Sobre um assunto polémico - o aeroporto de Beja - tem aparecido notícias que mais parecem propaganda política da mais baixa em vez de jornalismo a sério.
Exemplificando:
No conceituado Expresso, em 7 de Outubro, um tal Mário Lino que dizem ser correspondente no Algarve, publicava um texto cujo título era:
Aeroporto de Beja movimentou 164 passageiros em... 3 meses.
Mais abaixo, constatava-se que os três meses íam desde o dia 22 de Maio a 31 de Julho, ou seja eram afinal 2 meses e 9 dias!
Antes tinha falado que se tinham realizado 22 ligações entre Beja e o Reino Unido o que daria uma média de 7,4 passageiros por vôo!
No meio daquela confusão toda falava no agendamento de oito voos diretos entre Berlim e Beja a realizar por duas companhias aéreas sediadas na Alemanha.
Já o Público, cinco dias depois, afirmava que afinal se tinham movimentado 798 passageiros em quatro meses distribuídos por 21 voos, o que elevava a média de passageiros por voo para 38, o que atendendo à capacidade das aeronaves que operaram (49 lugares) é um belíssimo resultado numa rota nova.
Mas mais interessante são os números da ANA que referiram à rádio Voz da Planície que no aeroporto transitaram 973 passageiros desde o voo inaugural, não estando ainda o aeroporto certificado para operação o que deverá acontecer só no primeiro trimestre do próximo ano.
Nada se diz sobre o atraso na certificação, da dificuldade de implementação de novas rotas em período de recessão, nos custos para o erário público dum equipamento que praticamente estava abandonado e em degradação (BA 11), no interesse da Embraer em operar a partir de Beja na remessa de material fabricado nas suas instalações de Évora, na possibilidade de existirem serviços de manutenção de aeronaves, no desenvolvimento turístico da região, etc.
Somo useiros e vezeiros na notícia do bota-abaixo e das meias verdades, depois admiramo-nos que oi país esteja no estado em que está.
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