23 dezembro, 2005

Nós por cá, tudo bem...

Recebida na minha caixa do correio:

Isto o que aconteceu foi muito simples caros leitores!

O que aconteceu foi que eu estava em Belém na inauguração da maior arvore de Natal da Europa; sim... repito, da Europa, porque nós quando fazemos as coisas é em grande, e virei-me para um turista que lá estava e disse-lhe:

- Lá na tua terra não tens disto pois não? A maior da Europa, a MAIOR!

E o gajo vem com uma conversa do género:

Não sei quê, no meu país preferimos gastar dinheiro em outras coisas, por exemplo a evitar que
rebentem condutas de agua, que levam ao abatimento do solo, e dessa forma prejudiquem milhares de pessoas...mais não sei que mais e o camandro!

E eu, que ate sou um gajo que é pá, tenho uma facilidade na exposição de argumentos, não me fiquei e disse-lhe logo:

- A maior da Europa! Toma! Embrulha!

E o gajo começa a falar que não sei quê, lá no país dele quando começa a chover as zonas ribeirinhas não ficam inundadas, e que talvez fosse melhor que, em vez da árvore, o dinheiro fosse canalizado para evitar essas situações.

Eu comecei a enervar-me e disse-lhe logo:

- Mau, tu queres ver que nos temos que chatear! Eu estou aqui a expor argumentos que é pá sim senhor, e tu vens com essa conversa de não sei quê!

Eu nem quero começar a falar na feijoada em cima da ponte, nem no desfile de "pais natais", porque senão nem sabias onde te meteres pá.

O gajo começa a falar de uma coisa qualquer, tipo túneis que são construídos e ficam a meio, e não sei que mais, e eu virei logo costas.

Porque quando eu vejo estes gajos que não conseguem aceitar a superioridade de um país sobre o outro, e ainda falam, falam, falam, e não dizem nada de jeito, eu fico chateado, claro que fico chateado!!

Postal de Natal

Roubada à má-fila no A Cidade Surpreendente, esta foto de 31 de Janeiro ou Sto. António, conforme quiserem chamar-lhe, com a nossa Torre ao fundo, é apenas uma de muitas dádivas de um belíssimo fotógrafo que dá pelo nome de Carlos Romão.

É o "meu" postal de Natal, para todos os que por aqui passarem, e para os que não passarem mas que eu trago sempre no pensamento.

Até porque é Natal

Aqui vos deixo umas rimas do grande Ary dos Santos, sobre a quadra que tão alegremente festejamos, os que, como eu, têm o privilégio de ter família, amigos, companhia, saúde, roupa, tecto, comida, disposição e vontade de viver partilhando.

Pena que não nos lembremos do Natal fora da época, pois assim talvez nos habituassemos a sorrir um pouco mais.

Aqui vai...

Quando um Homem Quiser

Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitros de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

21 dezembro, 2005

White Christmas

I'm dreaming of a white Christmas
Just like the ones I used to know
Where the treetops glisten
and children listen
To hear sleigh bells in the snow

I'm dreaming of a white Christmas
With every Christmas card I write
May your days be merry and bright
And may all your Christmases be white

I'm dreaming of a white Christmas
With every Christmas card I write
May your days be merry and bright
And may all your Christmases be white

Irving Berlin (1937)

20 dezembro, 2005

Talvez por ser Natal

Ando um pouco fugidio, pois os grandes espaços abertos chamam-me.

Hoje, aqui estou, com uma pequena lembrança.


09 dezembro, 2005

Outras maneiras de ver

No ABRUPTO, JPP, olha este quadro e nada mais vê senão a morte!

Eu, por mais que olhe, e embora ela esteja presente, vejo apenas uma paisagem dum fim de tarde um pouco frio e ventoso, com um céu belamente iluminado que se reflecte no lago e tenho uma sensação de paz tremenda.

As cruzes, no cemitério à esquerda, apenas me levam a interrogar-me sobre as sensações que terão sentido os que neste lugar se perpetuam... se por acaso antes lá teriam estado, se escolheram este lugar para guardar os seus restos ou se foi o acaso que os levou para lá.

Talvez alguns tenham tido a paz que eu sinto, ao olhar a paisagem, que só me é permitida ver através do olhar do pintor.

08 dezembro, 2005

Já não era sem tempo

Diz-nos o Blogo Social Português, que a partir de Janeiro, na Antena 2, poderemos ouvir música tocada por bandas filarmónicas.

Boas notícias.

Até que enfim, que esta música chega até nós, via rádio.

Pode ser que agora, as bandas, tenham direito a sobreviver, desta feita, sem ser à custa das romarias.

Hoje é dia da padroeira do Reino

Afinal, sendo republicanos, guardamos os feriados monárquicos.

Lucidez

In 1958 I wrote the following:

'There are no hard distinctions between what is real and what is unreal, nor between what is true and what is false. A thing is not necessarily either true or false; it can be both true and false.'

E foi assim que, Harold Pinter começou o seu discurso de aceitação do Prémio Nobel

A ler aqui.

07 dezembro, 2005

Hoje é Quarta-feira!

Por isso já fui ao A Cidade Surpreendente mais de quatro vezes!

Sabem porquê?

Explicação aqui.

Conto de Natal

No Bandeira ao Vento.

A ler com atenção.

Eu conheço imensas pessoas que não sabem ver arte.

Fernando Lanhas em entrevista no PortoNet.

E diz mais: - Não ligam nenhuma porque não lhes preocupa. Isso não é preciso. Não têm essa preocupação, não vivem isso.

E eu pergunto:

A escola em Portugal tem-se esforçado por inculcar oo consumo da arte como uma necessidade básica?

06 dezembro, 2005

Que é que o fará falar?

Mais uma vez, desnecessariamente, Souto Moura vem pronunciar-se sobre o caso Casa Pia, revelando assim, que nunca teve perfil nem vocação para liderar o MP, nem sequer tem ou evidencia especiais qualidades de discreção e reserva, que se recomendam a quem está à frente daquela casa.

Vem agora Sua Excelência, informar-nos, como se fosse grande novidade, que a investigação não foi a ideal e que nunca recebeu provas de que se trataria de uma cabala política contra o PS, argumentando que está à espera de que lhe tragam elementos comprovativos do facto!

Será que não é à PGR que compete estimular a investigação de todas as pistas possíveis e imaginárias, ou pelo contrário é seu dever ficar à espera que alguém investigue e lhe entregue a papa feita?

Mas estranhamente, o homem que diz que há milhares de militantes e simpatizantes do PS e milhões de pessoas que estão interessadas em saber a verdade não estranha que dos 250 miiúdos abusados, só apareçam como acusados e investigados por terem sido denunciados (terão?) como abusadores apenas personalidades ligadas ao PS, ou sem filiação partidária, como se a sigla do partido representasse afinal Pedofilia Socialista, e que indivíduos ligados a outros partidos não tenham visto o seu nome escarrapachado nos jornais durante o inquérito, ou tenham sido alvo de calúnias e boatos persecutórios.

Seria preciso ser muito inteligente para, no mínimo, desconfiar de que alguma coisa andava mal em todo aquele inquérito?

Eu, pelo menos, desconfio que os verdadeiros pedófilos, andam por aí, à solta, a gozarem com isto tudo continuando nos seus sórdidos prazeres, nas barbas da justiça que, pelos vistos, está ceguinha de todo.

Mas o sr. procurador não ouve nada, não lê nada, não sabe nada, e pelos vistos também não se interroga sobre este mistério da pedofilia socialista!

E ainda por cima, e para meu desgosto, fala de mais e é do Porto.

Segundo a blogosfera

Ontem, o famoso debate não foi um debate!

Não vi, nem este, nem quero ver os outros, pois nenhum me convencerá de que algo irá fazer pelo País, dadas as provas até agora apresentadas.

A não ser que apareça por aí algum milagre.

Triste figura

Ontem, ao ver Edmundo Pedro a fazer afirmações que os presentes envergonhadamente não contestaram, e ver o papel daquele que foi Presidente da República no processo, deu-me vontade de vomitar.

Que País este em que se vilipendia um homem e nem sequer se lhe apresenta um estafado pedido de desculpas públicamente.

É este um dos apoiantes de outro que se intitula social-democrata!

Saberá Cavaco, que a social-democracia defende a via moderada para o socialismo democrático?

Será que ainda vou ver o Cavaco a defender o socialismo?!

Um simples beijo



05 dezembro, 2005

Humor negro

É melhor sofrer da doença de Alzheimer do que de Parkinson, porque mais vale um gajo esquecer-se de pagar a imperial do que entorná-la...

(In)competência

Visto no Propriedade Privada.

Quem terá sido o brilhante programador que teve esta meritória ideia de imprimir cheques sem valor?

E quanto terá pago o estado por este programa?

Vinhos

Através d'O Portuense, demos com esta agradável notícia.

Sobre as elites nacionais

Escreve-se n'O Jumento este texto.

Embora, não esteja 100 % de acordo, pois detesto generalizações, há nele algumas evidências que são frequentes no nosso quotidiano.

Pois, pois

No Bloguítica, uma interessante análise a ler.

04 dezembro, 2005

E se D. Duarte concorresse?

Não seria assim que todos nós poderíamos ter direito, sem necessidade de mais referendos, a escolher uma alternativa a esta república das beterrabas?

Sim, porque se escolhessemos o sr. D. Duarte, estávamos a decidir que queríamos ser monárquicos, democráticamente, ou não estávamos?

O que se gasta em propaganda política, tempos de antena, palestras de chacha, notícias também de chacha, no período pré e pós eleitoral, pensões, gabinetes e demais pessoal para servir os ex-presidentes, e todo o despesismo inerente ao seu sustento, deveria dar para sustentar a Casa Real, e ao menos podíamos também ter uma família real, para aparecer e sorrir ao povo, com a vantagem de ser educada para se comportar bem à mesa e saber que a vida não é só feita de milagres económicos.

Certamente, seriam devotos de Nossa Senhora, o que aplacaria a Igreja Católica, e simultâneamente, como conhecedores da sua doutrina, saberiam ser complacentes e humildes para com os que pensam de maneira diversa.

Ficaria assim o País a ganhar, bem como todos nós, pois parece que esta República, de tão maltratada, já não tem conserto e os republicanos estão em vias de extinção - pelo menos os convictos.

Ouça o sr. D. Duarte este apelo e acredite, pois teria mais votos do que muitos pensam e talvez assim os portugueses deixassem de falar tanto em eleições e mais em projectos e objectivos.


Sobre um Porto recordado

escreveu o Besugo, no Blogame Mucho.

Vá lá, ponha a seta do rato no aqui e leia, pois vale a pena.

Às vezes a SIC esmera-se

Ontem, na SIC, a Cândida Pinto fez um belíssimo trabalho sobre o desaparecimento de duas figuras do nosso imaginário, Snu Abecassis e Francisco Sá Carneiro.

De vez em quando, a televisão, tem destes excelentes arroubos.

Fico à espera por mais...

Insólitos (I)

Pus luto, aquando da morte de Sá Carneiro.

O que mais me espantou, foram as perguntas curiosas, de muitos intitulados sociais-democratas, sobre a razão do mesmo!

Creio que a maioria não sentiu a perda do Homem, mas apenas lamentou as consequências do acidente.


03 dezembro, 2005

Leituras

Parece que está na moda saber que existiam diferenças entre os bétinhos de Cascais e os do Estoril, conforme nos é muito bem explicadinho no livro de uma nóvel escrevente dos ditos e que parece estar a vender bem.

Literatura interessante, sobre como passavam os dias as meninas da alta, e os seus grandes problemas existenciais.

Haja pachorra.

Eu apoio

Este blog publicitado no Causa Nossa pelo Luis Filipe Borges.

Já tem link nas minhas lutas.

Não é habitual

Eu andar por aqui aos Sábados, mas hoje teve que ser, não que goste muito, pois significa que estou um pouco mais longe do mar que me alimenta o espírito.

02 dezembro, 2005

Será machismo...

OU COMO AS MULHERES CONSEGUEM SER REALMENTE CHATAS!!!!

- "Olá amor!
- Olá!
- Trabalhaste muito?
- Sim.
- Tás cansado?
- Um pouco.
- Toma um banho!
- Vou já... preciso de sair.......
- Ah!... vais sair?
- Vou dar uma volta.
- Sozinho?
- É... sozinho.
- Vais aonde?
- Por aí.
- Sozinho?
- Sim.
- De certeza?
- Sim.
- Queres que eu vá contigo?
- Não... deixa lá... prefiro ir sozinho.
- Vais sozinho andar pela cidade?
- Vou.
- De carro?
- Sim.
- Vais demorar?
- Não... p'raí de uma hora.
- Vais a algum lugar específico?
- Não... só andar por aí.
- Não preferes ir a pé?
- Não... vou de carro.
- Traz um gelado pra mim!
- Trago... que sabor?
- Chocolate.
- Ok... na volta eu passo e compro.
- Na volta?
- Sim... senão derrete.
- Passas lá, compras e deixas aqui.
- Não... é melhor não! Na volta... é rápido!
- Ahhhhh!
- Ok! Beijo... volto logo...
- Ei!
- O que é?
- Chocolate não... Manga...
- Não gosto de Manga!
- Então traz de manga prá mim e o que quiseres prá ti.
- Ok! Vou indo.
- Vem aqui dar-me um beijo de despedida!
- Querida! Eu volto já... depois.
- Depois não... quero agora!
- Tá bem! (Beijo.)
- Vais com o teu ou com o meu carro?
- Com o meu.
- Vai com o meu... tem leitor de CDs... o teu não!
- Não vou ouvir música... vou espairecer...
- Tás a precisar?
- Não sei... vou ver quando sair!
- Não demores!
- É rápido... (Abre a porta de casa.)
- Ei!
- Que foi agora?
- Pronto, malcriado! Vai embora!
- Calma... estou a tentar sair e não consigo!
- Porque queres ir sozinho? Vais encontrar alguém?
- O que queres dizer?
- Nada... !
- Olha lá... achas que te estou a trair?
- Não... claro que não... mas sabes como é.
- Como é o quê?
- Homens!
- Generalizando ou falando de mim?
- Generalizando.
- Então não é meu caso... sabes que eu não faria isso!
- Tá bem... então vai.
- Vou.
- Ei!
- Que foi, porra?
- Leva o telemóvel, estúpido!
- Pra quê? Pra me ligares?
- Não... caso aconteça alguma coisa, tens o telemóvel.
- Não... deixa lá...
- Olha... desculpa pela desconfiança... estou com saudades... só isso!
- Ok meu amor... Desculpa-me se fui chato. Tá.. eu amo-te!
- Eu também!
- Posso mexer no teu telemóvel?
- Prá quê?
- Sei lá! Joguinhos!
- Vais jogar com o meu telemóvel?
- Vou.
- De certeza?
- Tá.. ok... então leva o telemóvel senão eu vou mexer...
- Podes mexer à vontade... não tem lá nada...
- Ai é?
- É.
- Então onde está?
- O quê?
- O que deveria estar no telemóvel mas não está...
- Como!?
- Nada! Esquece!
- Tás nervosa?
- Não... não estou...
- Então vou!
- Ei!
- Que ééééééé?
- Afinal não quero gelado!
- Ah é?
- É!
- Então porra, afinal também não vou sair!
- Ah é?
- É.
- Que bom! Vais ficar aqui comigo?
- Não... tou cansado... vou dormir!
- Preferes dormir a ficar comigo?
- Não... vou dormir, só isso!
- Estás nervoso?
- Claro, porra!!!
- Porque é que não vais dar uma volta para espairecer?

Só o MB me envia coisas destas...

Escavando

O TAF foi escavando e lá conseguiu desencantar a entrevista do director da RTP-N (N de noticias e não de Norte), e deu-nos a possibilidade de a ler n' A Baixa do Porto.

Mais uma vez, com a extinção da NTV, fomos passados para trás, com uma limpeza estonteante.

Este é mais um caso que tenho a agradecer ao Rui Rio - pois a NTV incomodava-o bastante - e ao Luís Filipe Menezes, que esganiçadamente berrava que iria fazer isto e mais aquilo, e que o Norte haveria sempre de ter um canal e etc. e no fim encolheu-se no seu buraco, ao ver que os empresários do Norte, o que queriam era mama.

Vê-se bem, pelo teor da entrevista o que se passa. Quanto às promessas do Menezes, o tempo e as novas amizades fizeram-nas desaparecer.

Sobre fundamentalismos

No Blogo Social Português, este texto sobre os actuais fundamentalismos.

Evolução no Caso da Avenida dos Aliados

Nos ALIADOS a última posição das organizações cívicas, Campo Aberto, GAIA e APRIL, segundo notícia do JN.

Votação do orçamento

Manuel Alegre, mais uma vez, entretido a dar tiros nos pés!

Será que o poeta anda mal aconselhado, ou foi mais um arrufo?!

01 dezembro, 2005

Mensagem do dia (I)

Tudo aquilo que algum filho da mãe diz que é urgente, é algo que esse imbecil não fez em tempo útil e quer que tu te esfarrapes para fazer em tempo recorde !

Uma das muitas conclusões da minha boa amiga Fá!

Citações (I)

Algo anda mal na cultura de um país se os seus artistas, em lugar de se proporem mudar o mundo e revolucionar a vida, se empenham em alcançar protecção e subsídios do governo.

Mário Vargas Llosa

Paulo, não nos esquecemos

Há já mais de uma semana, que a tua tia chamava a atenção que farias anos no dia 30, e que não poderíamos deixar de te felicitar, pois sabíamos que és sensível a estas coisas, mas que queres... a vida enrodilha-nos as ideias de tal maneira, que o dia 30 chegou e partiu sem te termos dado um telefonema sequer.

Mea culpa, mea maxima culpa, peccavi!

Não, não te esquecemos, pois como o havíamos de fazer, se sempre estás connosco desde menino, e sempre foste o sobrinho primeiro, o sobrinho que eu sempre desejei, e que a tua tia adora.

O Paulo, o Paulinho ou Paulecas, como sempre te tratamos, o meu companheiro de quina de mesa, em casa da Avó das Patas, em monossílabos e olhares cúmplices, e maroteiras e constantes.

O Paulo, que nos deu de prenda um afilhado-sobrinho-neto mais lindo que as flores primaveris, de olhos brilhantes e sorriso matreiro, com voz fininha que enche de ternura os velhotes, e faz com que lhe perdoem as traquinices.

Hoje, falamos-te, e tu deste aquela tua gargalhada grave e compassada, como que a dizer - está tudo bem, não há cuidado, o perdão aí vai.

Obrigado Paulo, pela compreensão.

Um abraço, sentido, do teu tio, muito amigo!

P.S.: Claro que o resto da casa está solidário nestes afectos...


30 novembro, 2005

Soliloquios (de Segismundo)

Sueña el rey que es rey, y vive
con este engaño mandando,
disponiendo y gobernando;
y este aplauso, que recibe
prestado, en el viento escribe,
y en cenizas le convierte
la muerte, ¡desdicha fuerte!
¿Que hay quien intente reinar,
viendo que ha de despertar
en el sueño de la muerte?

Sueña el rico en su riqueza,
que más cuidados le ofrece;
sueña el pobre que padece
su miseria y su pobreza;
sueña el que a medrar empieza,
sueña el que afana y pretende,
sueña el que agravia y ofende,
y en el mundo, en conclusión,
todos sueñan lo que son,
aunque ninguno lo entiende.

Yo sueño que estoy aquí
destas prisiones cargado,
y soñé que en otro estado
más lisonjero me vi.
¿Qué es la vida? Un frenesí.
¿Qué es la vida? Una ilusión,
una sombra, una ficción,
y el mayor bien es pequeño:
que toda la vida es sueño,
y los sueños, sueños son.

Pedro Calderón de la Barca, La vida es sueño

Arrumações

Hoje, andou por aqui uma simpática senhora que veio arrumar a casa!

Tirou-me do computador, fez-me desaparecer uma dúzia de CD's e DVd's, os livros que andava a ler não os encontro, o meu quarto está estranho, sem aqueles papéis de apontamentos e revistas, enfim... tudo muito ordenadinho, arrumadinho, perfiladinho, eu é que não me sei orientar nomeio desta arrumação toda.

Paciência... homem sofre...!

29 novembro, 2005

A conversa animou

N'A Baixa do Porto, vai uma grande discussão (no bom sentido), sobre qual o caminho a percorrer, para colocar a cidade e a região no mapa de Portugal.

O SEDE já se lhe referiu, chamando a atenção de que já se fala em partidos regionais, e se procura de um D. Sebastião para representar a cidade (o D. Sebastião é de minha lavra).

Segundo a minha opinião, não será este o caminho a seguir, mas fiquemos atentos.


Hoje vim mais tarde

Mas cheguei... agora. vontade para escrever... vou ver se há!

Até já!

28 novembro, 2005

Já lá tinha ido

mas no meio da barafunda que é este mundo blogueiro, tinha-lhe perdido o rasto.

Achei-o de novo, graças ao AM do SEDE, por isso aqui fica o nome:

O FRANCO ATIRADOR

e, para que mais visitas tenha, fica aí ao lado o link.

Sobre a Avenida dos Aliados

Nos ALIADOS este post sobre uma notícia do Público.

O Souto Moura ainda parece lamentar-se, como se fosse ele o atacado em vez de ser o atacante!

Será que por cá, alguém lhe pediu um local para estacionar pessoas?

Sobre os juízes

Via Câmara Corporativa, mais um escrito de O Jumento, agora sobre os juízes que perderam a calma.

Sobre crucifixos

De O Jumento, com a devida vénia este texto:

Cresci a ver Cristo crucificado na parede da escola primária mais um Salazar que nos crucificava a todos e não sou nem mais, nem menos católico por isso. Nesse tempo éramos todos católicos, um povo maioritariamente católico como diz, com oportunidade e oportunismo, Cavaco Silva, o candidato da Nação. E é desse tempo que ficou o hábito de o crucifixo ser uma presença obrigatória na parede das salas de aula. Se não éramos católicos confessos, éramos estatisticamente católicos, e se não fossemos católicos, seríamos quase clandestinos, mesmo se fossemos cristãos.

Os crucifixos das paredes das escolas não são uma manifestação colectiva de fé, são uma herança de um passado em que a Igreja Católico, a troco do quase exclusivo da evangelização de Portugal e do seu vasto império, colaborou com o regime e permitiu que este usasse o catolicismo como uma das suas afirmações ideológicas, como a benção da ditadura.

Retirar um crucifixo da parede de uma sala de aula só em mentes muito mesquinhas pode ser entendido como uma ofensa ao catolicismo dos portugueses, trata-se de gente que ainda sonha com a evangelização forçada. No mesmo país onde muitos bispos não permitem que nas suas dioceses as crianças não seja baptizadas porque os pais não são casados pela Igreja, são mesmos bispos fundamentalistas que querem impor os símbolos religiosos aos que não partilham da sua fé. São os mesmos que em tempos ainda defendiam a obrigatoriedade das aulas de “religião e moral” ou que em muitos domínio consideram que a lei penal deve ser o equivalente a uma sharia católica.

Só confunde catolicismo com imposição dos valores do catolicismo, o que não percebem que a religião deve ser a emanação da liberdade e não um subproduto da ditadura.

Faz no próximo dia 17

cem anos, que nasceu Erico Veríssimo, escritor brasileiro, e que A Origem das Espécies, em oportuno post me fez recordar.

Pena, que em Portugal se leia pouco a literatura brasileira, assim como no Brasil se lê pouco a portuguesa.

Nem com uma língua comum, fazemos grandes esforços para nos conhecermos melhor.

Poesia na cozinha

Do novíssimo A Invenção de Morel, esta poesia de Margarida Ferra.

27 novembro, 2005

Para quem quiser ler

Nos ALIADOS a transcrição, e algumas correcções, à reportagem sobre a Avenida dos Aliados, no programa da RTP1 - Portugal em Directo.

Já nada é novo

A esquerda tem sempre tendência a fraccionar-se.

Foi o que aconteceu ao BdE, morreu e fraccionou-se em dois, o Aspirina B e A Invenção de Morel, numa cisão, como lhe chama muito bem o Blue Lounge.

Esperemos que desta cisão ou fraccionamento, nasçam dois bons blogs, assim a perda transforma-se em acontecimento maravilhoso.

25 novembro, 2005

A UNESCO recusa

Através do DOLO EVENTUAL, soube que a UNESCO recusou a candidatura conjunta das tradições orais de Portugal-Galiza a património mundial da humanidade.

Não tendo conhecimento profundo da coisa, fica aqui a notícia.

Voltarei ao assunto mais tarde, quando estiver mais enfarinhado no dito.

Nobel Alternativo

De passagem pelo Campo Aberto, dei com estes premiados.

Ainda há quem saiba dizer não...

Esquecimentos!!!

No Bloguitica, sobre os esquecimentos dum fiel seguidor laranja!

Vejam isto e não esqueçam

Aqui, nos Aliados, com muita tristeza e impotência...

A isto chamo eu cidadania

Que tal aparecerem aqui em Portugal projectos destes?

Uma novidade azul

Abriu o Blue Lounge. O azul sempre foi da minha predilecção, vamos lá a ver como se sai... espero que bem.

Curiosidades

blogs, com morte anunciada, que muito demoram a morrer!

Análises

A esta análise, no Margens de Erro, chamo eu interessante e honesta, será que os jornalistas ainda não a viram?

24 novembro, 2005

Só um grande humorista...

... podia dar este nome ao seu blog.

Será que é desta

N'A Baixa do Porto, vai um corropio de posts sobre os problemas da cidade, e a maneira de tentar arranjar uma estratégia que possibilite à voz do Norte chegar ao Paço, de forma concertada, séria e audível.

Vale a pena ir lá dar uma vista de olhos, e opinar.

Todos não seremos demais.

Nasceu mais um

Numa época em que a natalidade é um problema nacional, um nascimento festeja-se sempre. Hoje dá-se o caso de se festejar o aparecimento de mais um blog, Portugal Contemporâneo.

Mais um, esperemos que de vida longa e acutilante.

Quem te avisa...

No ABRUPTO, um dos seus leitores, Nuno Miguel Cabeçadas, dá-nos a conhecer que O estúpido é mais perigoso que o bandido.

Perfeitamente de acordo, pois os estúpidos são muitos mais do que os bandidos, e esses, geralmente, até nem são estúpidos.

23 novembro, 2005

O anátema da cultura

Segundo narra Diógenes Laércio, na sua Vidas dos Filósofos, Aristóteles, terá dito que a diferença existente entre os homens cultos e os incultos, seria: A mesma diferença que existe entre os vivos e os mortos.

Ora, se o filósofo o tivesse feito por estes dias, seria alvo de violentos comentários, por parte de uma quantidade de iluminados, que entendem que é duma jactância atroz alguém falar em cultura, quando está em causa a escolha da personalidade para ocupar o lugar de presidente da República Portuguesa!

Claro, que alguns dos comentadores, mais não fazem do que tentar enxovalhar o personagem que critica o eminente economista, Cavaco Silva, por este não saber falar de mais nada, senão daquilo em que se especializou.

Cai o Carmo e a Trindade, porque o cidadão Mário Soares diz que convém ter na Chefia do Estado alguém que conheça a História e a cultura do nosso país, alguém que conheça Os Lusíadas, o nosso poema máximo!

Será que, como alguns se permitem dizer, bastará que para desempenhar o lugar seja suficiente o que está escrito na Constituição da República Portuguesa... ter 35 anos de idade e ser cidadão português?!

Mas, o mais interessante, é que as critícas, na sua generalidade, provêm de uma camada escolarizada, mas de reduzida cultura, que pensa que o canudo tirado à custa de marranço e alguma sorte, lhes possibilita ombrear com aqueles, que por obras valerosas, se vão da lei da morte libertando.

O meu falecido pai, era operário especializado, mas nem por isso deixava de gostar de ver ópera, ouvir musica clássica, visitar museus e igrejas, interessar-se por conhecer mais de uma religião, ler o que podia em português e brasileiro, e não foi a humildade do seu nascimento ou da sua profissão que o levaram para esses caminhos, que foram muitos mais do que aqueles que com mestrados e doutoramentos nos curricula, já se decidiram a percorrer.

Que diriam alguns destes fariseus, que pregam a superior qualidade da especialização, se para seus dirigentes fossem escolhidos personagens que, como Cristo, não soubessem de finanças nem constasse que tivessem bibliotecas...

Soares, terá muitos defeitos, e não serei eu a retirar-lhos ou a advogar que os esqueçamos, mas misturar a cultura essencial, com o conhecimento específico, é de uma tal monstruosidade que só, de facto, mentes muito pouco desenvolvidas poderão elaborar sobre a sua hierarquização.

Desculpem lá...

Hoje, o Causa Nossa faz dois anos...

Não foi porque me lembrasse, mas ao passar por lá, vi que se celebrava a efeméride e decidi-me a dar-lhe os parabéns.

Que perdure, para nosso e seu deleite.

Notícias dos Aliados

N'A Baixa do Porto, aqui e aqui.

Haja esperança...

Insatisfação a Norte

Um pouco por todo o lado, começa a encontrar-se uma crispação, a Norte, que já não era habitual há já algum tempo.

Alguns, os do costume, lá virão com o estafado discurso do provincianismo, ou do bairrismo, para continuar a tradicional centralização a Sul, não se importando por aí além, que o resto do País se vá transformando num deserto, embora de vez em quando, e quando a borrasca parece chegar, se apressem a vir aqui prometer isto e mais aquilo!

A Região Norte (NUTS II), com uma população superior à da Região de Lisboa em cerca de um milhão de indivíduos, com uma taxa de desemprego idêntica, com cerca de um milhão de trabalhadores distribuídos pela agricultura, indústria e comércio, vê o seu poder de compra ser inferior em mais de 60 % em relação à já citada região, segundo dados de 2002 ou ainda maior, se virmos os dados de 2004, EPCC 2994, e ter como indicador principal, cerca de 77 % da sua população a trabalhar na área dos serviços!

Claro, que tal disparidade, é ainda maior, noutras regiões, nomeadamente no Alentejo, mas a quantidade de população afectada também é muito menor (cerca de 20 % em relação ao Norte-Região), pelo que a ameaça não é tão evidente, até por outros aspectos que aqui não são focados.

Por tudo isto, será bom que, os poderes públicos, não estejam tão absortos do resto do País, nomeadamente do Norte, pois fácil será, arranjarem-se pretextos para a criação de entidades mobilizadoras que visem aproveitar-se do descontentamento actual.

Quem vos avisa, vosso amigo é,

21 novembro, 2005

Previsões

Segundo o JN, a adesão ao Metro já levou a que as previsões de utilização para o ano de 2008, já tenham sido excedidas!

Devemos estar contentes com o sucesso que este novo meio de transporte está a ter, mas será também altura para nos interrogarmos seriamente, sobre a qualidade das previsões e estudos elaborados sobre a evolução da procura.

Quem os fez? Qual o resultado imediato e a curto prazo desta enorme derrapagem previsional? Alguém para responder?

Sobre o clima e as cidades

No Campo Aberto, este interessante texto sobre a realidade actual.

A ler com muita atenção, se nos preocupamos com o futuro.

Mais uma do Saraiva

N' O Expresso desta semana, José António Saraiva, delicia-se a escrever sobre os Beijos de Gaia, título que deu à sua croniqueta semanal!

O JAS é, infelizmente, o exemplo acabado do habitante intelectual do Portugal dos Pequeninos.

Intelectualidade de casca fina, preconceito latente, olhar convenientemente desfocado, espírito de rebanho e falta de bom-senso.

Mas o mais grave, até nem será a sua opinião, mas a distorção que faz da ocorrência que possibilitou todo o ruído à volta de uma coisa tão simples.

JAS, afirma, que as duas alunas se queixavam de terem sido impedidas de se beijarem na escola, como se nada se tivesse passado antes.

A causa foi diferente, pois apanhadas a beijarem-se recatadamente, foram injuriadas por uma servente, proibidas de voltar a cometer tal acto, e levadas à presença de um orgão da escola que, para além de sancionar a atitude da servente, decidiu publicitar normas de comportamento a seguir dentro da instituição.

As alunas referiram mais, que só por andarem juntas, eram insultadas por serventes e perseguidas, coisas que só a elas acontecia numa deliberada sanha persecutória.

A partir daí, JAS, em cavalgada delirante, mete jornalistas do Expresso a beijarem-se com regularidade, magalas a fazerem o mesmo habitualmente na parada, e empregados de hipermercado a abraçarem-se constantemente na área comercial, como termos comparativos para comentar o assunto.

Repare-se que, dos beijos, já desceu aos abraços!

Depois, já bem oleado e em plano descendente, continua a teorizar, esquecendo que ainda hoje, há pessoas do mesmo sexo que se beijam, sem necessidade de serem rotulados de homossexuais.

Eu faço-o habitualmente, e até hoje, não dei por mim a tentar desejar ir para uma cama ou qualquer outro lado, relacionar-me sexualmente com quem beijo ou abraço.

Olha se o JAS visse!!

Não contente, tira-as da categoria de adolescentes, uma vez que uma tem dezoito e outra dezassete anos, como se a maioridade transformasse automaticamente as pessoas em adultos ponderados, que são de nacionalidades diferentes uma é brasileira e outra portuguesa, como se isso fosse de interesse para a análise da situação.

E depois afirma que se trata de duas mulheres, portanto, já com alguma experiência!!!!

O iluminado JAS, analisou, classificou, julgou e vai sentenciar!

Sentencia que há coisas que se fazem em casa e não na rua, ou em locais discretos e longe do meio da praça pública.

Depois, contente com a sua análise, sentencia que caíram no ridículo, todos aqueles que viram discriminação e homofobia na atitude inicial do orgão decisor da Escola, voltando a servir-se do disparate comparativo que atrás tinha enunciado.

Porque será que me parece, que o JAS não se sentiria chocado se uma colega do Expresso o beijasse afectuosamente, mas que morreria de vergonha, se fosse o Fernando Madrinha a fazê-lo.

A escola tem todo o direitop de solicitar decoro aos seus alunos, mas ianda gostaria de saber, quantos alunos heterossexuais foram chamados à pedra, naquelka escola por se acariciarem, ou andarem de mãos dadas.

Triste notícia

No A Origem das Espécies uma notícia sobre a morte de uma figura lendária.

Muita gente, em todo o mundo, terá ficado triste e outros ainda irão ficar.

Aquele gin tónico, nunca mais terá o mesmo sabor.

Será assim?

Ontem, falando com um empresário amigo, dizia-me ele que preferia os empregados de balcão brasileiros aos portugueses!

Perante a minha estranheza, respondeu-me rapidamente:

- Trabalham mais, são mais delicados e esforçam-se por agradar ao cliente!

Será que os portugueses desempregados deverão repensar o seu modo de estar na vida?

Vai Trabalhar vagabundo

Vai trabalhar, vagabundo
Vai trabalhar, criatura
Deus permite a todo mundo
Um loucura
Passa o domingo em família
Segunda-feira beleza
Embarca com alegria
Na correnteza

Prepara o teu documento
Carimba o teu coração
Não perde nem um momento
Perde a razão
Pode esquecer a mulata
Pode esquecer o bilhar
Pode apertar a gravata
Vai te enforcar
Vai te entregar
Vai te estragar
Vai trabalhar

Vê se não dorme no ponto
Reúne as economias
Perde os três contos no conto
Da loteria
Passa o domingo no mangue
Segunda-feira vazia
Ganha no banco de sangue
Pra mais um dia
Cuidado com o viaduto
Cuidado com o avião
Não perde mais um minuto
Perde a questão
Tenta pensar no futuro
No escuro tenta pensar
Vai renovar teu seguro
Vai caducar
Vai te entregar
Vai te estragar
Vai trabalhar

Passa o domingo sozinho
Segunda-feira a desgraça
Sem pai nem mãe, sem vizinho
Em plena praça
Vai terminar moribundo
Com um pouco de paciência
No fim da fila do fundo
Da previdência
Parte tranqüilo, ó irmão
Descansa na paz de Deus
Deixaste casa e pensão
Só para os teus
A criançada chorando
Tua mulher vai suar
Pra botar outro malandro
No teu lugar
Vai te entregar
Vai te estragar
Vai te enforcar
Vai caducar
Vai trabalhar
Vai trabalhar
Vai trabalhar
Vagabundo

do Chico Buarque

Para início de semana

18 novembro, 2005

Pequena homenagem

O Menino da sua Mãe


No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas traspassado
– Duas, de lado a lado –,
Jaz morto, e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! Que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino da sua mãe».

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
É boa a cigarreira,
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.

Fernando Pessoa

Reler

Nos Aliados recomenda-se a releitura deste post no Dias com Árvores.

Eu reli, e fiquei a imaginar o que irá acontecer às magnólias.

Infelizmente

Morreu mais um português em representação da Pátria, e em defesa de ideais, que sendo sãos na sua essência, não passam geralmente de palavreado barato no tabuleiro da política internacional.

Outro, está gravemente ferido.

Que este sangue não tenha sido vertido em vão, e na defesa de interesses que não vislumbramos, é o que eu gostaria que acontecesse.

A realidade talvez seja bem diferente.

Que descanse em paz, e um rápido restabelecimento para o ferido.

Para as famílias, aqui deixo a minha solidariedade.

Porquê mais caro?

De uma notícia pescada no Blog de Esquerda (II) - a 8 dias do fim, e que tinha como título Questões de nomenclatura, fui dar à página PESCAS AÇORES, aonde é referido que o Ferrari das pescas, de seu nome França Morte (nome do proprietário), custou 15 milhões de Euros, mas teve de ser construído em Espanha, pois cá por casa, para fazer o mesmo Ferrari levavam apenas mais 6 milhões de Euros!!!

Como será isto possível, se os salários que são pagos na indústria de construção naval são muito mais baixos que os que são pagos em Espanha?!

Não me venham agora dizer que é o IVA o culpado de tudo isto, ou a falta de produtividade dos trabalhadores nacionais.

Má gestão e gulodice, é o que é.



2b? Ntb? ???

O leitor Carlos Brás, do ABRUPTO, dá a conhecer até onde já chega o disparate, através de um comentário no já citado blog.

Pelos vistos, o título deste post, quererá dizer - To be or not to be em linguagem SMS!!!!!

17 novembro, 2005

Depois dizem que importamos tudo.

Hoje dirigi-me a uma loja para comprar papel mata-borrão.

Disseram-me que não há, pois já não se fabrica em Portugal e andam a ver se conseguem importá-lo!!!

Contaram-me entretanto a história de um espanhol que, há dias entrou na loja à procura do mesmo material, e quando confrontado com este tipo de resposta se riu, e disse que se quisessem, quando voltasse à Galiza mandaria umas toneladas, pois é coisa que por lá ainda abunda nas papelarias.

Depois dizemos que o que os espanhóis querem é ficar com tudo!

Se os portugueses não o querem, porque é que os espanhóis não o hão-de querer?

Os portugueses merecem isto?

No Dolo Eventual, esta prosa de Nelson Magalhães, um pretenso candidato à Presidência da Repúnlica!

E não é que o homem tem um site e tudo!!!!

Se fosse só este

No Blogo Social Português, este post sobre os vencimentos do sr. Vasco Franco.

Porque é que não existe legislação que não permita toda esta fantochada, que é a de ser reformado sem ter trabalhado os anos necessários para tal, ter um segundo emprego numa sociedade de capitais públicos (ou seja o País paga-lhe em duplicado), e no meio de tudo isto ainda acumular com o lugar de vereador numa Câmara.

Num País de desempregados ou de empregados com vencimentos miseráveis, como é possível que os nossos políticos tenham o melhor de todos os mundos só porque estão nas costuras do manto do poder.

Sobre a blogosfera

É interessantíssimo andar por aqui, pois encontram-se as mais variadas sensibilidades e insensibilidades, que em qualquer tertúlia serão impensáveis, pois nem haveria espaço para albergar tanta gente, nem sequer tempo para todos exprimirem a sua opinião, daí a virtude deste espaço onde os mais diversos protagonistas concordam e discordam sobre tudo e sobre nada, numa catadupa de 'posts' que se tornam difíceis de acompanhar face à velocidade com que são produzidos.

Mas há fenómenos, pelo menos nos blogs portugueses, que são interessantíssimos para quem está de fora, e que passam por conversas em circuito fechado que só são acessíveis a iniciados, correligionários que se esforçam em se promover uns aos outros comentando nos blogs uns dos outros, fanáticos de audiências que criam mecanismos de refrescamento para aumentarem artificialmente as consultas aos seus sites, consulentes opinadores que utilizam as caixas de comentários para descarregar as suas frustações, insultando tudo e todos, e um deita-abaixo constante e saudável que é apanágio do povo português, tenha ele cultura ou não, seja ele educado ou não, seja ele homem, mulher ou não.

Em todo este albergue espanhol, ou portuguese parliament, como uma leitora de um chamado blog de referência me ensinou, felizmente há de tudo um pouco, até censura, o que faz com que a liberdade por aqui ainda continue a existir, quer à moda da chamada esquerda, quer como muitos afirmam, sem saberem ao certo o que são... liberalmente.

De Cesário Verde

MANHÃS BRUMOSAS

Aquela cujo amor me causa alguma pena
Põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda,
E com a forte voz cantada com que ordena
Lembra-me, de manhã, quando nas praias anda,
Por entre o campo e o mar, bucólica, morena,
Uma pasteora audaz da religiosa Irlanda.

Que línguas fala? Ao ouvir-lhe as inflexões inglesas
- Na névoa azul, a caça, as pescas, os rebanhos! -
Sigo-lhe os altos pés por estas asperezas;
E o meu desejo nada em época de banhos.
E, ave de arribação, ele enche de surpresas
Seus olhos de perdiz, redondos e castanhos.

As irlandesas têm soberbos desmazelos!
Ela descobre assim, com lentidões ufanas,
Alta, escorrida, abstracta, os grossos tornozelos;
E como aquelas são marítimas, serranas,
Sugere-me o naufrágio, as músicas, os gelos
E as redes, a manteiga, os queijos, as choupanas.

Parece um rural boy! Sem brincos nas orelhas,
Traz um vestido claro a comprimir-lhe os flancos,
Botões a tiracolo e aplicações vermelhas;
E à roda, num país de prados e barrancos,
Se as minhas mágoas vão, mansíssimas ovelhas,
Correm os seus desdéns, como vitelos brancos.

E aquela cujo amor me causa alguma pena
Põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda,
E com a forte voz cantada com que ordena,
Lembra-me, de manhã, quando nas praias anda,
Por entre o campo e o mar, bucólica, morena,
Uma pastora audaz da religiosa Irlanda.

16 novembro, 2005

Outra dúvida

Agora, no Funes, el memorioso - será académico, será político, quem sabe?

De quem estaremos a falar?


Uma dúvida honesta

A ler com atenção n'O Reformista.

Não dá para acreditar!

Lido no Super Mário.

Um dos membros da Comissão de Honra do candidato Cavaco Silva, de seu nome Joaquim Veríssimo Serrão, em entrevista a "O Diabo" diz esta alarvidade:

As pessoas que não sabem História ainda pensam que o Estado Novo foi uma ditadura. Já tenho perguntado a juristas que digam se foi um governo de força ou de tipo proteccionista. A verdade é que foi um regime em que a lei funcionava e em que os próprios titulares dos cargos davam o exemplo da austeridade.»

E eu, pobre analfabeto, a pensar que a lei do quem não é por mim, está contra mim, era a lei que imperava e metia inocentes na cadeia, só por terem a ousadia de não ter a mesma opinião que o senhor que mandava!!!

Não será uma boa altura para Cavaco dizer de sua justiça, perante opinião deste calibre?

Afinal nós não mentimos!

Nos ALIADOS, uma boa notícia, Germano Silva em entrevista ao Jornalismo PortoNet, diz de sua justiça sobre as obras nos Aliados.

Pode ler aqui.

A língua portuguesa

Hoje, no PJ, vem uma notícia com o título Não há donos da língua portuguesa. onde se fala da importância das literaturas de Portugal e do Brasil, na evolução da língua pátria.

Embora eu entenda que os donos da língua são os que a falam, e quando digo isso refiro-me a todos sem excepção, lamento que existam tantos entraves à sua evolução, e que não se consiga uma uniformização que possibilite ao escritor médio evitar erros crassos aquando da sua utilização.

Refiro-me por exemplo à escrita de vocábulos como facto, acto, baptismo, óptimo, infecção e por aí fora, que para além de não simplificarem a vida aos que as escrevem, muitas vezes influenciam a sua própria oralidade.

Arnaldo Saraiva, lamenta que a literatura brasileira não seja muito divulgada em Portugal, mas que dizer de tal desiderato, se a literatura portuguesa se vê aflita com o mesmo problema, e que o leitor médio português só muito raramente terá lido Alçada Baptista, Fernanda Botelho, Maria Alberta Menéres, Mário Cláudio, Francisco Viegas, Lídia Jorge ou Irene Lisboa, para não falar nos clássicos Bernardim Ribeiro, Rui de Pina ou Gil Vicente!

Se na própria notícia, e quando se aborda a literatura brasileira, não se fala de Erico Veríssimo ou José Lins do Rego, que fazer?...

15 novembro, 2005

Para reflectir

No Random Precision, esta interessante opinião.

Idade da reforma

Fui atrevidamente ao Causa Nossa buscar este título, que Vital Moreira oportunamente colocou neste apontamento.

É apenas mais um

A API vai conhecer novo presidente, Basílio Horta, que substitui Miguel Cadilhe, tão mal tratado pelos governos da sua cor, que tudo fizeram para arruinar muitas das suas propostas.

Mas o que se torna engraçado é que Basílio Horta vai comandar a API a partir de Lisboa, à boa maneira tradicional, sendo apenas mais um decisor que não pretende abdicar da sua vida na capital e fixar-se no Norte.

Sobre isto, as diferentes Instituições da cidade, desde a CMP, passando pela ACP, AEP, UP e tantas outras, nada dizem, nada comentam..

É a descentralização a funcionar...

Será este o nosso fado

A Câmara do Porto novamente em foco, pelos piores motivos, desta vez no Dolo Eventual e a propósito do novo blog do Gabinete de Comunicação da CMP.

14 novembro, 2005

Pontos de vista

Com este estou totalmente de acordo. Parabéns ao Glória Fácil.

Violência em urbanismo

Sob este mesmo título. Jorge Vilas, um dos jornalistas do JN que mais escreve sobre o burgo, chama a atenção para o facto de que a violência que hoje muitos de nós entendemos irá ser aplicada à Avenida dos Aliados, poderá vir a ser daqui a um século um "ex-líbris" da cidade.

Não me admiraria nada que assim fosse, pois, bem ou mal, aquele local está destinado a isso mesmo, até porque tem como sustentáculo o edifício da Câmara Municipal que fecha o espaço a Norte, e o Palácio das Cardosas que faz o mesmo a Sul, criando uma zona de aparência rectangular onde continuaram os portuenses a festejar ou a clamar conforme os apetites e os motivos.

Mas não esquecer, que os atentados cometidos e que o Jorge Vilas ilustra, foram-no por motivos bem mais ponderosos que a colocação de duas saídas para o Metro, pois a justificação para não repor os relvados e jardins, deriva de terem sido emagrecidas as áreas a serem utilizadas pelo público, e não as que dão prioridade ao trânsito, atraiçoando assim o conceito que diz pretender devolver a Baixa aos peões.

Por outro lado, é inegável que o novo edifício da Câmara é sem sombra de dúvida, melhor e mais funcional do que o antigo, e é o próprio Jorge Vilas que nos diz que o Laranjal não era já local que se preservasse.

A estação de S. Bento, contruída para benefício do Norte e do seu comércio e indústria, não tinha melhor local para ser construída, uma vez que o Mosteiro de S. Bento da Avé Maria estava em degradação e já praticamente sem ocupantes e porque a sua traça não era propriamente o exemplo de prédio a preservar.

Quanto à ponte Luís I ter destruído a parte alta do Bairro da Sé, ou os terrenos da quinta do Mosteiro, fez-se em benefício duma ligação determinante e importante para o desenvolvimento do País, e não seria um bairro que já na época estava degradado e uma quinta que mereceriam tratamento de excepção.

Se tivesse falado no desaparecido Palácio de Cristal substituído pelo desconchavado chapéu de cogumelo do Pavilhão Rosa Mota, na reformulação do largo em frente à Cadeia da Relação (hoje Centro Português de Fotografia), o abandono a que está votado o marégrafo na foz do Douro, ou o triste destino anunciado da Avenida da Boavista, ainda poderia entender, agora a respeito dos Aliados, não.

A violência gratuita que está a ser cometida nos Aliados, afinal a quem serve?

O TAF descobriu...

que a CMP tem agora um blog!

Muito arrumadinho, para já só com loas ao presidente. Para escrever lá, tem que se dar o nome, profissão e a localidade (de quê, não se sabe).

Para participar, tem de se escrever para opiniao.site@cm-porto.pt, e pronto... já está (publicado ou não, a ver vamos).

Até os nossos intelectuais

eu a pensar que num mundo "multicultural" não havia "minorias étnicas"

extraído deste texto de JPP, no seu ABRUPTO, o que me faz pensar que até os nossos intelectuais, por vezes, na sua ânsia crítica, deixam de saber entender português.

Será que multicultural - coisa constituída por vários grupos culturais distintos - terá a ver com etnia, que é a palavra utilizada para designar um conjunto de indivíduos que podem ter raças e até nações diversas, mas que estão ligados por um variegado conjunto de valores, sendo um dos traços fundamentais a partilha da mesma língua?

Será que um mundo multicultural, é o mundo em que todas as culturas tem o mesmo peso e influência, ou é apenas um mundo em que elas compartilham o mesmo espaço, muitas das vezes influenciando-se umas às outras, onde a tendência normal é de as mais possantes abafarem as mais débeis?

JPP, pelos vistos pensa(va) que a multculturalidade faz(ia) desaparecer as minorias!

Talvez por isso ele continue preso nas bibliotecas, de onde de vez em quando pretende sair para contactar com o povo, mas não conseguindo entender esse povo, que não tem pão, vai-lhes recomendando que se alimentem de la brioche.

Um blogue sobre o amor

Sorriso-do-bisturi

Assim, vou acreditar, mais uma vez, que o amor ainda anda por aí.

Bem vindo!

Chuva

Caíu bastante no Sábado, só não consigo entender como continuam a existir loucos a mais de 150 Km/h por essas estradas fora, em carrinhos de brinquedo.

Onde andará a polícia de trânsito?

A reunião de Sábado nos Aliados

Podem ser vistas aqui algumas imagens do evento, e aqui alguns comentários de Rui Rio.

Eu, não pude estar presente, e tenho muita pena, mas para a próxima será.

11 novembro, 2005

Sabem o que é politiquice?

O Paulo Gorjão explica no seu Bloguitica, aqui.

Tirado d' A Baixa do Porto

este recado do Nuno Quental.

“Em defesa da Av. dos Aliados e da Praça da Liberdade”
Sábado, 12 de Novembro, às 11:00 na Praça da Liberdade, Porto

Não falte! A História faz-se hoje!

Foi anunciada a execução do projecto que propõe eliminar todos os jardins e pavimentos em “calçada portuguesa” da Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade, apesar do desagrado já expresso pelos cidadãos.

O projecto prevê transformar este lugar de encontro e passeio em mais um espaço inóspito, sem considerar, nem de forma contemporânea, qualquer jardim ou pavimento em “calçada portuguesa”.

Os dirigentes eleitos não são infalíveis no seu entendimento do que é o interesse público e por isso existe legislação que obriga a consultar a população antes da realização de obras e investimentos públicos com impacto relevante no ambiente ou nas condições de vida das populações.

A “Reunião na Avenida” é mais uma tentativa de chamar à razão os responsáveis por esta intervenção, que não deve prosseguir sem consulta pública.

Contamos com a sua presença, quer chova ou faça sol!

Os Aliados mais uma vez

Agora, nos ALIADOS, a transcrição de um escrito do Manuel António Pina no JN.

Inquérito

Da Universidade Católica Portuguesa sobre O Público Dos Blogues Em Portugal, para quem quiser participar.

Papoilas




Para além de ser o dia de S. Martinho, em Portugal, comemora-se um pouco por todo o Mundo o dia do armistício.

Portugal, que deixou alguns mortos em terras de França, passa ao lado deste dia como se ele não existisse. Bastará olhar para as páginas dos jornais.

Pobre País, que mesmo em democracia, continua mergulhado no universo herdado do bafiento Estado Novo.


Uma nova centralidade

Título roubado ao Carlos Romão, do seu site, que prima pelo bom gosto habitual.

Ver para crer.

11 de Novembro

Para ti

Muitos terão apostado

Há trinta e muitos atrás,
Que o nosso novo estado
Era momento fugaz!

Ía um p’ra cada lado...
Diziam lá para trás
Era este o triste fado
De ti e deste rapaz

Temos sempre resistido
A tão funestas visões.
És o ente mais querido,

Ajuda nas aflições,
De pensamento sabido
Perdoaste-me as paixões.

Por mérito próprio

O Jumento deu entrada nos links deste humilde blog, nas suas leituras com sal.

10 novembro, 2005

No Super Cavaco

De onde terão vindo os vasos com cravos?

Há sempre quem se lembre

Depois as lembranças dão nisto, escrito no Random Precision.

Este é novo

E anti-Cavaco, como é fácil de deduzir.

The great portuguese disaster 1985-1995

Sobre José Barroso

Via Insurgente, alguns comentários sobre o nosso ex-primeiro, feitos lá pela estranja.

Coisas destes tempos

Já não o via desde Segunda-feira, perdido que esteve pela capital.

Chegou agora, cansado...

Então? - perguntei eu, à espera de notícias fresquinhas e um pouco de conversa.

Vou já sair, tenho de ir dar explicações - diz ele.

Que saudades tenho dos tempos em que chegava, como ele, de Lisboa, e o encontrava a brincar com o Spectrum!

Estes pasquins anti-Bush

Lido no Margens de Erro, "George W. Bush? Não conheço"*

Contos de fadas

Parece que chegaram e ficaram aqui pelos 'blogs', pelos menos os contos de fadas mais curtos do Mundo.

É só procurar um pouco e, 1, 2, 3, 4, ...

Abriu um 'blog' novo

De seu nome Pulo do Lobo, é feito por pessoas que querem que Cavaco Silva vença as próximas eleições eleições presidenciais, e afirmam solenemente que o momento é sério.

Os comentários..., esses vão à censura prévia... sintomático, não será?

Júlio Dinis e o lixo!

Helder Pacheco, em interessante crónica, interroga-se sobre o sentido estético de quem dirige a limpeza da cidade, ao escolher o memorial de Júlio Dinis para lhe pespegar na frente com cinco recipientes de lixo!!!!

E agora?

Segundo o JN de hoje, o Tribunal da Relação arrasa as acusações contra Paulo Pedroso!

Na notícia, os desembargadores afirmam ter-se deparado com uma dupla e insanável dúvida no que respeita às imputações feitas ao arguido.

E continua, num enumerar de vícios, que alguns (muitos) agentes intervenientes no caso se esforçaram por não ver, e que deveriam ser chamados a explicar as suas atitudes de então.

E agora, quem é que retira a lama atirada para cima deste cidadão?

Está na hora!

É hora de acordar
Chama o despertador
Toda a casa me chama
O que eu dava por ficar
Mais meia hora na cama
Mas é hora de acordar
É hora de acordar

...

in, HORA DE ACORDAR

Letra: Carlos Tê
Música: João Gil
CD - CABEÇAS NO AR

09 novembro, 2005

Hoje está impossível

A Net nem anda nem desanda, e sendo assim... até amanhã!

Notícias mal-intencionadas

O Bloguitica alerta para uma não-notícia do Correio da Manhã.

Deste jornal já não espero nada, por isso raramente o olho, mas em Portugal há quem entenda que isto é que é jornalismo

Castelo do Queijo outra vez!!!!

Fizeram-se obras de requalificação no Castelo do Queijo, para que a água deixasse de entrar no parque subterrâneo, conforme informação da CMP em Junho passado.

Pelos vistos, ou as obras não foram suficientes, ou foram simplesmente ineficazes, pois segundo o PJ, em notícia de hoje, a água voltou a entrar e os bombeiros voltaram a ser chamados.

A quem pedir responsabilidades?

À Metro, à CMP? Ou será que ninguém é responsável mais uma vez?

Manifestação pela Av. dos Aliados

Nos ALIADOS a convocatória.

NÂO FALTES

A História vista por CAA

No Blasfémias, CAA decidiu atirar-se, mais uma vez a D. João VI (aqui e aqui). A polémica iria interessante não fosse o CAA negar-se a tal, como o afirma espaventosamente:

NOTA:
Certamente que LAS vai responder a este texto. No entanto, contrariamente ao que me faz estar em blogues, em princípio não replicarei.
Perdi quase uma hora a procurar alguns textos na minha biblioteca (havia mais mas o texto ficaria demasiado longo) e na fase em que estou não posso dar-me a esse luxo.
Por isso, fazendo das tripas coração, para mim e para já, esta discussão termina aqui. Pela minha parte.
CAA | Homepage | 09.11.05 - 1:09 pm | #

Porque será que alguém se dá ao trabalho de publicar uma resposta se não tem intenção de sustentar a sua posição?!

E.T. - Por birra o Blogger teima em fazer aparecer outro texto igual a este e por mais esforços que sejam feitos ele lá se mantem inalterável, não sendo culpa minha, peço desculpa do facto.

A história vista por CAA

No Blasfémias, CAA decidiu atirar-se, mais uma vez a D. João VI (aqui e aqui). A polémica iria interessante não fosse o CAA negar-se a tal, como o afirma espaventosamente:

NOTA:
Certamente que LAS vai responder a este texto. No entanto, contrariamente ao que me faz estar em blogues, em princípio não replicarei.
Perdi quase uma hora a procurar alguns textos na minha biblioteca (havia mais mas o texto ficaria demasiado longo) e na fase em que estou não posso dar-me a esse luxo.
Por isso, fazendo das tripas coração, para mim e para já, esta discussão termina aqui. Pela minha parte.
CAA | Homepage | 09.11.05 - 1:09 pm | #

Porque será que alguém se dá ao trabalho de publicar uma resposta se não tem intenção de sustentar a sua posição?!

Começou o choradinho

Parecendo que nada mais tem que fazer, o presidente da Câmara optou por, através da sua central de comunicação, queixar-se dos jornais.

Toca agora a vez ao JN, como já havia sido a vez do Público e do defunto Comércio do Porto.

Pelos vistos, o senhor presidente, que não gosta de ser lembrado dos seus deveres e dos seus modos autoritários, agora também quer interferir na escolha das fotografias que ilustram as notícias publicadas!

Fazendo uso e abuso da sua habilidade de inverter a verdade, reclama que as notícias são perversas e enaltecedoras de comportamentos contra a Câmara do Porto.

Pena, que esta central de propaganda seja paga com o erário municipal, pois não é para isso que deveria servir.

Rui Rio, se tivesse posto à discussão pública o projecto da Avenida, escusava agora de se esquecer de responder à comissão da AR que continua à espera dos seus esclarecimentos, do mesmo modo que deveria ter durante a campanha falado no SMAS e seu futuro, bem como explicar porque é que os vereadores da CMP que foram eleitos pelos portugueses não podem (devem) ter acesso à Sala de Imprensa da CMP.

Ficar-lhe-ia melhor, e sem dúvida seria muito mais esclarecedor, mas pelos vistos o choradinho renderá mais.

Eu não votei nele, por isso estou à vontade para o criticar, outros terão de o engolir!

Os sapos, quando nascem, não são para ser engolidos, mas não hajam dúvidas que alguns que votam em função da cor em vez da coerência, passam a vida a engoli-los.