De vez em quando gosto de estar uns dias sem nada dizer ou escrever. Anseio por pegar de novo no teclado para dizer que algo mudou para melhor mas o ritmo alucinante do dia a dia, por vezes, não permite a distanciação refletiva que leve a uma melhor perceção da realidade.
Nesses dias refugio-me nas minhas diversões que, muita das vezes, me levam à descoberta de novos poetas, novos excritores, novas músicas e ambientes diferentes, estados de alma muito menos macambúzios que o habitual.
Infelizmente nestes últimos dias, no País, nada de novo se regista para além dos contínuos disparates, mentiras e omissões do costume pelos responsáveis pelo (des)governo em que vivemos.
O intervalo de alguns dias apenas me beneficiou a mim mesmo de evitar ler e constatar que mais do mesmo é distribuído em generosas doses pela pasquinada habitual.
O povo geme, a banca ri-se, a ruína acomoda-se, o (des)governo diz que governa, o PR contradiz o que há pouco disse, o país afunda-se.
No meio de tudo isto, ainda há quem acredite que estamos no bom caminho, ou seja, os otimistas ainda não morreram todos.
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