Que o mundo anda todo às avessas parece não restarem dúvidas a ninguém! Este Outubro que mais parece um Agosto dos de há uns largos anos atrás, leva o pessoal para as praias, faz-nos suar a estopinhas e não fossem decisões como a da ministra da Agricultura o défice já teria rebentado a escala pois os ares condicionados estariam a trabalhar em força e a gastar energia a mais.
Ora, como está calor, o nosso primeiro (será primeiro em quê), deve ter confundido este país com um escrito de Dante e promete-nos uma voltinha ao Inferno em 2012.
Lá se foi o Natal, as férias, alguns feriados e o tempo de descanso.
Unilateralmente, muda os horários de trabalho em nome da produtividade, o que não entendo, pois se uma casa de comércio que não tem fregueses passar a estar mais meia hora aberta, gasta mais energia, complica a rotina diária de milhões de portugueses, faz disparar a fatura energética e nada produz a não ser má disposição e custos.
Que dizer de uma fábrica que produza algo que não tem saída no mercado? Trabalham para o armazém que já está cheio? Compram (importam) mais material para transformar em materiais que apodrecerão ou passarão de moda? E a energia que se gasta onde se refletirá? Nos custos, evidentemente, ditando a perder o esforço de mais tempo+mais produção e menos vendas.
Como entender os milhares de serviços inutilmente prolongados que a ninguém aproveitam, apenas criando maus hábitos na produção normal e gastando o pouco que se poderia poupar.
Fazer cair o poder de compra, aumentar o preço dos bens essenciais sem existir uma racionalização de meios e uma educação no consumo, irá fazer com que, cobrando maiores impostos se cobre menos porque menos se consome e assim mais depauperado fica o estado que querendo solver as suas dívidas vê diminuir a entrada de dinheiro para as pagar.
Se isto não fosse tão simples e tão racional, diríamos que se tinha descoberto a pólvora mas apenas se utilizou a razão e não o bafiento empirismo económico.
A crise é de crescimento, e sem este nada se poderá fazer a não ser tomar cada vez mais do veneno que se começou a tomar até que, das duas uma, ou o veneno acaba ou morre o tomador..
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