25 abril, 2013

Terá sido para isto?!

Afinal o que é que se comemora?

O 25 de Abril de 1974 não será certamente, pois nunca este país esteva tão longe de concretizar os sonhos desse Abril como o está neste ano da desgraça de 2013.

Ouvir aquele que se pretende intitular presidente de todos os portugueses assumir-se como líder partidário e apoiante de um projeto que destrói o País, para além de confrangedor é revoltante.

Olhar para o representante do PSD, um antigo apoiante de Manuel Monteiro e da Nova Democracia, e vê-lo colocar-se à esquerda do discurso do senhor presidente é patético.

Ver gente, cuja prática diária é a oposição aos ideais representados pela flor de Abril com cravos na lapela, é um insulto grotesco.

Ver a ministra que mais tenta cercear a justiça para todos, a fazer de conta que o poema de Alegre é parte intrínseca do seu pensamento  é a náusea quase absoluta.

Ver que o 25 de Abril se transformou numa espécie de circo onde se vai mostrar a farpela, ouvir o hino tocado pela guarda, ouvir os velhotes a entoar a Grândola, e fazer de conta que são todos uns democratas dos quatro costados, é francamente triste... muito triste!

Trinta e nove anos depois, a esperança de Abril agonia. E agonia à mão de portugueses que, na sua grande maioria se encontravam do outro lado da barricada naquela saudosa madrugada.

Daí a minha interrogação inicial.

Terá sido para isto que se fez Abril?

08 abril, 2013

Fim de dia

Dar uma volta pelos 'blogs' é tarefa interessante, pois estes últimos dias foram férteis em acontecimentos que nos tiraram da modorra para que fomos atirados.

Recordar o Luiz Andrade é obrigatório, pois para além de nos ter oferecido programas a sério, o que hoje em dia é manifestamente difícl, é uma das caras que nos liga indelevelmente à RTP.

Noutro registro, lembrar uma das figuras de proa do conservadorismo selvagem que também entrou na barca de Caronte, Margaret Thatcher, que marcou o século passado indelevelmente, de uma forma que para muitos foi atroz.

Passos Coelho falou, mal, aliás como é seu hábito, tentando sacudir a água do capote, como se não tivesse culpa alguma do buraco em que este país está metido.

O presidente da república, também como habitualmente, mandou um comunicado que serve para todas as imterpretações, mas que  ficará lembrado como um pífio apoio ao governo que levou ao colo para os cadeirões do poder.

Sócrates falou, também, truculentamente, sem papas na língua, dando bordoada grossa na dupla Passos-Cavaco, mandando uns recados para as arrastadeiras de serviço, e dando mais um empurrão ao laparoto do secretário-geral do PS, que continua a dança de dois passos para o lado, uma meia voltareta e regressa ao local de partida.

Da Europa chegam-nos ecos de uma Comissão Europeia que presa nas suas indecisões, tendo ao leme o Zé Manel da tanga, vai pondo de tanga a Europa, com os países do Sul a serem os primeiros a perder a roupa. Daqueles lados, nem bom vento, nem bom casamento. Pode ser que depois das eleições no papa a Merkel se resolva a arrepiar caminho quando a miséria dos outros lhe começar a bater à porta. Para já os holandeses andam também num corropio com o seu (deles, claro)defice e a dívida, pois já ultrapassaram largamente as metas louváveis que a Europa manda cumprir; sendo eles a quinta economia europeia é caso para dizer que também andam a gastar demais?!

Ah! já me esquecia, os alemães coninuam contentes, pois pelos vistos o consumo interno anda a alimentar as encomendas nas suas fábricas o que é também digno de nota, pois os seus dirigentes que agora esfregam as mãos por tão preciosa ajuda recomendam aos governantes estrangeiros em dificuldades que procurem fazer exatamente o contrário.

05 abril, 2013

Francamente não entendo

O Relvas saiu. Finalmente, e depois de um longo calvário, o sr. apareceu a dizer que animicamente já não pode continuar as funções que foi desempenhando!
Que funções seriam essas?
Dar cabo do mapa autárquico numa reforma que restringe ainda mais a presença do poder junto dos cidadãos mais abandonados?
As de coveiro da RTP pública, sonegando-lhe receitas e tornando-a mais leve para um eventual futuro comprador?
A da complicada trama que envolvia espiões, patrões da alta finança, privatizações, etc.?
As de ligação com Jorge Silva Carvalho, agora regressado ao OE dias antes da sua saída?
As de censor e algoz de jornalistas, nomeadamente Pedro Rosa Mendes e Maria José Oliveira?
No meio de tudo isto, começou já a lavagem nos 'blogs' do costume e na imprensa, com um Crato a desvalorizar as equivalências tentando centrar tudo num exame que foi oral em vez de escrito, louvando entretanto o primeiro-ministro e afirmanmdo que nunca falou com Relvas sobre o assunto.
Não bastará à mulher de César ser séria...