25 abril, 2011

Discursos (iii)

Chega a expectativa! Que dirá Eanes? 
Surpresa!
Qual Ovo Kinder, o discurso começa com uma interrogação! O homem descobre que afinal há fome em Portugal (pelos vistos estava erradicada), e em que somos obrigados a dobrar a cerviz perantes os ditames estrangeiros!!!!
Será que o homem se esqueceu? Lembrar-se-á de que as anteriores vindas do FMI foram em 77 e 83 durante presidências suas? Parece que sim! Continuemos ouvindo...
O general Eanes, disserta depois sobre os problemas endémicos dos portugueses, como se acabasse de aterrar em Marte e não fosse humano, mas sim uma mistura estranha de filósofia das beiras com ânsia de protagonismo e moralidade castrense q.b..
Afinal, o doente Portugal, nunca teve hipóteses de cura, pois gastava mais do que produzia e os médicos receitavam-lhe continuamente mézinhas caras e não comparticipadas e ele que se entreteve a assistir a tudo isto agora pasma-se e atira as culpas para os partidos, esuqecendo mais uma vez que esteve na gánese do defundo PRD que mais não passou dum arranjinho para um bando de parasitas! Estou à vontade pois conheço alguns, Lembram-se do Hermínio Martino que agora é um fervoroso apoiante do PSD?
Depois cita Cavaco Silva quando este responsabilza as direcções partidárias que foram incapazes de interpretar e corrigir uma tendência longa de acumulação de desiequilíbrio ocultando os sinais de agravamento.Fim de citação. Aproveita para cascar também na sociedade civil, pois esta foi ineficiente ao dialogar (com quem?onde?como?, não diz) e continua a lançar achas para a fogueira com aquela ar de asceta bem tratado.
Depois encapotadamente, recorda o passado como se tudo fosse um mar de rosas, em que tudo crescia e estava bem, 
Descobriu agora que a economia em 2001 entrou em crise o que a levou a traumatizar-se em 2008! Oportuno este 2001 início do consulado Guterres, já aí o esclarecido general via a crise, talvez por isso Cavaco tivesse fugido com o rabo à seringa.
Esqueceu-se o beirão, que o tempo perdido com os seus famosos governos de iniciativa presidencial, Nobre da Costa, Mota Pinto, Lurdes Pintassilgo/Pinto Balsemão que substitui Sá Carneiro no leme quando do acidente/atentado de Camarate, em que o País se divertia com governos que ou nem sequer tomavam posse ou tinham durações máximas de dois anos. Talvez esta fosse a sua maneira de estar ao leme.
Finaliza com citações que adora fazer, e apela ao concertamento das forças políticas.
Se tivesse o cartão laranja na lapela, ficaria perfeito.
Prestou, mais uma vez, um mau serviço ao País. A história o recordará como o eterno indeciso, qual balança que nunca se chegou a centrar em ciosa nenhuma a não ser num distintivo de um partido, morto em tenra idade.

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