28 janeiro, 2009

Mário Crespo

Mais uma vez, como jornalista, engasgou-se e deu uma imagem do que vale.

Na entrevista a Marinho Pinto, quando este afirmou que as buscas a escritórios de advogados que não tendo sido constituído arguidos, já atingiam o número das dezenas, ele retrucou que nem achava que eram muitas (!) ao que Marinho lhe responde rápido que uma ou duas já seriam demasiadas.

Fez-me lembrar o poema de Martin Niemoller:

Primeiro vieram prender os judeus
E eu não levantei minha voz
Porque não era judeu.
Depois vieram prender os comunistas
E eu não levantei minha voz
Porque não era comunista.
Depois vieram prender os homossexuais
E eu não levantei minha voz
Porque não era homossexual.
Depois vieram prender os sindicalistas
E eu não levantei minha voz
Porque não era sindicalista.
Depois vieram prender-me
E já não havia mais ninguém
Que levantasse a voz por mim.

3 comentários:

Carlota disse...

Céus! Ando a perder imensas entrevistas do Mário Crespo!
Há mais do que uma por semana?Quando foi essa? Ou foi na SIC Notícias?

Teófilo M. disse...

Carlota,

foi na SIC-Notícias e eu pasmei, pois não esperava que o Mário fosse meter o pé na poça de maneira tão evidente.

O Marinho referia-se a buscas em escritórios de advogados que não eram arguidos em nenhum processo e mandatos em branco na posse dos investigadores sem a presença de um juiz.

Xis medrosos

Mario mas doutra Onda disse...

Mário Crespo uma referência a ter em conta na vida nacional.

Homem de coragem e de valor.

Marinho PInto, ele próprio faz dele o retrato de um trauliteiro a mando, não se percebe de quem