30 novembro, 2008

Citações (VIII)

O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Ao nos oferecer a opinião dos deseducados, ele mantém-nos em dia com a ignorância da comunidade

Oscar Wilde

Quem diz que não temos iniciativa?

Hoje, no Jornalismo Porto.Net esta notícia!

Saíu da cabeça de um aluno da FEUP, que é engenheiro do ISEP, e a Polight é já uma realidade.

Obrigado ao José Carlos Ferreira.

Elisa Ferreira em discurso directo

"... somos a segunda cidade do País, mas temos de o ser, não pelo estatuto, mas porque o conseguimos ser ..."

ontem, na Casa da Música.

Porque é importante não esquecer

Tirado d' A Baixa do Porto este texto de Filinto Melo.

"Jornalistas despedidos assinalam aniversário do jornal «O Primeiro de Janeiro»"

No dia 1 de Dezembro de 1868, no culminar da revolta portuense da «Janeirinha», nasceu o jornal «O Primeiro de Janeiro». Ao longo de 140 anos, o periódico foi ganhando importância, tornando-se no principal jornal de referência em Portugal, no período da ditadura salazarista.

Nascido numa revolta contra a política fiscal do Governo de Fontes Pereira de Melo, «O Primeiro de Janeiro» atravessou outros períodos conturbados, como a transição para o regime democrático, acabando por se debater com a mais grave crise da sua história, na década de 1980, quando o seu vasto património foi desbaratado. O jornal foi persistindo, na década seguinte, mas já sem o seu emblemático edifício na Rua de Santa Catarina, e sem muitos dos grandes profissionais que ajudaram a consolidar o título a nível nacional.

Foi nesta altura, no início dos anos 1990, que um empresário da indústria gráfica, de Oliveira de Azeméis, comprou a empresa detentora do jornal. Associando-se a um título que era sinónimo de prestígio, o empresário foi diversificando os seus negócios para as áreas da construção civil, águas engarrafadas, passando pela organização de espectáculos e agências de viagens. Nunca realizou, no entanto, qualquer investimento na redacção de «O Primeiro de Janeiro», que se manteve, desde 1990, na Rua Coelho Neto, no Porto, num espaço sem condições.

No início da presente década, o mesmo empresário alterou a constituição da empresa fundadora do jornal, registada em 1919, mudou-lhe o nome para Sedico – Serviços de Edição e Comunicação, SA, e transferiu a sede para Gondomar, para uma morada fictícia.

Já sob a direcção de Nassalete Miranda, e apesar do desinvestimento votado pelo empresário, o jornal foi conquistando espaço no panorama da imprensa regional do Norte, não tendo praticamente concorrentes. Todavia, no dia 31 de Julho de 2008, a directora, cumprindo ordens da administração da empresa, demitiu em bloco mais de 30 jornalistas e outros funcionários administrativos, sem uma justificação plausível, sem qualquer indemnização e com salários em atraso.

Os jornalistas despedidos, que se viram obrigados de um momento para o outro, em pleno Verão, a lutar pela sua sobrevivência, não querem agora deixar de assinalar os 140 de existência de um dos mais importantes jornais que se publica em Portugal e para o qual contribuíram, por longos períodos, com muito esforço e dedicação.

Os jornalistas despedidos de «O Primeiro de Janeiro» reúnem-se domingo, dia 30 de Novembro de 2008 num jantar comemorativo dos 140 anos do diário portuense, às 20h30, no Restaurante Mar do Norte, nº 95, Rua Mouzinho da Silveira, no Porto.

Os jornalistas despedidos de «O Primeiro de Janeiro» assinalam o aniversário do jornal, manifestando respeito pelos seus leitores, fontes, antigos trabalhadores e por todos aqueles que demonstraram solidariedade com os seus despedimentos ilegais.

Jornalistas de «O Primeiro de Janeiro» despedidos a 31 de Julho de 2008

29 novembro, 2008

Citações (VII)

Banqueiro: aquele que empresta o dinheiro dos outros e guarda os juros para si

John Pollard

Será que é desta?

Depois de ler hoje, no site de notícias da RTP, que a Elisa Ferreira, revelou hoje que está a "falar com muitas pessoas" para avaliar a viabilidade de uma candidatura à Câmara do Porto, mas frisou que a decisão não será tomada antes do final deste ano. senti-me um pouco mais confortado de que poderemos vir a ter uma opção a Rui Rio.

Espero que o PS do Porto, ou o do Largo do Rato, não estrague tudo com as politiquices a que muitos já estamos habituados.

A seguir com atenção.

O que estará a acontecer?

O ABRUPTO silenciou!

Será que entrou nos seis meses recomendados pela Manuela, a ver se arruma a casa, ou verificou que não é com uma cesta que se vai à água?

28 novembro, 2008

Citações (VI)

A confiança é um acto de fé, e esta dispensa raciocínio
Carlos Drummond de Andrade

Assim, sim!

Já há algum tempo que o JN não me trazia notícias tão interessantes, a saber:

1. - Foi inaugurado ontem o Centro Interpretativo do Passeio Geológico da Foz do Douro;

2. - A CMP está a desenvolver esfoços para classificar aquele complexo metamórfico como património natural nacional;

3. - Oito candidaturas a apoio comunitário, no valor de mais de 18 milhões de euros, sendo que pelo menos oito milhões são provenientes da comunidade europeia, já estão aprovadas, faltando ainda mais dez que estão em curso, que totalizarão 32 milhões de investimento;

4. O parque da cidade vai estender-se em direcção a Matosinhos;

5. - A requalificação da Areosa vai finalmente fazer-se.

Só espero que muito disto não passe de propaganda, tendo em vista o período eleitoral que se avizinha, mas confio que são boas notícias e motivo para retomarmos alguma da esperança que vimos perdendo.


27 novembro, 2008

Citações (V)

Como é que um tipo que é medíocre há-de saber que é medíocre, se ele é medíocre?

Vergílio Ferreira

A ler com atenção

Este comentário dirigido ao Canhoto.

Dez ou doze meses?!

Leio aqui, no Público, que os tram-train no Outono de 2009 entrarão em funcionamento!

Será isto uma medida acertada da Metro do Porto, ou é mais um dos muitos absurdos da gestão à portuguesa?

Quanto custará a imobilização da frota durante estes meses?

E a quem aproveita, sabendo que terão que ser objecto de manutenção e circulação sob pena de estarem inoperativos na data anunciada para a entrada em funcionamento?

Então só agora é que se lembraram da central de ATP que será necessária para a sua operação?

Diz-se que necessitam de três meses de testes em oficina! Mas isso é apenas para o primeiro, e esse já as deve ter efectuado, pois já cá chegou em Agosto, ou ainda não estão efectuados?

5.000 Km em linha para testar?!!!

Não será que esse tipo de testes se deveriam ter efectuado antes de adquirir a frota e não após a compra ter sido decidida, quando já estamos na fase da entrega?

Se o número de dez unidades é o considerado ideal para um funcinamento em pleno, estando já cá três, sendo entregue um ainda este mês, em Maio de 2009, já cá estarão dez, porque não iniciar aí a sua operação?

Não poderão operar conjuntamente os actuais e os novos? Então para quê esperar e não colocar os que agora chegam em operação nos horários mais densamente utilizados?

Não haverá ninguém que saiba responder a estas questões?


26 novembro, 2008

Citações (IV)

Os abusos, que destroem as boas instituições, têm o privilégio fatal de fazer subsistir as más

Pierre-Édouard Lémontey

25 de Novembro

Foi ontem, não foi?

O BE zangou-se

Pois é, lá se entornou o caldo entre os democráticos bloquistas e o Zé Sá Fernandes.

Pelos vistos, os que clamam tanto pela independência do pensamento, não suportaram a independência do seu independente e romperam com ele.

Claro, que há muito, já muitos de nós sabemos que o BE não tem projecto nenhum de governo, nem tampouco está interessado em que algo corra bem em qualquer governo, seja ele duma escola, duma freguesia, duma câmara, duma cidade, dum governo ou até dum país.

Pelos vistos o Sá Fernandes, cometeu o crime de lesa-majestade de não telefonar ao seu controleiro para pedir indicações (ordens) sobre como devia actuar, e ousou pensar pela própria cabeça!

Crime! Gritaram eles, a uma só voz - parece que o Daniel Oliveira gritou mais baixinho do que muitos dos outros, como se pode ver aqui - como é costume desta pusilânime esquerda de voz grossa, que parece ter o dom da omnisciência, bem como uma irrealidade genética que advém certamente da onírica convicção de que todos somos iguais nos direitos e nos deveres, quando na realidade somos tão diferentes como a nossa mão esquerda é da direita.

Afinal, o BE que diz não querer o poder, porque este corrompe e corrói, pela-se por um lugarzinho junto de qualquer governação, nem que para isso tenha de se aliar com gente que não comungue dos seus ideais, nem seja par na sua confraria.

Cá pelo Porto, desde Setembro que não ouvimos a voz do BE, que mais uma vez, se pronunciou contra uma decisão camarária que visa recuperar as gentes do Aleixo e acabar de vez com mais um gueto onde são confinados muitos dos excluídos pela sociedade.

Afinal, o BE, no Porto, apenas quer que aqueles núcleos familiares continuem sujeitos à coabitação com as máfias da droga, da prostituição, do crime de colarinho sujo, tenham escolas decadentes onde professores aterrorizados estão incapacitados de exercer o seu dever, e que se esgotem, em recuperação de imóveis, fundos que poderão ser melhor aproveitados se utilizados para outro tipo de realojamento social. Realojamento com dignidade e superador do desconforto imposto pelo isolamento de classes económicas.

Mas isso, não interessará ao BE, pois retirar-lhe-á alguns votos e não lhe permitirá continuar com demagógicas campanhas a favor dos desfavorecidos.

Abramos os olhos, com mais este triste exemplo da dita esquerda caviar, que continua a não entender que a democracia não se alimenta do povo, mas que é alimentada por ele.

25 novembro, 2008

Citações (III)

Todos têm direito de se enganar nas suas opiniões. Mas ninguém tem o direito de se enganar nos factos

Bernard Baruch

120.000

É um número redondo, assustador, mas que parece que ninguém pretende analizar exaustivamente.

Os 120.000 que estiveram nas manifestações eram todos professores? Não havia por lá mãezinhas e paizinhos a acompanhar, irmãos solidários, alunos que cursam ESE's, professores reformados, sindicalistas profissionais, funcionários de partidos, aprendizes de políticos e até simples motoristas de camioneta e respectivos familiares?

E estavam lá só contra os critérios da avaliação, ou estariam também contra o estatuto do docente, contra o medo de serem avaliados, ou de não terem a coragem de não ir, pela resistência à mudança, pela redução dos seus muitos tempos livres, contra as aulas de substituição, contra as aulas de apoio, por opção partidária.

É que não me convenço que lá estiveram tantos, até porque conheço escolas de onde não foi um único, mas que sabem que lá estiveram representadas!

24 novembro, 2008

Citações (II)

A compaixão é que nos torna verdadeiramente humanos e impede que nos transformemos em pedra, como os monstros de impiedade das lendas

Anatole France

Ou é impressão minha...

ou um serviço do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo vai aparecer por aqui a muito breve prazo.

Ainda sobre S. Bento

Hoje escrevi isto, n' A Baixa do Porto, em reposta ao António Alves.

23 novembro, 2008

Citações (I)

As pessoas com privilégios preferem arriscar a sua própria destruição a perderem um pouco da sua vantagem material


John Galbraith

Tenho medo desta notícia

Hoje, o JN, dá-nos a conhecer que existem planos para alterar a estação de S. Bento, de maneira a enfiar-lhe anexos, que encobrirão mais um shopping, como se já não existissem terrenos ali perto, em franco estado de degradação, que poderiam disponibilizar o espaço necessário.

Mau é, quando um edifício classificado, começa a ser objecto dos apetites dos especuladores imobiliários, pois sabemos a persuasão que estes grupos conseguem ter junto de entidades públicas.

Vamos estar atentos?

21 novembro, 2008

Professores

Até gosto deles, não de todos é claro, até porque não os conheço a todos, mas alguns que eu conheço, e não são tão poucos como parece, dão-me a sensação de se sentirem ameaçados por algo que não conseguem explicar.

Muitos deles, felizmente, são bons professores, dedicados, esforçados, competentes, que criticam muitos dos seus colegas por serem uns parasitas do sistema, mas, de repente, e sem nexo, passam a juntar-se todos do mesmo lado da barricada, em estranha aliança protectora dos que o são apenas por acidente e não por vocação ou querer.

Esta estranha aliança, faz-me desconfiar que a culpa não é da ministra, do governo, da avaliação, do estatuto do professor ou da autonomia das escolas, mas sim um cocktail esquisito, em que os ingredientes atrás mencionados se misturam em proporções diversas mas cuho resultado só dará a desenxabida mistela corporativa habitual.

Como todos, ou melhor, como a maioria dos que sabem ler e escrever e frequentaram uma escola, também eu tive professores, alguns (muitos) que recordo com saudade, e outros (demasiados) de quem recordo a ineficiência, a ausência de capacidades pedagógicas, e até conhecimentos suficientes para leccionar fosse que matéria fosse.

Gostava que os professores, principalmente os do ensino básico, se lembrassem que são o fermento que faz crescer a sociedade, e que o futuro dessa sociedade também os atingirá, quer directa, quer indirectamente, pelo que esta sua posição de negação da avaliação (eu sei, eu sei, que todos dizem querer ser avaliados) com influência no seu percurso laboral me assusta, pois cheira-me a medos ocultos que só em privado se confessam.

Os professores, afinal, não me parecem ser uma massa unida por um desejo único, antes me parecem um rebanho que só está junto, porque lhes dizem que o lobo lhes ronda o pasto, quando albergam no seu meio, muitas dúzias de lobos disfarçados de cordeiros, que se saciarão dos mais tenros e confiantes, para gáudio das hienas que no alto do monte tentam abafar o seu riso cacarejado, esperando a oportunidade de se saciarem com os restos.

É altura de abrirem os olhos, de confiarem um pouco mais no pastor e nos cães de guarda, por muito que eles lhes mordam nas patas, pois valerá mais ficar com os artelhos esfolados, do que morrer esquartejado, ou à míngua.

Se querem cantar vitória, continuem a caminho do abismo, mas no fim não se queixem de quem comandou o rebanho foi o general Pirro!

Bolhão, outra vez

Pelos vistos, a CMP não está nada interessada no problema do Bolhão, para isso bastará ver a proposta de dotação no Plano Orçamental para 2009.

1.000.000,00 €

conforme se pode ler aqui, com os votos favoráveis do PSD e do CDS.

Depois venham dizer que a culpa não é deles, e que andam a tentar resolver o problema da requalificação do Bolhão.

20 novembro, 2008

Critérios

O Financial Times chamou-nos, a nós, portugueses, com todas letrinhas porcos na pocilga - pigs in muck - , ironizando com o acrónimo de Portugal, Italy, Greece and Spain.

Enquanto nuestros hermanos se irritaram e pediram explicações, nós por cá, nem tugimos nem mugimos - à excepção de alguns blogs que se deliciaram com o insulto, e outros que rapidamente só leram a classificação do nosso ministro das Finanças, para além de poucos que se incomodaram com o facto - como se pela velha Albion tudo estivesse bem no mundo das finanças.

É nestes pequenos pormenores que nós mostramos que somos ainda mais pequeninos do que na realidade geográfica parece, muito embora muitos dos que se riem, passem a vida a reclamar pela dignidade nacional.

O Comércio do Porto

O espólio de O Comércio do Porto, antigo jornal da urbe, ruma para a vizinha cidade de Gaia, por obra e graça do seu presidente de câmara e de um grupo espanhol, derentor do Faro de Vigo.

Tudo isto vem escarrapachado no 'site' de O Primeiro de Janeiro, na sua edição de hoje,, outro jornal da cidade que luta pela sobrevivência.

Entretanto, outro diário que antigamente era conhecido como o farol da cidade, modernizou-se, expandiu-se, e dedica-se sobretudo a outras bandas, deixando mais pobre o Norte e a cidade que o viu nascer, confirmando que só o centralismo absoluto permite o crescimento.

Nós, os portuenses, continuamos a assistir, ao esvaziamento contínuo até ao estertor final, com uma paciência impensável há uns anos atrás, a coberto da conivência dos interesses instalados na cidade, que visam proteger, quer as suas benfeitorias, quer o seu estatuto.

Faltam-nos Almadas, Garrettes, Farias Guimarães, Basílios Teles, e muitos outros que elevaram o nome desta cidade às alturas a que teve e tem direito.

Hoje, temos gente pequena, preocupada com questões do deve e haver - que são encargos de guarda-livros e não de empreendedores - que não arriscam mas petiscam (muito e bem), se enredam em questões comezinhas e nas tricas e baldrocas, mais próprias das comadres e alcoviteiras do que dos feitores e governantas.

E este Porto, vai mirrando, sob um diáfano céu outonal, que não nos permite vislumbrar a chegada do frio Inverno que nos enregelará os osssos, quiçá para sempre, e mantemos a esperança de uma Primavera - que vai e que volta sempre, enquanto eu penso, negativamente , que a mocidade vai e não volta mais.

19 novembro, 2008

Coisas complicadas

O estranho silêncio do ABRUPTO sobre a ironia.

Bolhão

O folhetim continua a arrastar-se.

Depois de se terem tomado medidas e mais medidas, se terem ouvido protestos e mais protestos, a Câmara vem agora dizer-nos que antes do segundo semestre de 2009 nada se fará para a sua requalificação!

De quem é a culpa?

Será da cidade?

18 novembro, 2008

Também não conhecia

Via a Baixa do Porto, tomei conhecimento de mais um hotel cá no burgo, e com preços módicos.

Rivoli Cinema Hostel

Estamos quase em primeiro

Desemprego. Em seis anos, o Norte de Portugal enfrentou mais de 60 casos de reestruturação de empresas que motivaram despedimentos em massa. Dados da Eurofound sugerem a destruição de mais de 17 500 postos de trabalho, sobretudo no sector têxtil. Os autores admitem que existam mais casos O Norte de Portugal é a segunda região europeia com mais situações de despedimento em massa. Com 60 casos, a região surge em segundo lugar num 'ranking' elaborado pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), que analisa o período entre 2002 e 2007. Dados solicitados pelo DN aos autores do relatório revelam que as falências, reestruturações internas e deslocalizações consideradas ameaçaram, neste período, 17 556 postos de trabalho.

Os autores sublinham que as regiões com mais casos de destruição de emprego não têm necessariamente que ser as menos prósperas do ponto de vista económico. A lista é, aliás, liderada pelo Sul e Este da Irlanda, enquanto a Catalunha (Espanha) surge em terceiro lugar. A economia de uma região pode destruir empregos em determinados sectores e paralelamente criar outros. Mas a avaliar pela mesma base de dados, o alcance dos casos de criação de emprego no Norte de Portugal foi consideravelmente menor: a Eurofound apresenta apenas seis casos de criação de emprego em larga escala, sobretudo nos últimos anos, que corresponderam à criação de 2865 postos de trabalho. Os dados preliminares de 2008, disponíveis até Setembro, não são considerados no estudo. Mas sugerem uma inversão da tendência.

John Hurley, um dos autores do relatório "More and Better Jobs: Patterns of Employment expansion in Europe", admite que os números recolhidos pelo European Reestructuring Monitor estejam subestimados. "Sabemos que existem mais casos. Os nossos correspondentes podem não captar todas as situações", explica, em declarações ao DN. A contabilização de casos de reestruturação e das consequências a nível de emprego é feita por uma rede de correspondentes nacionais, num trabalho que parte das notícias publicadas nos principais orgãos de comunicação nacionais.

A avaliar pela principal base de dados europeia sobre reestruturações de empresas, o sector têxtil e do calçado foi responsável por mais de metade das situações registadas no Norte de Portugal e por mais de dois terços do total de postos de trabalho ameaçados. Esta é aliás, uma tendência comum a outras regiões da Europa. Segundo dados do mesmo relatório, este foi o sector que, a seguir à agricultura, motivou uma maior redução líquida de emprego entre 2003 e 2007: só na União Europeia a 15 e na Noruega foram eliminados 283 mil postos de trabalho. "Um dos mais importantes factores de mudança foi a eliminação das quotas de importação da União Europeia e o livre acesso de todos os fornecedores ao mercado", referem os autores.

O sector de componentes eléctricos (que engloba, por exemplo, o caso da Yasaki Saltano) e automóvel (Lear Corporation ou Valeo) também foram relevantes para a transformação da região portuguesa.

A falência é o principal motivo para estes casos de destruição de emprego (37 empresas) no Norte de Portugal, seguida das reestruturações internas (14) e das deslocalizações (6). Nos seis anos considerados, a Eurofound registou mais de 4300 casos de reorganizações na Europa, que ameaçaram mais de 2 milhões e meio de postos de trabalho.|

in, DN de hoje

Tudo muda

É por vezes interessante fazer uma pausa, e relembrar grandes temas de debate que moveram multidões mas que, pelos vistos, caíram no esquecimento do portugueses.

Ainda há bem pouco tempo, os economistas e teóricos das previsões, não se calavam, proclamando do alto do seu sacrossanto saber, que o 'crude' iria chegar aos 200 dólares; que o mercado era o principal moderador do desenvolvimento económico: que na privatização da maioria dos serviços públicos estava o Santo Graal do desenvolvimento; que a saúde deveria passar pela canalização dos descontos dos trabalhadores, para as seguradoras (que os aplicariam em quê? fundos de investimento de médio/elevado risco?), que por sua vez pagariam a hospitais privados os custos com a dita; que a regionalização era a diabolização a expurgar do pensamento político nacional; que precisavamos de uma revolução na educação já que este modelo se encontrava esgotado; que o excesso de diálogo tinha sido o pecado do guterrismo que arrastou o País para a penúria; que o Santana Lopes era um libertino delapidador do erário público e político inconsequente; que o Marques Mendes não sabia fazer oposição; que a banca estava sólida e para durar; que os USA eram o Sol do Mundo.

Afinal, em menos de doze meses, tudo está de pernas para o ar, e muitas das mesmas cabeças, dão-nos opiniões diametralmente opostas, como se só os 'pobres' dos políticos fossem os únicos a não ter autorização para mudar de opinião.

Não deixa de ser interessante, mas creio que ainda agora a procissão vai no adro, e até ao lavar dos cestos (eleições) ainda veremos muitos mais malabarismos.

17 novembro, 2008

Salas de visitas

As estações de comboio, deveriam (devem) ser salas de visitas que acolhem o visitante da localidade, ao mesmo tempo que terminais priveligiados dos mais diversos meios de transporte.

Agora que tanto se fala de TGV's, turismo, mobilidade, ecologia, não tenho ouvido falar sobre a pobreza das duas maiores estações servidoras desta cidade (Campanhã e S. Bento), que parecem votadas ao esquecimento, e quando comparadas com o que há de mais moderno, estão a anos-luz de uma utilização correspondente à área que ocupam e à cidade que servem.

será que não é ainda tempo de se falar disso.

Ah! e já agora, não se esqueçam da Ponte de D.Maria, pois qualquer dia vem abaixo, o que será mais uma vergonha para esta cidade.

Estão a chegar as eleições?

Começa a falar-se na cidade (Porto) e no seu marasmo, como só agora este tivesse chegado.

Mais vale tarde do que nunca, mas cheira-me um pouco ao 'charme' não muito discreto de pré-campanha eleitoral.

A ver vamos.

Despacho da ministra da Educação

Ao ler o despacho da ministra da Educação, sou levado a crer pelo menos em uma de duas coisas:

- Haverá muitos professores que não sabem interpretar português, ou sabendo-o, apenas pretendem desestabilizar as escolas, ou

- A avaliação dos professores peca por tardia, pois não entendo a necessidade deste despacho clarificador, pois a matéria é simples de entender, a não ser que hajam professores que não o devem ser por ausência de conhecimentos básicos...

16 novembro, 2008

Como sempre

JPP, no seu ABRUPTO, após mais uma das sua egnimática lucubrações.

"..
Não. o que tem calado o Abrupto, que como se sabe é como a voz do poeta Alegre que "ninguém cala!", é um miserável Morbus, alimentado por uma ínfima bactéria, de origem desconhecida, não se sabe se exótica, vinda dos fundos africanos, ou se da opulenta União. Até mais ver, haja autorização da Morbus.".

Afinal Morbus, será masculino ou feminino? Será neutro.... Será da febre?

Faltas

Os alunos protestam contra o regime de faltas contido no estatuto do aluno, pois dizem que estão a ser tratados injustamente!

Depois de ler atentamente o regime de faltas aprovado pela Lei 3/2008, não vejo como será possível concordar com o que aqui vem escrito, ou será que os alunos ainda quereriam ter direito a faltar mais?!

15 novembro, 2008

14 novembro, 2008

10 coisas boas

1. Estar apaixonado(a)
2. Rir
3. Um chuveiro quente em dia de Inverno
4. Ouvir a música que gostamos
5. Ficar na cama a ouvir a chuva lá fora (acompanhado é melhor ainda)
6. Uma boa conversa
7. Um bom livro
8. Chocolate quente
9. Acordar bem cedo e descobrir que podemos ficar na cama um pouco mais
10. Cheiro de maresia.

Os compromissos

Visto e lido na Baixa do Porto .

Os compromissos já não são o que eram!

Idosos

Não há dia que passe, que não ouça alguém falar ou escrever sobre o tema, geralmente com uma posição doutoral e falsamente piedosa sobre os malefícios a que estão sujeitos os idosos neste país.

Para além de um país real que se borrifa neles, esquecendo que o seu bem-estar passaria sobretudo por uma digna reforma, instituições preparadas para o seu acompanhamento e/ou acolhimento, apoios e cuidados domiciliários de acordo com as disponibilidades financeiras reais dos próprios, para além de um possível real e efectivo apoio familiar, nada do que ouvimos vai ao encontro do real problema de hoje que é a longevidade associada à falta de condições sociais.

Mas quando saímos para o 'campo' o que é que vemos?

Que as reformas são de miséria e só servem para ser brandidas como propaganda eleitoral ou partidária; as instituições - quando existem - são poucas, na sua maioria de qualidade mais do que duvidosa, extremamente caras e, na sua grande parte, estão na mão de profissionais de saúde ou de sociedades ditas de benemerência; que os cuidados domiciliários servem na generalidade para levar alimentação, apoio à higiena mais básica ou o transporte para centros de dia que mais parecem salas de arrumos de velharias; apoios familiares quase inexistentes, pois a lufa-lufa diária e a própria incapacidade económica, e/ou falta de saúde, não permite que tal aconteça com a periodicidade desejada.

Ainda há poucos dias, confrontado com a situação difícil de uma idosa abrigada num lar de muita qualidade no Norte do País, uma médica do SNS quando solicitado a ver a senhora em questão, argumentou à enfermeira que a acompanhava à consulta, que nada pretendia receitar dada a avançada idade da paciente, se o lugar onde estava hospedada não tinha médico particular, e que não era para tratar de esse tipo de idosos que estava ali a prestar serviço!!!

Isto passou-se num Centro de Saúde, com uma médica paga por todos nós e que certamente não está ali para condenar os doentes, mas para tentar dar-lhes uma melhor qualidade de vida.

Mas a realidade é esta!

Só me custa que nesses programas não se façam ouvir os idosos, nem aqueles que com eles lidam de perto, e que muito poderiam dizer sobre o assunto, deixando apenas a ribalta para as(os) bem falantes que me parece, segundo a minha humilde opinião, interessarem-se mais pela exposição mediática do que pelo problema em si.

13 novembro, 2008

Coisas interessantes

Aluna agride professora - grande escândalo, com notícias e vídeos nos telejornais, mesas redondas, quadradas, rectangulares, octogonais, deputados chocados, jornalistas inflamados, pedem-se medidas à Ministra e policiamento nas escolas.

Alunos atiram ovos a governantes - não há escândalo, os ministros e secretários de estado é que são culpados por estarem lá, acabaram as mesas, a AR é um mar morno e silencioso, os sindicatos e os professores acham um exagero a polícia ter tentado evitar que os ovos chegassem aos destinatários

Procure as diferenças

Avaliações

A propósito deste tema, dou comigo a arengar com a minha cara-metade, que segundo a lógica professoral e sindical, fui toda a vida um injustiçado, a saber:

1º - Desde 1965 o meu trabalho sempre foi avaliado, e ainda hoje o é;

2º - Creio que me posso queixar de todas as avaliações que tive, pois nunca existiu nenhum critério correcto e efectivo para poderem aquilatar do meu desempenho profissional, e isto porque sempre fui avaliado por pessoas que:

a) - Nem sempre vestiam tão bem quanto eu, e eu era classificado no item - apresentação!

b) - Outros estariam muito longe dos meus conhecimentos profissionais, mas isso não os impedia de me classificarem por comparação com os meus colegas nesse item recorrente nas avaliações;

c) - Vários avaliadores chegavam mais tarde do que eu e saíam mais cedo, pelo que será duvidosa a sua capacidade em me terem avaliado na área da pontualidade/assiduidade;

d) - Tive a felicidade de ter óptimos colaboradores, com quem me relacionava com facilidade, coisa que muitos dos meus avaliadores não conseguiam, mas no entanto tiveram sempre critérios de aferição flutuantes, que variavam, na sua maior parte das vezes, mais com o estilo do avaliador do que com a lógica da avaliação;

e) - Nunca tive nenhum especialista em direito a avaliar-me, muito embora fosse uma área onde eu frequentemente emitia opiniões devidamente fundamentadas;

f) - Nunca tive nenhum professor de português a avaliar-me, não obstante ter de fazer extensos relatórios, para serem entendidos, quer por especialistas, quer por leigos nas matérias então versadas;

g) - Tive oportunidade de avaliar e ser avaliado, fazer parte de comissões de recurso de avaliação, sem ter necessidade de ter a sapiência do Leonardo da Vinci, a compaixão de S. Francisco de Assis, a razoabilidade de S. Tomás de Aquino nem tampouco ser Aristóteles para emitir lógicos pareceres;

h) - Muitas outras que poderia enunciar, mas que certamente enfastiariam o leitor mais apressado.

3º - Nunca entendi porque é que só os confrades se deverão avaliar entre si, pois já sabemos que as confrarias tendem a ser criadas para defender uma casta, e não para aprimorarem a qualidade e o julgamento isento dos confrades;

Assim sendo, não vejo onde é que estarão os grandes problemas da avaliação dos professores, pois as críticas que na sua maior parte são veiculadas, fixam-se geralmente em dois problemas-base:

i - os professores não querem ser avaliados por professores mais novos, ou que tenham especialidade diferente da sua;

ii - a avaliação dá muito trabalho e ocupa-lhes muito o tempo.

Claro que a avaliação dá trabalho, e a primeira é sempre a mais custosa e de maior dificuldade, mas creio que estas não serão de facto razões para rejeitar tal processo.

Por favor, esclareçam-nos, pois eu cada vez menos os entendo.

12 novembro, 2008

Banco Citi

Toca o telefone, com um destes toques modernaços.

- Sim?

- Sr. Fulano de Tal, questionam do outro lado...

- O próprio...

- Já conhece o Banco Citi?

- Já, já...

- Como saberá o Banco Citi está a fazer uma oferta... e vai daí, tenta angariar-me para mais um cartãozinho de plástico, sem anuidade, com direito a côr dourada, e para pagar quando me apetecer (pensei... se fosse tmn - tarde, mal e nunca - valeria a pena) e ... interrompi

- Obrigado, não estou interessado...

- Mas deixe-me explicar as vantagens.... e continua a tentar-me com a plasticidade de um enforcamento sério a curto/médio prazo;

- Já lhe disse, obrigado, mas não estou interessado...

abruptamente escuto atónito

- Mas o sr. só diz que não está interessado, que não está interessado, não sabe dizer mais nada?!

Explodi!

- Desculpe, mas vou desligar, porque o sr. está a ser agressivo e malcriado.(ponto final na conversa).


Se é assim que o Banco Citi pensa angariar clientes, pode começar a procurar nova central de vendas pois com vendedores deste jaez não penso que irá arranjar clientes que valham a pena.

Alegre

Certo dia, o Alegre (poeta), escreveu um soneto, premonitório no seu título chamado:

E Alegre se Fez Triste.

Claro que nem estamos em 'agosto', nem tampouco é de madrugada, mas este Alegre (político), tem vindo a tornar-se triste, afinal por apenas estar a regressar à inconsequência que já era famosa no seu tempo de Argel e que é do conhecimento de muitos dos seus pares.

O Alegre (poeta) que sempre vislumbrou a floresta e jamais a árvore, quiçá por força de más companhias, transmite como Alegre (político) a visão da árvore fugindo de ver a floresta.

Isenção, é nome que serve para transmitir a liberdade e, só deverá ser usada por quem é isento, imparcial, neutro, coisa que o Alegre (político) não está a praticar do mesmo modo que o fazia o Alegre (poeta), nem tal é seu hábito quotidiano.

Se quer falar de Educação. fale com 'E' maiúsculo, aborde o problema segundo todas as perspectivas, disseque o problema até à exaustão, mas por favor, deixe de bater no(a) ceguinho(a), pois nesse(a) já todos batem - com ou sem razão - e espadeire democraticamente para todos os lados e em todos os sentidos, pois a culpa da educação estar como está é de todos, mesmo todos... até do Alegre (político-poeta).


11 novembro, 2008

Indemnizar

Ontem, no programa da RTP Prós e Contras, vi alguns senhores dissertarem sobre o acto de indemnizar, clamando que quem comete erros deliberadamente não deve ser indemnizado!

Isto, a propósito do último folhetim da moda que dá pelo nome de nacionalização do BPN.

Até a Fatinha se mostrou agastada por haver direito a ajuste de contas, no caso de os prevaricadores serem pessoas que detenham investimerntos sobre o banco onde causaram dolo.

Pois, é tudo muito bonito, mas ninguém lhes explicou que o direito à indemnização é o resultante do dever de indemnizar existente nas sociedades onde vigora a democracia? Ou será que queremos regressar às nacionalizações selvagens?

Será que um trabalhador que seja despedido por meter a mão na caixa, já não terá direito à indemnização, igual às verbas não pagas a que terá direito pela cessação do contrato, nomeadamente as proporcionalidades já vencidas de férias , subsídios de Natal e quejandos, ou será que deverá ir direito para a rua, sem nada mais ter a haver senão pagar o que roubou?

Que dizer então dos políticos que fazem deliberadamente leis atamancadas para depois ganharem balúrdios, quer através dos pareceres solicitados aos respectivos escritórios de advocacia ou gabinetes técnicos que possuem, ou onde prestam serviços, quer através de avenças exorbitantes pagas por consultadorias de duvidosa eficácia, dos árbitros que apitem com dolo, dos juízes que condenem inocentes, dos jornalistas que publiquem noticias falsas, etc., etc. etc....

Vem tudo para a rua sem direito a indemnização e reforma, ou será apenas para os do BPN?

Voltei

Até porque já chega de descanso. Mas voltei principalmente porque sinto-me triste por ver que tudo continua como dantes, passados que são já nove meses de interregno.

Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão, aforismo popular que vem a propósito, muito embora haja cá em casa gente que tem pão a mais (poucos) e gente que não tem sequer pão (bastantes, e em acelerado crescimento).

Agora que o tempo arrefece e as castanhas aí estão - cada vez mais caras - saborosas e olorosas. penso ser tempo de aquecer os motores e botar palavra.

Veremos no que isto dá!