Nada de novo, ou melhor, nada de extraordinário.
Os comentadores perderam-se em assuntos de politiquices, deixando o que era importante - discutir ideias - por fazer, por manifesta falta de tempo.
Rui Rio, esteve mais fraco e pareceu-me cansado. Não sei se pela hora a que o programa foi para o ar, ou por ultimamente ter andado muito a pé a conhecer a cidade.
Fala na obra feita, mas quando solicitado a nomear uma única que tenha levado até ao fim, ou que tenha modificado a cidade não consegue, engasga e apenas consegue dizer que foram muitas.
Volta a mostrar uma misteriosa pasta onde diz ter casos que provam as irregularidades do PS (só do PS!), mas atira só com uma para a mesa, que não se compreende bem o que é, e que se referia a um candidato para a AM proposto nas listas do PS.
Golpe baixo, a atestar a que pontos este Rio pode ir, e que se estranha por não o ter denunciado préviamente noutro debate.
Volta com os buracos tapados, com a herança recebida, e entende que a função do presidente da CMP é olhar pela cidade e nada mais.
Vendo que todos os outros o atacam por falta de visão, altera o seu discurso, para uma versão mais regionalista.
Pobre, muito pobre.
Francisco Assis, melhorou um pouco a sua postura, sabe já do que fala, pois já andou pelo Porto, embora ainda o não conheça. Reagiu bem às acusações de Rio e desvalorizou a propalada seriedade do candidaro PSD/PP, dizendo que isso não era uma mais-valia, mas apenas uma obrigação. Forte e certeiro.
O seu interesse em levar os cidadãos a discutir a cidade é salutar e já mostrou que vale a pena. O fim das birras, e a congregação de vontades, é indispensável para tirar a cidade do seu marasmo.
Mais comedido nas promessas, vê-se que tem uma visão para a cidade e que aposta o seu futuro político nesta empresa. Interessante o exemplo do Metro para ilustrar os sonhos socialistas.
Esteve bem, mas ainda distante do óptimo.
Rui Sá - O mais conhecedor dos problemas da cidade, esteve ao nível que nos habituou. Não sabe para onde há-de cair, se para Rui Rio se para Francisco Assis. Faz passar bem a imagem do apaziguador, mas não tem ideias fortes para tirar a cidade do seu mararsmo. Esta cidade não é só bairros sociais, é também turismo, ciência, inovação, comércio, indústria, cultura e centro de uma região.
Nessa área, pouco se ouviu falar, talvez por falta de ideias. Por vezes, deu uma ajuda a Rui Rio quando este vacilava. Não admira uma vez que este é o seu Presidente.
Ser fiel de balança, é por vezes interessante, mas faz com que os sapos que se engolem para equilibrar o peso, tenham que ser digeridos e expelidos, o que estraga um pouco o bucolismo paisagístico.
Não conseguiu fazer esquecer de que foi a muleta de Rui Rio e que pretende continuar a sê-lo.
Interessante, sem convencer.
Teixeira Lopes, o elefante numa loja de porcelanas, atira a torto e a direito, fala do que sabe e do que não sabe. Por vezes perturba Rui Rio ao lembrar-lhe coisas de que todos fogem como Satanás da cruz.
O apoio de Rui Rio ao major apito dourado, foi uma das que levou os adversários, a desvalorizar o assunto, talvez porque sabem que os partidos que os apoiam têm casos idênticos.
As propostas que apresenta, são irrealistas e desconformes com a cidade.
Nem melhora, nem piora... é assim!
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