Depois da sua diretora geral, Christine Lagarde, defender uma travagem nas medidas de austeridade que estão a ser implementadas na Europa e do economista chefe, Olivier Blanchard, ter admitido que errou nos cálculos e subestimado o impacto recessivo da austeridade, aparece um relatório do confuso FMI a propor o despedimento de 50 mil professores, o aumento das taxas moderadoras na saúde, um corte em todas as pensões e por aí fora...
Não sei quem é que são os autores do relatório, mas algo não andará muito bem por aquela casa, pois, pelos vistos, cada um fala por si e a hierarquia já não é o que era.
Por cá, o governo esfregará as mãos, pois assim poderá fazer mais uma data de tropelias apoiando-se num relatório elaborado por tão competentes técnicos que presumo devem ser os mesmos que constriram as folhas de Excel do Gaspar, pois mergulharam o país num lamaçal sem saída.
Será que o PR não tem nada a dizer sobre o assunto?
Será que os jornalistas ainda não encontraram o PM para o confrontarem com o relatório?
Que terá a maioria parlamentar a dizer sobre o assunto?
Porque raio de carga de água, o FMI, o governo, os jornais, os políticos, os "opinion makers" nunca falam na penalização por acumulação de "tachos" e prebendas? Será que não é imoral ter dois ou mais empregos, a que se somarão por vezes outras tantas reformas, detidas por muita gente que passa a vida a falar de cátedra sobre os malefícios da crise?
Pois, se a penalização fosse para a frente e dissuasora se calhar lá se arranjavam mais uma data de empregos, e, muitos dos que agora flanam aliviados, passariam a ter mais respeito por quem trabalha, ou trabalhou, e deixavam de descobrir as virtudes do liberalismo selvagem.
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