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26 março, 2013

Zeros à esquerda!

Alertado pelo Miguel Abrantes, fui ler a crónica do Jorge Fiel a quem rapinei a ideia para o nome deste 'post' e que é emblemática sobre a forma que, alguma gente neste país, usa e abusa para lixar todo que cheira a Norte.

Há muito que o Norte do país deveria ser tratado de modo diverso, mas quando os poderes regionais são os primeiros a não levantar a vontade contra os desmandos que por cá se praticam, sobram apenas algumas vozes para alertar para os verdadeiros malefícios que certas decisões acarretam.

Os casos que o Jorge enuncia - portagens da A28, ligações ferroviárias, nomeadamente a Porto-Vigo, a triste novela dos estaleiros de Viana, a que se podem juntar muitos outros, como o túnel do Marão, a tentativa de anular o aeroporto Sá Carneiro, o esquecimento do porto de Leixões, a ligação aérea Bragança/V Real/Lisboa, a asafixia do IPATIMUP, o desprezo pela reabilitação urbana do Porto, o esvaziamento da RTP/Norte, entre os muitos - são sintomáticos de uma estranha maneira de ver do desenvolvimento harmónico.

Ainda há dias, o PR veio a correr cá ao norte felicitar os que apostaram na região. criando fábricas de alta tecnologia, esquecendo que muitas vão fechando, não por falta de apoios, mas por falta de visão de quem entende que o país é um subúrbio da cidade onde assentam os fundilhos.

A culpa, infelizmente não é só atribuível a este governo, mas este é um dos que nos últimos tempos e em condições adversas tem feito uma política que poderíamos chamar de "terra queimada" sem querer inflamar a questão.

O interessante, é ver por lá sentada gente do Norte, que gosta de encher o peito com o Norte, mas  que entretanto se esqueceramm de defender, quiçá por falta de personalidade pois será essa uma das maneiras com que tentam mascarar a sua inépcia para o desempenho de funções para que foram convidados.


09 abril, 2012

Para acabar de vez com a chulice

Título da crónica de Jorge Fiel no JN, que aqui abaixo se reproduz.

Agatha Christie, sim. Toda. Mas não só. Também Stanley Gardner, Rex Stout, Simenon, Chandler .... enfim toda a galeria de autores que a coleção Vampiro nos apresentou em livros de bolso baratos, com capas lindas (em particular as de Lima de Freitas) e encadernações péssimas.
Vampiro sim, mas não só. Também outros clássicos, como Poe, Conan Doyle ou Maurice Leblanc, ou não tão clássicos como a mais recente geração de autores nórdicos, inaugurada pelo imperdível Henning Mankell e colocada em órbita por Stieg Larson.
Fanático por policiais, não resisto a um bom mistério, como este que vou expor, protagonizado pela região que é o principal centro de serviços e a porta de entrada e saída de gentes e mercadorias.
O Porto tem o mais elogiado aeroporto do país, o que mais cresce (carga e passageiros) e é regularmente eleito como um dos melhores do Mundo (senão mesmo o melhor), na sua categoria. Temos Leixões, o mais eficiente, lucrativo e cobiçado de todos os portos portugueses.
Temos indústrias tradicionais (têxtil, vestuário, calçado e metalomecânica, etc.) que souberam aguentar o impacto da globalização e fazer do Norte a única região do país que exporta mais do que importa.
Temos Amorim e Belmiro, os dois maiores empresários da geração pós 25 Abril, que se firmaram sem terem de ser levados ao colo pelo absurdo Condicionamento Industrial do Estado Novo.
Temos o vinho do Porto, produzido no Douro, declarado pela Unesco Património da Humanidade, e as duas marcas de produtos portugueses com maior notoriedade internacional (Mateus Rosé e Super Bock).
Temos Serralves e a Casa da Música, dois Pritzker, a escola de Arquitetura mais famosa do Mundo. Fomos o berço do rock português, uma linhagem que nasce com a dupla Tê/Veloso e inclui Abrunhosa e os GNR de Reininho.
Temos Manoel de Oliveira, o Fantasporto, as Curtas de Vila do Conde, o FITEI, o TN S. João, o Palácio de Vila Flor, o Theatro Circo e dois centros históricos (Guimarães e Porto) que a humanidade adotou.
Temos o F. C. Porto, a mais bem-sucedida e admirada das nossas equipas de futebol, que não é um eucalipto e soube acarinhar o crescimento do Sp. Braga, o clube do distrito mais jovem da Europa, que se afirma como o terceiro grande.
Temos a melhor, maior e mais internacional das universidades, a UP, bem no centro de uma competitiva teia de produção de conhecimento formada pelas suas congéneres de Aveiro, Braga e Trás- os-Montes.
Se temos tudo isto, se o Porto é o melhor destino turístico europeu 2012, se o Norte é a segunda região que mais contribui para a riqueza do país, por que é que continua a ser a mais pobre e negligenciada?
Este mistério tem duas explicações. A primeira é de que Porto e Norte têm excelentes jogadores, mas falta-lhes o líder que os transforme numa equipa vencedora. A segunda é que depois de darmos o nome ao país - e de dar a carne de primeira, para ficar com as tripas -, chegou a hora de dizer não aos chulos que vivem e prosperam com a mão metida no nosso bolso.

01 fevereiro, 2012

Nem as árvores escapam

O Carlos Romão mandou duas fotografias para A Baixa do Porto como se pode ver aqui.
O que terão feito de mal as árvores para que tal lhes fosse feito?
Será que isto é legal?

25 janeiro, 2012

E aqui fala-se do Porto!

Sacado a'A Baixa do Porto, este interessante artigo do JA Rio Fernandes.


Lembro-me bem como Rui Rio ganhou as eleições: Fernando Gomes regressava e pensava que isso bastava para todos correrem a votar nele, enquanto Nuno Cardoso tinha apostado (quase) tudo no Porto Capital Europeia da Cultura e havia perdido, entre guerras com a administração central e sobretudo com quem fez nomear para a Sociedade Porto 2001, por entre obras excessivas, atrasadas e caras, o que era acompanhado por quezílias que não facilitaram nada o “regresso” do melhor presidente que o Porto conheceu depois do 25 de Abril.
Mas, se no essencial foi Fernando Gomes que perdeu, também é verdade que Rui Rio ganhou. E fê-lo, entre outras posições, com o apoio firme à defesa do Parque Ocidental (dito “parque da cidade”), contra tudo e todos e em especial contra a “especulação” (seja lá isso o que for), num compromisso pelo rigor e transparência que trouxe o apoio de jovens bem intencionados reunidos em torno de uma “agenda verde”. Não falarei do rigor e transparência no caso do Rivoli e dos seus amigos, do Palácio do Freixo e do negócio do Grupo Pestana, das Torres do Aleixo e dos amigos de Duarte Lima, da antecipação de rendimentos de que aqui falou José Castro, nem do que custou à cidade a sua paixão por carros antigos, ou a da sua amiga Laura Rodrigues pelo prédio projetado pelo pai (Cinema Batalha) ou pelos relatórios e projetos do filho, entre tantas outras (tristes) coisas.
Porque o que importa é perceber hoje que a notícia sobre alterações ao PDM na sua ligação ao parque ocidental do Porto confirma o que alguns sabíamos: a CMP de Rui Rio contrariou o PDM que ela própria fez alterar e agora precisa de o mudar para fazer legal o ilegal. Isso é especialmente grave no Parque da Cidade, onde a CMP de Rui Rio aprovou, ilegalmente disse-nos a CCDRN, um oceanário, e deixou que alguns (Sport Club do Porto), aí plantassem construções (incluindo piscina), ou promoveu a asfaltação para uso dos aviões do Red Bull, entre outras iniciativas de impermeabilização muito pouco ambientalmente interessante e contrária ao que dispõe o PDM ou mais ainda ao discurso que lhe deu a vitória. Entretanto… por via da luta cega contra outras construções, deixa-nos Rui Rio, apesar de todo o rigor e transparência e da sua superioridade de economista, uma dívida superior à que herdou, menos espaço verde no Parque Ocidental e uma evidente falta de visão e de ambição da cidade, apenas compensada em parte pela projeção da cidade, para o qual muito contribuem o vinho do Porto e a atração das caves na Gaia do amigo Menezes, o Futebol Clube do Porto do amigo Pinto da Costa, ou o aeroporto que o amigo Jorge Coelho decidiu aprovar, por pressão do amigo Fernando Gomes.
Aqui se podem ver como são rasgadas algumas bandeiras que Rui Rio gosta de erguer bem alto mas a que lhe falta mastro suficiente.

14 janeiro, 2012

Cá pelo burgo

Enquanto se fazem balanços aos dez anos de governação (!) de Rui Rio, à gente que vai saindo da Câmara de mansinho para outros locais mais arejados, e no PSD parece ter estalado uma guerra entre fações, enquanto o CDS se mete nas trincheiras agachado e vai defendendo o castelo que tão laboriosamente o ajudaram a construir.
Esta cidade sem rumo e sem projetos, em apenas dez anos, perdeu parte da sua população mais jovem, viu desaparecer a sua indústria, assiste à morte por inanição do seu comércio, deixou a Ribeira ao deus dará, resolveu começar a chamar "baixa" a locais como a zona do Jardim do Infante só para que se possa falar em reabilitação da dita, esquece-se da estagnação do mercado do Bolhão que vai caindo aos bocados, da operação imobiliário que arrasará o mercado do Bom Sucesso elimando mais um dos pólos de comércio de frescos da cidade, deixou que a verdadeira baixa se transformasse num degradante conjunto de taipais e lojas fechadas ou em vias de fechar, esqueceu-se da limpeza da cidade, abandonou os jardins, encerrou os poucos sanitários públicos existentes, esqueceu-se da manutenção de fontes e chafarizes, preferiu a destruição à reconstrução/reconversão, destruiu ex-libris da cidade, encolheu os ombros à insegurança, tratou a cultura do mesmo modo que os jogadores de futebol tratam a bola, não resolveu o problema das àguas do Porto (talvez por isso as tente privatizar agora), fez pistas de aviação no parque da cidade para um espetáculo que afional pouco durou, destruiu a parte final da avenida da Boavista em nome de um evento bianual de que ainda se desconhecem os custos envolvidos, não reivindicou o suficiente, desprezou o eixo-atlântico e o resto que fez bem, ou foi iniciado pelo seu antecessor e ele limitou-se a acabar (mal), ou tentou substituí-lo mas para tal faltou-lhe o engenho e a arte.
Fala-se muito da sua proverbial honestidade e frontalidade, mas não sei onde encontrar as contas da câmara para poder aquilatar da sua razoabilidade, fala-se da sua excelência na gestão de pessoal mas desconhece-se onde estão os números a comprová-lo, e tirando o folclore da propaganda paga pelo nosso bolso (lembram-se de no início ele ser contra a revista informativa da Câmara que hoje nos faz chegar às mãos, noutro formato mas de pura propaganda), conseguiu destruir os jornais cá do burgo e até o JN, coitado, se submeteu às regras.
No meio disto entreteve-se a guerrear o colega de Gaia, bandarilhar o de Matosinhos, passar a mão no lombo ao da Maia e de Valongo e a utilizar o Metro do Porto para lhe pagar os arranjos citadinos.
Aos pobres distribuiu/os pela cidade e arredores, aos ricos oferece/lhes moradias de luxo.
Talvez o Porto com que ele sonhe seja diverso do Porto que j]a foi mas que demorar]a muitos anos a regressar a 2002, isto se alguma vez regressar.
P.S.> Alguém sabe o que é feito de uma tal Laura, que ía revitalizar a baixa e que tinha todo o seu apoio.

27 dezembro, 2011

09 agosto, 2011

Há precisamente 6 anos escrevi isto!

Já aprendi que:

- foi daqui que nasceu Portugal;
- somos tripeiros por tradição;
- temos pronúncia do Norte;
- dizem que somos bairristas;
- a Torre dos Clérigos é o nosso ex-libris;
- há eléctricos velhinhos com poucas linhas;
- ainda não é desta que a Avenida da Ponte se arranja;
- perdemos mais tempo a lutar uns contra os outros, do que na defesa da cidade;
- não pagamos portagens para atravessar o rio Douro;
- guardamos religiosamente o coração de um rei agradecido;
- chamam-nos Invicta e Sempre Leal por defendermos o que consideramos justo;
- por cá come-se quase sempre bem e em conta;
- há um aeroporto e um porto de mar fora da cidade.

Em contrapartida, não temos:

- políticos que nos valham;
- rios despoluídos;
- Centro Materno-Infantil;
- mecenato proporcional à fortuna possuída;
- uma rede de transportes modernos, rápidos e pontuais;
- actividade cultural suficiente;
- um canal televisivo que sirva a região;
- um jornal regional dinâmico;
- investidores em quantidade e com qualidade;
- população reivindicativa q.b..

Precisamos de ter urgentemente:

- mais e/ou melhores hospitais;
- escolas modernas e bem equipadas;
- uma aposta forte no turismo;
- mais e melhores museus;
- um aquário municipal;
- mais jardins e janelas mais floridas;
- uma baixa dinamizada e renovada;
- um presidente de Câmara sério, trabalhador, cordato e competente.

Seis anos depois e tudo está na mesma!

26 julho, 2011

A alta na Baixa

Começam a compreender-se, finalmente, os desígnios de Rui Rio!
A Baixa é para quem pode.
A notícia que não causou nenhum choque por aí além, vem confirmar o que há muito se desenhava na mente presidencial, a Baixa é para a classe alta.
Há muito que os sinais aindavam por aí, o derrube de bairros sociais para serem substituídos por urbanizações de gama alta são uma das atividades mais ativas da CMP, vidé exemplos do bairro do Aleixo, bairro de S. João de Deus, bairro rainha D.Leonor, etc.
A política de Rui Rio mantêm-se idêntica ao longo dos anos.
Afasta os residentes pobres e idosos para a periferia desenraizando-os, amplia os espaços habitacionais através da junção de fogos e depois tenta lá colocar gente de mais elevado estatuto social e económico.
Como política de combate à exclusão, à recuperação da degradação do parque habitacional social e exemplo do seu carinho pelos mais idosos e desprotegidos é uma lição a reter.

19 julho, 2011

Se a propósito...

... do quadro abaixo mostrado eu começasse a criticar o Rui Rio e o seu plano de futuro para o Porto estaria apenas a ser mauzinho ou a apontar que o rei vai nu?

Tudo isto é triste

Rapinado n'A Baixa do Porto

10 julho, 2011

Clérigos

O alerta de Alexandre Burmester n'A Baixa do Porto merece ser ouvido.
Se a Igreja não sabe conservar o património, e se o bispo é o primeiro a dar (maus) exemplos, é nosso dever protestar.
Aqui fica o meu.

09 julho, 2011

Ainda sobre o Porto-Vigo

Há quem lhe chame o Peter Pan dos automóveis, mas, de facto, esta posição do presidente da Câmara do Porto, é, no mínimo, muito estranha!
O autarca não pede mais velocidade na ligação, não comenta os horários, nem sequer se dá ao luxo de saber porque razão é que demora tanto.
Esta suma inteligência, que não tem nenhum estudo que lhe permita saber quantos passageiros ou carga teria para utilizar numa ligação de alta velocidade Porto-Vigo, defende que quando houver dinheiro se faça uma.
Como disparate, não está mal, mas o zé pagode, pelos vistos, gosta!

19 junho, 2011

Brincadeiras

Todos nós, quando miúdos, e até muitas miúdas, somos fascinados pelos carrinhos desde muito cedo. Tenho um neto que ainda há pouco fez um ano e o primeiro som mais ao menos bem articulado que fez foi o de brrrruuummm-brrruuummm, quando pegava em miniaturas de automóveis e carrinhas que abundam cá por casa.
Depois, depois vamos crescendo. Uns fixam-se nas corridinhas, outros no colecionismo, mas, a maior parte opta pela vaidadezita de ter uma máquina moderna, onde na idade mais jovem anseia por máquina atrevida que encha o olho à mulherama, e que mais tarde, com o crescimento abdominal, se reveja num bom sedan, ou num citadino jipe para levar a famelga a passear aos fins de semana, enfiar-se nas bichas diárias para o trabalho ou nos estafantes engarrafamentos das pontes e férias. Não falo de outras atividades que, embora lúdicas, possam ferir a sensibilidade dos mais moralistas.
Outros há ainda, que fiéis ao seu vício, correm o mundo só para estar perto daquelas máquinas barulhentas e velozes, gozar com o espetáculo e divertir-se à sua custa ou enveredam por uma profissão ligada ao ramo para assim satisfazerem, com vantagem, a sua maluquice pelas corridas e pelos belos modelos e motores.
Mas há casos especiais, como o do senhor presidente da Câmara do Porto, que, honesto e poupado, tem cortado em tudo que é cultura, porque só entende a versão em que a mesma dá lucro, se tem borrifado na desertificação da cidade, anda desde que foi para o lugar a prometer a revitalização da Baixa e uma rede eficiente de transportes ou na reorganização da cidade - que aqueles que cá vivem sabem bem em que estado se encontra -  disse apostar na  ciência mas que pouco faz ou fez por isso, mas tem umas corridas só para ele e para a sua trupe, que, como alguém disse, é para alguns dos senhores do Porto vestirem umas calças claras, sentarem-se juntinhos a beber uns copos e a sonharem que estão no Mónaco.
Que isso custe a destruição de parte da Avenida da Boavista, que as bancadas fiquem apenas compostinhas, que as receitas geradas sejam distribuídas pelos hoteis de muitas estrelas e pelo setor da restauração, que da câmara saia um bolo suficientemente elevado que poderia ser aplicado noutras coisas, não interessa!
A publicidade do evento, sendo medíocre, não chama televisões internacionais, nem sequer as nacionais.
O público acha o espetáculo caro, preferindo ver de fora e de longe, pois a vida está má. Os patrocinadores, lá vão dando, pois sempre é melhor estar do lado da CMP do que contra ela, nem todos são a equipa do FCP que se pode dar ao luxo de não precisar da sua ajuda para ser projetada na Europa e no Mundo.
Mas ninguém reclama, está tudo caladinho, até porque se passa no Porto, que já foi a segunda cidade do País, vai agora em terceiro lugar e até à saída dos Censos vamos continuar expectantes para saber em que lugar ficará. Sabe-se porém que é um local onde vivem velhos e estudam jovens, que tem taipais de madeira a cobrir frontarias de prédios e lojas, que tem montes edifícios e habitações abandonadas, que já teve mercados e um comércio florescente, mas que agora tem uns a cair, outros em transformação e que o pouco comércio que vai subsistindo continua a debater-se em dificuldades de monta e não vê lura de onde saia coelho.
Por aqui se faz ciência, a sério e de qualidade, sem ajuda da Câmara, mas também sem grandes reconhecimentos.
O que poderia ser a porta de entrada para um turismo diferente, anda à procura de umbrais seguros para poder ser erguida e a cidade estiola, do mesmo modo que se estiola na aridez da Avenida aquecida pelo Sol.
Há muita gente que sabe do que falo, mas prefere olhar para o lado e discutir outras coisas, qualquer dia, também estes terão de partir ou passarão a engrossar os velhos que por aqui deambulam, tristonhos, recordando o tempo em que era difícil, a um Sábado à tardinha, circular em Santa Catarina.

02 junho, 2011

Mercado em decomposição

O meu amigo Romão tem estas imagens no seu A Cidade Deprimente.
Para além do sugestivo título que mais haverá a dizer?

01 junho, 2011

Mercado do Bom Sucesso

Através d' A Baixa do Porto, um texto da autoria do Pedro Figueiredo sobre a providência cautelar que vai no sentido de impedir o fecho do Bom Sucesso.
Que dirão sobre o assunto os dois grandes partidos nacionais das feiras e romarias?

17 maio, 2011

Lá vai mais um

Agora é o mercado do Bom Sucesso que vai desaparecer durante uns tempos para renascer como hotel + escritórios + mercado nova era!
As pessoas que vivem na sua envolvência, de repente, são atirados para os braços das grandes superfícies uma vez que o pequeno comércio na área é praticamente inexistente.
Passamos a ir ao mercadinho da Foz - que é longe  e não substitui nem tem capacidade para tanto - ou ao decrépito Bolhão que se desfaz dia após dia?
Vamos comprar aos concelhos limítrofes? 
Mas não se diz que a população do centro urbano está envelhecida e necessita de melhores apoios!?
Em que ficamos?
Será esta uma nova maneira de captar mais população residente!?

12 maio, 2011

Escola da Fontinha

Via A Baixa do Porto chego aqui depois de ter lido estas opiniões aqui, aqui e aqui.
Mais uma vez, pelos vistos, a CMP fez o que não deveria ter feito.
Será que ainda vão culpar o governo?

03 maio, 2011

VGM

É-me penoso falar deste senhor, pois é um dos meus vizinhos, nado e criado numa cidade que não escolhe quem lá nasce, do mesmo modo que não escolhemos a família em que nascemos.
Este coriáceo pedante, para além de ter participado, mais de uma vez, na governação deste País, onde não deixou marca de respeito (foi Secretário de Estado da Segurança Social e  Secretário de Estado dos Retornados, respectivamente com o Mota Pinto e o Sá Carneiro), foi deputado de 75 a 78, não deixando nada de nota no Parlamento, e foi para o Parlamento Europeu em 1999 tendo-se arrastado por lá dez anos até 2009.
Dependurou-se em tetas várias como por exemplo na RTP2 (Director 1978), Imprensa Nacional Casa da Moeda (administrador entre 1979 e 1989) acumulando em 1988, a presidência da CE das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa e com a presidência da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, a Direcção da Revista Oceanos e a de comissário-geral de Portugal para a exposição Universal de Sevilha!!! Terminados esses cansativos cargos, que suponho tenham sido devidamente remunerados, foi para director do serviço das bibliotecas e de apoio à leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (outro bastião do PSD) entre 96 e 99.
Que me recorde, da sua passagem pela política onde arrecadou alguns cabedais lembra-me de um relatório, enquanto deputado ao Parlamento Europeu sobre as relações EU/China e nada mais.
De resto lembro-me ainda de ter sido uma das cabecinhas pensadoras que deu origem ao buraco da Expo-98 que ainda hoje dá prejuízos enormes, e mais nada.
Como poeta é razoável, um interessante tradutor, culto q.b., mas de uma peneirice atroz.
Gosta de dizar mal de Portugal e dos portugueses como se pertencesse a uma casta de brâmanes, chega a ser ridículo na sua esquizofrénica tentativa de se separar do País que lhe dá o pão e os lugarinhos ao Sol.
Ouvi-lo quando disserta sobre o acordo ortográfico ou sobre Dante é interessante, quando se mete pelos caminhos da política passa a ser mais um temperamental iconoclasta, que não sabe o que diz, nem tampouco o mal que faz.