30 setembro, 2005

Incêndios

Há semanas atrás, tudo o que bulia e tinha algum sítio onde se expressar, falava de incêndios, aviões, bombeiros, pirómanos, governantes, eu sei lá, era um diz-que-diz, um opinar cheio de certezas, pedidos de draconianos castigos para os prevaricadores, pediam-se as cabeças dos culpados, acusava-se tudo e todos, enfim, um regabofe.

Mas serenamente, como numa maré de comportamento anual. foram-se calando, e hoje em dia estão completamente silenciosos, numa confortável preia-mar, salvo um ou outro mais ecologista ou preocupado com o estado do País. Depois de tanto foguetório, o descanso!

Mas eis, que de supetão, novo incêndio irrompe, agora em zona chique, dita da da linha, e sem se entender muito bem porquê, leva consigo a vida de uma mãe e cinco filhos.

Os jornais e as televisões dão um relevo médio à notícia, o sr. presidente da Câmara debita um discurso chocho e pesaroso sobre o azar - pois não é que os desgraçados se iam mudar daqui a uns dias - a blogosfera dá uns soluços tímidos, e assim se encerra mais este incêndio.

Ninguém se lembrou de perguntar porque é que estes pobres de Job tiveram de morrer assim, na miséria, num País mais rico do que o deles, onde vieram talvez procurar a sobrevivência.

Sorte madrasta, que resolveu aliviar-lhes a pobreza definitivamente, fazendo-os no entanto penar no inferno das chamas, a eles, que já viviam um inferno de vida.

Desta vez a indignação não saiu à rua, não se vituperou o governo, nem tampouco o sr. presidente da Câmara lá do sítio, ninguém se interrogou se os bombeiros tinham meios, ou porque não terão chegado a tempo, ou porque é que tinham as chamas devorado aqueles seres!

Ainda não compreendi bem porquê.

Terá sido por serem pobres, terá sido por viverem em Cascais, terá sido por serem da Guiné?

Hoje, sobre a Metro escrevi isto

N' A Baixa do Porto

Novidades

Sobre o Metro do Porto, através d' A Baixa do Porto, aqui.

Cidadania do outro lado do Minho

No Blogo Social Português nuestros hermanos mostram como se discutem os fogos do lado de lá do rio Minho.

Pular pula, mas será que avança?

Lido no Diário da República... o blog, não o outro.

A campanha no Porto II

Vista por outros blogs:

A Baixa do Porto
blogame mucho
Blasfémias
Books over the floor... by Old Mirror
causa nossa
Ideias soltas
Grande Loja do Queijo Limiano
Mar Salgado
O Acidental
Sobre o tempo que passa

Há para todos os gostos...

29 setembro, 2005

A campanha no Porto I

O que tem vindo a passar-se na cidade a propósito da campanha para as autárquicas, está a fazer com que esta seja vista pelo País como um abrigo de arruaceiros, e que um dos partidos concorrentes às eleições seja o principal culpado nos acontecimentos.

A falácia sobre as responsabilidades, é uma arma utilizada de modo hábil, por um despudorado candidato, que se reclama como paladino da seriedade, zelo, ponderação e competência, que entretanto se esquece de aplicar essas defensáveis virtudes, à orientação da campanha e ao discurso utilizado, prejudicando a imagem de uma cidade que já nem sequer necessitava desta última bordoada para ser espezinhada pelos seus detractores.

Se existisse uma distinção ou insígnia a atribuir ao agente que mais tenha prejudicado a cidade, os seus cidadãos, e até os vizinhos, certamente que tal distinção caberia ao sr. dr. Rui Rio como honoris causa pelos actos perpretados contra a cidade a que formalmente pertence, pois nunca o considerarei meu conterrâneo, nem tampouco digno de usufruir o privilégio de ostentar tal honra.

O acinte e falta de sinceridade com que tem conduzido a sua campanha, fazendo-se vítima da população mais idosa, indigente e menos escolarizada do concelho, e que infelizmente opta por fazer justiça por suas próprias mãos, tão desesperada está com o desprezo a que é votada habitualmente por estes personagens, que só se lembram dela na altura das eleições, deixando-a abandonada durante o resto dos mandatos, é sinónimo da estatura moral de quem agora aparece como provocador.

Rui Rio e a sua comitiva, sabem que como vítimas colherão sempre saborosos trunfos quando a violência surge em acções deste tipo.

Os mais esclarecidos, não se deixam enganar com este tipo de acções, mas muitos há que, piamente, se deixam enganar pelo espectáculo mediático que hábilmente é encenado para jornalista ver e noticiar, sem se interrogar sobre o porquê de tais atitudes.

Interessante, é ver que este candidato que agora se sente tão indignado com o tratamento recebido, é o mesmo que ainda há meses, quando outro bocado do mesmo povo tentou agredir técnicos do IPPAR (cujo misterioso poder de adivinhação na identificação precisa dos referidos técnicos ainda está a ser investigada por perito em fenómenos paranormais) junto ao Túnel de Ceuta, e que foi referida no site da CMP desta forma!

Nessa altura, o sr. presidente da Câmara esqueceu-se de mandar escrever que tinha sido lamentável, ou que lamentava, ou outro qualquer comentário pedagógico ou moralizador!

Que abismo entre as duas posições!

Não, não defendemos que o insulto e a violência sejam a resposta aos legitimos anseios das pessoas, mas como bem as entendemos quando têm razões de queixa.


A pouca vergonha

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, mais uma vez, é atirado para as notícias desta feita por ter ameaçado os que não são da sua cor política de não serem apoiados pelo Governo a que preside, caso sejam eleitos democraticamente pelo povo da Madeira!

Esta ameaça à democracia, pelos vistos, não incomoda nem os políticos, nem aquele senhor que está em Belém e que foi eleito para ser o Presidente da República portuguesa, nem tampouco os opinadores de circunstância.

Entretidos com a Fátima, o Isaltino, o Valentim e o Avelino, já se esqueceram de todos os restantes que têm processos pendentes ou são objecto de análise pela justiça, isto tudo em nome não sei bem de quê.

Creio que as autoridades já se habituaram às patetices do personagem, e por isso, como Pilatos, lavam as mãos como se nada fosse com eles, nem carecesse de decisões.

Isto é muito mais engraçado, se nos lembramos que, ainda há pouco tempo, caíu o Carmo e a Trindade, quando uma ministra em incomodativa gaffe, ao pretender dizer que uma determinação de um Tribunal dos Açores não se aplicava ao continente, disse que não se aplicava na República Portuguesa.

Onde estarão os que nessa altura tão alto clamaram, chegando ao ponto de solicitarem a demissão da senhora, e que agora, calados que nem ratos, se escondem para não ficarem ao alcançe da ira do sátrapa madeirense?

E o presidente da República não diz nada?
E a AR não diz nada?
A CNE não diz nada?
A PGR não diz nada?
E nem sequer o presidente do PSD diz alguma coisa?

Mas o que é isto?

Hoje no DN - versão online - deparo com a notícia de que Bárbara na rua agita hostes do PSD!!!

Então o PSD está mais preocupado com o aparecimento da mulher de um candidato, do que com o conteúdo programático da campanha?

Mas isto tem alguma coisa a ver com política ou com a defesa de Lisboa?

Realidades portuguesas

Publicado n' O Acidental.

O país do asterisco

Criatividade

A isto chamo criatividade.

28 setembro, 2005

Onde andarão?

N' A Baixa do Porto esta pergunta.

Será que os jornalistas não terão percebido a contradição?

Porque será?

Como sou relativamente novo na blogosfera, ainda não entendi muito bem porque é que há por aí uns blogs que se pelam por escrever noutras línguas que não a portuguesa!

Eu até poderei concordar, quando se trate de poesia, ou até de alguns nacos de prosa que perdem muito do seu sentido na tradução, mas de simples notícias ou artigos de opinião!!!

Será que não as poderão traduzir, para que assim os que não dominam as línguas em que as publicam, possam também partilhar desse conhecimento?

Cheira-me a que será mais uma vaidadezinha que alguns cultivam, para mostrar aos vizinhos o quanto são fluentes em parlapiar as línguas estrangeiras, ou então terão vergonha de que a tradução lhes saia para o torto.




Cultura por onde andas

A televisão de serviço público, nos últimos tempos, tem tentado captar o público com concursos de matriz cultural, quiçá na esperança de que os portugueses abandonem as telenovelas ou os programas rascas que à mesma hora são passados noutros canais, contribuindo assim, para um elevar da fasquia dos conhecimentos gerais.

Infelizmente, creio que o objectivo não tem sido conseguido, pois pela amostragem, parece que a ganância de protagonismo ou de lucro fácil, tem permitido ver pessoas que se atiram para aqueles concursos sem o mínimo de conhecimentos, mau grado as muitas licenciaturas, mestrados e afins de que se dizem possuidores, o que nos vai dando um panorama do quanto vai mal a nossa educação, e quão baixo anda o amor-próprio, para não falar na falta de pudor de alguns que por lá exibem a sua pequena bolsa de conhecimentos de ordem geral.

Ver licenciados, mestres e doutores, a não identificarem os autores de títulos tão conhecidos como a Cidade e as Serras, Viagens na Minha Terra, O Bobo, As Pupilas do Sr. Reitor ou Os Bichos, a não conseguirem localizar o mar Negro, a cordilheira dos Himalaias, a nascente do Mondego, ou o rio que banha Vila do Conde, que não sabem quem pintou o tecto da capela Sistina, a Última Ceia, Guernica ou A Ronda da Noite, que não sabem quem foi Niemeyer, Alvar Aalto, Frank Lloyd Wright, Gaudi ou Fernando Távora, que nada lhes diz o nome de Benvenuto Cellini, Auguste Rodin, Henry Moore, Soares dos Reis ou Barata Feyo, que desconhecem quem compôs a Pastoral, As Bodas de Fígaro, a Aïda, As Quatro Estações ou a Abertura 1812, onde ocorreu e quem foram os intervenientes da Guerra da Secessão, da Guerra da Indochina, da Guerra dos Cem Anos ou até da Batalha de Toro, é confrangedor e envergonha-nos até à medula.

Mas é vê-los a responder rápida e certeiramente, quando lhes é perguntado em que ano é que o Benfica perdeu com o Manchester, quem é que interpretou a personagem de Gabriela na telenovela vinda do livro do Jorge Amado, como se chamam os personagens da Conversa da Treta, quem é que se transferiu para o Sporting na última temporada, ou quem é o Mourinho, o que ainda é mais triste, pois recorda-nos que, neste País, o acessório vem sempre à frente do essencial.

Por isso, talvez não consigamos sair deste estado cataléptico em que caímos, depois do discurso da tanga, que já passou pela fase curta mas humorística da recuperação já aí vem, para acabar num monumental apertar de cinto e das reclamações do peixe mais gordo.

Espero que o Jorge Gabriel comece a suavizar as perguntas, pois se não o fizer, desconfio que ninguém neste século abre a porta do cofre, que guarda umas dezenas de milhar de euros no seu interior à espera de premiar quem saiba pelo menos alguma coisinha.

Ramal da Alfândega

Da Garra recebemos este comunicado:

Exm.º(ª) Sr.(ª),


no sentido de dar a conhecer o Ramal da Alfândega aos portuenses, em geral, e à comunicação social, em particular, o Grupo de Acção para a Reabilitação do Ramal da Alfândega (GARRA) irá levar a efeito no próximo dia 3 de Outubro, 2.ª-feira, uma visita guiada e aberta a locais estratégicos daquela infra-estrutura ferroviária ou de onde ela pode ser perfeitamente observada.



O local de encontro dos participantes e ponto de partida da visita será a entrada principal da Estação de Campanhã, pelas 18:00 horas (com uma tolerância máxima de 15 minutos). Aí será entregue aos presentes informação mais detalhada sobre o Ramal da Alfândega: a sua história, o seu actual e as suas potencialidades para o futuro.



Esperando podermos contar c/ a sua presença e ajuda na divulgação deste evento,


P'lo GARRA


http://garra.pt.la
ramal.da.alfandega@gmail.com



--
GARRA - Grupo de Acção para a Reabilitação do Ramal da Alfândega

Contamos consigo.

27 setembro, 2005

Estranhamente ou talvez não

O Eurostat decidiu não validar as contas públicas em 2004, e de repente a blogosfera dos liberais e apoiantes dos partidos de centro-direita emudeceu!

Certo de ver os tão pressurosos economistas de serviço que por dá cá aquela palha se perdem em posts a dissertar sobre os assuntos, desta vez, por mais que procurasse... nada, zero, nem sequer um arzinho de graça sobre isto.

Como não é da responsabilidade do governo actual, ninguém estranha!

Sobre o jornal Público

No Bloguitica, esta opinião, que eu apoio... indiscutivelmente.

Fotos antigas

No ALIADOS... para mais tarde recordar.

Boas notícias

Pedro Burmester regressa à Casa da Música.

Uma boa notícia para todos que gostam da cidade.

Rui Sá responde

No seu blog O Porto Primeiro, Rui sá responde a algumas questões que lhe foram levantadas quer pela Manuela D L Ramos, quer por mim.

Pena o seu exemplo, não estar a ser seguido por outros candidatos.

26 setembro, 2005

Ainda sobre a Avenida

Em A Baixa do Porto escrevi isto.

Será que não temos nada a dizer, quer sejamos portuenses ou não?

Jornalismo para onde vais

Já muitas vezes me tenho queixado dos meios de comunicação social, como agora é 'fino' dizer-se, quer pela inexactidão das suas notícias, quer pela facilidade com que enlameiam o bom nome do próximo, sem que nada, nem ninguém se meta à frente desses senhores e lhes imponha respeito.

Quem fiscaliza este poder, que discricionária e astutamente pôe e dispõe da sociedade a seu bel-prazer, e tem sempre a última palavra em qualquer questão.

Quantas reputações já vimos destruídas sem que os seus fautores tenham respondido por esse facto, sendo que na maior parte das vezes se refugiam no anonimato das fontes?

Tudo isto vem a propósito de durante o fim-de-semana, ao dar uma vista de olhos pelos jornais, verificar que notícias que tiveram honra de primeira página estão corrigidas num cantinho obscuro junto ao correio dos leitores; que títulos de caixa alta não tem nada a ver com a notícia que vem imediatamente abaixo; que acusações feitas nos números anteriores desapareceram misteriosamente saem deixar rasto; que apesar de desmentidos formais, jornalistas e opinadores martelam nos mesmos enganos como se não estivessem presentes, ou que estivessem a fazer um semanário em vez de um diário, quando não são notícias horárias...

Últimamente, alguns dos atingidos, já nem se dão ao trabalho de responder, colocando os seus advogados em acção, sabendo que vão gastar tempo e dinheiro sem garantias de nada, pois os juízes continuam com mão branda nestas coisas e a Lei não ajuda.

Afinal a carteira profissional servirá para quê? E o código deontológico?

E alguns destes senhores, depois de fazer o que fazem, com a impunidade garantida, ainda têm a lata de apontar o dedo? A quem e com que direito?

E os jornalistas honestos? Não se revoltam? Não tem nada a dizer carago!

Alegre sempre avança

Vamos lá a ver que contributo trará mais esta candidatura para a república e para a democracia. Pelo menos vai obrigar alguns que iriam votar em branco a votar, o que já não é mau de todo.

Sobre a justiça

A ler com muita atenção, esta lição que nos é dada por um juiz que tenta servir a justiça.

25 setembro, 2005

Fazem o favor de ir lá ler

Nos Aliados.

Não compreendi muito bem porque é que, segundo o PJ, a APRIL terá tomado a posição que ali vem descrita!

JPP visto por JPP?!?!?!

No ABRUPTO

Há alturas em que os intelectuais não percebem nada. Bem vistas as coisas, é quase sempre assim.

Mais uma opinião

A ler, com atenção, na controversa maresia.

É incómodo, não é? Mas mais estranho é que os orgãos noticiosos não tenham consultores jurídicos que os esclareçam destas coisas...

O 'blog' de Rui Sá

Segundo A Baixa do Porto, já se encontra activo o blog de campanha de Rui Sá, O Porto Primeiro.

23 setembro, 2005

Dias sem carros

Mais uma vez o Dia Europeu sem Carros, não contou com as duas maiores cidades portuguesas, pois pelos vistos, a poluição e a mobilidade que por cá existem ainda não são suficientes para uma jornada de sensibilização.

As desculpas esfarrapadas que os autarcas dão sobre a não adopção de estes dias, roçam o patético, pois não nos devemos esquecer que esse evento, está inserido na Semana Europeia da Mobilidade, que deveria servir para debater com os cidadãos quais as vantagens do transporte público sobre o particular, e em simultâneo ouvir as necessidades sentidas pelos que se utilizam exclusiva ou maioritariamente de tal meio de locomoção.

Sei, que retirar o pópó aos meninos que gostam de se transportar desde casa até à porta do escritório, irá ser um trabalho difícil, mas alguém terá de dar o pontapé de saída, sob pena de continuarmos a atirar o País para o buraco, quer pelos custos derivados do aumento do petróleo, quer pelas necessidades de implementar políticas ambientais que combatam a poluição resultante, quer ainda do consumo exagerado de peças sobresselentes derivados de acidentes de viação, e respectivos subsídios de doença em caso de acidentes com feridos de gravidade impeditiva do trabalho.

Muita gente reclama que não tem transporte perto, mas utiliza dois ou três carros diariamente, para transportar outros tantos membros da família que residem sob o mesmo tecto, e que têm um percurso comum apenas com ligeiras variantes na sua parte final, ou então vive em zona de onde saem do mesmo prédio ou habitações próximas, vizinhos que poderiam ocupar os assentos vazios do seu carro, criando só por esse facto um menor número de viaturas no mesmo trajecto.

Não, a vaidadezinha, o egoísmo, a falta de organização e até a estupidez, levam a que vejam o seu orçamento diminuído em fatia avantajada, mas preferem gastar nos combustíveis, portagens e consertos da viatura, o dinheiro que dizem não ter para comprar jornais que não sejam desportivos, livros, bilhetes para um espectáculo ou ida a uma exposição, ou até numa alimentação mais regrada e cuidada, pois o mostrar que se está bem na vida, será mais importante!

Por outro lado, os autarcas que não se preocupam em criar áreas de estacionamento modernas e condignas, nas zonas de interface com os transportes públicos, ajudam a estas desculpas de mau-pagador, bem como os que continuam a construir parques no centro das cidades em detrimento de parques periféricos bem dimensionados e estratégicamente colocados.

Entretanto, o País e os governantes são acusados de nada fazer, quando muito do que se poderia fazer frente ao 'deficit', se encontra na mão de muitos de nós.

Liberdade ou libertinagem

Muito se tem discutido sobre a liberdade de imprensa e a protecção das fontes, mas o que acontece é que, cada dia que passa, sob a capa da dita liberdade o que se vai estendendo é a mais desenfreada libertinagem.

É normal surgirem nas primeiras páginas, e em letras garrafais, casos e nomes de pessoas associadas aos mais diversos assuntos, que mais tarde vêm a provar-se ser falsos, mas que não têm por parte dos orgãos de informação o mesmo tratamento que lhes foi dado à partida, pois estes sairiam diminuídos na sua credibilidade, e ou os omitem, ou quando muito, os remetem para notícias em páginas interiores ou simples apontamentos de pé-de-página.

Claro, que não sou contra a protecção das fontes, mas essa protecção deve ser paga com a assumpção dos erros através de multas elevadas, ou em casos extremos, com penas de prisão, no caso de reincidência leviana na informação prestada. Se esse tipo de responsabilização fossse aplicado, certamente muito jornal teria de enveredar por outros caminhos e a democracia seria melhor servida.

Tudo isto vem a propósito, dos pseudo-escândalos que em altura de eleições sempre aparecem e que passado o dia, desaparecem sem deixar rasto, mas deixando nódoas indeléveis nos que foram acusados e que, de tempos a tempos, fazem as delícias das má-línguas, que no seu afã de enxovalhar não cuidam de saber da sensibilidade de quem ofendem.

Tenho para mim que só a falta, de educação, de uma sofrível noção de cidadania, de seriedade, ou de bom-senso, poderão estar por trás de tanta notícia falsa ou falseada que aparece nos meios de informação, a não ser que sejam apenas fruto da pressão das tiragens/audiências que ditam esta bestialidade comportamental, a que infelizmente assistimos sem que hajam mecanismos eficientes para a sua dissuasão.

A credulidade de um povo inculto, serve-lhes os propósitos, e uma camada da sociedade sedenta de poder desregrado alimenta-lhes as cornetadas, do mesmo modo que os calará mal se sinta instalada nas cátedras de que foi expulsa.

Por isso, seria bom, que os que são políticos sérios e que querem proteger o regime, andassem lestos em cuidar da liberdade, pois podem crer que em nome dela, estão a criar nos jovens a ideia de que o que o País necessita é de um salvador providencial, que tudo arranjará em nome do bem comum.

22 setembro, 2005

Procuram-se

Colocado no 'blog' do Rui Rio, mas desaparecido...

Parabéns por ter aberto o 'blog', pena que atá à data não possamos ter no 'site' da CMP uma coisa idêntica, o tal 'forum' que foi uma das suas promessas, e que continua num formato um pouco desajustado às necessidades dos munícipes, não por não ter por lá quem se esforçe por responder às questões, mas há muitos que não lhe dão grande atenção.

Não nego, que a sua maneira de fazer política seja diferente, mas se calhar não posso concordar com ela, pois parece-me mais apostada em criar conflitos do que em resolvê-los, mas lá que é diferente, é.

Por mim, tem todo o direito de se ir embora, diria que até tem o dever, pois muito do que foi prometido não apareceu e não me lembro de na candidatura anterior ter feito promessas para só serem cumpridas daqui a 20 ou 25 anos, como é o caso da habitação social.

O povo há quatro anos, segundo penso, não votou em si, apenas deixou de votar no Fernando Gomes, o que é bem diferente, infelizmente desperdiçou essa oportunidade para fazer do Porto a cidade que todos queríamos, deixando que o seu nome escorresse nos noticiários quase sempre pelos piores motivos.

Acredito que tenha seguido o caminho que entende ter sido o mais correcto, mas infelizmente e se despirmos as cores partidárias, muitos dos que o apoiaram no início não se encontram agora à sua volta, o que quererá dizer algo, não acha?

Sim, o Porto mudou muito nos últimos anos, mais pelo acabar de obras que outros começaram/idealizaram, do que por obra sua, mais tem um pecado capital a que não poderá fugir, não temos o CMIN porque se apressou a construir em terrenos que estavam reservados para aquele equipamento, apenas para servir o ministro da sua côr partidária, ora o Porto, deve-lhe esse magnífico serviço, bom era que lhe fosse constantemente recordado.

Enviado por Teofilo M. em setembro 22, 2005 12:52 PM

aqui
pode ler outro que desapareceu da autoria dos ALIADOS
, conforme nos diz a Manuela D L Ramos

Novidades do Vaticano

Uma notícia, que nos é dada pelo Causa Nossa, que assustará muito boa gente, mas que para mim, é de facto um acto normalíssimo, vindo duma Igreja que pactuou tantas vezes com o lado errado da razão.

Limpeza de matas

Um artigo interessante no Campo Aberto, a ler com atenção.

Metem-me nojo

Fátima Felgueiras regressou para discutir a presidência à Câmara Municipal de Felgueiras!

E os noticiários mobilizam os seus repórteres para cobrir a situação porque é notícia, mas para além da notícia, escorreita, singela, fazem comentários e perguntas idiotas aos seus apoiantes e aos seus detractores.

Entretanto, vão-se fazendo programas sobre o assunto, onde os intervenientes principais disparam em todas as direcções, mas que em vez de clarificarem o assunto mais o enredam em opiniões que nada têm a ver com a realidade.

Fátima Felgueiras é inocente até prova em contrário!

Quem é que, de todos os portugueses adultos e em condições de imputabilidade, se tivesse meios financeiros não fugiria para se escapar a um estado de prisão preventiva se estivesse inocente das acusações imputadas?

Há por aí algum? Onde? Não vejo!

Terá a nossa justiça a prática habitual de utilizar, a prisão preventiva, de modo geralmente tido como equilibrado e sensato? Não andam os nossos magistrados a criticar o excesso de prisão preventiva e a necessidade de mudar a lei?

Então, qual a razão de tão soezes ataques aos que se encontram apenas nas situações de indiciados, arguidos ou simplesmente acusados por terceiros, de terem cometido um crime?

Será que um médico acusado de má-prática fica suspenso de exercer a medicina até ser considerado inocente? E um engenheiro, electricista, empregado de escritório, carpinteiro ou seja lá a profissão que tiver, ficam também suspensos?

Diz-se que a senhora está acusada de peculato... e depois?

Quando alguém é acusado de peculato vai para prisão preventiva? Ou a justiça tem dois olhares diferentes conforme a aparência dos acusados?

O espectáculo à volta de Fátima Felgueiras é insultuoso para a democracia, mas muito mais para a inteligência dos cidadãos, pois a coberto de pseudo-opiniões, tenta minar-se o direito ao bom nome de uma pessoa, que já deve ter feito mais por este país do que muitos emproados justiceiros que por aí andam a bradar.

Rio-me, quando ouço falar em ética, e em sentido de responsabilidade, quando afirmam que lea não se devia candidatar, pois quem o afirma ainda não deve ter parado para pensar um pouco, ou o que não pretende é vê-la ganhar a Câmara de que diz tanto gostar.

Se fizerem um pequeno exercício de raciocínio, logo verão que se ela for inocente e não se candidatar, perderá a oportunidade de continuar o que iniciou, mas pelo contrário se se candidatar, ganhar, e vier a ser declarada culpada, jamais poderá ter uma carreira política.

Num País, que tanto reclama para que deixem actuar a justiça, e que exige que actue com calma e moderação, parece-me que muitos preferem os julgamentos apressados na praça pública para assim poderem atingir os fins inconfessáveis que defendem.

Estou à vontade porque não sou amigo, nem apoiante de Fátima Felgueiras, nem tampouco voto na sua área de influência, mas que não tenho a facilidade de condenar ninguém sem ouvir primeiro todos os intervenientes sobre o assunto.

Os que assassinam o bom nome de um qualquer cidadão, só porque está na moda, para vender jornais, captar audiências ou tirar dividendos políticos, esses sim, metem-me nojo.

Finalmente o 'blog' do Assis já mexe.

Mais vale tarde do que nunca!

Depois de muito tempo parado, parece que está com vontade de recomeçar, pena que os 'posts' sejam assinados por candidatura...

Não poderiam ser assinados pelo Assis?

Se quiser ler, vá a http://f-assis.blogspot.com/


Rui Rio abriu o 'blog'

O candidaro Rui Rio, abriu o 'blog' em http://ruirio.blogs.sapo.pt/.

Não posso deixar de me congratular com esse tipo de atitude, pois revela vontade de dialogar, esperemos que seja apenas isso que o move, e não mais um local de propaganda.

Já lá deixei o meu comentário, como não poderia deixar de o fazer, espero que os que passam por aqui, se lhes interessar, também o façam, pois é assim que se vai construindo a cidadania.

Também eu

O José Bandeira no seu melhor!

21 setembro, 2005

Falar claro!

Quando um ministro, um autarca, um professor, um engenheiro, um encenador, um padre, um militar, ou outra qualquer pessoa dá seguimento a uma obra de um seu antecessor, quererá dizer o quê?

Que não concorda com a obra, mas dados os custos envolvidos é melhor acabá-la, ou que, por muito que lhe custe, a sua finalização é imperiosa porque é benéfica?

Claro, que sempre teremos de concluir pela última, sob pena de estarmos a causar prejuízos a terceiros com o acabamento em questão.

Vem isto a propósito do (mau) hábito que se tem espalhado um pouco por toda a parte, de se ouvir dizer que fui eu que acabei..., ou fui eu que levei a cabo..., como se os iniciais autores, iniciadores ou simples pensadores dos ditos eventos, fossem apenas uns incompetentes por não as terem conseguido idealizar, projectar, programar, construir e acabar, em determinado período limitado de tempo.

A ser assim, D. Afonso Henriques não deveria ter lugar na história uma vez que não chegou a conquistar o Algarve, deixando um País inacabado, ou o Infante D. Henrique nunca passou de um batata, pois nunca descobriu terra alguma e apenas sonhou e desenvolveu a ideia dos descobrimentos, para onde enviou marinheiros experimentados.

Num País, que vai perdendo referências, e onde parece que o corte-da-fita é que assinala o criador, era bom que nas finalizações, nunca se esquecessem de quem é que deu o pontapé de partida e de quem foram todos os intervenientes.

Tributo a Homem de Melo

Leio com satisfação no JN que Mais de 200 ex-alunos do poeta e ensaísta Pedro Homem de Melo vão homenageá-lo a 5 de Outubro, deslocando-se do Porto até ao cemitério de Afife para aí colocar uma lápide em memória do poeta e professor.

Ainda bem que há quem se lembre deste ilustre portuense, com quem tive o privilégio de privar, durante as aulas de folclore que dava na Escola Infante D. Henrique. Foi ele quem me ensinou que o folclore não era uma estopada, mas uma arte, que infelizmente estamos a deixar morrer aos poucos.

Associando-me a esta recordação aqui deixo um dos seus poemas, se calhar feito à mesa da Brasileira, onde na década de 70, o podíamos ver, sempre impecável e educadíssimo.

Os Poetas

Nunca os vistes
Sentados nos cafés que há na cidade,
Um livro aberto sobre a mesa e tristes,
Incógnitos, sem oiro e sem idade?

Com magros dedos, coroando a fronte,
Sugerem o nostálgico sentido
De quem rasgasse um pouco de horizonte
Proíbido...

Fingem de reis da Terra e do Oceano
(E filhos são legítimos do vício!)
Tudo o que neles nos pareça humano
É fogo de artíficio.

Por vezes, fecham-lhes as portas
- Ódio que a nada se resume -
Voltam, depois, a horas mortas,
Sem um queixume.

E mostram sempre novos laivos
De poesia em seu olhar...

Adolescentes! Afastai-vos
Quando algum deles vos fitar!


Sobre o debate

A minha participação n' A Baixa do Porto.

P.S.: Qiando a escrevi ainda desconhecia a pressão que estava a ser exercida sobre os moderadores.

Eu nem queria acreditar

Embora já o desconfiasse, Rui Rio permanece igual a si mesmo.

No Portugal Diário, brutal na sua singeleza a notícia salta:

Porto: Rio contesta escolha de comentadores do debate

Já há muito que sabiamos que Rui Rio, não gosta de jornalistas que o critiquem, desta feita tocou aos comentadores da SIC, que de facto me pareceram um pouco presos nas suas intervenções, como se algo se estivesse a passar à sua volta.

Pelos vistos, este Rio não sabe quando deve parar.

20 setembro, 2005

Dúvidas constitucionais

Mais uma opinião sobre a duração das legislaturas, no Causa Nossa.

Simon Wiesenthal

Finalmente está em paz.

Com 96 anos de idade, este sobrevivente do holocausto, deixou este mundo discretamente, longe dos holofotes mediáticos.

Este homem, que nos deu testemunho dos horrores e da extensão do extermínio judeu, dedicou grande parte da sua vida a lutar para que os culpados fossem castigados, não conseguindo impedir que muitos se passeassem livremente, ascendendo inclusivé a cargos que julgavamos longe de poderem aceder.

Aqueles que o apoiaram reticentemente, ou não o apoiaram de todo, nunca nos transmitirão as suas razões. Muito ficou escondido, ainda muito há para desvendar, mas quem se interessará?

19 setembro, 2005

Inocências

Há uns dias, alguma comunicação social atirou para os escaparates, que não foi o Sócrates que deitou abaixo as torres de Tróia, ao accionar um aparelhómetro que estava à sua frente, e que isso apenas foi encenação mediática, o que leva a que tal gesto seja uma aldrabice e que o nosso primeiro não se devia prestar a tais figuras, e mais isto e mais aquilo.

Claro, que alguns escrevinhadores de 'blogs' apanharam a deixa, e vai daí, atiram-se ao homem como fazem habitualmente sob que pretexto for, mostrando uma indignação digna das comadres que reclamam da pouca-vergonhice que vai neste País, enquanto sintonizam a TVI para assistir a mais um programa do tipo 'Fiel ou Infiel', ou das falsas moralistas que reclamam dum simples 'poças' ciciado na mesa ao lado, enquanto se deleitam com o Sexy Hot da televisão por cabo, no remanso das suas salas de jantar transformadas em lupanares dos mais reles!

Será que a miudagem que escreve nos jornais, e a que escreve nos 'blogs', pensa que quando se fala em lançamento de navios ao mar, acredita que é a impulsão das garrafinhas de champanhe que leva a que os enormes barcos vão deslizando a caminho das águas,ou que quando se diz que Sua Exª Fulano de Tal, lançou a primeira pedra, e vêm o senhor com uma pá a deitar argamassa, é mesmo aquela a primeira pedra que está a ser lançada na obra?

É que tanta inocência junta, sem ser num infantário, ou em sala de recém-nascidos em maternidade, sempre me admirou bastante, mas quero acreditar que não fazem por mal, mas apenas por simples falta de cultura.

A sublime tentação

Um dos mais prolíficos comentadores do nosso Portugal, de vasta cultura e créditos bem firmados, em prosa mordaz em jornal que paguei, brindou-me com uma historieta sobre um jantar com um amigo, que pelos vistos foi mau, e onde se teriam discutido as vicissitudes em que as saladas caprese se metem, quando são servidas nos luxuosos hoteis e restaurantes de Lisboa e Porto, tendo-se reclamado da verdura dos tomates e da industrialização do mozzarella decidindo-se et pour cause que o turismo estaria perdido!

Se estas duas boas almas, se tivessem prosaicamente satisfeito com entradas mais corriqueiras, ficando-se apenas por algumas saborosas azeitonas nacionais, que poderiam ser, por exemplo, de Elvas, a acompanhar umas pataniscas de bacalhau lourinhas e sápidas, ou apenas uma orelha de porco de coentrada, estariam certamente com disposição diversa e teriam indubitavelmente a conta bancária mais anafada.

Como falavam de sabores mediterrânicos, divergiram para Espanha, que adoram como não poderia deixar de ser, pois o que não mata... engorda, lamentando-se um dos convivas, que em Espanha não existia uma Amazon, loja que pelos vistos só deveria conhecer de nome, pois com o desenrolar da croniqueta, concluiu-se que só agora, nos finais deste ano da Graça de Deus, é que o tal professor-comentador-cronista, se decidiu a abrir uma conta on-line em tal quitanda!

Mas, logo ali foi informado, de que sim, que havia uma Amazon espanhola (!), mas no El Corte Inglés, o que o teria excitado tanto, que mal chegado ao aconchego do lar, abriu o computador (não esclareceu se foi a martelo ou com chave de fendas) e zás... lá deu com o 'site' onde se anichava a dita.

Claro, que o crítico saíu ao terreiro, e em vez de criticar o amigo que lhe forneceu tão errada informação, optou por seguir outro caminho, mais escorregadio e perigoso, e logo se começa a interrogar sobre o motivo de uma loja espanhola, num endereço espanhol, lhe perguntar pelo segundo apelido, como se o nome do próprio articulista não tivesse o dito, ou em Espanha fosse comum a não existência desse segundo apelido, para continuar a desancar na empresa espanhola que lhe pergunta sobre calles, carreteras ou urbanización, não entendendo os critérios de segurança do 'site', estranhando até que lhe pedissem para utilizar uma contraseña e a respectiva confirmação !!!

Então, quereria o senhor, que uma empresa espanhola, deveria ter-lhe perguntado por ruas avenidas e becos, logins e passwords, ou outras coisas tais, em língua lusa ou na da pérfida Albion?!

Claro, que tão difíceis operações. o levaram a asneirar, não uma, mas duas ou três vezes, como confessa, o que sendo identificador de uma certa humildade, é uma reconhecida tendência para a dificuldade de concentração, e para a asneira.

Talvez por isso, e dada a diferença de idades, não apoia Soares... desta vez.

Mas o mais grave, é que o nosso comentador-professor-escritor, dadas as evidentes dificuldades que teve com a língua dos nossos vizinhos, decidiu ir fazer a sua nóvel inscrição na Amazon.uk, o que fez sem dificuldades de maior, segundo reza a sua crónica, mas aleivosamente diz que só deu um nome, um apelido, a morada e o número do cartão de crédito, omitindo que lhe foram perguntadas as mesmas coisas que na hipotética Amazon espanhola que nunca deixou de ser apenas o El Corte Inglés, só porque estariam no idioma dos camones ou lhe foram formuladas de maneira diferente.

Claro que isso lhe bastou para, logo ali, proclamar do alto da sua sapiência, que só depois de cruzar os Pirenéus é que se entra na Europa!!!!

A tentação de mal-dizer é, de facto, sublime!


18 setembro, 2005

Onda está a listagem?

No dia 09.09.2005, Paulo Gorjão, no BLOGUITICA, pedia isto.

Não concordando, escrevi aqui, em 12 do crte., um texto em que me interrogava sobre a bondade de tal pedido, mas decidi esperar para ver.

Hoje, e uma vez que até ontem, no BLOGUITICA, nada foi publicado, nem tampouco foi dada qualquer explicação, parece-me que o Paulo Gorjão, não cumpriu com o que prometia ao dizer:

Daqui a oito dias tornarei pública uma primeira listagem.

Oito dias
foram passados, onde andará a listagem?

Alguém sabe?

Humorismo

Estou preocupado e até decepcionado com a fraca produtividade das investigações [sobre a corrupção] - Rui Rio;

Passo a passo, devagarinho, para se notar pouco, o Governo e a maioria do PS estão a tomar de assalto todos os lugares-chave que constituem o verdadeiro poder - Luis Delgado

Acho extraordinário vindo do 'rei da calúnia'[sobre Carrilho] - Carmona Rodrigues

...no mínimo um pedido de desculpas [de Carmona Rodrigues] - Manuel Maria Carrilho

Que eu saiba somos caso único a nível nacional [sobre a gestão na Câmara] - Daniel Campelo

Lido no 'Público' numa manhã de Sol.


A ser verdade

o que se escreve aqui, os 'xuxialistas' ainda não tomaram conta de tudo...

Ontem


A saudade passou por aqui.

Mas dei com tudo muito diferente, para pior... claro!

16 setembro, 2005

15 setembro, 2005

Sobre corporações, curiosidades e coisas tais

Hoje tomei conhecimento de um 'blog' muito interessante.

Seu nome... Câmara Corporativa. Já lá está nas Leituras com sal.

Já li o descartável do Rui Rio

E por isso escrevi isto n' A Baixa do Porto.

Meteu-se com eles

e levou poucas...

O Jorge Palinhos, no BdE lembrou-se de se meter com os professores, primeiro com esta provocação, que depois tentou clarificar com este 'post'.

Se no primeiro, apanhou bordoada forte e feia, no segundo a discussão virou um pouco de direcção e lá tentaram encontrar razões políticas para ele se ter expressado como expressou no primeiro andamento.

Claro que declarações como a que aparece no Random Precision e que ajudam a entender o problema não têm muita visibilidade, e ficam na poeira da blogosfera ocupada com as cornetadas dos que preferem a discussão com a porteira.

Alguns, os mais honestos na reclamação, aludem à falta de instalações e de equipamento nas escolas, mas outros enveredam por exigirem a qualidade superior às dos cafés ou das salas de jantar onde dão explicações a dezenas de Euros por aula, para já não falar nos que pura e simplesmente nem nas horas de aula trabalham.

Se eu visse os professores a reclamar por melhores condições para apoiar os alunos, aí estaria eu na primeira fila a defendê-los, mas infelizmente não é o caso.

Valha-nos quem possa.

A sociedade de consumo

Mão amiga fez-me chegar este saboroso diálogo:

- Boa Tarde!
- Tarde....Diga
- Queria uma água com gás
- Fresca ou natural?
- Fresca.
- Com ou sem sabor?
- Pode ser de limão.
- Frize limão, Castelo Bubbles, Carvalhelhos limão?
- Sei lá, traga-me uma qualquer...Frize
- Frize limão já acabou....Pode ser morango, tangerina ou maracujá?
- Esqueça...traga-me umas Pedras.....
- Fresca ou natural?
- Fresca.....
- Com ou sem limão?
- Sem
- Normal ou levíssima?
- Quem?
- Normal ou uma nova que saiu, que é mais leve....
- Ó meu amigo, traga-me uma Bohemia e esqueça o resto....
- Sagres Bohemia não temos. Só temos normal, Preta e Zero
- Então traga uma Superbock
- Garrafa ou imperial?
- Garrafa.
- Superbock normal, Green, Twin ou Stout?
- Irra!.... já perdi a sede.... adeus...

Jornais

Na sequência de duas notícias dadas no Público, sobre a suspensão por 150 dias da apreciação de projectos que não se enquadrem no PDM de 93 ou no que está para aprovar, e sobre o Plano de Pormenor das Antas, insurgem-se o Arq. Pulido Valente, e o Pedro Lessa, n' A Baixa do Porto.

Claro, que o sr. director-adjunto do Público, vem dizer que não compete aos jornais e aos jornalistas tecer comentários de natureza ética sobre os actos políticos, como se fosse isso que estava em causa, e não a legalidade das opções tomadas.

Se as notícias nos forem transmitidas por simples papagaios, não serão menos eficazes, pois estes limitar-se-ão a dá-las, sem cuidar do que dizem, pois não possuem discernimento para tanto.

Mas os jornalistas, para além da função de informar, devem formar, e por isso deverão salientar as dúvidas suscitadas pela decisão se a elas houver lugar.

Não bastará dizer que A atropelou B, ou que X bateu em Y, será preciso que sejam cumpridas as quatro regras do jornalista - o que, onde, quando e como - e que seja notícia.

Ora, nos casos versados, eram notícia porque envolviam diferentes pontos de vista e que o jornalista se esqueceu de transmitir tendo falhado logo na premissa inicial que é o que!

Talvez, por isso, os jornalistas comecem a ser conotados negativa e depreciativamente, é que a isenção ainda não se vende nas drogarias.

Três anos não será muito tempo

Ontem, Rui Rio foi ao Bairro de D. Leonor fazer a apresentação pública do projecto de reconversão daquele bairro.

Segundo a notícia da CMP, as obras já terão começado há duas semanas, o que me espanta, pois as apresentações de projectos fazem-se geralmente antes do início das obras própriamente dito, e não durante o andamento das mesmas, o que se calhar não foi possível por dificuldades de agenda.

De louvar o empenhamento no cumprimento das promessas do autarca em relação a este Bairro, mas como é estranho que tenha precisado de todo um mandato para preparar o projecto, e só agora, no fim do mesmo, ter dado início à recuperação!

Não será afinal mais um fenómeno associado à grande corrida autárquica?


14 setembro, 2005

Muito ocupado

Hoje não escrevo mais, pois ando muito ocupado a ler o panfleto da obra feita pelo actual Presidente da Câmara do Porto, e à procura do seu programa para os próximos quatro anos.

Perfeitamente de acordo

No Bloguitica... sem espinhas!

Quartas-feiras

Para quem só trabalha para angariar o sustento, e com descanso obrigatório aos sábados e domingos, como devem ser difíceis as quartas-feiras!

O domingo já parece coisa do passado longínquo, e o almejado sábado ainda está a mais de dois dias de distância! E o problema, é que sem um feriado providencial, nunca se poderão furtar a esta evidência.


Obrigatório reler!

Nos ALIADOS um excelente artigo de Teresa Andresen, arquitecta paisagista.

13 setembro, 2005

Humor aborrecido

Sempre que vejo um humorista a dizer que é difícil fazer humor, digo com os meus botões, lá está mais um que só trabalha e não lê jornais, pois bastaria uma vista de olhos às colunas de opinião dos jornais ou às mesas-redondas pré ou pós eleitorais, para recolher matéria de sobra para vários programas.

Então não é cómico, ver uma jornalista escrever em letra de forma, que o Primeiro-Ministro e a Ministra da educação andam excitados com a introdução da aprendizagem da língua inglesa pelos alunos dos 3º e 4º ano do básico, para logo lembrar que o governo que acabou de gastar 20 milhões de Euros num projecto que já cobre 87% das escolas, não está a fazer o mesmo em relação ao desporto escolar, nem ao aprendizado dos números ou da língua pátria, como se o PM tivesse ali à beira, um saco azul cheio de euros para distribuir, pois o País vive uma desafogada situação financeira, e que se calhar era melhor por os meninos a fazer educação física e a melhor aprender matemática e português!

Não lhe interessa que o problema do português e a matemática estejam já a ser tratados por via de um reforço na formação dos professores, e que o desporto escolar, embora importante ainda não é a prioridade, apenas lhe apeteceu deitar uma pontinha de veneno, e como sabe que há quem facilmente se encandeie com a prosa fácil aí vai.

Querem mais um exemplo?

Um senhor jornalista, depois de ter lido que a Autoridade para a Concorrência multou a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) por ter uma tabela de preços mínimos, o que contraria todas as regras da livre concorrência, e depois de a própria OMD dizer ao DN que não existiam as ditas tabelas desde 2001, muito embora, conforme se pode ler no DN de hoje Entre 2002 e 2004 o organismo representante da classe condenou cerca de duas dezenas de profissionais por cobrarem preços mais baixos aos seus utentes do que aqueles que constavam da tabela. A última condenação data de Agosto de 2004 e, tal como as restantes, foi publicada no boletim do organismo., expende extenso arrazoado defendendo aqueles preços mínimos, uma vez que nos consultórios de Medicina Dentária os riscos de infecção cruzada são altos. Por isso, é necessário garantir que não haja contaminação do instrumental utilizado, que seja usada, sempre que possível, material descartável e que sejam aplicados produtos e materiais da mais alta qualidade (naturalmente muito dispendiosos).!

Será que nos consultórios de ginecologia, proctologia, otorrinolaringologia, gastrenterologia, ou nos simples postos de enfermagem, não se usa material descartável, não se esterilizam os instrumentos, não se usam máscaras ou luvas, ou a assepsia é encarada levianamente e é de borla?

E não contente com a quantidade de disparates que espeta no artigo, faz a pergunta sacramenta:l Será que a Saúde em Portugal é tratada como comércio?

Não acham isto delirantemente cómico?! Este jornalista estará a soldo de quem ou de quê e tenta proteger quem?

É esta maneira humorística de fazer jornais que às vezes me aborrece!

No Comércio do Porto

Sob o título
Estreia dos concertos Promenade no Coliseu com Rui Rio
o Comércio do Porto , informa-nos que o autarca irá apresentar a peça Guia da Orquestra para Jovens de Benjamin Britten, e que outras figuras conhecidas participarão nos seguintes espectáculos.

Sabendo que Pinto da Costa, Belmiro de Azevedo, Carvalho Guerra, Manuela de Melo, Pedro Abrunhosa e Rui Reininho, são pessoas ligadas à cultura, quer como mecenas, quer como integrantes, quer como dinamizadores, só compreendo a presença de Rui Rio como uma presença institucional.

Interessante, este repentino apetite de Rio pela cultura, e curioso será ouvir o que terá a dizer sobre Britten ou sobre a peça.

Parabéns à AACP

A não perder.

12 setembro, 2005

Caça às bruxas

De repente, como se este País tivesse nascido ontem, alguém se lembra que os políticos poderão ser corruptos e vai daí inicia uma caça às bruxas.

Os ingredientes estão à mão, pois o País está desmotivado e triste, os incêndios acabaram, o Katrina é chão que já não dá muitas uvas, e para o vulgo que adora espiolhar a casa do próximo, é fácil de aderir a este tipo de iniciativas, onde o que interessa é descobrir algumas carecas, tentando entretanto encobrir muitas mais.

A partir de um discurso amargo de alguém que, sendo político, está ressabiado com os seus pares, um 'blog' avança com o convite à denúncia privada e anónima, para o seu endereço particular, com o fim de eleborar uma listagem a divulgar, de pessoas que estejam na política e que tenham parentes a praticar a mesma actividade!!!!

E avança com exemplos:

um líder de uma distrital cujo filho seja deputado. Um governador civil cujo filho faça parte dos órgãos de um partido. Um presidente da câmara cuja mulher seja ministra

como se, apenas por motivo de parentesco, se pudesse restringir a actividade política a alguém que se comporte dignamente no seu cargo.

Mas como viu que alguns caíram no isco, logo clarificou que só interessariam casos a partir de 2000, como se antes dessa data tudo fosse de uma limpidez tipo Tide, e de uma honestidade que empenhasse as suas barbas, como o saudoso João de Castro, num período em que a moda é o escanhoado bem feitinho ou as barbas com apenas três dias.

Mas eis que chega à praça o JPP e anuncia que o rei vai nu, mas que se lhe pousarem em cima uns ademanes, tal listagem, limitadinha e só englobando gente do PS ou do PSD, poderia servir para mostrar isto e mais aquilo...

Nunca esperei ver o ilustrado JPP, que tão bem alinda o seu ABRUPTO, a retornar às origens da denunciazinha soez e grosseira do seu passado revolucionário, mas a nódoa cai quando menos se espera.

Por este tipo de alarvidades, vindo de quadrantes que deviam pensar melhor no que fomentam, é que a democracia perde em clareza.

Não se pede à justiça que investigue, não se recorre aos poderes instituídos reclamando limpidez e transparência na coisa pública, não, prefere-se a intrigazinha de muro de quintal, o diz-que-diz das coscuvilheiras, as listagens a circular em ambientes seleccionados.

Eu dou voltas à cabeça e interrogo-me!

Para que servirá uma base de dados que me diga que o Soares pai, está na política com o Soares filho, e que ambos desempenham, desempenharam e possívelmente poderão desempenhar funções na área do poder?

Que contribuirá para a limpidez da coisa pública, saber que o deputado X, tem um filho Y que faz parte da concelhia Z, e é presidente da Junta de Alqueires de Baixo?

E que dizer então, dos que não chegam a deputados, nem às Europas, porque esses lugares estão preenchidos desde há muito pelos que se eternizam no poder e dos quais JPP é um muito notável caso.

E porquê só os políticos? E os gestores que são nomeados sem saberem ler nem escrever, e que não tem cartãozinho partidário, nem são familiares de ninguém, não vão para a lista? E os advogados que têm escritório sonante e ganham balúrdios à custa de pareceres que dão aos governos e não têm cargos partidários? E que dizer dos independentes que aparecem a fazer perninhas como consultores, para amealhar mais uns cobres a coberto de amizades esquisitas? Também ficam de fora?

Ora, vamos lá a ver se ganhamos juízo, e nos deixamos de perseguições ou aquisições encapotadas e que não sabemos para que servem, e nos empenhamos em pedir maior transparência.

E já agora, que o JPP apresente medidas de combate à fraude e à corrupção, e que o PG as divulgue.


Mais promessas (do Assis)

Desta vez, é a cultura que se vê alvo das promessas deste candidato.

Para além da critíca ao actual ocupante da Câmara, justa, para não dizer justíssima, as promessas ficam-se, no que respeita a acção, à criação de um Centro de Documentação da Arquitectura Moderna e Contemporânea do Porto, implementação do Portal Porto Cultura, um Programa de Formação Musical continuado junto às escolas básicas e secundárias, a reabilitação urbana de Miguel Bombarda e a criação de uma Bienal Contemporânea.

Não sendo pouco, nem fácil, continua a saber a pouco.

Claro que me dirão que não ficarão por aqui as iniciativas, e que o programa elenca ainda muitas mais, mas essas não estão dependentes da vontade única do candidato, e por isso me abstenho de as comentar como promessas, e contabilizá-las à guisa de intenções.

Intenções com que me congratulo, mas que podem não passar disso mesmo, mau grado o desejo do seu arauto.

11 setembro, 2005

Curiosidades tristes

Hoje, por essa blogosfera nacional, muito se escreveu já e ainda mais se há-de escrever sobre a tragédia de 11 de setembro de há quatro anos.

Alguns, sentidamente, outros apenas como instrumento de arremesso político, a favor ou contra de uns EUA que tradicionalmente nos habituamos a admirar em miúdos, mas que à medida que crescemos e adquirimos maiores conhecimentos e vivências, verificamos ser um pouco como aquelas casas com lindos tapetes persas, que são aproveitadas por algumas empregadas de limpeza para cobrir o lixo que vão varrendo dos locais a descoberto, ficando assim com uma bonita protecção que o esconde do olhar do visitante de ocasião.

Nestes quatro anos muito mudou, mas desconfio que muito pouco evoluiu para melhor, mau grado as guerras encetadas e os sacrifícios exigidos.

De quem será a culpa? Se calhar de nós todos, que preferimos sempre reagir violentamente, quando pensamos deter a força necessária para isso, em vez de, pelo menos, tentar procurar as causas e tratar da sua eliminação.

Mas poucos irão recordar Alcafache, onde não se sabe ao certo quantos morreram, talvez porque foi há vinte anos, e as vitímas eram portuguesas, fruto de um atraso tecnológico em que um governo autista, austero e autoritário, deixou o meu País, e que ainda hoje tem admiradores que me dividem em sentimentos diversos.

Os mais velhos e suficientemente cultos, que passaram por esses tipos de governo metem-me nojo, pois têm informação suficiente para saber que a oligarquia dominante asfixiava o País que era nosso, ou como se sentavam à mesa do poder, hoje lastimam essa perda.

Os mais novos, e que não conheceram esse período, dão-me pena, pois acreditam em balelas que lhes são propaladas ao ouvido ou que vão colher aos saudosistas do regime que bem se alimentaram dele.

Os mais cultos, um profundo desprezo, pois pretendem que nova ditadura assuma o lugar da democracia vigente, certos de que estarão nos lugares de poder ou colocados tão perto, que dele irão beneficiar.

Mas o mais curioso de tudo isto, é que existe uma Associação de Emigrantes do Vale da Távega, que pela quarta vez vai assinalar o evento, com a inauguração no local do acidente, de um painel de azulejos onde estarão representados os diversos intervenientes no acidente, e que até convidaram o PR, PM e o secretário de Estado das Comunidades (pois a grande maioria era emigrante), mas a resposta que tiveram não deixa dúvidas do que estes portugueses dizem aos políticos!!!

A resposta do gabinete do secretário de Estado, ao que garante Augusto Sá, foi a seguinte: “Por motivos de agenda não vai poder estar presente”.

Ainda há crentes

No BLOGUITICA, um apontamento sobre Soares, salientando que ainda existem 29 % de portugueses que emprestavam o carro a Soares!!!!

Está o Soares cheio de sorte, pois eu não empresto o meu carro a ninguém, pois carros, canetas e mulheres são sempre coisas que não se emprestam.


10 setembro, 2005

Com a devida vénia

publicado originalmente no Bandeira ao Vento, e surripiado do Glória Fácil.

Mas como gostei...

A nova greve da Justiça

Ouvi ontem, num telejornal qualquer, um representante dos srs. juízes, dizer que aquela corporação iria entrar em greve porque estaria a ser maltratada e desconsiderada pelo governo!

Afinei o ouvido, pois esperava que o senhor me explicasse em que consistiam as desconsiderações, e os maus tratos, pois não sabia de nada até aquela data. O que tinha ouvido falar, era de que os senhores juízes iriam passar a ter menos dias de férias, assemelhando-se assim aos vulgares cidadãos deste País, e que, possívelmente, iriam ter um sistema de saúde idêntico ao dos demais.

Mas disso o cavalheiro não falou, apenas referiu que era um escândalo a maneira como estavam a tratar os juízes no que respeitava às suas férias, e de que tinham sido chamados ao ministério, em conjunto com mais não sei quantas associações sindicais do sector, o que os deixou muito encolerizados, talvez por não terem tido o tratamento VIP a que costumam estar habituados.

Não me lembro de os senhores juízes, nestes anos todos que decorreram depois do 25 de Abril, e já lá vão mais de trinta, fazerem greves por terem processos a mais, ou porque achavam que a justiça ía mal por falta de gabinetes, assim sendo, o que os levará a só agora e tão tardiamente se lembrarem destas estranhas explicações.

Estes senhor, que fala em desconsideração, é apenas um representante de uma corporação em que:

  • muitos dos seus oficiais nos aparecem nos julgamentos, sentados displicentemente, mas que obrigam a que testemunhas e réus se identifiquem em posição de sentido, antes de se decidirem do alto das suas cátedras, a dar autorização para que se sentem, numa cadeira ou num banco desconfortável, alguns tendo o desplante de chamar a atenção do inquirido sobre a sua postura no assento, como se isso fosse prova de menos respeito pela autoridade que representam;
  • muitos chegam atrasados aos julgamentos, quando chegam, e nem um simples pedido de desculpa apresentam aos que ali são chamados a intervir, reagindo acintosamente quando tal facto lhes é recordado;
  • nunca se esquece dos seus privilégios entre os quais avultam os da irresponsabilidade, inamovibilidade, independência, regime de faltas, julgamento inter pares, entrada em livre-trânsito em locais de acesso restringido, utilização gratuita de transportes, advogar em causa própria, etc.;
  • interrompe quando lhe dá na real gana o trabalho que faz, chegando ao ponto de alguns aceitarem para o mesmo dia e hora, julgamentos em juízos diferentes, sabendo de antemão que um deles irá ficar prejudicado e que não irão ser responsabilizados por esse facto, pois quer advogados quer litigantes sabem o que têm a esperar no futuro.
Muito mais poderá ser aduzido ao que aqui se escreveu, por centenas de infelizes que passaram dias e horas em corredores, de pé, sem aquecimento ou escaldantes, aguardando a chamada para depôr sem nunca chegarem a fazê-lo, só porque o sr. doutor ou já estará suficientemente elucidado o que será correcto, ou porque apenas quis mostrar que tem poder absoluto sobre quem entra nas portas do seu feudo, pois ja´saberia que não iria conseguir ouvir todos no espaço de tempo que tinha disponível.

É triste, que num País que tem uma justiça que demora anos a repor legalidades ou as deixa prescrever em numeros assombrosos, se ouse ouvir falar em dignidades feridas ou direitos espezinhados, quando muitos de nós tem queixas de muitos que agora se apresentam como vitímas.

Até quando este triste espectáculo.

Eficiência

Num texto bem humorado, n' A Baixa do Porto, a Cristina Santos explica, como é que a CMP consegue transformar uma obra meritória em investimento de fraco retorno.

Anonimato

No Causa Nossa, uma posição com que concordo, sobre o anonimato.

Afinal está a dar que falar...

No Menina não Entra, uma proposta para se tornar um case study; no SEDE
fala-se em conversas telefónicas que dirão mais, entretanto no JN, diz-se que Dias Loureiro já anda a meter o acusador no tribunal.

Continuaremos atentos.

Porque hoje é Sábado

O dia da criação


Macho e fêmea os criou.
Gênese, 1, 27


I


Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.



Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.


Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.



Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.



II


Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado
Hoje há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado
Há um rico que se mata
Porque hoje é sábado
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado
Há um grande espírito-de-porco
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado
Há criançinhas que não comem
Porque hoje é sábado
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado
Há uma comemoração fantástica
Porque hoje é sábado
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado



III


Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens,
ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como
as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas
em queda invisível na
terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda
e missa de
sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das
águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em [cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e [sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.

Vinicius de Moraes

09 setembro, 2005

A riqueza aumentou 0,5 por cento

Nos jornais, aparece a notícia de que o INE diz que produzimos mais 0,5 % de riqueza em relação a período homólogo do ano passado!

É a revolução total!

O Primeiro-Ministro sorri, e congratula-se com o seu governo e reclama que as suas medidas estão a produzir efeitos!

Os jornalistas especialistas em economia arrepelam os cabelos e dizem que não entendem como é que isso foi, pois é impossível que... e desatam a esgrimir argumentos e contra-argumentos, confundindo cada vez mais quem os lê, e confundindo-se a si mesmo, pois tinham pensado que... mas afinal saíu ao contrário.

Os apoiantes do governo soltam foguetes e rejubilam pois podem já sair à rua sem medo de serem acusados do crime de lesa-pátria de ter de lá tirado o Santana e colocado o Sócrates.

Pelo contrário, os que são contra, começam agora a enveredar pela tese da cabala do INE que certamente estará a soldo do governo, ou que, estará cheio de uma cambada de incompetentes que se enganaram nas contas, esquecendo que tem utilizado os mesmos números do INE para comentar a ineficácia do governo!

Alguns, menos técnicos, olham para o ridículo do número, suspiram, acreditam que será apenas conjuntural, e que infelizmente não parece ser ainda o que nos afastará do desânimo instalado e fomentado por muito boa gente, interrogando-se sobre o porquê de tanto barulho sobre nada.

Água Pública

Projecto interessante que valerá a pena discutir, eu descobri-o aqui.

As propostas da CDU

No 'site' da CDU para as autárquicas no distrito do Porto, navegando lá encontramos 25 propostas que põem o Porto em primeiro.

Da sua leitura, para além de ideias comuns com a candidatura do Francisco Assis, outras são francamente generalistas não servindo senão como processos de intenções de que não se vislumbra sequer uma ideia definida.

No entanto vejo que não deixa de tocar em áreas como o fomento do desporto juvenil, na criação de disciplina na abertura de estabelecimentos de diversões nocturna tendo em atenção as populações residentes, a despoluição das ribeiras subterrâneas, a aposta em transporte público não poluente que chegue a todos os pontos da cidade a preços acessíveis, a existência de passeios pedonais em todas as artérias citadinas e a promoção do Rio Douro (incipiente ainda), e a fixação dos festivais habituais (esqueceram-se do Inter-céltico).

Novamente nada sobre uma aposta forte no turismo, fortalecimento da segurança, criação de eventos a escala internacional com periodicidade garantida, ou renovação do parque industrial e mesmo sobre a despoluição do Douro e sua utilização como via alternativa ao transporte rodoviário, ou restrição do automóvel ao centro da cidade, para já não falar em propostas para sermos de facto uma cidade da ciência e das artes, pois para isso será preciso cativar investimentos com visão.

Continua a ser um programa pouco ambicioso e sem grandes novidades, a não ser que consideremos a proposta do Festival do Rio Douro, ou os passeios pedonais.


Ista irá dar que falar?

Francisco Louçã na TSF...

08 setembro, 2005

Também gostava de comentar as de Rui Rio

Mas no seu 'site' só lá está isto... e eu nem gosto de verde...

Dúvidas sobre as promessas (de Assis)

Lá dei com o 'site' do Assis, e vi que os azuis predominam, o que me agradou, pois é cor da minha preferência, mas que tem uma fotografia do candidato que nos fita frontalmente com ar zangado, o que para os mais timoratos poderá afugentá-los a sete pés.

Mas dediquei-lhe a minha atenção (ao site, e não à fotografia), e lá pude ver algumas das promessas que são feitas aos cidadãos do Porto, no caso de vir a ser eleito.

Estranhei que as ditas se fiquem pelo ambiente, mobilidade e urbanismo, deixando de lado a cultura, o turismo, a juventude, o desporto, o combate à exclusão e a segurança, mas pelos vistos a estratégia que irá utilizar é a de fustigação constante, e irá apresentá-las a par e passo, desgastando assim o seu principal oponente, que já afirmou que não tem mais ideias do que as que (não) tinha já há quatro anos atrás.


Sobre o que é prometido, não há muito a dizer, pois na sua generalidade concordo, muito embora ache que o enfoque na criação de um parque por ano, ou a ciclovia a ligar os pólos universitários, não são as coisas mais importantes para uma cidade, que nesta altura tem um PDM de 1993 legalizado, e umas normas provisórias feridas de ilegalidade.

Fico entretanto com algumas dúvidas, como:

  1. a que respeita à resolução do estacionamento para moradores fora do espaço público, pois, a não ser que se criem parques de estacionamento no interior de prédios antigos abandonados ou adquiridos pela autarquia, mantendo-lhes todavia as fachadas, caso tenham valor histórioco/arquitectónico, não estou a ver outro tipo de saída com interesse para a cidade e para os interessados;
  2. sobre o meio ferroviário ultraligeiro proposto para a Avenida da Boavista, pois para além de não se complementar com nenhum dos actuais (metro, eléctrico, comboio), não se sabe muito bem o que será, mas deverá ficar a meio caminho entre o metro ligeiro e o eléctrico rápido. Parece-me, smo, que será mais uma 'novidade' que poderá ser evitada com a implementação de uma linha de eléctrico que ligue a Boavista à actual que termina em Sobreiras;
  3. o esquecimento do mercado do Bom Sucesso que é necessário revitalizar, sib pena de em pouco tempo termos outro Bolhão nas mãos;
  4. o não aproveitamento do rio Douro, como via de transporte entre municípios vizinhos, com excepção de uma ligação Cais de Gaia-S. Francisco, dotando-a de meios modernos e rápidos que aliviariam a pressão sobre as travessias e serviriam melhor o repovoamento das suas margens;
  5. porque não tem lugar no discurso a dinamização da Autoridade Metropolitana de Transportes, o transporte público na cidade antiga, um regulamento sério de cargas e descargas, actuação sobre a despoluição do Douro, a segurança na cidade, as soluções para os prédios devolutos e/ou em ruínas ou a recolha selectiva de lixos ao domicílio.
Para já, são estas as dúvidas que me assaltam, com o andar da carruagem, veremos se elas se dissipam ou se adensam.

Para rir e chorar ao mesmo tempo

No Cabo Raso, uma análise bem humorada sobre o estado da educação em Portugal.

07 setembro, 2005

A propensão para o insulto

Andando pelos 'blogs', lendo colunas de opinião em jornais e revistas, ou ouvindo televisão, cada vez mais se reconhece uma certa propensão para o insulto na sociedade portuguesa.

O que antes se finava pelas franjas mais incultas da sociedade, ou brilhava apenas na futebolândia, foi subindo, e hoje torna-se já habitual ouvir e ler, insultos soezes, escritos e ditos por quem detem canudo e cátedra, ou reclama nascimento de linhagem, ou ainda educação paterna rigorosa e célere no castigo corporal.

O discurso argumentativo tem descido ao ponto em que, os contendores, em vez de terçar ideias, factos ou dúvidas, preferem agredir-se com uma falta de respeito pelo público em geral, para já não falar dos moderadores, quando de debate se trata, ou dos anfitriões que, em tratando-se de gente educada, se sentirá enxovalhada por tais convivas ter metido na assembleia.

Que é que moverá essa gente, alguma que se reclama pertença da intelectualidade europeia, ou que se engalana com pomposos títulos académicos, mas que envergonhariam muitas das famílias mais humildes deste País, se tivessem nascido no seu seio.

Para mim, este é apenas mais um sinal da decadência, em que uma parte da classe opinante, que é arrivista, deselegante, trauliteira e malcriada, vivendo a custo de prebendas, do erário público ou a soldo de gente bem que não se quer emporcalhar na disputa, caíu e que inexoravelmente nos arrasta para o fundo de uma Europa que se afasta a passos de gigante.

Temos de nos cuidar, e das duas uma, ou quem está no poder arrepia caminho, e abandona ao seu destino os capelões e capelinhas que os rodeiam, ou o populacho, mais cedo ou mais tarde, os atirará por terra, pois a fome e a necessidade despertam sentimentos que não são fáceis de apaziguar.

Militares

No BLOGUITICA, uma chamada de atenção para o almoço entre Sampaio, Sócrates, Luis Amado e chefias miltares.

Que não é coisa corriqueira, a mim também me parece, mas que o braço-de-ferro terá caído, para já, para o lado da disciplina e do que é razoável, também.

Os militares poderão ter as armas, mas poderão não ter a razão, e quando assim é, de pouco lhes servirão.

Bom seria, que a pasquinaria que por aí anda a gritar sobre tudo e todos, pensasse um pouco mais, e criticasse fortemente os atrevidos que ameaçam um governo democráticamente eleito com as armas de que são fiéis depositários.

Vergonhosa a actuação dos cabeçilhas, que num País mais a sério, teriam já os respectivos processos em cima, organizadinhos e arrumados para dar o exemplo.

06 setembro, 2005

Sobre Rabelos

No A Cidade Surpreendente, para além das imagens que tão bem retratam o nosso Porto, fotos e texto que vale a pena guardar, pois documentam uma arte que já lá vai.

Serviço público grátis.

Sobre a Ota e o TGV

Excelente 'link' sobre o assunto, que o Rui Rodrigues enviou para A Baixa do Porto, da parte de quem sabe da poda.

Será interessante ver se pegam no assunto.

Já agora se gostam de comboios e de mobilidade podem ir aqui.

05 setembro, 2005

Sobre o parecer do IPPAR

Depois de ler o parecer do IPPAR no ALIADOS, não pude resistir e escrevi n' A Baixa do Porto, um texto sobre o assunto.

E se fosse por cá

Ainda abismado com o que se passou e continua a passar do lado de lá do oceano, pensei com os meus botões... e se fosse por cá?!

O exemplo que colhemos dos fogos florestais, são prenunciadores do pouco que é feito em termos programados e continuados, e só não haverá mais área ardida, porque o 'desenrascanço' nacional se sobrepõe às condições climatéricas e desorganização do comando, que nalguns casos é bem visível.

As guerras entre 'capelinhas' estalam, volta meia volta, sem que os galos que estão no poleiro, distribuam umas valentes bicadas nos contendores, metendo-os na linha, e mandando-os gastar as energias e conhecimentos na área que dirigem, em vez de andarem nas televisões e jornais a dizerem que a culpa foi do outro.

Já se interrogaram, algum dia, sobre os meios que as cidades portuguesas dispoem para combater catástrofes?

Já experimentaram interrogar-se sobre a solidez dos edifícios e obras de arte, e qual será o seu comportamento em caso de sismo mais atrevido?

Já repararam que em cidades de grande dimensão não existem hidrantes em quantidade aceitável para acorrer a grandes incêndios que surjam na sequência de outras catástrofes naturais?

E que dizer das muitas construcções autorizadas ou não, pelos poderes políticos em leitos de cheia ou orlas marítimas.

Mas de quem é a culpa?

Certamente, se algo acontecer, pobre do PM que estiver ao serviço, pois vão-lhe cair em cima todos os que são do contra, mesmo que já tenham estado sentados na cadeira que agora ocupa e nada tenham feito para resolver as situações.

Isto é mesmo um País-cão.