13 outubro, 2006

Consistências

Não tenho dúvidas que a consistência do queijo da ilha de S. Jorge está a anos-luz da consistência dos artigos do "grande" (porque gordo) JPP, depois de ler esta prosa no seu ABRUPTO.

Admira-se JPP de Adriano Correia de Oliveira, Ana de Castro ou Fernando Nobre estarem incluídos na primitiva lista do anunciado programa da RTP sobre os Grandes Portugueses, colocando-os em pé de igualdade com os futebolistas e treinadores da moda!

Por outro lado, acha que foi censurazinha atrevida a não inclusão do nosso ex-chefe do governo, Oliveira Salazar, chegando a chamar-lhe omissão... "... gritante de significado..." e concluindo que "uma lista deste tipo sem Salazar não tem pés nem cabeça"!!!

Será que o "grande", que a RTP escolheu para pôr no título do programa, quer dizer influente?

Se fôr esse o caso, claro que Salazar devia lá estar assim como mais uns bons milhares de outros que, de uma ou outra maneira, influenciaram os destinos deste país, mas o que me parece, s.m.o., é que nesta grandeza deverá estar mais do que a simples quantidade da obra feita, mas também a sua qualidade e projecção no futuro.

Já basta o mau gosto de se misturarem velhas glórias com visibilidades efémeras, para que os nossos ditos intelectuais ainda defendam que, numa lista de grandes portugueses, devam ombrear perseguidores e perseguidos, como se a maldade e falta de escrúpulos não fossem critérios a seguir na escolha dos personagens, e, de acordo com a época em que viveram, pois o sadismo dum imperador romano que mandava deitar aos leões os cristãos, não será nunca comparável à decisão de um qualquer oportunista que, para atingir os seus desejos, não se importa de sacrificar os seus concidadãos.

Para bons entendedores....


1 comentário:

bettips disse...

O "homem" é consistente com ele próprio: a asa esquerda, para colorir. A asa direita, para encobrir. Mete nojo que se escolham "grandes homens" pelos maus motivos, neste caso, o atraso de 50 anos do qual ainda não conseguimos sair. Só falta escolherem a Srª da Fátima, se é por audiências!