N' O Expresso desta semana, José António Saraiva, delicia-se a escrever sobre os Beijos de Gaia, título que deu à sua croniqueta semanal!
O JAS é, infelizmente, o exemplo acabado do habitante intelectual do Portugal dos Pequeninos.
Intelectualidade de casca fina, preconceito latente, olhar convenientemente desfocado, espírito de rebanho e falta de bom-senso.
Mas o mais grave, até nem será a sua opinião, mas a distorção que faz da ocorrência que possibilitou todo o ruído à volta de uma coisa tão simples.
JAS, afirma, que as duas alunas se queixavam de terem sido impedidas de se beijarem na escola, como se nada se tivesse passado antes.
A causa foi diferente, pois apanhadas a beijarem-se recatadamente, foram injuriadas por uma servente, proibidas de voltar a cometer tal acto, e levadas à presença de um orgão da escola que, para além de sancionar a atitude da servente, decidiu publicitar normas de comportamento a seguir dentro da instituição.
As alunas referiram mais, que só por andarem juntas, eram insultadas por serventes e perseguidas, coisas que só a elas acontecia numa deliberada sanha persecutória.
A partir daí, JAS, em cavalgada delirante, mete jornalistas do Expresso a beijarem-se com regularidade, magalas a fazerem o mesmo habitualmente na parada, e empregados de hipermercado a abraçarem-se constantemente na área comercial, como termos comparativos para comentar o assunto.
Repare-se que, dos beijos, já desceu aos abraços!
Depois, já bem oleado e em plano descendente, continua a teorizar, esquecendo que ainda hoje, há pessoas do mesmo sexo que se beijam, sem necessidade de serem rotulados de homossexuais.
Eu faço-o habitualmente, e até hoje, não dei por mim a tentar desejar ir para uma cama ou qualquer outro lado, relacionar-me sexualmente com quem beijo ou abraço.
Olha se o JAS visse!!
Não contente, tira-as da categoria de adolescentes, uma vez que uma tem dezoito e outra dezassete anos, como se a maioridade transformasse automaticamente as pessoas em adultos ponderados, que são de nacionalidades diferentes uma é brasileira e outra portuguesa, como se isso fosse de interesse para a análise da situação.
E depois afirma que se trata de duas mulheres, portanto, já com alguma experiência!!!!
O iluminado JAS, analisou, classificou, julgou e vai sentenciar!
Sentencia que há coisas que se fazem em casa e não na rua, ou em locais discretos e longe do meio da praça pública.
Depois, contente com a sua análise, sentencia que caíram no ridículo, todos aqueles que viram discriminação e homofobia na atitude inicial do orgão decisor da Escola, voltando a servir-se do disparate comparativo que atrás tinha enunciado.
Porque será que me parece, que o JAS não se sentiria chocado se uma colega do Expresso o beijasse afectuosamente, mas que morreria de vergonha, se fosse o Fernando Madrinha a fazê-lo.
A escola tem todo o direitop de solicitar decoro aos seus alunos, mas ianda gostaria de saber, quantos alunos heterossexuais foram chamados à pedra, naquelka escola por se acariciarem, ou andarem de mãos dadas.
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