É sempre estranho ouvir uma pessoa que deveria ser culta falar anedóticamente de coisas que por norma são do conhecimento vulgar!
É este o caso do AJJ e de alguns madeirenses que se armam em povo madeirense quando não passam na sua maioria de descendentes dos colonos originais provenientes deste torrão à beira-mar plantado.
O senhor Alberto, que tanto gosta de chamar cubanos aos que lhe deram o ser, talvez se esqueça que a única coisa que a Madeira produzia era laurissilva (que os colonos queimaram e que os atuais arrendatários continuam a queimar), algum teixo, cedro e dragoeiros, que depois de abatidos deram lugar à cana de açúcar, ao trigo e ao vinho (mais tarde também se plantaram bananeiras), e foi achada, por assim dizer, por dois senhores que se dedicavam ao corso (pirataria) e se viram arrastados para ela por uma grande tempestade, segundo afirmaram Zurara e Diogo Gomes.
Que recursos é que os opressores da Madeira levaram que para lá não os tenham levado é que o sr. Alberto não consegue explicar!
Aos que se atreveram a tal aventura, D. João I, ofereceu-lhes terras para trabalharem, que ao fim de dez anos passariam para sua propriedade, isenção de impostos para os que tivessem menos posses possibilitando qye arroteassem os matos, exercessem a pesca, usassem a água e utilizassem as praias e costas que deveriam permanecer livres de donos e senhores.
As capitanias chegam mais tarde, pois a emigração não era suficiente para um povoamento eficaz, e para ali foram transportados outro tipo de gentes, bem menos honradas e com vontade de labutar.
Diga-nos pois, o sr. Alberto o que é que a Madeira nos deu de tanto valor e nos continua a dar, pois por mais que eu abra os meus cansados olhos vejo que para além de se alimentar do que explora (turismo e cubanos) não vejo lura de onde saiam coelhos.
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