25 março, 2011

2005

Era ministro um senhor chamado Luís Campos e Cunha que geria as Finanças a mando de Sócrates e que mais tarde abandonou o governo por não querer ganhar menos.

Nessa altura, defendia o mesmo senhor que o IVA (imposto cego), deveria passar para 21% (estava em 19%) porque a situação do País era muito grave e que só o fazia "para acautelar os mais pobres e assegurar a situação da Segurança Social", mais dizia que a questão da perda de competitividade das empresas devido à subida do IVA era um "falso problema".

Nessa mesma altura, outro senhor, chamado Aguiar Branco, criticava a medida, dizendo que a forma como o governo estava a tratar as finanças públicas era "demagógica" e rejeitava o aumento do IVA por ser "antisocial, anti-económico e anticívico".
Honra lhe seja feita, Campos e Cunha continua a achar que o IVA ainda poderá subir mais, muito embora reconheça que deve haver limites (quais, não diz, sabe-se lá porquê), no que respeita ao outro, já mudou de opinião seguindo o chefe na subida anunciada dos impostos que ainda há semanas atrás criticava ferozmente.

Ainda a procissão vai no adro e já os sermões mudaram de posição.

Se não fosse tão trágico seria para andarmos todos a rir como malucos com esta paródia.

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