14 janeiro, 2006

Até qualquer dia

Sem o esperar, saibo da tua partida e sinto que a minha vida não mais será como antes.

Melhor? Pior? Quem o sabe? Diferente será, sem dúvida alguma.

Mas quando escolher um vinho para servir, recordar-te-ei, do mesmo modo que o farei nos meses de Janeiro que porventura irei viver, quando experimentar um novo chá ou mesmo no comezinho gesto de apertar uma torneira.

Irá fazer-me falta o troar alegre da tua voz, que se ouvia pela casa toda e a tua expansiva maneira de ser, e, se calhar até terei saudades dos teus amuos.

Foram muitos anos, por isso espero encontrar-te ainda no dia em que todos os mistérios me forem desvendados.

Acredito que sim, por isso, não te digo adeus, mas apenas até lá...

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