que nos tiraram da modorra para que fomos atirados.

Recordar o Luiz Andrade é obrigatório, pois para além de nos ter oferecido programas a sério, o que hoje em dia é manifestamente difícl, é uma das caras que nos liga indelevelmente à RTP.

Noutro registro, lembrar uma das figuras de proa do conservadorismo selvagem que também entrou na barca de Caronte, Margaret Thatcher, que marcou o século passado indelevelmente, de uma forma que para muitos foi atroz.

Passos Coelho falou, mal, aliás como é seu hábito, tentando sacudir a água do capote, como se não tivesse culpa alguma do buraco em que este país está metido.

O presidente da república, também como habitualmente, mandou um comunicado que serve para todas as imterpretações, mas que  ficará lembrado como um pífio apoio ao governo que levou ao colo para os cadeirões do poder.

Sócrates falou, também, truculentamente, sem papas na língua, dando bordoada grossa na dupla Passos-Cavaco, mandando uns recados para as arrastadeiras de serviço, e dando mais um empurrão ao laparoto do secretário-geral do PS, que continua a dança de dois passos para o lado, uma meia voltareta e regressa ao local de partida.

Da Europa chegam-nos ecos de uma Comissão Europeia que presa nas suas indecisões, tendo ao leme o Zé Manel da tanga, vai pondo de tanga a Europa, com os países do Sul a serem os primeiros a perder a roupa. Daqueles lados, nem bom vento, nem bom casamento. Pode ser que depois das eleições no papa a Merkel se resolva a arrepiar caminho quando a miséria dos outros lhe começar a bater à porta. Para já os holandeses andam também num corropio com o seu (deles, claro)defice e a dívida, pois já ultrapassaram largamente as metas louváveis que a Europa manda cumprir; sendo eles a quinta economia europeia é caso para dizer que também andam a gastar demais?!

Ah! já me esquecia, os alemães coninuam contentes, pois pelos vistos o consumo interno anda a alimentar as encomendas nas suas fábricas o que é também digno de nota, pois os seus dirigentes que agora esfregam as mãos por tão preciosa ajuda recomendam aos governantes estrangeiros em dificuldades que procurem fazer exatamente o contrário.

05 abril, 2013

Francamente não entendo

O Relvas saiu. Finalmente, e depois de um longo calvário, o sr. apareceu a dizer que animicamente já não pode continuar as funções que foi desempenhando!
Que funções seriam essas?
Dar cabo do mapa autárquico numa reforma que restringe ainda mais a presença do poder junto dos cidadãos mais abandonados?
As de coveiro da RTP pública, sonegando-lhe receitas e tornando-a mais leve para um eventual futuro comprador?
A da complicada trama que envolvia espiões, patrões da alta finança, privatizações, etc.?
As de ligação com Jorge Silva Carvalho, agora regressado ao OE dias antes da sua saída?
As de censor e algoz de jornalistas, nomeadamente Pedro Rosa Mendes e Maria José Oliveira?
No meio de tudo isto, começou já a lavagem nos 'blogs' do costume e na imprensa, com um Crato a desvalorizar as equivalências tentando centrar tudo num exame que foi oral em vez de escrito, louvando entretanto o primeiro-ministro e afirmanmdo que nunca falou com Relvas sobre o assunto.
Não bastará à mulher de César ser séria...

27 março, 2013

Um estranho silêncio

Numa altura em que, o atual (des)governo quer mandar para a mobilidade os professores obrigando-os em alguns casos a dar aulas a mais de 200 Km da sua residência, que desenha novas zonas pedagógicas, que discute a dispensa de 50.000 deles, que pretende privatizar escolas públicas, que quer cortar salários, entre muitas outras patifarias, torna-se demasiado estranho ver a passividade desta classe perante a tremenda ofensiva que se abateu sobre a clase.

Lembrar-me eu das monstruosas manifestações que congregaram milhares de professores quando o que estava em causa era a avaliação, que muitos negavam ser o motivo pela qual se manifestavam!!!

Que estranha letargia acompanha agora tão aguerrida classe!

Até o inefável Nogueira ameaça sentar-se no escadório do ministério... mas apenas por uns momentos, a ver se fica bem no boneco. Lembrar-me eu do seu sorriso cúmplice a receber Passos Coelho e revisitar a sua agressividade no tempo da Maria de Lurdes...

Como é delicioso verificar que afinal o adágio "Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti" é o lema de tão esclarecida classe.

E se tivcessem vergonha? Não!

26 março, 2013

Zeros à esquerda!

Alertado pelo Miguel Abrantes, fui ler a crónica do Jorge Fiel a quem rapinei a ideia para o nome deste 'post' e que é emblemática sobre a forma que, alguma gente neste país, usa e abusa para lixar todo que cheira a Norte.

Há muito que o Norte do país deveria ser tratado de modo diverso, mas quando os poderes regionais são os primeiros a não levantar a vontade contra os desmandos que por cá se praticam, sobram apenas algumas vozes para alertar para os verdadeiros malefícios que certas decisões acarretam.

Os casos que o Jorge enuncia - portagens da A28, ligações ferroviárias, nomeadamente a Porto-Vigo, a triste novela dos estaleiros de Viana, a que se podem juntar muitos outros, como o túnel do Marão, a tentativa de anular o aeroporto Sá Carneiro, o esquecimento do porto de Leixões, a ligação aérea Bragança/V Real/Lisboa, a asafixia do IPATIMUP, o desprezo pela reabilitação urbana do Porto, o esvaziamento da RTP/Norte, entre os muitos - são sintomáticos de uma estranha maneira de ver do desenvolvimento harmónico.

Ainda há dias, o PR veio a correr cá ao norte felicitar os que apostaram na região. criando fábricas de alta tecnologia, esquecendo que muitas vão fechando, não por falta de apoios, mas por falta de visão de quem entende que o país é um subúrbio da cidade onde assentam os fundilhos.

A culpa, infelizmente não é só atribuível a este governo, mas este é um dos que nos últimos tempos e em condições adversas tem feito uma política que poderíamos chamar de "terra queimada" sem querer inflamar a questão.

O interessante, é ver por lá sentada gente do Norte, que gosta de encher o peito com o Norte, mas  que entretanto se esqueceramm de defender, quiçá por falta de personalidade pois será essa uma das maneiras com que tentam mascarar a sua inépcia para o desempenho de funções para que foram convidados.


25 março, 2013

Perguntas simples

Se o Vitor Gaspar trabalhasse para uma empresa privada, como diretor Financeiro, depois de não acertar uma ainda estaria empregado?

Se Passos Coelho fosse feitor numa quinta, manteria o emprego depois de despedir os trabalhadores, matar o gado à fome, contratar os afilhados qiue nunca trabalharam para semear a horta e podar o pomar, entregar o poço aos amigos de ocasião e vender a maquinaria para ir alugá-la logo a seguir?

Será que a 'troika' algum dia admitirá que errou e que o seu plano não tinha hipótese de resultar?

Será que Cabaco Silva acredita ser o presidente de todos os portugueses ai deixar priveligiar uns em detrimento de outros?

Será que a justiça anda tão cega que ainda não encontrou maneira de trabalhar melhor e com menos dinheiro?

Será que a oposição continua a preferir o combate fratricida em vez de orientar os seus esforços em prol dos que diz representar?

Será que a direita continua tão estúpida como antes e não vê que isto ainda vai acabar mal?

24 março, 2013

Com um pé dentro e outro fora

Mais uma vez, como vem sendo habitual, em certas e determinadas alturas o parceiro do PSD na coligação, dá ares de não estar em boa companhia.

Desta feita, foi o Diogo Feio que, à margem de uma reunião da comissão política, veio dizer aos jornalistas que seria bom haver uma remodelação governamental, juntando-se assim a Pires de Lima no aconselhamento a Passos Coelho!

Não sei o que é que Paulo Portas terá a dizer sobre o assunto, pois dá a impressão que mais uma vez mandou os seus cães de fila morder nas canelas do parceiro de coligação, pretendendo dar a impressão de que não sabe de nada!

Mas estes políticos são assim.

Mais à esquerda, depois de uma crítica mordaz feita no Câmara Corporativa, Francisco Louçã através do Facebook,  tenha engendrado uma espécie de resposta onde diz que não sabia do que se tinha escrito sobre ele no Correio da Manhã, como se fosse possível tal ocorrência.

Mais interessante é ver as imensas mensagens dirigidas ao querido ex-líder pelos seus seguidores, pois têm a mesma qualidade das que poderão ser ouvidas recitar por qualquer norte-coreano que se preze!

Pelos vistos, aos apoiantes do pequeno ex-líder não interessa se Louçã entendeu que o primo é um economistas 'muito reputado, com muitas qualidades, muito trabalhador e inteligente' e que aprecia o seu trabalho (!), ou que tenha entendido que ele iria aplicar o memorando da melhor forma que puder e que não teria muita margem de manobra.

Louçã defende-se atacando apenas quem citou o que foi público e nunca quem, segundo ele, mentiu! Do mesmo modo os seus apoiantes preferiram matar o mensageiro em vez de questionar quem mandou a mensagem, típico.

Noutro lugar, já outro patacôncio dizia há dias sobre Sócrates "Se isto é injusto ou não, é irrelevante. O que importa é que todos achamos e sentimos."

Pois..., mas este tipo também vota!

23 março, 2013

E agora, Seguro?

Dá a impressão que, com a anunciada chegada de Sócrates ao país, o PS, de repente, acorda e salta apressado para cima de uma moção de censura, que pode ser o canto de cisne das moções de censura da ala esquerda do parlamento nesta legislatura.

Mas, não chegará agora a moção de censura, é preciso mais, muito mais!

Seguro e o PS não poderão ficar-se pelas meras declarações de circunstância de que não é assim que se governa em crise, ou que as medidas apontadas pela governação são um desastre, terá de se esforçar e apontar caminhos, deixar sugestões do que faria, e mesmo correr o risco de apresentar soluções que possam ser utilizadas no limite por aqueles que quer ver apeados da governação.

Numa altura em que as vozes da direita tentam que o parecer do TC lhes sirva de boia de salvação para uma retirada estratégica, é necessário que alguém diga que já basta de encenações e garraiadas.

Pede-se ao PS que aja rápidamente e em força, sob pena dos cidadãos cada vez mais o olharem com a desconfiança que as diversas centrais de informação, maquivelicamente conduzidas, souberam plantar.

A bola está no campo do PS, pois o árbitro desde que se meteu a jogar do lado de uma equipa já não conta para nada.

22 março, 2013

O regresso do velho senhor

Olimpicamente, fez saber que ía regressar ao seu país, e, logo as trombetas se apressaram a dar a nova pelo reino.

Estupefactos (ou talvez não), os seus detratores, de imediato foram para a net e desenharam uma petição que, na sua essência, visa impedir um cidadão português de poder trabalhar num canal de televisão público, gratuitamente!

Claro está que outras petições surgiram, desorganizadas, umas a favor e outras contra, num festival de asneira que, sendo caricato, mostra até que ponto ainda há muita gente que não sabe viver em democracia.

Sintomático, entretanto, é a rápida unanimidade conseguida no PS para apresentar uma moção de censura, este que até há pouco ainda navegava nas águas da violenta abstenção.

Mais interessante a posição do Pacheco Pereira que, democraticamente entende que devia ser-lhe vedado o acesso à RTP, pois é uma televisão pública e como tal não devia ir buscar comentadores desse tipo, ainda se ele fosse do PSD ou do CDS, ou até como o colega que se senta normalmente à sua esquerda, e que parece decidido agora, depois da oferta de um tacho, a defender o governo atirando para cima dos microfones com teorias mirabolantes, ainda vá, agora o Sócrates! Que poderia vir a poder refutar algumas javardices em que ele se empenhou... nunca!

Espeo que o homem chegue, e debite as suas ideias. Tem o direito de o fazer e até de explicar, se quiser fazê-lo, porque é que tomou ou teve de tomar determinadas atitudes.

Sei que não poderá explicar tudo, pois há coisas que os superiores interesses de um país não permitem chegar à praça pública, mas que muito do que se falou e fala ficaria talvez mais claro, tenho poucas dúvidas.

Deixem-no falar, e depois se continuarem a querer condená-lo façam-no, mas proibi-lo de falar quando o não fazem a todos os outros, não!

21 março, 2013

Começa mal!

Rui Moreira apresentou a sua candidatura à Câmara do Porto, aliás, corolário do DAR O PORTO AO MANIFESTO que viu a luz em Fevereiro passado.

Mas o início, que se esperava tranquilo, já começou com problemas, com a concelhia do PSD/Porto a acusar a sua candidatura de roubo de uma base de dados.

Segundo Ricardo Almeida, líder da concelhia do PSD,  "Foi usada indevidamente a nossa base de dados dos militantes do PSD. Todos os militantes do PSD [do Porto] receberam, da parte da candidatura de Rui Moreira, um SMS e portanto estamos perante um crime de roubo da base de dados do PSD, a qual é confidencial e está protegida", o que fará com que os militantes do PSD/Porto se interroguem sobre a proteção dos seus dados e a dita confidencialidade pois pelos vistos, a ser verdade, não passa apenas da treta habitual que os donos dessas bases de dados atiram aos olhos das pessoas.

Se for verdade, Rui Moreira, começa mal pois lá se vai a transparência e a decência numa penada, se não for, o PSD/Porto determinadamente atira mais uma acha para a fogueira de onde sairá fortemente chamuscado.

Ver histórios apoiantes do Rui Rio a darem a cara por este candidato diz-nos a que ponto a fragmentação do PSD/Porto já chegou.

20 março, 2013

Será isto a União Europeia?

Segundo o jornal I, a Merkel terá telefonado ao presidente de Chipre avisando-o de que só poderia negociar com a "troika" a resolução dos problemas do seu país!

Não será isto uma intromissão inadmissivel de um estado soberano nos assuntos de outro país?

Não será isto considerado uma ameaça entre países soberanos pertencentes a uma mesma aliança?!

Será que Chipre passou a ser protetorado alemão?

No fundo de tudo isto está a questão energética, pois Chipre não tem mais nada para oferecer para além da exploração do gás natural que a Alemanha cobiça.

Se isto não são tambores de guerra, para já ainda económica, o que é que serão?

E que dizem os restantes países. Fazem como o Chamberlain e andam todos contentes com estes novos Sudetas?

19 março, 2013

Mais um estudo viciado

Vamos sabendo pela pasquinada habitual, que o governo finalmente recebeu o estudo comparativo entre as remunerações do setor público e do privado que tinha encomendado no ano passado e que deveria ter sido entregue em Novembro.

Não tendo ainda tido acesso ao mesmo, pelo que se vai lendo, chega-se à conclusão primeira de que o estudo é uma boa trampa, pois, pelos vistos quando se propõe fazer uma comparação da componente remuneratória fica-se pelos vencimentos base, esquecendo todas as alcavalas que lhe estão subjacentes e que há uns anos se colam ao salário mensal como moscas. Estou a falar de componentes remuneratórias tão importantes como, comparticipação nos lucros, prémios de produtividade, subsídios diversos - renda de casa, empréstimos para compra de habitação a taxas bonificadas, viatura de serviço, combustíveis, comunicações, despesas de representação, complementos de doença, férias extra e/ou pagas, apoio escolar aos filhos, planos de pensões, etc., etc., etc.

Não contentes com isso, o 'spin' já rola nos jornais afirmando-se que no estado se ganha mais do que no privado, numa generalização abusiva e sem demonstração nenhuma mas influenciadora do pensamento do zé povo que embarca nestas coisas, pois pensa que se todos atacarem a função pública, os que não pertencem a essa minoria ficam livres de sacrifícios.

A ajudar à festa, temos os ricos e poderosos que vão mandando uns bitaites, como fez Belmiro de Azevedo, que defendeu que a mão de obra barata é que é ou o pândego do "aguenta, aguenta"!

Aguardemos os próximos episódios de mais esta novela, pois o PM com a sua inteligência habitual já anda todo contente a dizer que as rescisões na função pública são uma nova janela de oportunidade!

Claro, então não é uma boa oportunidade ir para o desemprego!


17 março, 2013

Já perderam a vergonha toda!

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a classe de políticos que hoje em dia estão no poderna Europa, os últimos acontementos em Chipre são o indicativo que faltava.

Desta vez nem os disfarçaram de impostos, foram diretamente às contas de toda a gente e sacaram uma percentagem!

Que diferença haverá entre esta operação e a  dos pagamentos feitos forçadamente a extorquidores que, sob ameaça, espoliam quem lhes apetece?!

Chegados a este ponto, que mais haverá a fazer?

Será que a democracia se compadece com tais atitudes? É esta a Europa com que muitos de nós sonhavamos?

Será que nos querem empurrar para onde?

Tenho medo, muito medo!

15 março, 2013

No reino do disparate

Infelizmente, se dúvidas existissem, as últimas declarações do bonzo das finanças e da jericada que o acompanha são elucidativas.

Fugindo com o rabo à seringa, o Gaspar afirma que a "troika" diz isto e mais aquilo, como se ele se limitasse a ser o porta-voz da dita e os erros cometidos não fossem da sua autoria, nem o caminho encetado o tivesse a timoneiro!

Os números todos falhados, as habilidades chumbadas por Bruxelas, as previsões anunciadas que tombam rebentadas por valores que mais que duplicam a desgraça, não chegam para um "mea culpa" da parte de quem sempre quis ir para além da "troika", e, até entendia que o programa negociado pelo anterior executivo, sob a pressão da coligação PSD-CDS/PP, ficava aquém das necessidades do país, impondo-lhe por recreação (ou estupidez) mais austeridade.

Agora, a "troika" diz que embora Portugal continue no bom caminho - que raio de caminho será esse, pejado de desemprego, falências, cortes na assistência e no estado dito social, assalto generalizado por via dos impostos, regressão do consumo interno, afogamento das pequenas e médias empresas, embora com coutada aberta para os amigalhaços do costume - oferece-nos de mão beijada um dilatamento no prazo para atingir um défice que ninguém, nem o mais sábio saberá se é ou não atíngivel, pois o futuro não pertence aos ecónomos de serviço mas ao futuro.

Andam também por aí umas avezinhas que agora concluem que o plano foi mal traçado!

Mas mal traçado por quem?!

Será que foi o anterior governo que o traçou? Não foi a "troika" que o desenhou? Não foi o Coelho que, de parceria com o sr. Gaspar entendeu que o programa não era ambicioso q.b. e juntou-lhe mais austeridade em cima? Não terá sido toda uma cambada de merceeiros armados ao pingarelho que apoiaramn e até exigiam medidas mais fortes?

Mas que raio de desculpa esfarrapada vem a ser esta?

E a oposição cala-se? E o Zé Pagode, não diz nada? E o inquilino de Belém adormeceu?

Se este povo, que também é o meu, anda por aí a responder a inquéritos de sondagens da maneira que publicam, tenho que dar a mão à palmatória e afinal concordar com o Ulrich!

Ai aguentam, aguentam, porra. Cheguem-lhes para cima para ver se acordam!

Se não é aqui o reino do disparate, onde desde o monarca aos súbditos anda tudo a dormir, tirando um pequeno grupo de ranhosos que não se cansam de dizer que o rei vai nu, não sei onde será.

13 março, 2013

Que rica Europa!

A Europa, que se queria um núcleo de solidariedade e equilíbrio onde os mais fortes apoiassem os mais fracos, está a tornar-se numa quinta, onde os mais fracos são engolidos pelos mais fortes em nome de teorias que não levam a maioria dos seus cidadãos a lado nenhum.

A última, e a propósito da entrada da Croácia não lembra ao demo!

Não é que os insignes parlamentares acabam de propor que, por força da entrada de mais 12 deputados da Croácia no PE, os países mais pequenos, entre os quais nos encontramos nós,  percam um deputado cada um ou seja, os mais pequenos que paguem a fatura, pois a França, Reino Unido, Itália, Espanha, Polónia, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Países Baixos ficarão na mesma!

Na mesma também ficarão também mais cinco países cuja representação é de seis deputados e ainda a Eslovénia que tem oito.

Paradigmnático é o caso da Alemanha que perderá três deputados, passa de 99 para 96 por força dos acordos de Lisboa que limitam a 96 o número máximo de deputados por estado nação.

Muito elucidativa é a posição dos Países Baixos, cá por casa crismados de Holanda, que manterão o número de 26 deputados!

Seria interessante por exemplo saber porque carga de água é que não se mexe nos países nórdicos, nem na Holanda, não se corta nos países de maior expressão, pois não lhes fará grande diferença, e se atacam os mais pequenos inviabilizando alianças que poderiam colocar em causa a orientação dos países do norte.

Mas, mesmo assistindo a este erodir dos pequenois países, há ainda quem se foque preferencialmente no combate à esquerda, como o "camarada" Jerónimo faz diligentemente , em vez de arrepiar caminho e praticar o que andam a propagandear, se bem que o Rangel deputado anda feliz da vida com esta proposta...

É preciso ter lata, muita lata!

12 março, 2013

Andando por aí

No momento em que o catolicismo se encontra sem orientador, e numa das muitas encruzilhadas do seu já longo caminho, há por aí uma data de gentinha que julga que gozar com os métodos de eleição do chefe religioso de uma confissão, é pretexto para um desenfreado gozo.

A democracia destes pretendentes a "Dorine" esvai-se rapidamente num excessivamente vulgar discurso maledicente, onde a velhacaria está normalmente presente.

São dos primeiros a gritar contra os fundamentalismos, mas, quando a ocasião se lhes oferece, são também eles que dão início à caça ao católico, como se a maioria deles não fossem ovelhas do mesmo rebanho, batizados por extremosos pais e muita das vezes  com ritos continuados nas comunhões, casamentos e demais folclore, onde o encher da pança é o objetivo principal.

Tal tipo de intervenções, suscita-me sempre um peculiar enjoo, pois, é através delas que se pode muitas das vezes inferir o que seria da justiça se eles fossem juízes, do ensino se fossem professores ou da democracia se eles viessem a ser líderes potestativos.

Ainda bem que, geralmente, estas eleições não são muito comuns e também são geralmente rápidas, pois assim poucas vezes temos de os ouvir.


11 março, 2013

Os avisos começam a ser muitos

Os avisos andam por aí.
De início, como saíam de bocas nacionais, foram escarnecidos, alvo de chacota, ninguém sequer os queria comentar numa base de troca de ideias, agora, que pela voz de Junker sobem à notícia televisiva, já a gozação parece ter desaparecido mas um muro de envergonhado silêncio continua a cair sobre o tema.
Não sabemos ainda se vai apenas ser uma reedição das anteriores, ou se será uma entre os egoísmos do Norte contra as liberdades a Sul.
Sabemos apenas que os atuais líderes (!) europeus não se entendem!
A Alemanha julga-se, mais uma vez, a dona da Europa (Deutschland über alles!);
A Itália, desespera, e, mais uma vez se torna ingovernável;
A Inglaterra, desconfia, e está com um pé dentro e outro fora, pois continuamos a ser apenas os continentais;
A Espanha, definha, com um desemprego avassalador, e uma crescente contestação nas ruas, que, por aquelas bandas, tende levar a extremos nada recomendáveis;
A Grécia, afunda-se, implacavelmente, sob ops olhares de uma Europa que faz da desunião o seu 'leitmotif';
A Norte, uma quantidade de países que vivem num permanente estado social, pretendem negá-lo aos demais pois desde sempre lhes faltou esse gene;
Entretanto na UE, os políticos (!), brincam aos modelos de Excel, acolitados por técnicos cinzentões que estão plenos de certezas sobre os seus mirabolantes planos económicos que nunca foram levados à prática em lugar algum.
Brinca-se com os países e a vida dos seus cidadãos como se a história não existisse, a fome não fosse uma realidade duramente sentida, a falta de esperança um desastre para o futuro, a desonfiança um liugar comum, e a miséria o destino maioritário.Por cá as manifestações, vão -se tornando silenciosas, ensimesmadas, fechdas num horizonte negro que não determinam nada de bom.
Para já, a guerra é apenas económica.
Os mercados e os estados lutam entre si numa batalha que parece destinada a um único fim: o empobrecimento de muitos a favor de uns tantos.
O salto em frente, é já ali, ao virar da esquina.
Quando as convulsões começarem a aparecer, o terreno está propício.
O seu alastramento será rápido, pois o descontentamento será enorme e a falta de esperança dar-lha-á mais força.
Creio que ainda estamos a tempo de evitar o pior, mas será que quem anda por lá sabe disso?

01 março, 2013

Qual é o ganho?!

A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, segundo o DN, diz-nos que pelas novas regras até os reformados que tenham auferido proveitos iguais ou superiores a 4.104,00 € num ano terão de entregar declaração de IRS!

O que levará o Gaspar, mais a comandita que lhe é subordinada a ter tanta raiva de gente que tem um rendimento mensal que não chega a 300 €?!

Terão estes pobres, idosos na sua grande maioria, de ir para as filas das repartições de finanças, com que custos e com que despesas, só para que a máquina fiscal se divirta a engolir mais uns milhares de declarações, para ver se saca mais algum a quem está pior do que uma laranja que serviu para a monumental laranjada que nos andam a servir?

Será esta uma maneira de aumentar a produtividade da máquina fiscal?

Será que o Gaspar quer aumentar a receita através da venda dos respetivos impressos?

Qual é o ganho?!

28 fevereiro, 2013

Poças!

Ler isto sem me escangalhar a rir (ou melhor, a chorar e a arrepelar cabelos) leva a que cada dia que passa tenha medo, muito medo, do que nos reserva o futuro.

Se é com textos destes, que alguns PS's pensam mobilizar o eleitorado, vou ali e já venho!

Se já existe uma ideia é bom dizerem qual é ela, o mais r+ápido possível, pois não o fazendo estarão a penas a levantar mais poeira para esconder coisas que a ninguém interessa debater, ou não será assim?

20 fevereiro, 2013

Manifestações

De repente, parece que o país acordou, e, vai daí, ainda estremunhado,  desatou a manifestar-se um pouco por todo o lado onde um governante pouse e tente usar da palavra.

Eu acho deveras interessante essa nova atitude, que só peca por tardia, mas gostaria que a mesma não se estragasse, como tem vindo a acontecer, por debitar palavras de ordem que apenas servem para desvirtuar tais momentos.

Ainda não percebi bem porque é que se priveligia a utilização de linguagem ofensiva quando existe na língua pátria um tão grande manancial de epítetos, que podendo ser berrados a plenos pulmões, para além de verdadeiros, representam, grosso modo, a maneira como todos nós nos sentimos e gostamos de os expressar.

14 fevereiro, 2013

Quem é que me (se) explica?

Segundo o I, o estado (leia-se governo) vendeu o que restava das ações da EDP!

A curiosidade, no entanto, é a de saber porque é que as vendeu a um preço inferior ao da cotação do dia anterior?! Sim, porque é que as vendeu, a um grupo de investidores, a um preço 3% inferior à cotação da véspera?

Seria expectável que num negócio desta natureza se vendesse pelo melhor preço, ou será que já há tanta falta de dinheiro em caixa que obrigue a uma venda rápida e em força?

Quem terão sido os compradores?

A que(m) se deve a aparente generosidade?

13 fevereiro, 2013

Brincar à caridadezinha

Em 29.10.2011, a AHRESP, anuncia uma cerimónia com pompa e circunstância, no Casino do Estoril, para dar a conhecer o seu programa DIREITO À ALIMENTAÇÃO.

Ali se referia que o país atravessava um período de crise e rotura social, afirmando-se então que "..a alimentação mínima, essencial à sobrevivência, à manutenção da saúde e ao desenvolvimento digno e justo de todos os cidadãos, sem excepção de idade e poder económico, tem que ser garantida...".

Estava o governo anterior em funções, e, pelos vistos, a AHRESP, preocupava-se com os desempregados de então e outros desprotegidos da sorte.

Pelos vistos, algo melhorou drasticamente neste país, pois a tal associação decidiu suspender a iniciativa, a tal que foi patrocinada por Sua Exª. o PR,  depois de distribuir 45.000 refeições no período que decorreu, presume-se, entre 10.12.2011 e esta data, ou seja, distribuiu uma média de 105 refeições por dia pelo país inteiro!

Como é que um Presidente da República pode apoiar uma iniciativba destas sem se macular?

E que dizer da AHRESP?

Não foi esta apenas, e só, mais uma das manobras propagandísticas para ataque do governo anterior, ou será que 100 refeições diárias são número que se propagandeie com tão grande estardalhaço?

06 fevereiro, 2013

Leio, mas não acredito!

Dou uma vista pelos jornais e deparo com esta notícia!

Como se pode descer tanto?

Então o abencerragem do Carlos Abreu Amorim é a escolha do Menezes?!

Então não é que este fervoroso apoiante de Manuel Monteiro e da sua Nova Democracia, um personagem cujo léxico rasca é uma das suas mais conhecidas caraterísticas, este bufão da política que vem evoluindo desde a extrema direita, acoitando-se agora no idiotismo mais profundo do PSD clubista, mas que tem o cuidado de ostentar o distintivo de independente, é a figura que Gaia merece para ter à frente dos seus destinos?!

Que o Menezes o escolha, não é nada de espantar, pois ele escolherá o pior candidato, pois o que mais lhe interessa é lustrar a sua herança e concomitantemente CAA é alguém que dificilmente lhe fará sombra.

Mas regressando ao indigitado, como é possível que o PSD se reveja em alguém que entende que "Miguel Relvas está a ser alvo da mais brutal campanha que eu me lembre que alguém tenha sido sujeito, um ministro, nomeadamente nos tempos democráticos" ou "(o PR) está bem quando está calado", que conclui que o PM, quando afirmou que o desemprego era salutar, pois era uma oportunidade para mudar de vida , apenas estava a dar ânimo a quem se encontrava naquela situação?!


Que dizer da aposta numa pessoa que foi eleita por Viana e que não tem uma palavra sobre a reiterada disposição de portajar as estradas da região que diz representar, que admite que a solução para os Estaleiros de Viana do Castelo se arrastem indefenidamente, que não se impõe no desbloqueio de verbas para o arranjo de uma grua no porto de Viana fazendo com que as indústrias exportadoras da zona tenham de pagar o transporte dos materiais a exportar até Leixões, que garantia querer ter melhores resultados em Viana nestas autárquicas, 


Já sabíamos que esta criatura, apresentada pelo Passos Coelho, como uma das suas peças para fazer a diferença não passava apenas de um cão de fila para morder nas canelas dos seus oponentes. Como tem desempenhado a contento o serviço, chegou a altura de lhe dar um pouco mais de protagonismo.

03 fevereiro, 2013

Finalmente, a cidade agita-se

Pelo menos é bom ver a cidade agitar-se com a política, coisa que há muito estamos desabituados, pois a oposição ao atual executivo é pobre e desirmanada o que faz com que esta cidade cada vez mais se afunde na negrura do desespero e abandono.

Aparece um manifesto, aqui, que tem a virtude de por os portuenses a falar dele e os de outras paragens a levantar a cabeça.

Parece que afinal o Rui Moreira se alça para a política com P grande!

Não sendo um dos indefetiveis que o acompanharão, não escondo a simpatia que tenho por muitas das suas posições no que respeita à Região Norte, ao papel do Porto na dinamização dessa região, e às eventuais ligações a uma Galiza que faz parte dos nossos genes.

Por tudo isso, vou ficar atento ao que se segue, que espero ser uma pedrada no charco do marasmo em que caimos.

Oxalá não me engane.

30 janeiro, 2013

Não tenho muita

Fé!

E é disso que se trata quando vejo o que está a passar no maior partido da oposição.

Que o Seguro levou um apertão sério, não me restam muitas dúvidas, mas será que foram o suficiente para o meter nos eixos, fazê-lo arrepiar caminho, e, simultâneamente, dizer à gangada que anda por aí a dizer dislates que se remetam à sua insignificância e curteza de vistas já me é mais difícil de acreditar.

Não sendo um homem de muita fé, espero que o PS, no meio desta borrasca encontre a dignidade suficiente para fazer a auto-crítica que há muito se vem impondo, louvando o que foi bem feito e criticando o que foi erro, mas sem vergonhas, e com singeleza, não cavando dissensões onde deve driar laços, para asneira já chega a que o (des)governo atual nos atira para cima, bem se dispensa a daqueles que dizem andarem a defender o Zé Pagode.

Claro que o tempo não está para discussões estéreis, divisões internas que deixam marcas indeléveis ou choques entre prima-donas, mas impõe-se que o PS como o maior partido da oposição cerre fileiras, passe a apresentar um discurso objetivo, alternativas óbvias, unidade na ação e deixe de patacoadas do género dos candidatos para Matosinhos ou para Cascvais, os ditirambos do Manuel dos Santos ou do Victor Freitas, figuras menores que se estão a por em bicos de pés sabe-se lá com que intenções, o que já não posso dizer de Alberto Martins, que deveria ter mais tento na língua, pois já não é menino nestas andanças.

MNas vou ter de arranjar mais um pouco de paciência e ver no que é que isto dá, esperando que o último muro que nos separa da enxurrada não vá com esta para um futuro muito distante, deixando às novas gerações um futuro muito diverso do que eu tive quando estava com a mesma idade.


29 janeiro, 2013

Irra!

Já não bastaria o pateta do Relvas andar para aí a "ser visto e ouvisto" para, de repente e em seguida, descobrirmos que sua excia. descobriu que não há fundos sem poço?!!!!!

Do outro lado, talvez para não ficar atrás, o Arménio já se refere ao Selassié como "escurinho", um pateta, que o aparelho que tem vindo a tomar conta do PS descobriu para Matosinhos, entende que se devem pôr os miúdos a trabalhar aos 14 anos, se não tiverem aproveitamento escolar, o Manuel dos Santos entende que a culpa disto ter chegado ao que chegou é dos seus "camaradas", e o Seguro anda excitadíssimo porque alguns já começaram a dizer que basta de inação!

Já não chegava que o taralhoco do Carlos Barbosa, que andava aos saltos na estrada no tempo do anterior governo a berrar contra as multas, agora entenda que, apesar das mesmas terem aumentado cerca de 40%, já não há caça à multa; que se tenha sabido que a Opus Dei atira para a fogueira com 33.573 livros, entre os quais estão grandes nomes da nossa literatura; da ausência de conclusões do famoso inquérito ao acidente na Linha do Norte que, segundo o ministro Álvaro tinha 72 horas para ver a luz do dia; que, mais uma vez, o governo tenha metido os pés opelas mãos na legislação sobre os duodécimos; que as exigências à Madeira feitas pelo Gaspar, o terrível, tenham ficado em águas mornas; que o foguetório da ida aos mercados tenha afinal sido mais uma manobra de cosmética; que o Marques Mendes continue a venda de banha da cobra; que o Catroga bata palmas ou que os partidos da maioria se armem aos cucos com o tribunal constitucional.

Tudo isto, cheira a mofo e rendas velhas. Os porcos ocupam as estradas, os IP's rebentam pelas costuras, e já há muitos a necessitar de obras, pois as portagens retiraram o trânsito de um lado para o colocarem noutro com todos os inconvenentes daí decorrentes, e cujos custos, para já, ainda ninguém parece interessado em calcular.

A direita, entretanto, sonha com um regresso ao passado, ameaçando o futuro das gerações que aí estão e ainda as que estarão para vir, estranhamente, com o beneplácito da massa ignara que lhe dá o suporte e a sustenta sem se dar conta que apenas é o gado que alimenta a vampiragem.

15 janeiro, 2013

Curiosidade

Depois de tanto ler e ouvir falar sobre o famigerado relatório do FMI, concluir que o mesmo está eivado de erros e de propósitos que nada terão de técnicos, gostaria de saber porque é que uma institiuição daquelas empresta o nome para tal tipo de jogadas.

Só grandes interesses que não gostam de aparecer à luz do dia serão capazes de engendrar este tipo de colaborações.

Quem é que afinal estará por trás de tudo isto? Não consigo acreditar que tenha saído da cabeça do Pedrito tal ideia, do mesmo modo que não vejo Gaspar, Relvas, Moedas & Cª capazes de encabeçar tal projeto, quando  muito, poderão apenas ser as cabeças de turco escolhidas para dar voz ao início de algo que, só num país pequeno e dependente, com uma democracia frágil e incipiente,  aonde os cidadãos - iletrados na sua grande maioria - ainda acreditam na propaganda que lhes é abundantemente servida por orgãos noticiosos de onde o contraditório quase desapareceu, como por magia.

13 janeiro, 2013

Mas que discussão?

Começam a aparecer aqui e ali, pessoas que de boa fé - algumas  - entendem que deveríamos aproveitar para discutir o futuro da nação!

Já o povo, na sua tradicional sapiência, nos diz que: Casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, pelo que esta é a altura errada para uma discussão séria e ponderada sobre o futuro, mas como o que não tem remédio, remediado está, vamos a isso.

Seremos nós capazes de alterar o famoso estado social europeu em que vivemos sem que isso nos faça distanciar, ainda mais, dos padrões médios de vida da Europa a que pertencemos por direito primeiro?

Mas quais são as opções que se pretendem discutir? E o que é que se pretende atingir? Será que não aceitamos o estado social porque ele é mau nos seus resultados, ou porque o que os privados afinal pretendem é serem eles a desempenhar as funções do estado, mas com as regras que lhes interessam?

Será que uma seguradora tratará melhor dos meus interesses do que o estado? E o diretor de uma escola privada, está mais interessado nas mais-valias resultantes da educação que ministra ou das que resultam apenas do lucro do exercício da venda de diplomas?

Da experiência tida por muitos de nós, como é que avaliamos a nossa relação com a banca? Será que os bancos nos têem andado a fazer favores ou apenas a alimentar-se com as nossas necessidades?

De salto em salto, já me vejo a perguntar porque é que as polícias não hão-de ser privadas, do mesmo modo que poderíamos entregar a segurança do país a um qualquer exército estrangeiro, de preferância bem armado e bem preparado, mas que levasse baratinho, privatizar os tribunais que receberiam à peça, e já agora porque não entregar o governo à gestão de um qualquer banco e confiar nos gabinetes dos advogados para nos fazerem leis certinhas?

Não ficaria mais barato?!

Finalmente deixaríamos de ter de nos preocupar com os défices, contas públicas, políticos e quejandos?

E poderíamos começar a poupar desde já, bastava distribuirmos o que ainda há proporcionalmente pelos reformados e pensionistas, vender o que é do estado em hasta pública e já está.

Quem não tiver emprego, emigrará se puder, se não, poderá dedicar-se à lavoura, ao empreendedorismo,  à pesca, à caça, ao turismo ou à pedinchice.

Claro que haverá custos a suportar, muitos morrerão entretanto por falta de assistência, outros morrerão de fome, de frio e até de calor, pois penso que ainda poderão chegar ao verão, os que sobrarem que se desenrasquem e/ou fujam.

O último que feche a porta!

11 janeiro, 2013

Mas que é que podemos fazer?!

Já muita gente se sente escandalizada com as patacoadas do Moedas, que considera bem feito um "estudo" de uns tantos empregados do FMI, onde as imprecisões, omissões e disparatadas conclusões levam a soluções que, num modelo de Excel, são muito interessantes mas nada dizem a um País real com habitantes de carne e osso, para ainda terem de ouvir do primeiro-ministro o mesmo discurso.

Das duas, uma! Ou o primeiro-ministro não sabe do que fala, ou, sabendo, acha que tudo aquilo tem qualidade, o que me assusta, pois revela que temos um primeiro-ministro muito fraco no que respeita a saber ler um relatório, pois nem sequer consegue identiuficar as muitas imprecisões lá contidas.

Resta outra solução, que é a do primeiro-ministro estar satisfeito com o resultado do relatório, por este encaixar diretamente na cartilha que o Gaspar lhe vendeu, e em que ele acredita piamente.

A ser este o caso, valham-nos os santos todos do cardápio, bruxas e demais personagens com capacidades de alterar o destino, pois com estes tipo ao leme o desastre é seguro.

10 janeiro, 2013

Onde anda a oposição?

Afinal, por onde andará a oposição ao governo?

Numa altura em que as manchetes da pasquinada divulgam as medidas dum relatório do FMI, em que os noticiários abrem com anúncios de mais malfeitorias a curto e médio prazo, em que até já há ministros a necessitar de informar que o absurdo relatório apenas contém sugestões e não decisões, a oposição parece ter-se eclipsado em declarações de circunstância!

Num relatório, onde se afirma que os "técnicos" muito beneficiaram dos encontros tidos com ministros e secretários de estado, será difícil retirar a estes protagonismo ou influência na análise efetuada.

Mas, entretanto, que faz a oposição?!

Em vez de estudar o relatório e desmontá-lo ponto por ponto, prefere retirar algumas citações e atirar com elas à turba para incendiar paixões mas sem uma única crítica séria e/ou tecnicamente bem elaborada!

Sobram os franco-atiradores, alguns jornalistas e pouco mais para ir desmontando mais uma monumental encenação que os artífices da popaganda governativa deitaram cá para fora.

Daqui a uns dias veremos o que é que o Coelho tem escondido dentro da lura,

Aguardemos

09 janeiro, 2013

Parvalhices

Depois da sua diretora geral, Christine Lagarde, defender uma travagem nas medidas de austeridade que estão a ser implementadas na Europa e do economista chefe, Olivier Blanchard,  ter admitido que errou nos cálculos e subestimado o impacto recessivo da austeridade, aparece um relatório do confuso FMI a propor o despedimento de 50 mil professores, o aumento das taxas moderadoras na saúde, um corte em todas as pensões e por aí fora...

Não sei quem é que são os autores do relatório, mas algo não andará muito bem por aquela casa, pois, pelos vistos, cada um fala por si e a hierarquia já não é o que era.

Por cá, o governo esfregará as mãos, pois assim poderá fazer mais uma data de tropelias apoiando-se num relatório elaborado por tão competentes técnicos que presumo devem ser os mesmos que constriram as folhas de Excel do Gaspar, pois mergulharam o país num lamaçal sem saída.

Será que o PR não tem nada a dizer sobre o assunto?

Será que os jornalistas ainda não encontraram o PM para o confrontarem com o relatório?

Que terá a maioria parlamentar a dizer sobre o assunto?

Porque raio de carga de água, o FMI, o governo, os jornais, os políticos, os "opinion makers" nunca falam na penalização por acumulação de "tachos" e prebendas? Será que não é imoral ter dois ou mais empregos, a que se somarão por vezes outras tantas reformas, detidas por muita gente que passa a vida a falar de cátedra sobre os malefícios da crise?

Pois, se a penalização fosse para a frente e dissuasora se calhar lá se arranjavam mais uma data de empregos, e, muitos dos que agora flanam aliviados, passariam a ter mais respeito por quem trabalha, ou trabalhou, e deixavam de descobrir as virtudes do liberalismo selvagem.

08 janeiro, 2013

Desilusão

Lembrando aquela célebre manhã de 74 em que às muitas dúvidas se juntavam uma mão cheia de esperanças, nuncxa imaginei que, uma geração depois, viéssemos a estar numa situação que, não sendo (ainda) igual à anterior, a esperança já há muito desapareceu da maior parte dos lares dos portugueses que não são ricos, pois estes, a crer nas notícias estão cada vez mais ricos e a crise só lhes tem enchido os bolsos.

Mas, que podemos fazer num país onde o pasquim que mais se vende é o Correio da Manhã, onde o frio em pleno Inverno é notícia, onde a investigação séria há muito abandonou as redações dos orgão que ainda se apelidam de informativos, onde a justiça se arrasta penosamente castigando os pequenos e deixando passar entre as suas malhas quem tem poder, onde a polícia é mais eficaz a combater manifestações do que a perseguir criminosos, onde se corta na saúde e educação dos que mais precisam, onde os compromissos estabelecidos com o cidadão são abandonados com uma simples decisão ministerial, onde a mentira é a propalada como verdade, onde o poder económico regula o poder político, onde os eleitos não cumprem as promessas feitas aos seus eleitores?

O que se passa hoje neste país, é afinal o resultado de uma agenda de enriquecimento de uma oligarquia que não se sabe ao certo quem é em detrimento de todo o resto de uma população que sonha em viver melhor, com a conivência dos poderes políticos instituídos.

Para além dos óbvios culpados, há ainda a incipiência democrática de uma geração que não conseguiu apreender, nem sequer ensinar, os rudimentos base de uma democracia saudável. Creio mesmo, que esta nossa "democracia" foi apenas um interregno no poder absoluto de uns tantos que aí estão de novo a chegar ao trono e a criar as suas defesas.

O povo, esse, de tão adormecido e inundado de propaganda "noticiosa", não vendo no horizonte ninguém que lhe indique o caminho, desorientado prefere agarrar-se ao que tem pensando que não está à deriva!

Pobre povo, desgraçado país!