Foram publicadas através da Internet 1438 nomes de pessoas pertencentes a uma determinada agremiação que se diz "discreta".
Um jornal, o DN, para além da notícia faz 'link' para o local onde os nomes estão disponíveis, mandando às malvas a confidencialidade dos referidos a quem, pelos vistos, entende que não se aplicam as regras legais deste país, nomeadamente aquelas que visam a proteção de dados pessoais.
Agora, e se calhar porque há quem entenda que tudo é divulgável, vai-se assistindo a fugas cada vez mais flagrantes de dados pessoais como se isso fosso uma coisa natural. Desta vez foi com professores na zona de Lisboa, onde moradas, endereços de e-mail, telefones foram apresentados, mas já tinha acontecido o mesmo há dias na zona de Cinfães (CM de 25 de Agosto).
Para além de não me rever neste tipo de intromissão, pois não vejo o mesmo afã persecutório contra noutros credos ou filiações, nem tampouco vejo expostos os dados de outros profissionais assusta-me ir vendo que há gente que se vangloria ser de esquerda a bater palmas a tal notícia (a do DN) e a criticar acerbamente a que refere os professores!
Para além da dualidade de critérios e mesmo tentando ser angelicais não vejo porque é que um jornalista há-de querer expor o nome de quem se sente bem na maçonaria, e não tenta fazer o mesmo a quem pertence à Opus Dei, Rosa-Cruzes, Templarios ou outra qualquer agremiação do género, aos filiados no PSD ou outro qualquer partido, aos inscritos num determinado sindicato ou associação de classe, etc., etc., etc.
Tenho medo que os genes que o Salazar tenha injetado na corrente sanguínea deste povo que alimentou a sua PVDE, que foi mudando de nome ao longo do tempo para suavizar o nome e não os métodos, se tenham enquistado e hoje sejam um abcesso purulento que urge extirpar a favor da democracia.
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