Hoje, no PJ, vem uma notícia com o título Não há donos da língua portuguesa. onde se fala da importância das literaturas de Portugal e do Brasil, na evolução da língua pátria.
Embora eu entenda que os donos da língua são os que a falam, e quando digo isso refiro-me a todos sem excepção, lamento que existam tantos entraves à sua evolução, e que não se consiga uma uniformização que possibilite ao escritor médio evitar erros crassos aquando da sua utilização.
Refiro-me por exemplo à escrita de vocábulos como facto, acto, baptismo, óptimo, infecção e por aí fora, que para além de não simplificarem a vida aos que as escrevem, muitas vezes influenciam a sua própria oralidade.
Arnaldo Saraiva, lamenta que a literatura brasileira não seja muito divulgada em Portugal, mas que dizer de tal desiderato, se a literatura portuguesa se vê aflita com o mesmo problema, e que o leitor médio português só muito raramente terá lido Alçada Baptista, Fernanda Botelho, Maria Alberta Menéres, Mário Cláudio, Francisco Viegas, Lídia Jorge ou Irene Lisboa, para não falar nos clássicos Bernardim Ribeiro, Rui de Pina ou Gil Vicente!
Se na própria notícia, e quando se aborda a literatura brasileira, não se fala de Erico Veríssimo ou José Lins do Rego, que fazer?...
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