30 janeiro, 2013

Não tenho muita

Fé!

E é disso que se trata quando vejo o que está a passar no maior partido da oposição.

Que o Seguro levou um apertão sério, não me restam muitas dúvidas, mas será que foram o suficiente para o meter nos eixos, fazê-lo arrepiar caminho, e, simultâneamente, dizer à gangada que anda por aí a dizer dislates que se remetam à sua insignificância e curteza de vistas já me é mais difícil de acreditar.

Não sendo um homem de muita fé, espero que o PS, no meio desta borrasca encontre a dignidade suficiente para fazer a auto-crítica que há muito se vem impondo, louvando o que foi bem feito e criticando o que foi erro, mas sem vergonhas, e com singeleza, não cavando dissensões onde deve driar laços, para asneira já chega a que o (des)governo atual nos atira para cima, bem se dispensa a daqueles que dizem andarem a defender o Zé Pagode.

Claro que o tempo não está para discussões estéreis, divisões internas que deixam marcas indeléveis ou choques entre prima-donas, mas impõe-se que o PS como o maior partido da oposição cerre fileiras, passe a apresentar um discurso objetivo, alternativas óbvias, unidade na ação e deixe de patacoadas do género dos candidatos para Matosinhos ou para Cascvais, os ditirambos do Manuel dos Santos ou do Victor Freitas, figuras menores que se estão a por em bicos de pés sabe-se lá com que intenções, o que já não posso dizer de Alberto Martins, que deveria ter mais tento na língua, pois já não é menino nestas andanças.

MNas vou ter de arranjar mais um pouco de paciência e ver no que é que isto dá, esperando que o último muro que nos separa da enxurrada não vá com esta para um futuro muito distante, deixando às novas gerações um futuro muito diverso do que eu tive quando estava com a mesma idade.


29 janeiro, 2013

Irra!

Já não bastaria o pateta do Relvas andar para aí a "ser visto e ouvisto" para, de repente e em seguida, descobrirmos que sua excia. descobriu que não há fundos sem poço?!!!!!

Do outro lado, talvez para não ficar atrás, o Arménio já se refere ao Selassié como "escurinho", um pateta, que o aparelho que tem vindo a tomar conta do PS descobriu para Matosinhos, entende que se devem pôr os miúdos a trabalhar aos 14 anos, se não tiverem aproveitamento escolar, o Manuel dos Santos entende que a culpa disto ter chegado ao que chegou é dos seus "camaradas", e o Seguro anda excitadíssimo porque alguns já começaram a dizer que basta de inação!

Já não chegava que o taralhoco do Carlos Barbosa, que andava aos saltos na estrada no tempo do anterior governo a berrar contra as multas, agora entenda que, apesar das mesmas terem aumentado cerca de 40%, já não há caça à multa; que se tenha sabido que a Opus Dei atira para a fogueira com 33.573 livros, entre os quais estão grandes nomes da nossa literatura; da ausência de conclusões do famoso inquérito ao acidente na Linha do Norte que, segundo o ministro Álvaro tinha 72 horas para ver a luz do dia; que, mais uma vez, o governo tenha metido os pés opelas mãos na legislação sobre os duodécimos; que as exigências à Madeira feitas pelo Gaspar, o terrível, tenham ficado em águas mornas; que o foguetório da ida aos mercados tenha afinal sido mais uma manobra de cosmética; que o Marques Mendes continue a venda de banha da cobra; que o Catroga bata palmas ou que os partidos da maioria se armem aos cucos com o tribunal constitucional.

Tudo isto, cheira a mofo e rendas velhas. Os porcos ocupam as estradas, os IP's rebentam pelas costuras, e já há muitos a necessitar de obras, pois as portagens retiraram o trânsito de um lado para o colocarem noutro com todos os inconvenentes daí decorrentes, e cujos custos, para já, ainda ninguém parece interessado em calcular.

A direita, entretanto, sonha com um regresso ao passado, ameaçando o futuro das gerações que aí estão e ainda as que estarão para vir, estranhamente, com o beneplácito da massa ignara que lhe dá o suporte e a sustenta sem se dar conta que apenas é o gado que alimenta a vampiragem.

15 janeiro, 2013

Curiosidade

Depois de tanto ler e ouvir falar sobre o famigerado relatório do FMI, concluir que o mesmo está eivado de erros e de propósitos que nada terão de técnicos, gostaria de saber porque é que uma institiuição daquelas empresta o nome para tal tipo de jogadas.

Só grandes interesses que não gostam de aparecer à luz do dia serão capazes de engendrar este tipo de colaborações.

Quem é que afinal estará por trás de tudo isto? Não consigo acreditar que tenha saído da cabeça do Pedrito tal ideia, do mesmo modo que não vejo Gaspar, Relvas, Moedas & Cª capazes de encabeçar tal projeto, quando  muito, poderão apenas ser as cabeças de turco escolhidas para dar voz ao início de algo que, só num país pequeno e dependente, com uma democracia frágil e incipiente,  aonde os cidadãos - iletrados na sua grande maioria - ainda acreditam na propaganda que lhes é abundantemente servida por orgãos noticiosos de onde o contraditório quase desapareceu, como por magia.

13 janeiro, 2013

Mas que discussão?

Começam a aparecer aqui e ali, pessoas que de boa fé - algumas  - entendem que deveríamos aproveitar para discutir o futuro da nação!

Já o povo, na sua tradicional sapiência, nos diz que: Casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, pelo que esta é a altura errada para uma discussão séria e ponderada sobre o futuro, mas como o que não tem remédio, remediado está, vamos a isso.

Seremos nós capazes de alterar o famoso estado social europeu em que vivemos sem que isso nos faça distanciar, ainda mais, dos padrões médios de vida da Europa a que pertencemos por direito primeiro?

Mas quais são as opções que se pretendem discutir? E o que é que se pretende atingir? Será que não aceitamos o estado social porque ele é mau nos seus resultados, ou porque o que os privados afinal pretendem é serem eles a desempenhar as funções do estado, mas com as regras que lhes interessam?

Será que uma seguradora tratará melhor dos meus interesses do que o estado? E o diretor de uma escola privada, está mais interessado nas mais-valias resultantes da educação que ministra ou das que resultam apenas do lucro do exercício da venda de diplomas?

Da experiência tida por muitos de nós, como é que avaliamos a nossa relação com a banca? Será que os bancos nos têem andado a fazer favores ou apenas a alimentar-se com as nossas necessidades?

De salto em salto, já me vejo a perguntar porque é que as polícias não hão-de ser privadas, do mesmo modo que poderíamos entregar a segurança do país a um qualquer exército estrangeiro, de preferância bem armado e bem preparado, mas que levasse baratinho, privatizar os tribunais que receberiam à peça, e já agora porque não entregar o governo à gestão de um qualquer banco e confiar nos gabinetes dos advogados para nos fazerem leis certinhas?

Não ficaria mais barato?!

Finalmente deixaríamos de ter de nos preocupar com os défices, contas públicas, políticos e quejandos?

E poderíamos começar a poupar desde já, bastava distribuirmos o que ainda há proporcionalmente pelos reformados e pensionistas, vender o que é do estado em hasta pública e já está.

Quem não tiver emprego, emigrará se puder, se não, poderá dedicar-se à lavoura, ao empreendedorismo,  à pesca, à caça, ao turismo ou à pedinchice.

Claro que haverá custos a suportar, muitos morrerão entretanto por falta de assistência, outros morrerão de fome, de frio e até de calor, pois penso que ainda poderão chegar ao verão, os que sobrarem que se desenrasquem e/ou fujam.

O último que feche a porta!

11 janeiro, 2013

Mas que é que podemos fazer?!

Já muita gente se sente escandalizada com as patacoadas do Moedas, que considera bem feito um "estudo" de uns tantos empregados do FMI, onde as imprecisões, omissões e disparatadas conclusões levam a soluções que, num modelo de Excel, são muito interessantes mas nada dizem a um País real com habitantes de carne e osso, para ainda terem de ouvir do primeiro-ministro o mesmo discurso.

Das duas, uma! Ou o primeiro-ministro não sabe do que fala, ou, sabendo, acha que tudo aquilo tem qualidade, o que me assusta, pois revela que temos um primeiro-ministro muito fraco no que respeita a saber ler um relatório, pois nem sequer consegue identiuficar as muitas imprecisões lá contidas.

Resta outra solução, que é a do primeiro-ministro estar satisfeito com o resultado do relatório, por este encaixar diretamente na cartilha que o Gaspar lhe vendeu, e em que ele acredita piamente.

A ser este o caso, valham-nos os santos todos do cardápio, bruxas e demais personagens com capacidades de alterar o destino, pois com estes tipo ao leme o desastre é seguro.

10 janeiro, 2013

Onde anda a oposição?

Afinal, por onde andará a oposição ao governo?

Numa altura em que as manchetes da pasquinada divulgam as medidas dum relatório do FMI, em que os noticiários abrem com anúncios de mais malfeitorias a curto e médio prazo, em que até já há ministros a necessitar de informar que o absurdo relatório apenas contém sugestões e não decisões, a oposição parece ter-se eclipsado em declarações de circunstância!

Num relatório, onde se afirma que os "técnicos" muito beneficiaram dos encontros tidos com ministros e secretários de estado, será difícil retirar a estes protagonismo ou influência na análise efetuada.

Mas, entretanto, que faz a oposição?!

Em vez de estudar o relatório e desmontá-lo ponto por ponto, prefere retirar algumas citações e atirar com elas à turba para incendiar paixões mas sem uma única crítica séria e/ou tecnicamente bem elaborada!

Sobram os franco-atiradores, alguns jornalistas e pouco mais para ir desmontando mais uma monumental encenação que os artífices da popaganda governativa deitaram cá para fora.

Daqui a uns dias veremos o que é que o Coelho tem escondido dentro da lura,

Aguardemos

09 janeiro, 2013

Parvalhices

Depois da sua diretora geral, Christine Lagarde, defender uma travagem nas medidas de austeridade que estão a ser implementadas na Europa e do economista chefe, Olivier Blanchard,  ter admitido que errou nos cálculos e subestimado o impacto recessivo da austeridade, aparece um relatório do confuso FMI a propor o despedimento de 50 mil professores, o aumento das taxas moderadoras na saúde, um corte em todas as pensões e por aí fora...

Não sei quem é que são os autores do relatório, mas algo não andará muito bem por aquela casa, pois, pelos vistos, cada um fala por si e a hierarquia já não é o que era.

Por cá, o governo esfregará as mãos, pois assim poderá fazer mais uma data de tropelias apoiando-se num relatório elaborado por tão competentes técnicos que presumo devem ser os mesmos que constriram as folhas de Excel do Gaspar, pois mergulharam o país num lamaçal sem saída.

Será que o PR não tem nada a dizer sobre o assunto?

Será que os jornalistas ainda não encontraram o PM para o confrontarem com o relatório?

Que terá a maioria parlamentar a dizer sobre o assunto?

Porque raio de carga de água, o FMI, o governo, os jornais, os políticos, os "opinion makers" nunca falam na penalização por acumulação de "tachos" e prebendas? Será que não é imoral ter dois ou mais empregos, a que se somarão por vezes outras tantas reformas, detidas por muita gente que passa a vida a falar de cátedra sobre os malefícios da crise?

Pois, se a penalização fosse para a frente e dissuasora se calhar lá se arranjavam mais uma data de empregos, e, muitos dos que agora flanam aliviados, passariam a ter mais respeito por quem trabalha, ou trabalhou, e deixavam de descobrir as virtudes do liberalismo selvagem.

08 janeiro, 2013

Desilusão

Lembrando aquela célebre manhã de 74 em que às muitas dúvidas se juntavam uma mão cheia de esperanças, nuncxa imaginei que, uma geração depois, viéssemos a estar numa situação que, não sendo (ainda) igual à anterior, a esperança já há muito desapareceu da maior parte dos lares dos portugueses que não são ricos, pois estes, a crer nas notícias estão cada vez mais ricos e a crise só lhes tem enchido os bolsos.

Mas, que podemos fazer num país onde o pasquim que mais se vende é o Correio da Manhã, onde o frio em pleno Inverno é notícia, onde a investigação séria há muito abandonou as redações dos orgão que ainda se apelidam de informativos, onde a justiça se arrasta penosamente castigando os pequenos e deixando passar entre as suas malhas quem tem poder, onde a polícia é mais eficaz a combater manifestações do que a perseguir criminosos, onde se corta na saúde e educação dos que mais precisam, onde os compromissos estabelecidos com o cidadão são abandonados com uma simples decisão ministerial, onde a mentira é a propalada como verdade, onde o poder económico regula o poder político, onde os eleitos não cumprem as promessas feitas aos seus eleitores?

O que se passa hoje neste país, é afinal o resultado de uma agenda de enriquecimento de uma oligarquia que não se sabe ao certo quem é em detrimento de todo o resto de uma população que sonha em viver melhor, com a conivência dos poderes políticos instituídos.

Para além dos óbvios culpados, há ainda a incipiência democrática de uma geração que não conseguiu apreender, nem sequer ensinar, os rudimentos base de uma democracia saudável. Creio mesmo, que esta nossa "democracia" foi apenas um interregno no poder absoluto de uns tantos que aí estão de novo a chegar ao trono e a criar as suas defesas.

O povo, esse, de tão adormecido e inundado de propaganda "noticiosa", não vendo no horizonte ninguém que lhe indique o caminho, desorientado prefere agarrar-se ao que tem pensando que não está à deriva!

Pobre povo, desgraçado país!