Quando Freitas do Amaral deixou o governo de Sócrates por razões de saúde, em 2006, enquanto a esquerda lamentava a sua saída, o secretário-geral do PSD da altura, Miguel Macedo, afirmava que a saída já se deveria ter sucedido há mais tempo como se pode ler aqui, e o CDS fez o mesmo pela voz de Nuno Melo como se pode ver aqui.
Freitas do Amaral recordava ainda há bem pouco tempo que tinha sido de ostracismo o período pós saída do governo PS, em entrevista dada ao I, revelava que estava a fazer planos para regressar.
Ontem, na SIC,o professor volta a emitir opiniões divergentes das anteriores a propósito duma frase retirada do contexto duma conversa de Sócrates.
Claro que a isto tudo não será estranho o lugar de chairman que o governo e a CGD querem dar-lhe na GALP.
O delfim de Caetano e estudante em Belém no tempo da ditadura, como dizia Marcelo em cartas que escreveu, fundador do CDS em 1974, a pedido de alguns militares que queriam um partido liberal, do qual veio a abandonar a liderança em 1982 por divergências no seio da AD e do partido. Manteve-se na AR como deputado contra a vontade do CDS-PP, abandonou o PPE em 2005, andou pela ONU onde teve posições nada ortodoxas com a direita que sempre disse representar, regressou à política pelo PS e agora volta-se para o PSD!
Problemas de coluna poderá ter, mas o que me parece é que não tem coluna vertebral, pois é difícil até para um experimentado contorcionista conseguir ter tantas e diversas opiniões sobre o mesmo assunto e estar de acordo com tantos e divergentes entre si governos do País.
Este é apenas mais um caso da política à portuguesa. Dada a idade do mestre, há que parafrasear: "Não havia necessidade".
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