04 dezembro, 2011

Como é que vão as gorduras do estado?

Esta coligação que está no governo, chegou ao poder graças às mentiras que foi debitando em campanha eleitoral e que os pobres dos portugueses engoliram que nem patinhos.
Uma das mais badaladas era o famigerado corte nas gorduras do estado, sem nunca se atreverem a dizer onde estavam localizadas tais gorduras e muito menos dizerem quais é que iriam cortar.
Chegados ao fim do ano, concluímos que o estado mau grado ter cortado, não nas gorduras do estado mas no vencimento dos funcionários públicos e nas reformas e pensões dos cidadãos vulgares, pensa gastar mais no ano de austeridade que aí vem, e não é apenas por ter de gastar mais na gestão da divída pública.
Tirando os simbolismos das viagens em turística, do aligeiramento do vestuário no Verão na agricultura, na proibição dos cartões de crédito, assistimos a uma total ineficiência ou falta de orientação do sentido dos cortes.
Cortar gorduras tornou-se sinónimo de cortar remunerações e não de tomar medidas estruturantes que são as únicas que produzem benefícios duradouros e eficazes.
Os pobres ministros, vão disparando em todas as direções a ver se acertam em algo que valha a pena.
Creio mesmo, que a maioria deles não faz a menor ideia do que seja gerir uma mercearia quanto mais um ministério ou um país.
O estado continua a engordar com assessores, grupos de acompanhamento, especialistas, comissões e serviços produtores de resmas de papel que ninguém lê, de duvidoso préstimo e de paupérrima utilidade que, pelos vistos, apenas servem para alimentar a bolsa de um grupo que gravita como rémoras à volta dos tubarões ministeriais.
Temos um BdP onde os seus quadros de topo ganham mais do que os seus congéneres americanos e europeus. Temos uma presidência da república que fica mais cara que certas monarquias e não tem o valor turístico que elas têm. Temos uma AR com deputados a mais e trabalho a menos. Temos uma data de orgãos que não sabemos ao certo o que fazem, para que servem, nem sequer quanto custam.
No meio de tudo isto há uma casta de priveligiados que engordam e um cardume imenso de miseráveis, pobres, remediados e pequeno-burgueses que são espremidos até ao tutano.
Salvam-se finalmente deste imbróglio as célebres gorduras do estado que continuam a acumular-se como se o governo tivesse apenas apostado em ser formoso, pois o povo bem o diz que gordura é formosura.

1 comentário:

Dylan disse...

Excelente artigo!