Hoje em dia passou a estar na moda os governos ditos de unidade nacional! Não sei se a unidade quererá dizer unanimidade ou apenas uma opção para manter os tachos e as prebendas.
Mas, saltando daqui para a televisão e olhando para os programas da manhã, já poderemos ver onde nos leva a unidade.
Os formatos são idênticos para não dizer iguais, se um leva um cozinheiro, o outro também leva e junta-lhe mais qualquer coisinha.
O esquema da dupla de apresentadores dá-se bem em duas estações, pois na outra, a apresentadora vale por dois, quer em tamanho, quer em barulho.
Lá vão rodando alguns artistas, falando de saúde pela rama e a correr e explorando o olho e ouvidos de comadre que existe em cada um de nós.
Se nos virarmos para os programas de notícias a coisa não melhora muito, pois a diversidade é apenas de interlocutores e raramente de conteúdos.
Com a já estafada economia (!) à cabeça, passando pela hora do telespectador e pelas reportagens medíocres os formatos mantêm-se numa monotonia em que o entorpecimento se instala rapidamente.
Esta moderna unidade vem juntando a diversidade com que nascemos e tenta meter na mesma forma espécies diferentes apontando o dedo acusador a quem ouse diversificar.
Com toda esta unidade, haverá ainda quem se admire de nos termos tornado num ordeiro rebanho guardado por caniches - pois já não são sequer precisos cães de guarda - e o pastor deve o seu lugar a ser uma pessoa distraída a quem deram o emprego apenas por não saber fazer nada.
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