30 setembro, 2011

Solidariedade

O ministro da educação pretende que para além de bons alunos estes acima de tudo sejam solidários e ofereçam o seu esforço a sabe-se lá ao quê e com que fim.
Pelos vistos não é falta de verbas é falta de sentido pedagógico.
O homem que afirmava que a excelência deveria ser premiada, mal chega ao lugar a que chega, não se incomoda que, nas vésperas de receberem um prémio fruto da sua dedicação e que serviria de exemplo e incentivo para outros, umas dúzias de alunos sejam atingidos por um balde de água fria que não se sabe que prejuízos lhes traria no futuro não fosse a intervenção da Ordem dos Médicos a substituir-se ao despautério da medida ministerial.
Acreditar que um cientista seja tão capaz à frente dum ministério como o poderá ser em frente a uma bancada de trabalho é desconhecer a realidade.
As escolhas deste Passos (de) Coelho vão-se mostrando desastrosas uma a uma.
Hoje foi o da Educação, como já haviam sido as do da Economia, do da Defesa, do da Saúde, do que está na Administração Interna, da senhora da Agricultura e do já tão desastrado Gaspar.
Da Cultura já se viu o que lhe vai na alma, cultura a metro, com conta peso e bilheteiras, o resto são cantigas.
Falta ainda ver os resultados do Portas e da sopa dos Pobres do da scooter.
Estamos bem aviados...

29 setembro, 2011

Intervenção ilimitada

O nosso professor, que por acaso acumula as funções de presidente da república, defendeu ontem a intervenção ilimitada do BCE nos países que estão com poblemas de dívida!
Onde o BCE vai buscar o dinheiro, não disse, mas pelos vistos deve ter sido decoberta alguma mina de Euros algures nessa Europa que permitirá ao BCE comprar tudo.
Os triliões necessários já devem vir a caminho, escoltados pelas novas viaturas da PSP.
O homem pasmou-se com o sorriso das vacas e agora anda a tentar fazer concorrência ao Álvaro.

28 setembro, 2011

Um novo Hitler?

Da Alemanha chegam-nos declarações graves que os governos europeus desvalorizam ou desdenham com um encolher de ombros, julgando que quem os profere está a fazer "bluff".
Há uns anos atrás, um primeiro ministro inglês, julgou o mesmo dizendo que o sr. Hitler afinal só desejava o que as misses desejam - a paz no mundo!
As declarações da sra. Merkel - chamar senhora aquela avantesma já é um elogio - afirmando que os países em défice excessivo deveriam perder a soberania (faltou dizer apenas a favor de quem) já me faz lembrar que a Alemanha não abdicou das ideias do grande reich mas que em vez de panzers mete fábricas com capital alemão.
Os franceses, como de costume lá vão juntos na embriaguês de serem parceiros do grande império.
Para memória futura.

27 setembro, 2011

Mudam-se os nomes...

... mudam-se as vontades!
Enquanto o apelidaram de TGV foi odiado por uma grande parte da comunidade dita esclarecida e perseguido ferozmente em artigos de opinião devastadores e mesas redondas onde alguns crucificavam a ideia de um comboio rápido para transporte de pessoas e mercadorias para fora do País sem necessidade de transbordo pelo caminho.
A sigla, muito por culpa do governo anterior, ficou no papel e dava azo aos que sabiam da poda, também metessem a colher para criticar escondendo à maioria da população a razoabilidade da coisa.
Por fim, chegou o Álvaro. Do Canadá. Com aquele ar de menino Zéquinha disse ontem que afinal não se iria fazer um TGV mas um TAV, que iria ficar mais barato até porque vão fazer duas linhas, uma a norte e outra a sul, e que isso é que está correto!
Nos jornais o silêncio é impressionante. A voz dos críticos não se ouve! Até o CAA se calou.
Os antigos ensinaram-me um provérbio que diz que mais vale cair em graça do que ser engraçado, hoje ele aí está aplicado em todo o seu esplendor.
Ninguém ainda me explicou de onde saírão os famosos comboios de mercadorias e passageiros de bitola europeia, pois quer as mercadorias, quer os passageiros, terão de fazer transbordos para chegar a esses famosos comboios, ou ter-se-ão de fazer novas estações ou ainda, tudo isto está muito mal explicado e apenas serve para desviar as atenções do essencial.
Sobre as outras atoardas do Álvaro falarei para a próxima.

26 setembro, 2011

Governar para o défice

Se alguém tem dúvidas do que resulta de uma administração da coisa pública centrada no défice, bastará olhar para a cidade do Porto, melhor exemplo não há.
Ao fim de 10 anos à frente dos destinos da cidade o que é que temos?
Uma Avªa dos Aliados desvirtuada, uma Avª da Boavista destruída, uma Baixa por recuperar, uma cidade que perdeu mais de 25.000 residentes dum total de cerca de 263.000, menos edifícios mas mais alojamentos, o que traduz um crescimento em altura sem razão aparente, menos residentes jovens, uma população envelhecida, um comércio destruído, uma indústria que fugiu para os arredores, uma cidade mais suja, com menos jardins, com menos espetáculos, com uma ribeira transferida para a outra margem por via de políticas sem nexo, escolas depauperadas, mercados extintos e transformados não se sabe bem em quê, transportes cada vez menos eficientes e caros, um centro materno-infantil que demora a aparecer, ruas com aspeto de abandono, edifícios em ruínas ou com taipais vergonhosos, ausência de policiamento visível com o consequente aumento de criminalidade, uma classe média constituída na sua maioria por reformados e pensionistas.
Tudo graças a uma política de controlo orçamental inventada pelo presidente mais triste que por aqui passou. Tudo em nome do equilíbrio financeiro. Tudo em nome da economia de cordel.
Se é isto a evolução, vou ali e já venho!

25 setembro, 2011

Citações (XLIX)

Quando se dissipa o património com loucuras, procura-se restaurá-lo com culpas.
 
Tácito

Neutrinos

Então não é que estes meninos decidiram andar mais rápido do que a luz!
Se a velocidade da luz deixar de ser a velocidade limite conhecida a nossa relação tempo-espaço fica irremediavelmente baralhada.
A ciência não pára de nos maravilhar. Se se verificar que tudo estava bem aferido e que a experiência é repetível estamos a viver momentos emocionantes.

Falta de produtividade!

Pelos vistos agora já se querem fazer despedimentos por falta de produtividade, ou seja, sempre que o trabalhador diminua a sua produtividade a entidade patronal poderá despedi-lo!!!
Diz o governo que quando a produtividade cair anormalmente é justa causa de despedimento bem como a produção sucessiva de avarias no equipamento em que o colocaram a trabalhar. Acumula a tudo isto o incumprimento de metas que o trabalhador se propôs atingir!
Uma proposta deste tipo, só pode ter sido elaborada por quem nunca esteve em contacto com o trabalho a sério, ou por quem não terá moral para dar a cara quando não cumpre o que promete.
Deixando de lado os políticos, a quem se destina a proposta?
Como se mede a quebra anormal de produtividade de um empregado de balcão a quem não chegam clientes ou a um carteiro que não tem correspondência para entregar?
Será que o vendedor que tem distribuída uma carripana decrépita, com avarias frequentes pode vir a ser penalizado por não cumprir as metas a que se comprometeu?
E que dizer do professor que vê a maioria da sua turma reprovar no exame da matéria que lecionou?
Poderá o trabalhador ser despedido por não lhe ter sido ministrada formação suficiente para operar com um determinado equipamento ou o envelhecido empregado de armazém com 60 anos de idade já não produzir como produzia aos vinte?
Será que quem se lembra destas coisas não deverá ser despedido por falta de inteligência?

24 setembro, 2011

Só para os que gostam de fotografia e/ou do Porto

Não deixem de dar uma saltada a A Cidade Surpreendente.
É um regalo para os olhos e para os sentidos.

Sobre a Grécia

No Ladrões de Bicicletas este texto que impressiona pela sua crueza.

José Niza

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

Obrigado, companheiro!

23 setembro, 2011

Sobre a Madeira

É sempre estranho ouvir uma pessoa que deveria ser culta falar anedóticamente de coisas que por norma são do conhecimento vulgar!
É este o caso do AJJ e de alguns madeirenses que se armam em povo madeirense quando não passam na sua maioria de descendentes dos colonos originais provenientes deste torrão à beira-mar plantado.
O senhor Alberto, que tanto gosta de chamar cubanos aos que lhe deram o ser, talvez se esqueça que a única coisa que a Madeira produzia era laurissilva (que os colonos queimaram e que os atuais arrendatários continuam a queimar), algum teixo, cedro e dragoeiros, que depois de abatidos deram lugar à cana de açúcar, ao trigo e ao vinho (mais tarde também se plantaram bananeiras), e foi achada, por assim dizer, por dois senhores que se dedicavam ao corso (pirataria) e se viram arrastados para ela por uma grande tempestade, segundo afirmaram Zurara e Diogo Gomes.
Que recursos é que os opressores da Madeira levaram que para lá não os tenham levado é que o sr. Alberto não consegue explicar!
Aos que se atreveram a tal aventura, D. João I, ofereceu-lhes terras para trabalharem, que ao fim de dez anos passariam para sua propriedade, isenção de impostos para os que tivessem menos posses possibilitando qye arroteassem os matos, exercessem a pesca, usassem a água e utilizassem as praias e costas que deveriam permanecer livres de donos e senhores.
As capitanias chegam mais tarde, pois a emigração não era suficiente para um povoamento eficaz, e para ali foram transportados outro tipo de gentes, bem menos honradas e com vontade de labutar.
Diga-nos pois, o sr. Alberto o que é que a Madeira nos deu de tanto valor e nos continua a dar, pois por mais que eu abra os meus cansados olhos vejo que para além de se alimentar do que explora (turismo e cubanos) não vejo lura de onde saiam coelhos.

22 setembro, 2011

Júlio Resende

Mais um que partiu, deixando mais pobre esta cidade e um país onde o culto das artes não é tido como essencial.
O Porto e o país não lhe deram a atenção que mereceu, talvez que depois de morto se fale mais um pouco deste homem dos mil e um ofícios da arte da cor.
Desde os azulejos, desenhos, painéis, vitrais, aguarelas ou simples esboços, deixou obra considerável e multifacetada.
Estaremos sempre em dívida para com ele.

21 setembro, 2011

Procuram-se!

Agora que o TGV passou a ser apenas um comboio de velocidade elevada, desapareceram todas as virgens que clamavam contra o desperdício de dinheiros públicos em obras sem sentido!
O Álvaro, que era um dos que pela socapa lá ía fazendo o seu trabalhinho chegou agora à conclusão que o que faz falta não é avisar a malta, mas antes uma linha ferroviária de bitola europeia para fazer sair as exportações, esquecendo porventura que a maioria das mesmas se faz a Norte e que os custos para as trazer até ao Sul as encarece mais um pouco do que deviam, mas pronto(s), o homem pensa que já sabe e está lá para falar, nem que seja para dizer asneiras.
Depois vem a solução do outro, que em vez de uma linha já faz três! 
Duas para os comboios ditos normais e uma para o vai e vem entre o Poceirão e o Caia!
Os engenheiros não falam, os jornalistas emudeceram, os deputados não repararam, o nosso homem das grandes negociatas de ações e terrenos nem quer saber do assunto, e os que reclamavam estão já satisfeitos com a medida.
Pobre Sócrates! Todos lhe mordiam as canelas por dá cá aquela palha, pois não conseguiam chegar mais alto, agora... podem os Oliveira e Costas e Dias Loureiro fazerem as trafulhices que lhes apetecem que os tribunais já se declaram incompetentes para os julgar, pode o Jardim mentir à vontade ao longo dos anos delapidando o erário público que, muito a custo se observam umas parcas lágrimas de crocodilo, podem os PSD's que se passeiam pelos CA's e altas posições gastarem sumptuariamente que nada nem ninguém se incomoda.
Isto já não parece um país, mas um principado em que o principe herdeiro não tem queda para a realeza mas vai falando, falando a ver se entretanto o tempo cura as mazelas.
O melhor é começarmos a plantar umas couvinhas e umas batatas, pois creio que o apertrar de cinto vai ser longo e grande, e pelo menos com uma sopinha lá iremos passando melhor..

20 setembro, 2011

Educação

A propósito de educação e do significado do mesmo, tenho constatado que atualmente educação é apenas sinónimo de ter um "canudo" pelo que entendo que os nossos educadores bem podem limpar as mãos à parede pelo trabalho feito.
Aprendi que para ser educado não era preciso diploma, bastava não ser grosseiro, ter um ofício e ser competente nele, ser honesto, paciente, amigo do seu amigo, companheiro de trabalho, camarada na tropa, ter vontade de aprender com aqueles que mais sabiam, reverenciar os mais velhos, esforçar-se por adquirir conhecimentos, cultivar as letras, dar valor à terra e aos costumes, ser patriota, defender os mais fracos, impor respeito aos mais fortes, tentar entender as artes e cultivar o prazer do belo.
Hoje em dia raro é ser confrontado com alguém educado nessa velha escola que não tenha tantos anos como eu. Há por aí umas exceções que apenas servem para confirmar a maleita.
A educação, infelizmente, hoje em dia é apenas o canudo que dá direito ao tratamento por "sr.doutor/professor/engº/arquitecto" e outros afins, imaginar que os antipodas são uma tribo qualquer, que o Júlio de Matos é apenas nome de hospital para malucos, que o Tintoretto é jogador de futebol italiano ou casta nova de vinho tinto, que os pastéis de Belém são uma das maravilhas do mundo, que as epístolas são as mulheres dos apóstolos, que falar francês e tocar piano é coisa sem sentido, que ceder o lugar no autocarro é sinal de estupidez, que a buzina serve para insultar o parceiro, que as canetas de tinta permanente são um anacronismo, que ser chico-esperto é sinónimo de inteligência e habilidade, etc.
Viver num ambiente destes é doloroso, principalmente quando vemos no poder esta cambada de gente ostentando o papelinho profusamente ilustrado que lhes dá direito a ser tratados como se educados fossem.

14 setembro, 2011

Poupar

Neste afã de poupança, porque é que não despedimos o governo e os secretários de estado e juntamente com eles todo o cortejo de assessores, técnicos, secretárias e outros apêndices e se remete a problema da governação para os directores gerais?
Vendiam-se as carripanas, mandavam-se os seguranças para policiar as ruas, distribuiam-se os edifícios por quem mais necessitasse e o parlamento fiscalizaria.
Poupava-se um balúrdio e pode ser que assim o estado, para além da poupança se tornasse mais ágil.

Mais do mesmo

O FMI volta a atacar, dizendo que a nova derrapagem nas contas públicas carece de ser corrigida.
Ninguém sabe de onde proveio esta nova derrapagem e ainda menos se sabe se os nossos fiscais se pronunciaram sobre a ausência dos cortes na despesa, mas do lado do governo já sabemos que abanaram com a cabeça para trás e para a frente, como os burros, esperando que os custos voltem a cair sobre os mesmos.
O português, coitado, encolhe os ombros e segue cabisbaixo em direção ao seu esgotamento, sem um protesto, resignado como judeus em comboio em movimento para um qualquer destino final.

12 setembro, 2011

Recordando Sttau Monteiro

Deus nos livre dos santos e iluminados porque dos maus sabe a gente safar-se.
Este foi o título que o dramaturgo deu a uma crónica que viu a luz do dia em Outubro de 76, e que não podia estar mais próximo da realidade.
Ali, a sua Guidinha afirmava que:
"Dois passos para a frente e um para trás dois passos para trás e um para a frente dois passos para o lado para ver o que acontece dois passos para trás e quatro para a frente quatro passos pra trás e dois para a frente isto aqui na Graça está uma confusão que ninguém se entende porque ninguém tem nada para fazer senão botar sentença sobre coisas que não entende e tentar chegar ao alto seja como for..." para logo adiante lembrar "...sim porque isto tem pouco que se lhe diga e conta-se em duas palavras para começar durante a confusão que houve vai para dois anos o guarda nocturno Silva deu consigo mesmo um dia a mandar na cantina na escola e na sala de espectáculos do clube é claro que foi um ar que deu ao clube porque o guarda-nocturno Silva talvez saiba guardanoturnar mas não sabe tomar conta de cantinas de escolas e de salas de espectáculos de forma que de um dia para o outro a cantina ficou sem bolos de arroz a escola ficou sem carteiras e a sala de espectáculos ficou mais vazia que a barriga da gente no fim do mês em vez disso tudo a malta ia para o clube dar vivas ao senhor Silva berrar reivindicar gritar e fazer outras coisas o que a malta não fazia era trabalhar vai as coisas começaram a modificar-se o senhor Silva foi parar ao olho da rua e começou-se outra vez a ver se o clube funcionava mesmo que funcionasse mal sempre era um princípio enfim com o clube parado é que a gente ia mesmo ao fundo mas quem é que aguenta o senhor Silva a guardanotunar agora que se habitou às palmas aos gritos e aos vivas? sim quem é que consegue que ele ande de porta em porta à noite agora que se habitou aos projectores? sim quem é que consegue que o senhor Silva em lugar de sonhar com coisas que não entende ande a ver se os automóveis e as casas têm as portas bem fechadas? e os amigos do senhor Silva? quem é que consegue que eles voltem a andar no jardim dum lado para o outro todos fardados a armar aos cágados quando eles se habituaram a ir à rádio e à televisão botar sentença? quem é que consegue que eles voltem a ser os apagadinhos que nasceram agora que eles se habituaram a ser iluminados e a julgar que andam a cumprir missões históricas? é que há coisas mesmo impossíveis como esta ...". 
Talvez se os srs. Silvas cá do sítio lessem isto e aprendessem alguma coisa, talvez um dia ainda acordássemos deste pesadelo!

Estamos a chegar aqui



11 setembro, 2011

11 de Setembro

Torres gémeas (NY) - Cerca de 3.000 mortos;
Chile (golpe de estado apoiado pelos USA) - Cerca de 40.000 mortos;
Iraque (intervenção USA) - 100.000 mortos;
Guerra pela independência da Argélia(França) - Cerca de 250.000 muçulmanos;
Genocídio sudanês - 500.000 mortos;
Afeganistão (intervenção soviética+americana) - 1.000.000 mortos;
Bangladesh (intervenção paquistanesa) - 1.250.000 mortos.
Porque é que o onze de Setembro nos USA tem direito a notícias diárias há já quase um mês e programas especiais a toda a hora, e os outros são varridos para o canto do esquecimento?


Eles não se entendem!

Uns defendem a saída (expulsão) da zona Euro dos países mais problemáticos, entre os quais nós nos encontramos, outros defendem que a expulsão desses mesmos países levaria a uma catástrofe sem prededentes. As demissões de gente que ainda há pouco falava em crise da dívida soberana, controle orçamental apertado e baixa do investimento público, hoje vai dizendo o contrário como se os pobres de Job que estão no fundo do panelão não tivessem de sustentar todos os que lhe estão por cima!
Mas que raio de estudos fazem estes economistas da treta que não acertam uma e dão-se ares de grandes profetas?!
Entretanto os americanos querem salvar o Euro para não ficar sem o dólar...
E não há quem deite a mão nisto.

09 setembro, 2011

Curiosidades

O ministro Miguel Macedo em vez de estar noi governo devia dedicar-se ao circo, pois parece um bom prestidigitador quando anuncia poupanças de 3,5 milhões de euros na extinção dos governos civis.
Segundo ele:
1. - Uma parte substancial (quantos?) dos 316 funcionários dos serviços agora acabados serão, em princípio, integrados como pessoal não policial das forças de segurança. Então onde fica a poupança? Deixará essa parte substancial paga por dinheiro que não seja do estado?!
2. - Eu quero dizer que com o fim dos governos civis extinguem-se 106 funcionários que dependiam directamente do gabinete do governador civil, incluindo o governador civil, 18 dos quais eram altos responsáveis da Administração Pública. Desta decisão decorre directamente a poupança de 3 milhões e 150 mil euros resultante do fim destes lugares. Afinal quantos governadores-civis existiam? Não eram apenas 18? E eram esses 18 que ganhavam 3 milhões e 150 mil euros? Ou será que os restantes 88 vão ser despedidos da função pública?
3. - Indirectamente vai propiciar uma poupança adicional de cerca de meio milhão de euros em arrendamentos que decorriam da circunstância da existência de governos civis diz o ministro para logo adiante afirmar que algumas das sedes dos governos civis serão destinadas - num processo que está já conduzido pelo Ministério das Finanças - à instalação de comandos distritais, quer da PSP, quer da GNR, a receber serviços da Protecção Civil, do próprio SEF, que estavam hoje em instalações que são arrendadas.Afinal em que ficamos poupa-se nos arrendamentos ou transferem-se os custos para outros serviços, faltando ainda saber quanto custarão as respetivas obras de adaptação.
4. - Não contente com tudo o que já tinha dito, ainda vai a tempo parfa mais uma. Com a reafectação de uma parte do património que estava destinado ao funcionamento dos governos civis irão deixar de ser feitos investimentos de entre 40 a 60 milhões de euros nos próximos anos.
Será que a sua bola de cristal também o informa dos números do totoloto? Sabe ele lá o que irá acontecer nos próximos meses e vem agora falar em anos.
Os sublinhados, são palavras do mesmo em entrevista publicada no JN de hoje, o que deixa em pé a seguinte questão:
Se apenas os governadores civis é que deixam de ser custos do estado, se os trabalhadores vão ser reafectados e os edifícios também, se as obras de beficiação e adaptação decorrentes não aparecem nas contas, como é que este ministro faz as contas das poupanças?!
Tapar o Sol com uma peneira é interessante mas não o faz desaparecer.

Citações (XLIX)

A paciência é a riqueza dos infelizes.

Camilo Castelo Branco

08 setembro, 2011

Da Holanda

Diz o pimeiro ministro holandês que quer poder expulsar países da zona Euro!
Não sei porquê veio-me à ideia o nome de Anne Frank, que também foi expulsa da Holanda na direção de um forno crematório.
Há países, que por muito que existam e tenham aparência disso, nunca chegarão a ser civilizados.

Diz-se por aí

Que o novel ministro da saúde é da Opus Dei! 
Se o é, não parece, pois aquela obra afirma ser de inspiração católica e que "o trabalho e as circunstâncias diárias são ocasião de encontro com Deus, de serviço aos outros e de aperfeiçoamento da sociedade". A ser assim, este Paulo Macedo deveria ser expulso, pois o que tem estado a defender para a saúde vai contra todos estes princípios.
Para além de andar a contratar gente que já deu provas de incompetência quando à frente de ourtras negociatas médicas, nomeadamente José Antóno Mendes Ribeiro - o tal que presidiu ao Grupo Português de Saúde, que comprou o British Hospital com a ajuda do BPN, homem ligado à SLN e que quando abandonou o cargo deixou atrás de si um passivo de cerca de cem milhões de euros como se pode ler aqui - entende que a saúde é um luxo, e por isso na sua azáfama de poupança afirma ir deixar de comparticipar as vacinas contra o cancro do colo do útero, a hepatite B e contra a estirpe B do vírus da gripe, promete deixar de comparticipar também os antiasmáticos e broncodilatadores, para além de outras malfeitorias que estarão na forja.
Creio ter entendido que o senhor doutor Paulo Macedo o que pretende é tratar-nos da saúde no sentido brejeiro do termo, pois a falta de dinheiro para pão que já se sente em muitos lares vai forçosamente ver-se agravada com mais estas medidas que, pelos vistos, são a sua visão dos cortes nas gorduras do estado!
Faço votos para que o sr. ministro apanhe asma e hepatite B, já que não pode apanhar o cancro do colo do útero, pois não há dinheiro que chegue para pagar o sofrimento a que está a submeter uma grande quantidade de portugueses que lhe pagam o vencimento.
Só espero que quem se sinta atingido por estas medidas proteste veementemente contra elas e que os médicos e as suas organizações não deixem passar em branco mais este atentado à saúde das pessoas, pois já se está a ver que SNS este senhor estará a preparar.

07 setembro, 2011

Procuram-se!

Alguém sabe onde andam escondidas as gorduras do estado que tanto o PSD como o CDS tão diligentemente conheciam e sabiam como as haviam de tratar?
Quem as encontrar que informe p.f. urgentemente o chefe do (des)governo, pois, pelos vistos, ou ninguém sabe onde elas andam ou, na pior hipótese, sabem... mas têm pena ou medo de as liquidar não sejam ainda acusados de homicídio ou, mais brandamente, de despedimento ilegal.

Confesso

Tentei ouvir a entrevista do ministro das Finanças mas o homem faz-me adormecer!
O tipo de discurso que utiliza aliado à monotonia sin-co-pa-da e e-xas-pe-ran-te com que de-bi-ta o seu ha-bi-tu-al dis-cur-so, bole-me com os nervos.
O homem não se explica nem consegue fazer-se explicar.
O seu pensamento é um mistério. As suas deduções confrangedoras. As ideias, ou melhor, a falta delas, escorrem gota a gota do seu balbuciar aflitivo.
Sempre que a sua figura se me apresenta recordo o velho Badaró, mas sem a clarividência daquele e sem o seu humorismo. 
Um chato empertigado, que julga que os salamaleques que faz fazem com que seja considerado educado, humilde e competente.

Não há professores maus

Segundo Nuno Crato, que deve ter ido buscar a ideia ao bondoso padre Américo, a partir da nova avaliação não haverá professores maus, insuficientes, insatisfatórios, medíocres, impreparados, inaptos para a profissão, mesmo que as turmas que lecionem tenham um forte grau de não aproveitamento, desconhecimento das matérias curriculares sem culpa própria, etc.
No mínimo, qualquer bípede com habilitações literárias para ser considerado professor, leva de imediato um atestado de capacidade e suficiência no dia em que é admitido para uma qualquer escola pública.
Poderá não ter habilidade para a função, ser um absentista renitente, um deficiente pedagogo, um irresponsável social ou ainda pior, que o estado, carinhosamente, entende que é um professor suficiente para encaminhar os alunos na senda do conhecimento.
Esperava mais deste cavalheiro, mas já se vai tornando difícil ter desilusões com estes verborreicos críticos, que pululam nas televisões quando não estão ao leme da governação.
Quando lá chegam dá nisto!

06 setembro, 2011

Fim

Acabaram as férias!
Nada de novo, tirando um bem merecido descanso das notícias e da net.
O País continua pior do que antes, mas há quem ache que é preciso!
Os anéis já se foram, as unhas estão já pelo sabugo, já se poupa no pão... que dizer a esta cambada que passa a vida a afirmar que qualquer dia vai começar a cortar nas gorduras?