14 dezembro, 2011

Gestores

Francamente não sei onde é que os vão buscar, nem quais serão os critérios para a sua escolha, mas uma coisa tenho a certeza, não será pela competência que os gestores da CP lá chegam.
Vem isto a propósito das novas medidas anunciadas de cortar comboios, encerrar serviços, alterar horários, sem dar cavaco aos utentes e tudo em nome da austeridade.
Alguém no pleno uso das suas faculdades, que tenha a responsabilidade de gerir uma empresa que vende serviços, acha que a diminuição da prestação dos ditos serviços é uma das maneiras de poupar e fazer diminuir os prejuízos?!
A CP, que a par e passo tem destruído a via férrea como opção de transporte no país, acha que não é essa a causa principal do seu destrambelhado desastre financeiro?
Será que ao não adequar a oferta de material adequado para os serviços que fornece não detrói à partida a viabilidade de qualquer projeto?
Olhe-se para o parque da CP e veja-se a quem é que ele se destina?
Ou temos suburbanos, ou transportes de média/longa distância. 
Onde estão as composições curtas de fácil manutenção e de baixos custos operativos? Onde está a rede nacional bem estruturada destinada a servir o interior e para transporte de mercadorias? Onde está a sua vertente turística hoje en dia com uma procura crescente? Onde param os horários compatíveis com as assimetrias regionais?
A CP, vem desde há longos anos a privilegiar a zona de Lisboa, as suas ligações pendulares ao Norte, um serviço péssimo a Sul e a uma exploração mais do que deficiente da sua vertente carga.
Por tudo isto, não será lícito perguntar aos ministros dos transportes o que é que andaram a fazer nesta área?

Sem comentários: