olhássemos para o panorama do transporte aéreo nacional com olhos de ver, talvez largassemos os mega-projectos de aeroportos de duvidosa rentabilização, e em vez disso, dessemos livre curso a projectos mais pequenos mas de maior exequibilidade.
Falamos, por exemplo, do desperdício de tempo, energias e dinheiros públicos, gastos no aeroporto Sá Carneiro, numa remodelação que pecou por ser curta e desajeitada, pois gastou-se talvez de mais na área de serviços esquecendo a parte mais importante dum aeroporto - o rendimento da pista.
Ainda não entendi muito bem, qual a razão de fazer mais um taxiway no aeroporto, que como o existente, acaba a meio da faixa de aterragem, inviabilizando esta para novas aterragens/descolagens, tirando assim, rendimento a um aeroporto que está ainda muito longe da saturação, em vez de o prolongar até ao início da 17!
Porque escolher o Sá Carneiro, para privilegiar as companhias de low-cost, afastando assim as grandes companhias e obrigando a que os passageiros originários desta região, tenham de pagar mais e demorar mais tempo em ligações sem sentido, pois ao fazê-lo retiraram-no das grandes vias de comunicação internacionais remetendo-o para a categoria dos aeroportos secundários, depois de ali terem enterrado uma fortuna, levando a que muitas companhias desviassem para Lisboa o seu tráfego, ou pura e simplesmente anulassem carreiras que eram económicamente viáveis mas que, por força dessa medida, rapidamente se inviabilizaram?
Porque não investir no aerodromo Municipal da Maia (uma vez que a Câmara de Braga optou por rodear o dela com um circuito de automóveis (!!!!) inviabilizando assim a sua utilidade para aviões de médio porte), deixando-o para esse tipo de companhias e captando para o Sá Carneiro as gentes da Galiza que não têm equi+amentos à altura?
O mesmo se aplica à região de Lisboa, desviando para a outra margem o tráfego das companhias low-cost, e operacionalizando a pista que já lá está?
Que tal rentabilizar Beja, para onde estão previstos investimentos na indústria aeronática, tornando a região atractiva quer para turismo, quer para investimento.
De certeza, que se desperdiçaria muito menos, e os resultados seriam a médio-prazo muito satisfatórios, pois saltam à vista, sem necessidade de grandes estudos, ou conhecimentos muito profundos.
Será que esse caminho não é possível?
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