11 março, 2013

Os avisos começam a ser muitos

Os avisos andam por aí.
De início, como saíam de bocas nacionais, foram escarnecidos, alvo de chacota, ninguém sequer os queria comentar numa base de troca de ideias, agora, que pela voz de Junker sobem à notícia televisiva, já a gozação parece ter desaparecido mas um muro de envergonhado silêncio continua a cair sobre o tema.
Não sabemos ainda se vai apenas ser uma reedição das anteriores, ou se será uma entre os egoísmos do Norte contra as liberdades a Sul.
Sabemos apenas que os atuais líderes (!) europeus não se entendem!
A Alemanha julga-se, mais uma vez, a dona da Europa (Deutschland über alles!);
A Itália, desespera, e, mais uma vez se torna ingovernável;
A Inglaterra, desconfia, e está com um pé dentro e outro fora, pois continuamos a ser apenas os continentais;
A Espanha, definha, com um desemprego avassalador, e uma crescente contestação nas ruas, que, por aquelas bandas, tende levar a extremos nada recomendáveis;
A Grécia, afunda-se, implacavelmente, sob ops olhares de uma Europa que faz da desunião o seu 'leitmotif';
A Norte, uma quantidade de países que vivem num permanente estado social, pretendem negá-lo aos demais pois desde sempre lhes faltou esse gene;
Entretanto na UE, os políticos (!), brincam aos modelos de Excel, acolitados por técnicos cinzentões que estão plenos de certezas sobre os seus mirabolantes planos económicos que nunca foram levados à prática em lugar algum.
Brinca-se com os países e a vida dos seus cidadãos como se a história não existisse, a fome não fosse uma realidade duramente sentida, a falta de esperança um desastre para o futuro, a desonfiança um liugar comum, e a miséria o destino maioritário.Por cá as manifestações, vão -se tornando silenciosas, ensimesmadas, fechdas num horizonte negro que não determinam nada de bom.
Para já, a guerra é apenas económica.
Os mercados e os estados lutam entre si numa batalha que parece destinada a um único fim: o empobrecimento de muitos a favor de uns tantos.
O salto em frente, é já ali, ao virar da esquina.
Quando as convulsões começarem a aparecer, o terreno está propício.
O seu alastramento será rápido, pois o descontentamento será enorme e a falta de esperança dar-lha-á mais força.
Creio que ainda estamos a tempo de evitar o pior, mas será que quem anda por lá sabe disso?

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