26 setembro, 2011

Governar para o défice

Se alguém tem dúvidas do que resulta de uma administração da coisa pública centrada no défice, bastará olhar para a cidade do Porto, melhor exemplo não há.
Ao fim de 10 anos à frente dos destinos da cidade o que é que temos?
Uma Avªa dos Aliados desvirtuada, uma Avª da Boavista destruída, uma Baixa por recuperar, uma cidade que perdeu mais de 25.000 residentes dum total de cerca de 263.000, menos edifícios mas mais alojamentos, o que traduz um crescimento em altura sem razão aparente, menos residentes jovens, uma população envelhecida, um comércio destruído, uma indústria que fugiu para os arredores, uma cidade mais suja, com menos jardins, com menos espetáculos, com uma ribeira transferida para a outra margem por via de políticas sem nexo, escolas depauperadas, mercados extintos e transformados não se sabe bem em quê, transportes cada vez menos eficientes e caros, um centro materno-infantil que demora a aparecer, ruas com aspeto de abandono, edifícios em ruínas ou com taipais vergonhosos, ausência de policiamento visível com o consequente aumento de criminalidade, uma classe média constituída na sua maioria por reformados e pensionistas.
Tudo graças a uma política de controlo orçamental inventada pelo presidente mais triste que por aqui passou. Tudo em nome do equilíbrio financeiro. Tudo em nome da economia de cordel.
Se é isto a evolução, vou ali e já venho!

1 comentário:

Salta Pincha disse...

O Salta Pincha é uma espécie de Santana Lopes :-)