No tempo da outra senhora, aliava-se geralmente a falta de educação (eufemismo utilizado para crismar a insolência) aos pobres e iletrados.
Desculpavam-se por vezes quer uns, quer outros, pois a vida que lhes era madrasta não lhes dera atempadamente normas de conduta que regiam a sociedade mais culta e esclarecida.
Os princípios morais eram transmitidos nas escolas que muitos nunca frequentaram ou no seio de famílias que mesmo analfabetas tinham um elevado sentido de retidão.
Os tempos mudaram, há até quem diga que evoluíram, o que é verdade em certos aspetos, como nas ciências, nas artes ou até em certas áreas sociais, mas o crescimento da insolência tem vindo a crescer exponemcialmente a par com o egoísmo cego.
A falta de educação que geralmente se confinava há uns anos atrás aos campos de algumas práticas desportivas, nomeadamente no futebol, e nas arruaças de bêbados, saltou para os palcos extravasando da brejeirice das revistas e jornais humorísticos, passou a fazer parte do discurso político e já entra na AR pela porta grande, pela voz de gente dita educada e com lugares na administração da coisa pública.
Este desnorte que acompanha o País que somos, tão diferente do que fomos e onde se perderam as noções mais elementasres de convívio entre cidadãos, exala um cheiro de fim de época onde nem sequer os velhos se dão ao luxo de servir de exemplo aos mais novos.
O exemplo dado por um tal Costa, funcionário público, que desde que trabalha se dependura na teta estatal com uma breve passagem pelo privado, ao dirigir-se a alguém que é representante do povo português é exemplo acabado do pasmoso estado a que a educação chegou.
Se estivéssemos num qualquer país evoluído a demissão seria o caminho a seguir por tal personagem, como estamo aqui, na terra dos brandos costumes (para os poderosos, claro!) tuido isto não passa de mais um fait divers que zurze num político do partido da mó de baixo.
Por onde andará o Zorrinho, o grupo par(a)lamentar do PS, o seu secretário-geral e outros distraídos do costume?
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