Um pouco por todo o lado, começa a encontrar-se uma crispação, a Norte, que já não era habitual há já algum tempo.
Alguns, os do costume, lá virão com o estafado discurso do provincianismo, ou do bairrismo, para continuar a tradicional centralização a Sul, não se importando por aí além, que o resto do País se vá transformando num deserto, embora de vez em quando, e quando a borrasca parece chegar, se apressem a vir aqui prometer isto e mais aquilo!
A Região Norte (NUTS II), com uma população superior à da Região de Lisboa em cerca de um milhão de indivíduos, com uma taxa de desemprego idêntica, com cerca de um milhão de trabalhadores distribuídos pela agricultura, indústria e comércio, vê o seu poder de compra ser inferior em mais de 60 % em relação à já citada região, segundo dados de 2002 ou ainda maior, se virmos os dados de 2004, EPCC 2994, e ter como indicador principal, cerca de 77 % da sua população a trabalhar na área dos serviços!
Claro, que tal disparidade, é ainda maior, noutras regiões, nomeadamente no Alentejo, mas a quantidade de população afectada também é muito menor (cerca de 20 % em relação ao Norte-Região), pelo que a ameaça não é tão evidente, até por outros aspectos que aqui não são focados.
Por tudo isto, será bom que, os poderes públicos, não estejam tão absortos do resto do País, nomeadamente do Norte, pois fácil será, arranjarem-se pretextos para a criação de entidades mobilizadoras que visem aproveitar-se do descontentamento actual.
Quem vos avisa, vosso amigo é,
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