Segundo o Publico, e alguns inefáveis economistas onde pontua o muito badalado Álvaro Santos Pereira o JN publica uma notícia onde se conclui que é de 20 milhões o custo da tolerência da tarde de tolerância de ponto.
Não sendo economista e por isso não sabendo fazer tão bem as contas como esses cavalheiros, faço-as à merceeiro como adiante se poderão ver.
Estimativa do custo dos salários a pagar pelo estado este ano; 9.600 milhões de Euros;
Valor a pagar por mês: 9.600 a dividir por 14(12 meses+Férias+Natal)=685.714.285 €
Valor diário: 685.714.285 a dividir por 20,92 (média de dias úteis de trabalho por mês) = 32.777.929 €
Valor de uma tarde: 32.777,929 a dividir por dois = 16.388,964 €.
Estamos um bocado longe dos 20 milhões ou estarei enganado?
A acrescentar a tudo isto, e se aplicarmos as mesmas contas aos restantes feriados 14+2 ou 3 tolerâncias de ponto, ficaremos com 685.714.285 € vezes 15,5 = 508.057.907 € muito longe dos propalados 680 a 860 milhões por ano e referido pelo inenarrável Santos Pereira no JN.
Sabendo que a tolerância de ponto só afecta os serviços não essenciais o valor ainda diminuirá substancialmente, pois sabemos, por exemplo, que o sector da saúde tem um forte peso no total dos serviços e que o da educação se encontra em férias da Páscoa.
Não quererá isto dizer que apoio definitivamente as tolerâncias de ponto, mas no caso da Páscoa, e dada a tradição do País em se deslocar para os seus locais de origem nesta ocasião e tendo em conta que na próxima segunda-feira é feriado nacional obrigatório, e que as deslocações em massa beneficiam a taxa de acidentes rodoviários se forem estendidas no tempo e não concentradas, tendo a concordar mais com esta do que com a do Carnaval ou da do fim-de-ano.
Não há por aqui um leve cheirinho a propaganda barata.
E.T.: Não pretendo ofender os merceeiros comparando-os a alguns economistas, se o fiz, do facto peço desculpa.
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