A Europa desagrega-se e esboroa-se perante os nossos olhos incrédulos com o que afirmam os mesmos políticos que há meia dúzia de meses atrás diziam aos colegas que o que era preciso era investir.
Mas investir onde?
Na compra dos seus produtos, claro!
A Alemanha tem fábricas espalhadas pelo mundo não por ser boazinha ou ter pena dos seus congéneres europeus, mas porque lhe dá lucro.
A França tem uma aposta forte na indústria aeronáutica porque quer competir com a Boeing e com a Nasa e para isso serve-se dos melhores cérebros europeus que paga a peso de ouro.
A Inglaterra metida na sua ilha, não larga a libra nem vai em conversas sobre a emigração mou a segurança.
Cada pais vê a UE como um armazém onde quer apenas colocar os excedentes e procurar produtos a baixo preço.
Deixem os europeus de comprar à Alemanha a maquinaria pesada e comecem a fazê-lo à China ou ao Japãp e a Alemanha irá ao fundo, principalmente se tiver de pagar o que se recusa a fazer por causa das suas políticas expansionistas.
Venha o Brasil ocupar o 'cluster' aeronáutico para os võos de curto e médio alcance e a França verá as dificuldades em que entrará.
Venham os chineses e indianos oferecer produtos informáticos ao preço da chuva e a América chiará e os telefones do Norte da Europa caírão a pique.
Quem hoje canta de galo porque tem os clientes presos pelos gargomilos poderá amanhã vê-los fugir dum Euro que querem construir só para si e pagar as suas mercadorias em rublos, rupias, reais ou yuans.
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