Hoje de manhãzinha o Correio da Manhã dava mais uma suculenta notícia:
- Carris renova frota com carros de luxo.
Como se sabe o País está em crise, a Carris é uma empresa que viu os seus resultados negativos agravados em relação a 2009, muito embora tenha aumentado o nº de passageiros e diminuído o nº de ofertas, pautou-se por uma gestão que roça o disparate, pois viu o seu quadro de pessoal aumentado (porquê?) em dez unidades, muito embora o pessoal de tráfego e o oficinal tenha baixado em vinte e nove unidades o que indica que as trinta e nove admissões se destinaram a funções de serviços/chefia. Curiosamente no seu relatório e contas a habilidosa administração preferiu dizer que fez 66 admissões tendo sido quase todo este esforço direccionado para as funções de tripulante!!!
Continuando o disparate, congratulam-se por ter diminuído em 2% o trabalho suplementar que se cifrou nas 238.000 horas não incluindo o trabalho pago nos feriados que fez reduzir os custos das mesmas em 0,5% em relação ao ano anterior (ou seja menos horas mas mais bem pagas).
Subiu o absentismo, nomeadamente as faltas injustificadas (+ 38%), e baixou o nº de pessoal abrangido pela formação, muito embora o total de horas gasto tenha aumentado; aumentaram os acidentes de trabalho em mais de um terço, em relação ao ano anterior, e os dias de trabalho perdidos bem como a sua gravidade acompanharam este aumento, muito embora tenham um crescimento percentual mais baixo.
A frota manteve-se estável, mas a sua inoperacionalidade aumentou, talvez motivada por uma gestão de stocks deficiente.
Para tudo isto, há um conjunto de cinco gestores(!) que custaram 491.006 € mais os custos do aluguer das viaturas que utilizavam, a saber:
- 2 Mercedes (1 E350 + 1 C220);
- 1 BMW 320;
- 2 Audi A6 2.0
tudo carrinhos na ordem dos 42.000 €.
A austeridade quando chega não é para entrar nos carris...
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