20 dezembro, 2006

Bom Natal para todos

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros. coitadinhos. nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra. louvado seja o Senhor!. o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão

17 novembro, 2006

Duas notícias interessantes

Arvoredo

A Câmara Municipal desta cidade, durante o pouco tempo da sua gerência, que foi zelosa e ilustrada, não deixou de atender a uma das coisas que mais embelezam uma cidade, como é o arvoredo. O número total de árvores plantadas ultimamente foi de 628 - sendo 161 nas praças, 167 em diferentes ruas e 300 na estrada da Foz.

ARVORES QUE FORAM PLANTADAS, conforme acima está escrito:

Praças e Largos

Bolhão e Aguardente ................................................ 50 freixos
Santo Ildefonso .................................................... 7 vinháticos
Batalha ............................................................... 34 austrálias
Batalha ................................................................ 2 vinháticos
Congregados .......................................................... 2 negrilhos
S. Bento das Freiras .................................................. 2 chorões
Santa Teresa ........................................................... 25 acácias
Viriato ................................................................. 16 vinháticos
Ribeira ..................................................................... 15 freixos
Trindade .................................................................. 1 negrilho
Carmo ..................................................................... 7 plátanos

Ruas

Clérigos ............................................................... 4 negrilhos
Carmelitas ........................................................... 4 negrilhos
Ferreira Borges ..................................................... 2 plátanos
Ferreira Borges .................................................... 2 negrilhos
Ferreira Borges ....................................................... 3 ilantes
Quartéis .......................................................... 28 amoreiras
Olival ....................................................................... 4 acácias
Olival ....................................................................... 4 freixos
Restauração ............................................................. 23 faias
Restauração ...................................................... 24 negrilhos
Hospital ................................................................ 2 plátanos
Hospital ................................................................ 4 choupos
Passeio Alegre ..................................................... 59 acácias
Na estrada de Miragaia para a Foz ............. 300 choupos

Total ..........................................................628 árvores


-//-

Jantar

A Exma. Câmara desta cidade, ou antes, os cidadãos vereadores dela, mandaram, à sua custa, dar anteontem, um jantar aos presos das cadeias da Relação, aos calcetas e rapazes de calcetaria, ao Recolhimento dos Meninos Desamparados, ao das Meninas Desamparadas, aos pobres do Asilo da Mendicidade e ao Recolhimento das Convertidas.

A cada pessoa destas, diz o "O ECO", foi dado meio arrátel de carne de vaca, meio quartilho de vinho maduro, uma quarta de arroz, uma quarta de toucinho, maio arrátel de pão de trigo, feijões, etc.

Foi deste modo que Suas Excelências comemoraram o aniversário natalício de Sua Majestade o Senhor D. Pedro V.

As datas das notícas são, respectivamente, 11 de Março e 18 de Setembro de 1858, e era presidente da Câmara António José Antunes Navarro.


(do Boletim de 1982 3ª série, nºs 2 e 3 da Associação Cultural Amigos do Porto)

Que pena não se seguirem, actualmente, estes exemplos, com as devidas adaptações....

03 novembro, 2006

Justiça à portuguesa

Um jovem de 26 anos foi ilibado num tribunal português por ter disparado 26 tiros contra uma caravana política e forças da GNR, conforme nos relata o JN de hoje.

Não havendo grande admiração pela absolvição do arguido, uma vez que será inimputável, muito se estranha que o seu pai, detentor ilegal da arma, apenas tenha sido condenado numa multa de 750 €!!!

Isto quererá dizer o quê?

- Que poderemos ter em casa uma arma ilegal desde que não sejamos apanhados?

- Que mesmo que a arma seja utilizada por terceiros, por irresponsabilidade nossa na sua arrumação, o crime não é grave e menos de mil euros chegam e sobram para pagarmos a ilegalidade e irresponsabilidade da nossa actuação?

- Afinal porque é que nos havemos de cansar a tirar alicença de uso e porte de arma, pagarmos os seus custos e andar a fazer exames e demais papelada se poderemos encontrar um juiz compreensivo que nos multa em 750 € se alguém fizer borrada?!

Será isto lógico? E justo?

19 outubro, 2006

Eu já sabia

que ele era assim, com ideias arrumadinhas, algumas dúvidas, e sem grande sede de protagonismo, mas ao ouvi-lo ontem, no Porto Canal, lembrei-me de que estava ali um Homem, com ideias que poderiam muito bem assentar como uma luva a este País e a esta Região.

Creio que já sabem de quem estou a falar. Precisamente. É de facto dele, do Rui Moreira, o presidente da Associação Comercial do Porto, que tem feito alguns esforços para abanar a cidade e a região mas que, talvez por não ser associado de nenhum partido e ser sócio confesso do FCP, tem estado na sombra a que os poderes públicos e o público em geral coloca os que os incomodam.

Falou de várias coisas com interesse para a Região Norte, nomeadamente sobre a ferrovia, a interligação entre esta o aeroporto e o porto de mar; na metrópole que é o conjunto de Porto-Gaia-Matosinhos com as suas fronteiras burocráticas ultrapassadas e desnecessárias; no rio D(e)ouro que corre à nossa porta e entra no País vizinho e que está votado ao abandono nas suas vertentes de transporte e turismo; na incógnita do que é a cidade da Ciência para além de cabeçalho atirado para o ar, vazio de projectos e de orientação; na independência reivindicativa perante o poder central assumindo no entanto as suas responsabilidades na gestão do que só deverá ser pago e consumido pelos seus utentes, e muito mais.

Tendo dentro de casa gente assim, porque é que esperamos pelos partidos para nos indicarem quem é o melhor candidato para assumir a liderança das nossas ambições?

Aqui fica a questão, responda quem pode.

17 outubro, 2006

De passagem

pelo É DA VIDA dei com este texto.

Ler até ao fim, pois vale a pena.

Privatizar

Ouço um pouco por toda a parte, doutos e ignorantes, clamarem pela privatização disto e daquilo, com o estafado argumento de que só os privados é que sabem gerir bem, e que o sector público só serve para dar despesa!!

Cá no burgo, há quem defenda a privatização da gestão de espaços públicos (que bom que é gerir algo que não construímos) dando loas ao sôr presidente sempre que este decide enveredar por esse caminho.

Ninguém porventura se lembra de que, o que é importante, é pedir responsabilidades a quem dirige, em vez de colaborar com a incompetência e laxismo com que todos nós nos deparamos no dia a dia.

Quantos dos que por aí falam já escreveram num livro de reclamações por terem sido mal atendidos?

Quantos perderam tempo em escrever uma carta registada com aviso de recepção pedindo satisfações sobre algo que os incomodou ou lesou?

Quantos se abeiraram de um agente das forças de ordem disponibilizando-se para testemunharem sobre seja o que fôr ocorrido com terceiros na sua (deles) ausência?

Porque não pedem estas vozes clamantes pelas privatizações, que se privatize a recolha dos impostos, ou as inspecções fiscais?

E já agora, porque não privatizar o Governo, Câmaras e Juntas de Freguesia?

Alguém me explica porque é que o privado só é bom naquilo que ao privado interessa?

15 outubro, 2006

Masoquismo

Por um qualquer desvio aberrante que ainda não decidi analisar junto de especialista na matéria, continuo a alimentar as minhas tendências sofredoras lendo religiosamente o Público, todas as manhãs de Sábado, indo ao ponto de chegar a ler o que escreve José Manuel Fernandes(JMF)!

Neste Sábado, adquiri como habitualmente o jornaleco numa banca da outrora maravilhosa Esposende, onde Ruy Belo muitas vezes dialogou com as suas musas, e, surpreendido, constatei que o País se tinha alterado profundamente, pois pude ler na separata Público Local (Porto/Norte), que a "Frente ribeirinha de Lisboa está em risco frequente de inundação", que a "Câmara (municipal de Lisboa) constrói rotundas na Avenida de Ceuta" e que "a esplanada do D. Maria II não está licenciada"!!!!

Pensei que nesta coisa da regionalização, o JMF já deve estar na posse de algum segredo esquisito e que afinal a fusão que se deverá discutir não será a de Porto com Gaia mas a de Porto com Lisboa, pois assim teremos a cidade europeia detentora do recorde Guiness para a cidade com maior costa marítima, ou então no Público reina grande confusão sobre o que é regional e local o que torna a coisa mais grave.

Para além deste delicioso pormenor, continuo a constatar que os revisores do Público não devem ser portugueses ou então terão tido grandes cunhas para serem admitidos no jornal, ou ainda não existem, pois os erros de português, sejam eles de concordâncias gramaticais, ou até de palmatória, como se poderá ler num artigo de opinião de São José Almeida, que mesmo depois de ter ido consultar o dicionário da Academia de Ciências escreveu (ou mais grave ainda, alguém que copiou o seu artigo deturpou), o substantivo masculino suborno como soborno, no já mais do que habitual rol de asneiras que nos é dado num produto que é caro demais para o que fornece.

Mas, para fechar com chave de ouro o desastre, nada mais interessante do que ler um outro artigo do JMF em que ele concorda com Hanna Arendt, quando esta conclui que Eichmann era apenas um homem banal que era incapaz de distinguir o mal do bem, e que só procurou ser eficiente na tarefa que assumiu, que afinal foi tão só tentar o extermínio de uma etnia!!!

Chegados a este ponto, eu diria que teremos chegado ao ponto sem retorno - como se diz em aviação - e a partir daí só duas coisas poderão acontecer, ou um final feliz ou uma colossal catástrofe.

Eu, por mim, não acredito em finais felizes.

13 outubro, 2006

Consistências

Não tenho dúvidas que a consistência do queijo da ilha de S. Jorge está a anos-luz da consistência dos artigos do "grande" (porque gordo) JPP, depois de ler esta prosa no seu ABRUPTO.

Admira-se JPP de Adriano Correia de Oliveira, Ana de Castro ou Fernando Nobre estarem incluídos na primitiva lista do anunciado programa da RTP sobre os Grandes Portugueses, colocando-os em pé de igualdade com os futebolistas e treinadores da moda!

Por outro lado, acha que foi censurazinha atrevida a não inclusão do nosso ex-chefe do governo, Oliveira Salazar, chegando a chamar-lhe omissão... "... gritante de significado..." e concluindo que "uma lista deste tipo sem Salazar não tem pés nem cabeça"!!!

Será que o "grande", que a RTP escolheu para pôr no título do programa, quer dizer influente?

Se fôr esse o caso, claro que Salazar devia lá estar assim como mais uns bons milhares de outros que, de uma ou outra maneira, influenciaram os destinos deste país, mas o que me parece, s.m.o., é que nesta grandeza deverá estar mais do que a simples quantidade da obra feita, mas também a sua qualidade e projecção no futuro.

Já basta o mau gosto de se misturarem velhas glórias com visibilidades efémeras, para que os nossos ditos intelectuais ainda defendam que, numa lista de grandes portugueses, devam ombrear perseguidores e perseguidos, como se a maldade e falta de escrúpulos não fossem critérios a seguir na escolha dos personagens, e, de acordo com a época em que viveram, pois o sadismo dum imperador romano que mandava deitar aos leões os cristãos, não será nunca comparável à decisão de um qualquer oportunista que, para atingir os seus desejos, não se importa de sacrificar os seus concidadãos.

Para bons entendedores....


Mais um

De passagem pel' A Cidade Surpreendente dou com mais um blog com pronúncia do Norte intitulado Comboio Azul.

Pelo andar da carruagem, valerá a pena apanhá-lo e viajarmos um pouco na companhia das fotos e dos interessantes apontamentos.

Boa viagem...

12 outubro, 2006

Já há muito que não venho por aqui

pois nem a disposição tem sido muita, nem a força de vontade para remar contínuamente contra a maré do deixa andar e do não-te-rales deixa-me por vezes em estado de desânimo de que difícilmente me recomponho, mas andando por aí dei com este desleixo e abandono de um marco da nossa história ferroviária:

1. http://www.railfaneurope.net/pix/pt/diesel/dmu/historic/cp_fiat.jpg

2. http://www.railfaneurope.net/pix/pt/diesel/dmu/historic/cp_fiat_2.jpg

São imagens tristes e degradantes do que foi o emblemático comboio rápido FOGUETE que apodrecem algures no Alentejo com destino anunciado para algum sucateiro realizar uns cobres.

Este país, onde a maioria não respeita o seu património histórico, preferindo pavonear-se em férias de tudo-a-monte-e-fé-em-Deus, na América Central, do Sul ou outros destinos exóticos, em vez de conhecer o País onde nasceu, que prefere ter o carrinho de gama-acima-das-suas-posses-para-exibir-aos-amigos-e-vizinhos, em vez de utilizar os transportes públicos ou optar por um mais baratinho que lhe possibilite explorar os arredores, que prefere gastar dinheiro em revistas de mexericos ou jornais desportivos em vez de comprar um livrinho de um dos nossos muitos e bons escritores, que vai às urnas depositar o seu voto, não no partido ou político que apresenta o melhor programa mas no clube que foi escolhido pelos avoengos no pós-25 de Abril como se de um clube de futebol se tratasse, este país que eu adoro e que vejo cada vez mais dependente de meios audiovisuais que em vez de distribuir conhecimento procuram atafulhar os jovens com programas sem qualidade e os mais velhos com telenovelas da treta ou fado, fátima e futebol, este país, como dizia a célebre charada televisiva de há uns anos atrás

É um colosso... está tudo grosso... está tudo grosso!

06 setembro, 2006

Um joguinho para se entreterem

Quem ganhar que reclame o prémio...

Experimente

É triste mas é o que há

Divulgação de texto publicado no blogue Fauna Ibérica de autoria de Miguel Barbosa

Hoje é um dia particularmente triste para a Conservação da Natureza em Portugal. Uma das poucas florestas autóctones que ainda existiam no nosso país, a Mata do Ramiscal, integrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês, foi na sua maior parte destruída pelo fogo. Enquanto escrevo estas linhas (noite de 10 de Agosto) Azevinhos (Ilex aquifolium) centenários são consumidos pelas chamas.
O Vale do Ramiscal é um vale remoto do Alto Minho com cerca de 10 quilómetros de extensão que se dispõe no sentido Este-Oeste. A maior parte da sua área está protegida legalmente pelo máximo estatuto de protecção ambiental, o de Parque Nacional.
A Mata do Ramiscal estendia-se ao longo da margem esquerda do rio e era formada sobretudo por exemplares de Carvalho-alvarinho (Quercus robur ) de grande porte e pelos supra-citados azevinhos. Neste local deambulava o Lobo-ibérico (Canis lupus signatus), a Águia-real (Aquila chrysaetos ) cruzava assiduamente os céus e o Gato-bravo (Felis silvestris) refugiava-se no mais espesso do bosque.
Seria difícil encontrar uma maior diversidade e riqueza natural no nosso país. Nos últimos dois dias tudo isto desapareceu! A Mata do Ramiscal morreu! O solo carbonizado estende-se do rio até ao ponto mais alto da Serra do Soajo. A Natureza lusa está de luto, o Parque Nacional da Peneda-Gerês nunca mais será o mesmo, a minha tristeza é imensa...

17 agosto, 2006

Porque sim!

KATHY'S SONG
Paul Simon - 1965


I hear the drizzle of the rain
Like a memory it falls
Soft and warm continuing
Tapping on my roof and walls

And from the shelter of my mind
Through the window of my eyes
I gaze beyond the rain-drenched streets
To England where my heart lies

My mind's distracted and diffused
My thoughts are many miles away
They lie with you when you're asleep
And kiss you when you start your day

And a song I was writing is left undone
I don't know why I spend my time
Writing songs I can't believe
With words that tear and strain to rhyme

And so you see I have come to doubt
All that I once held as true
I stand alone without beliefs
The only truth I know is you

And as I watch the drops of rain
Weave their weary paths and die
I know that I am like the rain
There but for the grace of you go I

27 julho, 2006

De facto, a educação vai mal...

Mão amiga fez-me chegar este delicioso texto que pretenderia ser a resposta à questão àcerca da utilidade dos fungos!!!

Os fungos são realmente bastante nocivos aos interesses humanos.

Fungando, uma pessoa pode estar inalando milhões e milhões de vírus e bactérias do ambiente que se respira. Mas há também a utilidade. Uma boa fungada pode efectivamente retirar aquele catarro preso na garganta, sendo que quanto maior o som emitido pela fungada maior é a sua Eficiência e precisão na retirada daquela substância indesejada.

Há quem diga que fungar é porcaria mas pesquisas científicas revelam que, além de serem métodos eficientes, as fungadas fazem parte do dia-a-dia de pessoas em todo o mundo.

E como diz a famosa frase: aquele que nunca deu uma fungada que atire a primeira pedra.

23 julho, 2006

Apontadores

Nestes oportunos apontadores do TAF n'A Baixa do Porto, chamo a atenção para os comentários sobre a composição do júri para apreciação das propostas para o mercado do Bolhão.

Dr. José Pedro Aguiar Branco - Presidente da Assembleia Municipal e distinto advogado;
Engº Rui Quelhas - Administrador da SRU e ex-Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara em exercício;
D. Laura Rodrigues - Presidente da Associação de Comerciantes do Porto e que em todo este processo nunca apareceu a defender os seus associados, optando por uma posição de convite ao diálogo, mas nunca revelando a sua posição;
Dr. Lino Ferreira - Actual resposável pelo pelouro do Urbanismo e Mobilidade, técnico superior do ministério da educação e licenciado em Filosofia;
Prof. Dr. Helder Pacheco - Conhecido cronista e historiador da cidade, dá a impressão que apenas empresta o seu nome para dar prestígio ao júri.

Como se pode ver, o processo começa bem!

Voltam ao palco

Israel, desta vez a propósito de uns militares raptados por uma organização terrorista (se conseguir levar a sua água ao moínho, passará a chamar-se guerrilha de libertação), invade outro país.

Há logo quem condene de imediato, e, simultâneamente, quem aplauda
!

Normal, normalíssimo, uma vez que as opiniões são como as cerejas..., mas o que mais estranho, é que se relegue para segundo plano que nem uns nem outros se coibem de bombardear populações civis inocentes, alegando ambos que actuam em defesa dos sacrossantos princípios da liberdade e da paz!!!!

Vamos lá a ser mais democráticos e a afirmar, claramente, que nem um lado nem outro têm direito de se portar da ignóbil maneira com que habitualmente se comportam.

18 julho, 2006

Sobre os cegos

Via e-mail, recebi hoje mais uma daquelas listas parecidas com petições, desta vez a favor dos cegos.

Lá reencaminhei a lista, muito embora saiba que aquilo não vai dar em nada para além de sensibilizar alguns dos que a recebam para o problema dos invisuais e dos demais portadores de deficiências.

Estranho, que num País conhecido pela sua delicadeza para com os estrangeiros, tanto se esqueçam os naturais, particularmente os portadores de deficiências, nomeadamente as visuais, auditivas e motoras.

Não será já tempo de nos questionarmos sobre esta estranha apatia, nomeadamente a dos poderes públicos, sobre a razão de serem esquecidos esses cidadãos, uma vez que, como a maioria dos restantes, também faz parte da nação e pagam os seus impostos.

Vamos lá a colocar etiquetas "braille" nos impressos oficiais, abrir janelas para a linguagem gestual nos programas televisivos, proibir definitivamente com obstáculos que se projectam para fora dos edifícios a meia-altura bem como o estacionamento sobre os passeios e rampas de acesso, dotar as bibliotecas e museus de equipamento específico para colmatar a impossibilidade de utilização, e por aí fora.

Todos nós agradecíamos.


13 julho, 2006

Sobre os desmandos na Avenida dos Aliados

Mais uma opinião, agora de Levi Guerra, n' O Primeiro de Janeiro do pretérito dia 9 do corrente, e tirada dos Aliados.

Lá vão acordando, um após outro, mas chegam tarde... muito tarde...

Como está calor...

fui à Praia e, a propósito de cultura, dei com este link para o Gato Fedorento.

Por coisas idênticas, já deixei muitos livros traduzidos para a nossa língua nas primeiras páginas e busquei os originais (quando o conhecimento mo permite) para não ser enganado.

Mas ninguém consegue pôr termo a este tipo de vandalismo?!

12 julho, 2006

Acabou

Para meu bem e para desconsolo de muitos, finalmente acabou a grande ilusão daquilo que se intitulou Campeonato do Mundo de Futebol.

Durante cerca de um mês, muitos dos que não tem acesso às condições mínimas de vida, viveram na ilusão de serem importantes, apenas por estarem representados num evento onde os ricos têm assento. Vibraram com as alegrias que as respectivas selecções lhes proporcionaram e aguentaram com os subsequentes desgostos. Nós, portugueses, como muitos outros, embalados num doce torpor, também lá estivemos levados pelo encanto de podermos ombrear com os grandes, sentindo que assim vencíamos os muitos anos de desprezo e falta de respeito com que habitualmente somos brindados nos países em que aparecemos como emigrantes de baixa qualidade, e até alguns dos nossos intelectuais se deixaram enlear no canto da sereia.

Um treinador que apresentava como meta os oitavos de final, fez esquecer o País de que, mais uma vez, preferia esperar para ver do que apresentar-se como um lutador pelo título. As exibições exaltadas por jornalistas e repórteres imbuídos de um nacionalismo entusiasmado, nunca passaram da mediania, do mesmo modo que os outros concorrentes faziam o mesmo, num ambiente onde o futebol espectáculo esteve arredado a maior parte do tempo.

De repente, e graças sabe-se lá porquê, vemo-nos chegados às meias-finais, e o País embandeirava em arco, como se o facto não fosse proporcionado por uma confrangedora falta de qualidade no futebol praticado, mas fruto de uma valorosa e competente actuação em campo.

Infelizmente ninguém ganhou!

Nem Portugal, que com um belíssimo quarto lugar deveria ter festejado a sorte que teve, nem sequer a Itália, que viu a decisão do campeonato ser decidida através de grandes penalidades face à falta de brilhantismo na execução, pode clamar bem alto a qualidade do seu futebol, pois nada disso se viu.

A FIFA, por seu lado, mostrou o seu pior lado ao ensarilhar-se em decisões cujas justificações estarão bem longe do que na realidade se passou nos diferentes relvados.

A arbitragem, essa, se fosse feita por árbitros nacionais, faria história duma incompetência confrangedora e ainda hoje estaria a ser discutida nos habituais jornais de referência.

Daqui a uns anos há mais. Só espero que, para bem do futebol, se analise com a inteligência necessária, porque é que não ganhamos a equipas que nada fizeram para isso, e aí talvez, sem sargentões, nossas senhoras de Caravaggio, Madaís ineficazes e com uma nova fornada de jogadores jovens possamos deliciar-nos com um bom espectáculo.

Eu sei que é pedir muito, mas já é tempo de o fazer.

27 junho, 2006

Preguicite

Uma estranha preguicite tem-me afastado daqui. Não sei bem a que se deve, mas creio que assistir à indiferença com que todos nós (eu incluído) nos abstemos de defender eficaz e tenazmente o que é nosso, me leva um pouco a este desusado desânimo.

A futebolite que nos ataca fazendo-nos embandeirar em arco como se o espectáculo fosse decisivo para o nosso futuro, a falta de um boicote eficaz a produtos vindos de empresas que nos asfixiam economicamente ou que fabricam produtos com falta de qualidade, o encolher de ombros perante os disparates e agressões ambientais com que deparamos no nosso dia-a-dia, a resignação com que aceitamos todo o lixo informativo que nos é fornecido pelos meios de comunicação que na sua generalidade prima pela falta de rigor, falta de isenção ou desleixo na investigação, quando não são apenas notícias montadas a partir de vagos rumores, a permanente guerrilha de intrigazinha de baixa política em vez de discussão fundamentada das opções que nos são propostas pelo governo, o curioso (mau) hábito de defendermos o nosso partido preferido da mesma maneira que defendemos alguém que nos é querido e que nunca nos engana...

Por tudo isto, e porque também às vezes me canso, esta pouca vontade de conversar.

23 junho, 2006

Ainda há dúvidas?!

Se ainda sobram dúvidas sobre a bondade da intervenção nos Aliados, talvez a visualização destas fotos n' A Cidade Surpreendente as esclareça.

Perguntaram ao Dalai Lama

O que mais o surpreende na Humanidade

Resposta:

Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde!

Por pensarem ansiosamente no futuro, e, esquecerem o presente de tal maneira que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.

Vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

13 junho, 2006

Em 1888

no dia treze de Junho nascia Fernando Pessoa.

Se calhar, por tanto falarem dele, os jornais esqueceram-se do facto.

Análise

Tão abstracta é a ideia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica melhor em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longamente,
E a ideia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Um ano depois

Rotina

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade

Sobre Timor

O DN de hoje publica esta interessante notícia, onde se diz que o enviado da ONU assumiu uma posição fortemente crítica das teses do governo australiano.

Para os que tão acerbamente criticaram a atitude das forças da GNR, do seu comando, e da condução do seu comportamento, esta apreciação do enviado do sr. Kofi Annan deve saber um pouco a fel.

Afinal, parece que a diplomacia portuguesa lá está a conseguir levar a água ao seu moínho, e que afinal tinha razão em toda esta embrulhada.

A ver vamos.

Portugal lidera mortes em acidentes ferroviários

É este o título da notícia que vem estampada no PJ!

Já não bastava sermos um dos países com uma desastrosa rede ferroviária com prejuízos em anos consecutivos avultadíssimos, para além de um ineficiente serviço prestado às populações e ao País, acabamos ainda por averbar um triste recorde no que repeita à segurança!

Se há serviços em que os diversos governos pós-25 mais gastaram e com piores resultados, julgo que o da CP deve liderar o respectivo ranking.

Se o ministro da tutela, em vez de se preocupar com TGV's se preocupasse em tornar eficiente este meio de comunicação, certamente melhoraria em muito a sua imagem bem como a da governação.

Sobre a actualidade

O Pedro Olavo Simões, na sua Fonte das Virtudes, faz uma esclarecida e interessante análise sobre a sociedade contemporânea.

12 junho, 2006

Para os que gostam de fotografias

Aqui vão algumas da Avenida dos Aliados pescadas nos ALIADOS, juntamente com alguns links para artigos de opinião.

Francamente não gosto, nem ao vivo, nem em fotografia, mas que fazer?

É por isso que diariamente leio o ABRUPTO

É que algumas vezes estamos de acordo, como aqui.

Os lamentos

Os nossos milionários do futebol que fazem parte da equipa nacional, pelos vistos andam muito sensíveis, pois ora é o atraso do autocarro, ora são os comentários dos jornalistas, ora são as reclamações sobre os que não vão à comunhão na sua missa.

Depois de um jogo que nada teve de espectacular, o capitão da equipa queixou-se argumentando que se tinham apenas ganho por um golo, também outras equipas tinham feito o mesmo e não tinha havido choradinho.

Para além de não interessar aos portugueses o mal que se passa nas outras equipas, não se compreende muito bem esta lamentação, até porque o Zé Pagode os têm apaparicado q.b.

Claro que o rapaz deve andar distraído com as contas, pois nos restantes seis (6) jogos foram marcados dezassete (17) golos, e apenas em dois encontros existiu um único golo (Sérvia e Montenegro/Holanda e Inglaterra/Paraguai) para além do inusitado empate entre a Suécia e Tobago.

Parece que os jogadores da equipa vice-campeã europeia, andam com a ambição em baixo, ou então julgam que estão a dar um bom espectáculo.

Aconselhava-os a terem mais cuidado com as queixinhas, pois neste País rapidamente se passa de bestial a besta, e eles ainda não são excepção.

Felicidades para a próxima e vejam lá se mexem melhor essas pernas, pois a certa altura pareciam adormecidos e a jogar contra a corrente.

11 junho, 2006

Ordem do Infante D. Henrique

Fins

A Ordem Nacional do Infante D. Henrique visa distinguir os que houverem prestado:

  • Serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro;

  • Serviços de expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, sua história e seus valores.

extraído da página das Ordens Honoríficas Portuguesas

Alguém me consegue explicar onde se encaixa o Rui Rio e porquê, ou será que as ordens nacionais cada vez mais se parecem com sameiras de presente...

E assim vai o País

Ouvimos falar na crise, na poupança que o Estado deve fazer, no apertar de cinto necessário para a nossa sobrevivência, nos malefícios do desperdício, etc., mas basta apenas umas comemorações do 10 de Junho, para se esfumarem todas estas preocupações e para que o Chefe de Estado, incomodado com o estado de degradação do equipamento das nossas FA's, decida esbanjar os parcos recursos num desfile insípido, onde a vetustez do material saltou à vista de todos.

Pelos vistos, a ninguém importou que se tivessem gasto uns milhares de litros de combustível para trazer as tropas cá acima, que se movimentassem umas centenas largas de militares transportados dos seus quartéis de origem, bem afastados do Norte, para virem dar uma voltinha pela Foz, nem a violentação que sofreu o piso por onde se arrastaram os carros de combate e demais veículos de lagartas sem mais nenhum préstimo que não fosse o de satisfazer as cartolas de alguns militares de secretária, para além do desejo expresso por Sua Excelência o Presidente de todos os Portugueses, que entendeu que este seria um dos modos de prestigiar as Forças Armadas!

Um País que anda a vender equipamento militar encaixotado desde a sua aquisição para conseguir reequipar-se para as missões que tem de cumprir, deveria solicitar explicações muito claras sobre o alcance e interesse destas fanfarronices para inglês ver.

Um Presidente, que é economista e que anda a aconselhar toda a gente a poupar e esbanja assim, certamente não está a ver o exemplo que está a dar... ou estará?

Paulo Vallada

Até porque é merecida, não há como relembrar esta crónica de Jorge Vilas no JN, para assim o homenagear .

O macaco e o galho
A cidade do Porto vista por Paulo Vallada, um homem que já foi seu presidente
arquivo jn



Não raro vou ter com Paulo Vallada ao seu escritório, na Areosa. A conversa é sempre longa e os temas andam à volta do Porto, a sua e minha cidade. Aos 80 anos - fê-los na passada semana - aquele que foi presidente da Câmara mantém intacta a sua lucidez e a capacidade de análise dos problemas. Nunca responsabiliza aqueles que o antecederam como agora é timbre dos governantes e autarcas mais na berra e àqueles que o seguiram na gestão da polis, pede desculpa pelo que de menos bom possam ter herdado do seu mandato.

Num tempo em que ninguém gosta de assumir os seus erros e omissões; numa altura em que muito boa gente se aproveita, como o macaco, do galho em que se encontra para pular para o galho que está mais acima, é bom saber que ainda existe gente como ele que faz da modéstia um dogma mas que ao mesmo tempo se mantém atento e capaz de dar sugestões meritórias. A sua opinião no que se refere à revitalização e renovação da Baixa Portuense segue na linha dos inúmeros contributos dados por especialistas na matéria mas, por exemplo, quando ouve alguém defender que o Metro será a ferramenta essencial para a retoma de uma zona deprimida, ele manda-os "tirar o cavalinho da chuva" e pede a todos que têm responsabilidades na matéria que não se fiquem por aí.

Para ele, o renascimento do centro do Porto apenas será obtido à custa de uma mistura de três vectores o habitacional, o comercial e lazer. Tudo combinado, Paulo Vallada apela à imaginação e à inovação dos lojistas. Lembra que, mais do que um cinema juntos atrai, em vez repelir, os espectadores, como acontecia na Praça da Batalha há 20 anos. E que não foi por acaso que os ourives se concentraram nas ruas das Flores e de 31 de Janeiro. É certo que isso aconteceu porque até meados dos anos 70 a estação de S. Bento centralizava todos os comboios de longo curso, o que já não sucede.

Para ele a receita é sempre a mesma inovação no que se refere, por exemplo, à cobertura de ruas para que os potenciais clientes se sintam como num centro comercial; à festa e alegria porque é isso que atrai gente à Baixa, agora servida por um moderno sistema de transportes como é o metro. E, a propósito, recorda que o centro o Porto irá ter três estações: Trindade, Avenida dos Aliados e S. Bento.

Ele lembra-se - em boa verdade, todos nós nos lembramos - como era agradável andar de eléctrico, um meio de transporte que foi liquidado pelo automóvel. No entanto, ele garante que se criarmos as condições para isso, o reinado do "quatro rodas" terá os dias contados, já que o metro, complementado por uma rede de eléctricos (onde está o Plano de Mobilidade ?) permitirá criar novos motivos de interesse. Isto, no entanto, se os lojistas, como defende Paulo Vallada, se aperceberem que o seu sucesso residirá sempre, como aconteceu no passado, na gentileza com que acolhe dos seus clientes em estabelecimentos renovados e arejados. E mais apela àquela classe profissional para o aprofundamento das ruas temáticas, para a flexibilidade de horários e para a recriação de festas populares e de feiras temáticas aos sábados e domingos no Largo do Tribunal da Relação, nas praças da Batalha e da Ribeira e no próprio edifício da Alfândega Nova.

Paulo Vallada pede os jovens que não acreditem na subsídiodependência. Não são precisos fundos comunitários; imperativo, diz ele, é ter ideias, projectos e realizar obras. Em suma, outras mentalidade, que não aquela que infelizmente faz curso nos dias de hoje a do presidente da câmara que quer julgar o presidente do clube e este que quer derrotar o primeiro. A do presidente da junta que quer ser vereador. E a do presidente que quer ser ministro. Por que é que cada macaco não fica no seu galho?

in JN, por JORGE VILAS

09 junho, 2006

Pois é assim que se faz evoluir a cidade!

O Pedro Lessa, n'A Baixa do Porto, deixa mais um apontamento sobre um atentado ao património arquitectónico perpretado em conluio com a autarquia, cujo presidente afirma querer tornar o Porto numa Viena de Áustria!

Para nosso mal e felicidade dos vienenses, ele ficar-se-á por cá, pequenino, mirradito, em cima da sua caixa de sabão que pensa ser um pedestal, e creio que será eternamente recordado como um economista que preferiu ser político, que passou a ser notado só por causa da sua teimosia, pela sua incapacidade para definir uma estratégia para promover a nossa cidade, populista q.b., e com uma tendência terrível para a asneira e para as guerrinhas do alecrim e da manjerona, e que se reclama do mais puro dos puros.

Os que votaram nele, bem podem limpar as mãos à parede pelo trabalho a que se deram.

Se é esta a cidade que pretendiam, muito ódio lhe devem votar... Pobre cidade, que acolhe no seu seio tantos a quererem-lhe mal, ou a não saber o que querem.

08 junho, 2006

Ora toma lá!

Nos Aliados, e a propósito de alguns critícos de última hora, uma boa ensaboadela da Manuela Ramos.

É sempre assim, quando é preciso falar calam-se, depois dão-se ares...

Não sou arquitecto mas...

olhando para os dois projectos que aparecem n' A Baixa do Porto, parece-me que a cidade voltou a perder por causa de quem não deveria ter o poder discricionário à sua disposição.

Não tenho dúvidas em simpatizar com o primeiro boneco - torres mais altas e adaptadas à encosta deixando-a respirar - e entender que o projecto final, é mais um tijolo com janelas de duvidosa estética.

Mas, manda quem pode e não quem deve, e a cidade mais uma vez não agradece.

07 junho, 2006

Quando eramos donos do Mundo



Hoje faz 512 anos, que em conluio com os nuestros hermanos assinavamos o famoso tratado de Tordesilhas, onde se dizia que se traçava uma linha direita do polo ártico ao polo antartico, que se situaria a 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde, ficando tudo o que descobrisse a levante dessa linha ficasse para o reino de Portugal e o que se descobrisse a ponente ficaria para o reino de Castela.

Desde aí, e dada a gulodice ser imensa, quer de um quer de outro lado, se foram perdendo as regalias que então foram decididas.

Há outros comensais à mesma mesa, que à força das armas foram retirando em nome da liberdade e de outros sacrossantos princípios o que estava já distribuído.

Não interessa agora, que os povos countinuem a ter tanta ou mais fome do que tinham então, ou que não possam usufruir os direitos que então detinham, pois para isso não há olhos nem interessa fazer análises.

Eu, por mim. acho que em quinhentos anos a sociedade perdeu mais do que ganhou, outros pensarão de forma diversa, mas quem terá razão?

06 junho, 2006

Bolha de sabão

Como são lindas as bolhas de sabão, especialmente quando os raios de Sol nelas incidem fazendo com que elas se espraiem mostrando variegadas cores em voluptuosas formas.

Vem toda esta dissertação a propósito do desaparecimento d' O espectro, que se finou vai para três meses.


Claro que é próprio dos espectros aparecerem e desaparecerem sem mais nem aquela, no entanto deixou no ar uma sensação de frescura deveras interessante.

Este pouco durou, esperemos que os seus habitantes possam retomar novo fôlego que lhes permita mais umas quantas aparições, mesmo sem as fantasmagóricas roupagens.

Obrigado por terem aparecido!

A crise

Pelos vistos veio para ficar!

Tenho-a encontrado um pouco por toda a parte, seja nos engarrafamentos de acesso às cidades, nas bichas (é assim que no Porto chamamos às filas) à porta dos restaurantes, na confusão instalada no El Corte Inglés que abriu em Gaia, no caótico trânsito dos fins-de-semana à noite, nas Ribeiras do Porto e Gaia e na Marginal em direcção à Foz e Matosinhos, nos pubs e bares cheios até à porta, na impossibilidade de estacionar seja onde for no centro da cidade, na dificuldade de comprar um Mercedes Benz Classe S, um Volvo S80, um Jaguar, um BMW M3 e muitos outros com menos de quatro a oito meses de espera, no dilema em arranjar bilhetes actualmente para destinos exóticos de férias no mês de Agosto mesmo em Top Executiva, no número de portugueses que se vão deslocar ao Mundial da Alemanha, e por aí fora...

Dizem que já se vislumbra uma saída algures por aí, e eu rezo fervorosamente para isso, pois mal ela acabe, vou poder andar à vontade nas estradas, ser servido decente e rapidamente no restaurante da moda que eu quiser, voar para onde quiser sem grandes sobressaltos, comprar o Porsche com que ando a sonhar há anos sem ter de esperar oito meses e por aí fora.

Deverá ser assim, ou sou eu que estou a ver mal?

19 maio, 2006

Parece que é desta!

Pois é!

Ao fim de muitas canseiras económicamente pesadas, parece que vamos recomeçar em breve.


A todos os que nos endereçaram palavras amigas, aqui fica um abraço agradecido.

Até breve..

03 março, 2006

Evolução!!!!

Antigamente, escrevíamos em papel, com canetas de tinta permanente - bem, não tão permanente como se dizia - e compravamos selos para as cartas que diligentes correios entregavam nos seus destinos.

O mundo evoluiu e deu-nos o computador, que, para mim, é uma espécie de bicho embirrento que volta meia volta desata a fazer disparates, não havendo maneira de descobrir quando se recompõe e se porta na linha.

Desta feita, o meu, decidiu incompatibilizar-se com o CD-ROM, e com a placa gráfica, não reconhece a capacidade do processador e teima em desligar-se a propósito de tudo e de nada.

Assim sendo, vou ver se arranjo um técnico que meta mãos à obra e lhe dê o tratamento conveniente, por isso, durante uns tempos vou deixar-vos sózinhos, mas prometo que volto, olá se volto.

Ao Pedro e à Manuela, deixo aqui a promessa de que responderei aos vossos e-mails, logo que este bicho peçonhento me permita comunicar com o exterior.

Até breve... espero!

27 fevereiro, 2006

Na mouche

RAF no seu melhor, ler no Blue Lounge.

Esquecimentos

Por vezes e sem razão aparente deixamos de passar em determinado local, comer coisas que adoramos ou ler blogs de que gostamos!

O porquê dessa atitude escapam-me, mas tenho ao longo dos anos verificado que não é por vontade própria, mas apenas fruto da cada vez mais complexa vida a que nos enredamos na permanente procura de respostas às questões básicas da vida.

Desta feita, perdi o aniversário do Um pouco mais de azul e aqui me penalizo, dizendo que não esqueci a Zu, apenas deixei de passar por lá tão assiduamente.

Dois anos, na vida de um blog é muito tempo, e tê-lo sempre arrumadinho com uma frescura que invejo... é obra.

Parabéns, embora atrasados e prometo aparecer mais vezes.

1º aniversário

O Insurgente faz hoje 1 aninho e anuncia novidades.

Parabéns aos Insurgentes, e votos de muitos anos de vida.

26 fevereiro, 2006

Estranhos conceitos

Um senhor, que é mayor de Londres, na rua e à saída de um espectáculo nocturno, é abordado por outro senhor, que pelos vistos o tem perseguido tenazmente, e diz-lhe ao abrigo do seu livre direito de se expressar e opinar:

- Você é como um guarda dum campo de concentração!

O senhor perseguidor, que é judeu, vê um orgão de representação da minoria judaica na velha Albion, apresentar queixa do livre direito à expressão do tal senhor, a uma instituição que analisa o comportamento dos eleitos locais, que resolve puni-lo com uma suspensão de funções por quatro semanas!

Isto passou-se numa das mais velhas democracias do mundo, e os orgãos de informação transmitiram a informação, alguns em lugar destacado, mas sem grandes admirações.

Não tenho lido pela blogosfera, dos muito recentes defensores das liberdades de expressão, apaixonados ensaios e debates sobre o insólito de tal condenação, que, segundo a sua linha retórica, deveria ofender o livre direito à opinião e expressão em plena via pública!

Talvez porque o atihgido com o insulto, foi apenas um jornalista judeu e não milhares de crentes duma qualquer religião, ou mesmo em menor escala, o bom nome de um qualquer cidadão português, pai e parente de alguém.

Esta estranha dicotomia de pensamento causa-me calafrios, pois leva-me a concluir que, muito ódio e intolerância se escondem por baixo de pseudo-esclarecidos artiguinhos de opinião que vituperam a intolerância dos outros, mas que, estranhamente, quando essa mesma intolerância muda de direcção, se limitam a passar ao lado do facto como se nada de grave tivesse acontecido, ou ainda serão capazes de proclamar que esse é que deverá ser o modelo a adoptar em sede de avaliação comportamental.

Ah! Já me esquecia, eu concordo que o mayor de Londres tenha sido punido, pois não dispenso a falta de educação a ninguém e muito menos aos eleitos locais, do mesmo modo que critico que um País seja responsabilizado pela actuação irresponsável de um qualquer orgão da imprensa, mas habituei-me a pensar pela própria cabeça e do modo mais isento possível, não sendo muito permeável aos pensamentos políticamente correctos.

24 fevereiro, 2006

Descobri mais um blog sobre o Porto

A juventude cresce a Amar o Porto.

Como é bom saber que não estamos sós!

Lege et lacrima

Notícia acerca da decisão do Tribunal Administrativo, sobre a providência cautelar interposta pela nossa Manuela, pelo Paulo Ventura e pelas associações Campo Aberto, APRIL e GAIA,

Eu, que nem sou jurista, limitei-me a ler a peça e a pescar apenas as contradições que por lá se passeiam.

Mas que sei eu sobre o assunto, e qual o valor da minha modesta opinião?!

23 fevereiro, 2006

Gosto de escrever, mas...

... deram-me dois livros sobre os Templários, e deixei de ter tempo!

17 fevereiro, 2006

Desculpas ao JPP

Por causa do Firefox, disse aqui que o JPP andaria baralhado, pois o sua SEXTA LEI não aparece no meu monitor quando utilizado esse browser.

Por isso, apresento as minhas desculpas públicas sobre o sucedido, e vou já reclamar à Firefox.

Desconfio que nisto andará a mãozinha do Bill, pois no Explorer tudo se torna visível.

Para onde vais Belchior...

Segundo o Portuense, o descalabro vai aparecer a breve trecho na Linha da Póvoa.

Segundo as diferenças publicadas no Segundo Andamento e as críticas no CULP - Comissão de Utentes da Linha da Póvoa, já se pode ter uma ideia do benefício que vão ter as populações servidas por aquele novo meio de transporte.

Será isto liberdade?!

Segundo esta notícia do Diário Digital, a RTP prepara-se para mais um atentado à liberdade dos seus clientes.

Consultando a programação, verifica-se que a notícia tem fundamento, pelo que, mais uma vez, a ditadura católica impõe a todo o universo o seu desejo universal.

Será esta a liberdade de expressão, de que tanto se tem falado ultimamente?

Ainda o JPP

Parece-me que os sintomas se agudizam.

Nas prometidas DEZ LEIS DO ABRUPTO SOBRE OS DEBATES NA BLOGOSFERA (versão 1.0), que pelos vistos estão a sair em episódios, como se pode ver aqui e aqui, nota-se que o JPP andará tão baralhado que passa automaticamente da QUINTA LEI para a SÉTIMA LEI, deixando a SEXTA em qualquer transporte em más condições.

Interessante será também saber qual será o inverso de lixo atrai o lixo !!!!!!

Sobre a liberdade de imprensa

A ler com atenção n' A Praia.

O jornal antigamente conhecido como Público

Falta de respeito

O presidente da JMP, pede uma audiência à RAVE.

Até aqui nada de novo, pois são duas entidades que devem dialogar entre si, cada uma defendendo os seus interesses, sendo que o interesse da JMP é servir o País e o da RAVE é gerir uma empresa.

Mandam as regras da boa educação, que quando um presidente de uma entidade da importância da JMP se diige a uma empresa pública, a resposta seja dada pelo seu homólogo e nunca por qualquer outro orgão de categoria inferior.

Pelos vistos, na RAVE, desconhece-se esse basilar princípio, o que é lamentável, pois trata-se de uma empresa com deveres acrescidos de diálogo com as autarquias da nossa terra.

Estranhamente, o presidente Pardal, que é engenheiro, e também presidente da REFER, estará de tal modo ocupado, que não terá tempo para assinar uma carta de resposta, escrita por um mandarete qualquer a quem se distribui este tipo de trabalhos.

Mas a arrogância não fica por aqui, pois em resposta aconselha a JMP a deslocar-se ao Ateneu Comercial do Porto, para ouvir o que tem a dizer o vogal do CA da RAVE, engº Castanho Ribeiro, e aí, se o entender, numa sessão pública, esclarecer-se!!!!

Espero que Rui Rio não se esqueça que é portuense, e que para além disso está a representar toda uma região, pelo que a resposta deverá ser adequada e firme, embora elegante.

O senhor ministro das Obras Públicas e o senhor primeiro-ministro, deverão acautelar-se na escolha de pessoas para colocar à frente de projectos complexos, pois nem só a experiência e competência são bastantes para o preenchimento de lugares desse tipo, também será preciso indagar se são habitualmente consumidores de chá, pois nestes assuntos, o consumo dessa planta tão singela é de extremo interesse.

Publicidade

Passando n' A Baixa do Porto, deparamos com esta loja com produtos do nosso Portugal interior.

O nome é sugestivo, por isso se imporá uma visita ao Frutos da Terra.

16 fevereiro, 2006

Liiiiinnnndooooooo!

No BLOGUITICA:

Lamento informar Freitas do Amaral, mas as declarações do Embaixador do Irão em Lisboa não podem ser enquadradas e discutidas à luz da liberdade de expressão.

Paulo Gorjão dixit.

Interessante ponto de vista!!

Será que a liberdade de expressão varia conforme a nacionalidade, crença, raça, localização geográfica, sexo, inclinação sexual ou outra qualquer variedade identificadora?!

Curioso, é haver quem apoie este tipo de ideias!!!!

Alterações

Foi criada uma nova área cá por casa que passa a ter o nome de Obrigatório ver, onde já se encontram dois links para outros blogs sobre o Porto.

Um, o já nosso conhecido A Cidade Surpreendente, onde o Carlos Romão para além dos seus olhares pela cidade, nos dá retalhos da sua história, o outro, do José Paulo Andrade, que me foi apresentado n' A Baixa do Porto pelo próprio e recomendado pelo Pedro Aroso.

No Ruas do Porto, poderá ser vista a luminosidade e colorido que o Porto encerra, e que só alguns conseguem ter o privilégio de conseguir ver.

Há ainda o não sei pra mais, que é dum conjunto de rapaziada que tem uma abordagem diferente ao quotidiano, mas que resulta bastante bem.

15 fevereiro, 2006

Microsoftização do JPP?!

No ABRUPTO, o JPP decidiu escrever a versão 1.0 das suas DEZ LEIS SOBRE OS DEBATES NA BLOGOSFERA.

Para além das DEZ LEIS serem apenas CINCO, o que podererá querer dizer que o JPP anda pouco atento ou então contar até dez não é o seu forte, a indicação que a versão é a 1.0 faz-nos pensar que, tal como a Microsoft faz com os seus programas/aplicações, as suas leis foram publicadas antes de serem testadas e que espera que os utilizadores da blogosfera lhe vão fazendo chegar à mão mais algumas achegas, para as ir apresentando em número compatível com o enunciado no título, em versões a publicar oportunamente.

Curioso também o facto de todas as Leis serem sujeitas a extensas notas explicativas do singular pensamento do seu promulgador e terem apenas a ver com a realidade com que JPP olha para os blogs.

Já agora, seria bom que o JPP desse uma vista de olhos ao seu inglês, pois anda a precisar de o rever.

12 fevereiro, 2006

Dicionário alfacinha-tripeiro (I)

No seguimento de uma sugestão do Denudado d' A Matéria do Tempo, lançam-se aqui as bases para um dicionário de Alfacinha-Tripeiro, a ver se ajudamos ao entendimento Norte-Sul que tem andado um pouco tenso nestes dias de indignações extremistas.

A primeira ajuda vem do lisboa-london que já em Julho do ano passado iniciou este árido caminho como pode ser constatado aqui.

Para além dos contributos de diversos leitores do já referido blog, fazem-se algumas correcções.

Aloquete e não Aluquete

Bueiro e não boeiro

Infusa e não enfusa

cá por cima

Azeiteiro também significa chulo

Será este o Porto que queremos?

N' A Fonte das Virtudes vou encontrar estas fotografias ilustradoras do que não deve ser a actividade e passividade de uma Câmara que se reclama de rigorosa, eficiente e actuante, e dumas forças de segurança que não se sabe ao certo para que servem.

O texto do nosso POS, é elucidativo na responsabilização de quem permite este vandalismo cruel e não muito anónimo.

Sobre futebol

No Cabo Raso, uma dissertação sobre futebol e jornalismo.

Fim

Chegou ao fim a novela sobre o túnel de Ceuta, com uma solução de compromisso que, não sendo carne nem sendo peixe, deixa os seus intervenientes numa caricata situação.

Longe dos que dão a vitória a um em detrimento de outro(s), eu, cá por mim, só encontro derrotados.

- O IPPAR.

Não se compreende o porquê de tanta obstinação contra a saída naquele local para, finalmente e ao fim de mais de um ano, concordar com a mesma, salvo o pormenor ridículo de andar uns metros para trás e para o lado e criar uma zona de pavimento descontínua, quiçá mais barulhenta e mais perigosa.

- O presidente da autarquia.

Como entender que um político que se reclama de não populista e fiel defensor dos interesses da cidade, tenha deixado arrastar este diferendo, com todos os inconvenientes para os que por aqui labutam ou passeiam, por causa dos míseros metros referidos anteriormente e que agora concorde com a pobreza da solução encontrada, que, logo à partida, poderia ter sido apresentada como eventual solução, demorando meses a fazer estudos complexos para parir isto.

- A senhora ministra.

Pois não conseguiu explicar cabalmente qual a razão do afastamento do antigo responsável do IPPAR, eventual co-responsável com o presidente da edilidade no impasse, mostrando-se agora satisfeita com uma solução que configura uma autêntica vitória de Pirro, e que não é ilustradora de uma capacidade de diálogo capaz de rapidamente resolver os problemas com que se depara.

- Os portuenses.

Porque novamente se alhearam dos problemas da cidade, preferindo cansar-se em estapafúrdias lutas partidário-clubístas, e acabaram por perder mais uma vez qualidade e estética, em benefício de uma solução que, para além de só servir para empenachar políticamente alguém, continuará a ser mais um abcesso no rosto da cidade.

Pode ser que com tanto disparate venham a aprender alguma coisa, mas duvido bastante.

Pobre cidade!

11 fevereiro, 2006

09 fevereiro, 2006

Livra!

Há já cinco dias que a CCS e o vpv, n'O Espectro, andam às voltas com as manifestações de alguns islamitas contra os cartoons publicados na Dinamarca.

Será que para estes dois não há nada de mais importante para comentar, ou será que estão apenas a escrever sobre o que está na moda?

Hoje é Quarta

Por isso, é dia de visita ao A Cidade Surpreendente, e aí descobri para além de mais fotografias de qualidade, mais um blog com interesse, chama-se não sei pra mais e diz que é um fotoblog, mas eu penso que é mais sensibilidade(s) através da(s) objectiva(s).

07 fevereiro, 2006

Mais um

recém-chegado às minhas leituras sobre a cidade.

Fica na Esquina do Porto, espero que venha para ficar.

Quantos mais, melhor, pois é sinal que há muitos a interessar-se por ela e a querer fazer ouvir a sua opinião.

06 fevereiro, 2006

O meu Liceu


Esta casa onde eu andei alguns anos a estudar (e não só) anda a festejar os seus cem anos. Com muita pena minha, não pude ir ao convívio com os antigos alunos no passado dia 4, mas espero estar por lá noutros eventos.

A mesma questão outra vez

Eduardo Pitta, no Da Literatura, faz um breve historial da evolução do caso das caricaturas, e levanta mais questões.

Uma interessante questão

O Rui Tavares lança no Aspirina B esta interessante questão.

Quanto a chamar superior a uma civilização que diz ter excedentes de comida e paga para não produzir, enquanto existem milhares a morrer de fome noutros lados do planeta, é mais uma moda do que uma asserção.

Novos conhecimentos

Por causa das caricaturas, finalmente fui ao Lote 5 - 1º Dto, graças à indicação de um simpático (des)conhecido.

Gosta de Pink Floyd, o que é para mim, sinónimo de gosto requintado e tem uma maneira de escrever simpática e um belo azul de fundo, por isso vou tornar-me visitante assíduo.

Olá, Carlota!

05 fevereiro, 2006

Notícias do Brasil

Gémeo tenta suicidar-se e mata o irmão por engano!

-//-

Conversa entre o empregado e o chefe, ambos brasileiros:

- Chefe, nossos arquivos estão super lotados, posso jogar fora os que tem mais de 10 anos?

- Sim, mas antes tire uma cópia de todos.


03 fevereiro, 2006

Lido por aí

Na sobrecapa da História da Beleza de Umberto Eco.

Sobre a beleza:

...

Por outro lado, basta pensar no espanto que sentiria um marciano do próximo milénio que descobrisse um quadro de Picasso paralelamente com a descrição de uma bela mulher num romance do mesmo período.

...

Porque será que não pensamos nisto quando falamos uns com os outros?!

Pontos de vista

No Glória Fácil, este.

E que tal começar uma discussão séria sobre o assunto?

Ele há cada um

No Dias com Árvores dou com este insólito acontecimento.

E não se poderá responsabilizar ninguém?

01 fevereiro, 2006

Entre outras coisas

um interessante texto sobre as aventuras e desventuras do proprietário dum gato que necessitava de tomar um comprimido, memórias dos Parodiantes de Lisboa, e coisas bonitas de África, entre muitas outras coisas para ler e ver no A Matéria do Tempo.

De certeza que vai ter tempo para passar por lá.

Olhe que não perde tempo.

Ouvindo Alegre recordo Adriano

E alegre se fez triste

Aquela clara madrugada que

Viu lágrimas correrem no teu rosto
E alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno Agosto

Ela só viu meus dedos nos teus dedos
Meu nome no teu nome e demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados

A clara madrugada em que parti
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde o automóvel se afastava

E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer adeus essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada
Que fez tão triste a clara madrugada

30 janeiro, 2006

Pelos vistos ainda não há novidades

Pois teima-se em continuar a falar das eleições presidenciais da semana passada..

A quem interessará discutir o passado, agora que o futuro nos recomenda que façamos boa utilização do presente?!

Fim-de-semana com Augusto Gil

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.