Hoje de manhã vi e ouvi na SIC-Notícias um senhor jornalista da Visão, a dizer que a dita revista tinha feito um inquérito sobre o entendimento da pobreza, e que ele (jornalista), tinha ficado admirado por mais de 70 % dos portugueses inquiridos entenderem que eram pobres, e que um terço dos inquiridos entender que um rendimento per capita de 5 000 € mensais definia o ordenado de uma pessoa rica, o que ele considerava uma grande surpresa, até porque com esse valor a família deveria ser considerada como classe média!!!
Escusado será dizer que não se fala em classes no referido estudo (!), mas apenas em pobres e ricos. Remediados, assim-assim ou mesmo bem-de-vida, não foram chamados à colação, não vá o dito estudo passar a tornar-se uma coisa séria e lá seria o cabo dos trabalhos.
Sendo do conhecimento geral que mais de 18% da população vivia abaixo do limiar de pobreza em 2006, ou seja, tinham de rendimento menos do que 365 € por adulto, sabendo que cerca de 4,5% dos trabalhadores portugueses estão abrangidos pelo salário mínimo nacional, pertencendo assim bastantes ao universo anterior, não seria difícil concluir que os mais de 70% considerados pobres estariam um pouco inflacionados neste pensar dos inquiridos, uma vez que os que não fossem pobres teriam de ser ricos?
Claro que o jornalista entrevistado não deveria ser especialista nestas coisas de pobreza, pois entender que um rendimento per capita de 5.000 € mensais entra na esfera duma família de rendimento médio, esquecendo que o ordenado do PR é de 7.415,29 € e que um presidente de Câmara com mais de 40.000 eleitores ganha 3.700 €, que o ordenado médio em 2005 na área que melhor pagava era de 1.920,90 €, o que poderá rondar actualmente os 2.022,20 €, e que o ganho médio mensal se situava em 907,34 € (actualmente perto dos 962,00€), não deve estar a ver bem o problema.
Claro, que a Visão fez um péssimo trabalho, pois não tentou fazer um inquérito sobre os rendimentos das diferentes classes de trabalhadores, mas optou pelo caminho mais demagógico de inquirir sobre o que são pobres e o que são ricos, com base em conceitos que não se seguram nem com aquela cola que gruda cientistas ao tecto.
O Zé pagode, alinhou e disse umas patacoadas, e a Visão chama-lhe pomposamente um estudo.
Inquiridos foram 1036 de ambos os sexos e com mais de - pasme-se - 15 ou mais anos de idade...
Nada a estranhar que quer a Visão, quer a SIC-Notícias sejam detidas pelo mesmo grupo económico...
Escusado será dizer que não se fala em classes no referido estudo (!), mas apenas em pobres e ricos. Remediados, assim-assim ou mesmo bem-de-vida, não foram chamados à colação, não vá o dito estudo passar a tornar-se uma coisa séria e lá seria o cabo dos trabalhos.
Sendo do conhecimento geral que mais de 18% da população vivia abaixo do limiar de pobreza em 2006, ou seja, tinham de rendimento menos do que 365 € por adulto, sabendo que cerca de 4,5% dos trabalhadores portugueses estão abrangidos pelo salário mínimo nacional, pertencendo assim bastantes ao universo anterior, não seria difícil concluir que os mais de 70% considerados pobres estariam um pouco inflacionados neste pensar dos inquiridos, uma vez que os que não fossem pobres teriam de ser ricos?
Claro que o jornalista entrevistado não deveria ser especialista nestas coisas de pobreza, pois entender que um rendimento per capita de 5.000 € mensais entra na esfera duma família de rendimento médio, esquecendo que o ordenado do PR é de 7.415,29 € e que um presidente de Câmara com mais de 40.000 eleitores ganha 3.700 €, que o ordenado médio em 2005 na área que melhor pagava era de 1.920,90 €, o que poderá rondar actualmente os 2.022,20 €, e que o ganho médio mensal se situava em 907,34 € (actualmente perto dos 962,00€), não deve estar a ver bem o problema.
Claro, que a Visão fez um péssimo trabalho, pois não tentou fazer um inquérito sobre os rendimentos das diferentes classes de trabalhadores, mas optou pelo caminho mais demagógico de inquirir sobre o que são pobres e o que são ricos, com base em conceitos que não se seguram nem com aquela cola que gruda cientistas ao tecto.
O Zé pagode, alinhou e disse umas patacoadas, e a Visão chama-lhe pomposamente um estudo.
Inquiridos foram 1036 de ambos os sexos e com mais de - pasme-se - 15 ou mais anos de idade...
Nada a estranhar que quer a Visão, quer a SIC-Notícias sejam detidas pelo mesmo grupo económico...
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