Normal, para mim, é procurar salvar os passageiros quando um barco está em risco de naufrágio e seguidamente, se possível, salvar o barco.
Infelizmente, por esta blogosfera fora, tal como no País, assisto impressionado a uma luta frenética entre os passageiros mais avisados que gastam o seu tempo a tentar atribuir responsabilidades a quem provocou o desastre, e descuram do seu próprio salvamento tal a cegueira em que estão.
Uns atacam o comandante, outros dizem que a culpa é do imediato, outros culpam o clima, outros o construtor, há quem opte por criticar quem estabeleceu as regras de navegação, há pessoal que se amotina e semeia a discórdia entre a tripulação, outros há que procuram aproveitar-se do barulho para surripiar mais um bocado, e os passageiros coitados é que se vão afundando com o barco.
O capitão, por sua vez, queixa-se que os seus antecessores não trataram o barco muito bem, não cuidaram em ter escaleres que levassem toda a gente, que compraram material de salvamento já obsoleto, e que portanto há que arriar os escaleres restantes, mesmo que as pessoas vão um pouco mais apertadas, que o estado do mar não é bom, mas que muita marinhagem é competente e que alguns oficiais sabem o que andam a fazer.
Diz ainda para tentarem tapar os furos no costado, substituir algum cordame podre, deitar fora o que é supérfluo a fim de tornar menor o seu peso, permitindo assim que o barco consiga flutuar mais tempo, e até, sabe-se lá, chegar a bom porto.
Tenho dúvidas que consiga, no meio desta confusão toda, salvar os passageiros e chegar com o barco incólume, mas que já é tempo de largarmos as discussões e passarmos a remar todos para o mesmo lado, não hajam dúvidas, pois isso para mim é que será o normal, mesmo que de vez em quando resmunguemos um pouco.
Infelizmente, por esta blogosfera fora, tal como no País, assisto impressionado a uma luta frenética entre os passageiros mais avisados que gastam o seu tempo a tentar atribuir responsabilidades a quem provocou o desastre, e descuram do seu próprio salvamento tal a cegueira em que estão.
Uns atacam o comandante, outros dizem que a culpa é do imediato, outros culpam o clima, outros o construtor, há quem opte por criticar quem estabeleceu as regras de navegação, há pessoal que se amotina e semeia a discórdia entre a tripulação, outros há que procuram aproveitar-se do barulho para surripiar mais um bocado, e os passageiros coitados é que se vão afundando com o barco.
O capitão, por sua vez, queixa-se que os seus antecessores não trataram o barco muito bem, não cuidaram em ter escaleres que levassem toda a gente, que compraram material de salvamento já obsoleto, e que portanto há que arriar os escaleres restantes, mesmo que as pessoas vão um pouco mais apertadas, que o estado do mar não é bom, mas que muita marinhagem é competente e que alguns oficiais sabem o que andam a fazer.
Diz ainda para tentarem tapar os furos no costado, substituir algum cordame podre, deitar fora o que é supérfluo a fim de tornar menor o seu peso, permitindo assim que o barco consiga flutuar mais tempo, e até, sabe-se lá, chegar a bom porto.
Tenho dúvidas que consiga, no meio desta confusão toda, salvar os passageiros e chegar com o barco incólume, mas que já é tempo de largarmos as discussões e passarmos a remar todos para o mesmo lado, não hajam dúvidas, pois isso para mim é que será o normal, mesmo que de vez em quando resmunguemos um pouco.
2 comentários:
Acho que vai haver discussão sobre o lado para o qual remar... :)
Pois é esse exactamente o meu problema, entendo que pelo menos, durante um bocadinho, poderíamos remar todos para o mesmo lado, ou quando muito, não atrapalhar os que tentam remar.
Apareçam lá as ideias, que os remadores aqui estão.
Xis politizados.
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